Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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Santo Retiro

 

(Aos membros do Movimento Missionário Lanceiros de Lanciano. Casa de Retiro São Nilo Abade, município de Jaraguá - GO, em 22 de novembro de 1998. Participaram 250 pessoas)

 

1ª - As colunas do matrimônio

2ª - O namoro cristão

 

1ª Palestra

 

As colunas do matrimônio

 

1º Ponto

 

O que é o matrimônio?

 

O matrimônio é a aliança pela qual um homem e uma mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, elevada entre os batizados, à dignidade de Sacramento (Cfr. CDC 1055).

 

2º Ponto

 

Uma casa para suportar as tempestades, precisa ser firme, ter colunas fortes e  um bom alicerce. Também a vida conjugal, precisa ter boas colunas para vencer os ataques dos inimigos, porque o mundo perseguirá continuamente os casais fiéis e o demônio também guerreará contra eles.

Feliz do casal que se preocupa em fortalecer-se para suportar os ataques dos inimigos da família.

 

3º Ponto

 

As colunas do Matrimônio

 

1.ª coluna: O temor de Deus

 

O lar cristão deve ser construído sobre esta rocha, e não sobre as areias movediças do namoro, da formosura, da riqueza e da ambição. O amor conjugal deve basear-se em Deus.

Rocha: Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as põem em prática será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína (Mt 7, 24-27).

Se o casal não tem uma amizade íntima e profunda com Deus, ele está correndo um grande perigo. Essa amizade deve ser constante; sem a presença de Deus, o casal não pode perseverar até o fim.

 

Areia movediça

 

a) Namoro: Tempo de namoro não sustenta casamento. Muitos colocam como base o tempo de namoro e não a presença de Deus.

b) Formosura: Beleza física também não salva casamento. Muitas moças casam com pão e passam fome.

c) Riqueza: Dinheiro também não salva o casamento.

d) Ambição: Casa não por amor, e sim, por interesse, porque a pessoa é famosa, estudada, etc.

 

2.ª coluna: Espiritualidade profunda

 

1.º Oração: A oração familiar tem as suas características. É uma oração feita em comum, marido e mulher juntos, pais e filhos juntos (Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, n.º 59, João Paulo II).

A dignidade e a responsabilidade da família cristã como Igreja doméstica só podem, pois, ser vividas com a ajuda incessante de Deus, que não faltará, se implorada com humildade e confiança na oração (Idem).

Entre os atos para adquirir uma espiritualidade profunda, enumero os seguintes:

 

a) Santa Missa: Cada fiel deve voluntariamente... participar freqüentemente dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia (Constituição Dogmática “Lumen Gentium”, n.º 42).

A Igreja obriga os fiéis ‘a participar da divina liturgia aos domingos e nos dias festivos e a receber a Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1389).

 

b) Santo Terço: O Papa João Paulo II pergunta: Rezais o terço em família? (Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, n.º 60).

Seria bem melhor se cada família rezasse diariamente não só o Santo Terço, mas, o Santo Rosário.

 

c) Confissão: Apesar de não ser estritamente necessária, a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais) é vivamente recomendado pela Igreja. Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a ver-nos curados por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais freqüentemente, através deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como ele (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1458).

 

d) Leitura Espiritual: Exorta igualmente o Santo Sínodo a todos os fiéis cristãos, principalmente aos Religiosos, com veemência e de modo peculiar a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendam “a eminente ciência de Jesus Cristo (Fl 3, 8) (Constituição Dogmática “Dei Verbum”, n.º 25).

 

3.ª coluna Respeito mútuo

 

É uma exigência natural. Amor e respeito se condicionam e se completam. Respeito é impossível sem amor.

Para que possa haver respeito mútuo é importante:

Boa educação. Muitas mulheres pensam que casaram com um príncipe, e depois descobrem que foi com o cavalo do príncipe.

Evitar palavras grosseiras: Toda palavra pesada e injuriosa, assim como toda malícia, sejam afastadas de entre vós (Ef  4, 31).

Evitar o ciúme. Ele é um grande inimigo da felicidade conjugal, é incompatível com o respeito recíproco: “Não tenhas ciúmes de tua amada esposa, para não lhe ensinares o mal contra ti(Eclo 9,1). O ciúme já destruiu muitos casamentos.

