Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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(Aos Religiosos e Religiosas do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima e membros Auxiliários do Movimento Missionário Lanceiros de Lanciano. Cidade Missionária do Santíssimo Crucifixo, Anápolis-GO, em 10 de maio de 1998. Essa palestra foi publicada no Jornal “O Anápolis”, no dia 15 de maio de 1998, página 07)

 

Inveja

 

A inveja é o vício pelo qual o homem experimenta tristeza profunda em face do bem alheio, acompanhada do desejo de que esse seja destruído.

O invejoso não se contenta nunca com aquilo que possui ou recebe, e fica revoltado com os benefícios, elogios ou felicidade de qualquer tipo atribuídos a outra pessoa. A inveja leva, freqüentemente, à maledicência e à calúnia.

O invejoso não suporta ver o sucesso do próximo, fica furioso e começa “vomitar” todo o seu ódio, tristeza, calúnia, etc..., frutos podres da sua incapacidade de realizar as coisas. A melhor maneira de vencer o invejoso é ser diferente dele, enquanto o mesmo espalha a sua carniça repugnante do ódio, calúnia, fofoca, etc., o filho de Deus deve espalhar a caridade, bom exemplo e a firmeza na fé, etc. Assim como a mulher sofre dores para dar a luz, o invejoso também sofre vendo o sucesso do próximo.

O invejoso não suporta ver alguém ser mais dotado que ele, então fica magoado e com a testa franzida, não come e nem dorme direito pensando na maneira de destruir o próximo.

A inveja plenamente consentida é pecado mortal, porque é diretamente oposta à virtude da caridade, que exige que nos regozijemos do bem dos outros. Quanto mais importante é o bem que se inveja, tanto mais grave é o pecado, ter inveja dos bens espirituais do próximo, entristecer-se dos seus progressos e dos seus triunfos apostólicos é pecado gravíssimo (Tanquerey)! É pecado contra o Espírito Santo.

Tomemos cuidado com o invejoso, o mesmo pode até matar por inveja.

a –Ora, Deus agradou-se de Abel e de sua oferenda. Mas não se agradou de Caim e de sua oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto abatido (Gn 4, 4-5). Caim matou Abel por inveja.

b – As mulheres dançavam e cantavam dizendo: ‘Saul matou mil mas Davi matou dez mil: Então Saul se indignou e ficou muito irritado... Desse dia em diante Saul sentiu inveja de Davi… Saul atirou a lança e disse: ‘Encravarei Davi na parede!’, mas Davi lhe escapou duas vezes (1 Sm 18, 7-9.11). Saul tentou matar Davi por inveja.

c – Confira também nas seguintes passagens bíblicas: Gn 26, 12-15; Gn 37, 2-36; Mt 20, 20-28; etc.

Sabemos muito bem que Jesus foi perseguido e entregue por inveja: Ele sabia, com efeito, que eles o haviam entregue por inveja (Mt 27, 18).

 

A inveja:

  1. Excita sentimento de ódio; corre-se o risco de odiar aqueles de que se tem inveja ou ciúme, e, por conseqüência, de falar mal deles, de os desacreditar, caluniar, ou de lhes desejar o mal. O invejoso tem o demônio na língua. Ele é tão fraco e sujo que tenta subir na vida difamando o próximo. A arma dos incompetentes é realmente a língua, ainda mais do invejoso que é um incompetente fracassado.

  2. Tende a semear divisões, não somente entre estranhos, mas até no seio de famílias, ou entre famílias aliadas; e estas divisões podem ir muito longe e criar inimizades e escândalos.

  3. Perturba a alma do invejoso. Não há paz nem sossego enquanto não se consegue dominar os próprios rivais, e vive-se em perpétuas angústias (Tanquerey).

O invejoso anda sempre preocupado com o sucesso do próximo, assim como uma faca rasga um pedaço de carne, a inveja rasga o peito do invejoso, e daí só sai ódio, ambição, tristeza, etc.

Para vencer o invejoso, a melhor arma é ser diferente dele.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Inveja”.
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_024.asp

 

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