1ª Palestra
As colunas do matrimônio
1º Ponto
O que é o matrimônio?
O matrimônio é a aliança pela qual um homem e
uma mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, ordenada
por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da
prole, elevada entre os batizados, à dignidade de Sacramento
(Cfr.
CDC 1055).
2º Ponto
Uma casa para suportar as tempestades, precisa
ser firme, ter colunas fortes e um bom alicerce. Também a vida
conjugal, precisa ter boas colunas para vencer os ataques dos
inimigos, porque o mundo perseguirá continuamente os casais fiéis e
o demônio também guerreará contra eles.
Feliz do casal que se preocupa em fortalecer-se
para suportar os ataques dos inimigos da família.
3º Ponto
As colunas do Matrimônio
1.ª coluna: O temor de Deus
O lar cristão deve ser construído sobre esta
rocha, e não sobre as areias movediças do namoro, da formosura, da
riqueza e da ambição. O amor conjugal deve basear-se em Deus.
Rocha: “Assim, todo aquele que ouve essas
minhas palavras e as põem em prática será comparado a um homem
sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram
as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas
ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado,
todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será
comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a
areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e
deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína”
(Mt 7, 24-27).
Se o casal não tem uma amizade íntima e
profunda com Deus, ele está correndo um grande perigo. Essa amizade
deve ser constante; sem a presença de Deus, o casal não pode
perseverar até o fim.
Areia movediça
a) Namoro: Tempo de namoro não sustenta
casamento. Muitos colocam como base o tempo de namoro e não a
presença de Deus.
b) Formosura: Beleza física também não salva
casamento. Muitas moças casam com pão e passam fome.
c) Riqueza: Dinheiro também não salva o
casamento.
d) Ambição: Casa não por amor, e sim, por
interesse, porque a pessoa é famosa, estudada, etc.
2.ª coluna: Espiritualidade profunda
1.º Oração: “A oração familiar tem as suas
características. É uma oração feita em comum, marido e mulher
juntos, pais e filhos juntos” (Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, n.º 59, João Paulo II).
“A dignidade e a responsabilidade da família
cristã como Igreja doméstica só podem, pois, ser vividas com a ajuda
incessante de Deus, que não faltará, se implorada com humildade e
confiança na oração” (Idem).
Entre os atos para adquirir uma espiritualidade
profunda, enumero os seguintes:
a) Santa Missa: “Cada fiel deve
voluntariamente... participar freqüentemente dos sacramentos,
sobretudo da Eucaristia” (Constituição Dogmática “Lumen Gentium”,
n.º 42).
“A Igreja obriga os fiéis ‘a participar da
divina liturgia aos domingos e nos dias festivos e a receber a
Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal,
preparados pelo sacramento da reconciliação. Mas recomenda vivamente
aos fiéis que recebam a Santa Eucaristia nos domingos e dias
festivos, ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias”
(Catecismo da Igreja Católica, n.º 1389).
b) Santo Terço: O Papa João Paulo II pergunta:
“Rezais o terço em família?”
(Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, n.º 60).
Seria bem melhor se cada família rezasse
diariamente não só o Santo Terço, mas, o Santo Rosário.
c) Confissão: “Apesar de não ser estritamente
necessária, a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais) é
vivamente recomendado pela Igreja. Com efeito, a confissão regular
dos nossos pecados nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra
nossas más tendências, a ver-nos curados por Cristo, a progredir na
vida do Espírito. Recebendo mais freqüentemente, através deste
sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser
misericordiosos como ele”
(Catecismo da Igreja Católica, n.º 1458).
d) Leitura Espiritual: “Exorta igualmente o
Santo Sínodo a todos os fiéis cristãos, principalmente aos
Religiosos, com veemência e de modo peculiar a que, pela freqüente
leitura das divinas Escrituras, aprendam “a eminente ciência de
Jesus Cristo” (Fl 3, 8) (Constituição Dogmática “Dei Verbum”, n.º
25).
3.ª coluna Respeito mútuo
É uma exigência natural. Amor e respeito se
condicionam e se completam. Respeito é impossível sem amor.
Para que possa haver respeito mútuo é
importante:
Boa educação. Muitas mulheres pensam que
casaram com um príncipe, e depois descobrem que foi com o cavalo do
príncipe.
Evitar palavras grosseiras: “Toda palavra
pesada e injuriosa, assim como toda malícia, sejam afastadas de
entre vós” (Ef 4, 31).