 

4.ª coluna Paciência mútua

 

Sujeitos ambos a muitas fraquezas, a paciência se impõe como necessidade absoluta. A palavra do Evangelho sobre o PERDÃO que se deve dar não sete, mas setenta vezes sete, tem sua aplicação mais próxima na vida matrimonial: Então Pedro chegando-se a ele, perguntou-lhe: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu-lhe: ‘Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete (Mt 18, 21-22).

Com a paciência devem se irmanar a:

Bondade: … revesti-vos de sentimentos de… bondade (Cl 3, 12). Todos querem ser tratados com bondade.

Amabilidade: Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é… amável (Fl 4, 8).

 

5.ª coluna Disciplina de casa

 

Na educação dos filhos e no tratamento doméstico: Para os filhos são eles os primeiros anunciadores e educadores da fé. Formam-nos para a vida cristã e apostólica pela palavra e pelo exemplo (Decreto “Apostolicam Actuositatem”, n.º 11).

Os filhos têm direito a uma boa educação da parte dos pais, pela PALAVRA, pelo EXEMPLO e pela VIGILÂNCIA: "Porque deram vida aos filhos, contraem os pais o DEVER GRAVÍSSIMO de educar a prole. Por isso, hão de considerar-se como seus primeiros e principais educadores. Essa tarefa educacional se revela de tanta importância, que onde quer que falhe dificilmente poderá ser suprida" (Declaração “Gravissimum Educationis”, n.º 3).

Como os bons filhos são uma bênção do céu, os maus filhos são um castigo para os pais que não souberam cumprirem seu dever.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “As colunas do matrimônio”.
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_030.asp

 


 

2º Palestra

 

O namoro cristão

 

1º Ponto

 

Que é o namoro?

 

É o tempo no qual um jovem e uma moça, movidos por intenções retas, freqüentam-se com o fim de conhecer-se para um eventual futuro matrimônio.

 

2º Ponto

 

Dois perigos

 

1º Perigo: Encontrar, neste período de orientação e de escolha, uma pessoa que não tenha seriedade de propósitos.

Neste caso a jovem ou o jovem cristão lembrando de que o amor é uma coisa grande e séria, e que considerá-lo como brincadeira significa profaná-lo, deve afastar-se em boa e santa paz, mesmo que isto possa exigir sacrifício.

 

2º Perigo: Tentação da CLANDESTINIDADE para estes encontros que deveriam preparar o noivado.

O remédio mais eficaz contra o perigo da clandestinidade é o de aconselhar-se com os pais ou com quem os pode substituir. Este remédio vale não só para os que sejam menores, mas para todos, e por duas razões: primeira, por respeito para com os pais; segunda, por uma medida de prudência em uma questão de tão grande importância, em que são fáceis as ilusões e prejudiciais as possíveis conseqüências.

 

3º Ponto

 

A duração do namoro

 

A duração deve ser mínima: ou existem de ambas as partes intenções sérias e passa-se ao noivado; ou de uma parte considera-se o namoro como um jogo, e a outra parte tem o dever grave de romper o relacionamento porque o amor como jogo, é jogo perigoso!

No CDC, cân. 1083-§1, diz: O homem antes dos dezesseis anos completos e a mulher antes dos catorze também completos não podem contrair matrimonio válido. Está claro que criança não pode brincar de namorar.

 

4º Ponto

 

Os pecados no namoro

 

a- Sexo antes do casamento: São numerosos aqueles que em nossos dias reivindicam o direito à união sexual antes do matrimônio... Uma tal opinião opõe-se à doutrina cristã (Declaração sobre alguns pontos da ética sexual, n.º 7).

 

b- Beijo de língua. Ele é pecado porque excita o casal: Podendo-se evitar a deliberação que a tentação produz, é sempre um pecado não o fazer (São Francisco de Sales).

 

c- Tocar nas partes íntimas. Tocar no corpo da pessoa, nas partes íntimas é pecado grave.

 

d- Namoro agarrado. Esse tipo de namoro é pecado, porque dele surge maus pensamentos, desejos pecaminosos e pode provocar até a polução.

 

e- Conversas imorais: É impudicícia... ouvir, falar... coisas desonestas, quando nisso o coração se demora e toma gosto (São Francisco de Sales).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O namoro cristão”.
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_030.asp

 

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