Evitar o ciúme. Ele é um grande inimigo da
felicidade conjugal, é incompatível com o respeito recíproco: “Não
tenhas ciúmes de tua amada esposa, para não lhe ensinares o mal
contra ti” (Eclo 9,1). O ciúme já destruiu muitos casamentos.
4.ª coluna Paciência mútua
Sujeitos ambos a muitas fraquezas, a paciência
se impõe como necessidade absoluta. A palavra do Evangelho sobre o
PERDÃO que se deve dar não sete, mas setenta vezes sete, tem sua
aplicação mais próxima na vida matrimonial:
“Então Pedro chegando-se
a ele, perguntou-lhe: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão
que pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu-lhe: ‘Não te
digo até sete, mas até setenta vezes sete”
(Mt 18, 21-22).
Com a paciência devem se irmanar a:
Bondade: “… revesti-vos de sentimentos de…
bondade” (Cl 3, 12). Todos querem ser tratados com bondade.
Amabilidade: “Finalmente, irmãos, ocupai-vos
com tudo o que é… amável” (Fl 4, 8).
5.ª coluna Disciplina de casa
Na educação dos filhos e no tratamento
doméstico: “Para os filhos são eles os primeiros anunciadores e
educadores da fé. Formam-nos para a vida cristã e apostólica pela
palavra e pelo exemplo” (Decreto “Apostolicam Actuositatem”, n.º
11).
Os filhos têm direito a uma boa educação da
parte dos pais, pela PALAVRA, pelo EXEMPLO e pela VIGILÂNCIA:
"Porque deram vida aos filhos, contraem os pais o DEVER GRAVÍSSIMO
de educar a prole. Por isso, hão de considerar-se como seus
primeiros e principais educadores. Essa tarefa educacional se revela
de tanta importância, que onde quer que falhe dificilmente poderá
ser suprida" (Declaração “Gravissimum Educationis”, n.º 3).
Como os bons filhos são uma bênção do céu, os
maus filhos são um castigo para os pais que não souberam cumprirem
seu dever.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “As colunas do
matrimônio”.
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2º Palestra
O namoro cristão
1º Ponto
Que é o namoro?
É o tempo no qual um jovem e uma moça, movidos
por intenções retas, freqüentam-se com o fim de conhecer-se para um
eventual futuro matrimônio.
2º Ponto
Dois perigos
1º Perigo: Encontrar, neste período de
orientação e de escolha, uma pessoa que não tenha seriedade de
propósitos.
Neste caso a jovem ou o jovem cristão lembrando
de que o amor é uma coisa grande e séria, e que considerá-lo como
brincadeira significa profaná-lo, deve afastar-se em boa e santa
paz, mesmo que isto possa exigir sacrifício.
2º Perigo: Tentação da CLANDESTINIDADE para
estes encontros que deveriam preparar o noivado.
O remédio mais eficaz contra o perigo da
clandestinidade é o de aconselhar-se com os pais ou com quem os pode
substituir. Este remédio vale não só para os que sejam menores, mas
para todos, e por duas razões: primeira, por respeito para com os
pais; segunda, por uma medida de prudência em uma questão de tão
grande importância, em que são fáceis as ilusões e prejudiciais as
possíveis conseqüências.
3º Ponto
A duração do namoro
A duração deve ser mínima: ou existem de ambas
as partes intenções sérias e passa-se ao noivado; ou de uma parte
considera-se o namoro como um jogo, e a outra parte tem o dever
grave de romper o relacionamento porque o amor como jogo, é jogo
perigoso!
No CDC, cân. 1083-§1, diz: “O homem antes dos
dezesseis anos completos e a mulher antes dos catorze também
completos não podem contrair matrimonio válido”. Está claro que
criança não pode brincar de namorar.
4º Ponto
Os pecados no namoro
a- Sexo antes do casamento: “São numerosos
aqueles que em nossos dias reivindicam o direito à união sexual
antes do matrimônio... Uma tal opinião opõe-se à doutrina cristã”
(Declaração sobre alguns pontos da ética
sexual, n.º 7).
b- Beijo de língua. Ele é pecado porque excita
o casal: “Podendo-se evitar a deliberação que a tentação produz, é
sempre um pecado não o fazer” (São
Francisco de Sales).
c- Tocar nas partes íntimas. Tocar no corpo da
pessoa, nas partes íntimas é pecado grave.
d- Namoro agarrado. Esse tipo de namoro é
pecado, porque dele surge maus pensamentos, desejos pecaminosos e
pode provocar até a polução.
e- Conversas imorais: “É impudicícia... ouvir,
falar... coisas desonestas, quando nisso o coração se demora e toma
gosto” (São Francisco de Sales).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O namoro
cristão”.
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