| 
               
            
            Ser missionário 
              
            
            Na Encíclica “Redemptoris Missio”, nº 3, o Papa 
            João Paulo II escreve: “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja 
            pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os 
            povos”. 
            
            Todos os católicos batizados são chamados a 
            serem missionários, a levarem a Palavra de Deus, a única que dá a 
            verdadeira paz àquelas pessoas que estão longe de Deus, a única 
            palavra que ensina o caminho do céu: “Os fiéis leigos, precisamente 
            por serem membros da Igreja, têm por vocação e por missão anunciar o 
            Evangelho: para essa obra foram habilitados e nela empenhados pelos 
            sacramentos da iniciação cristã e pelos dons do Espírito Santo” 
            (Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, João Paulo II, n.º 
            33). 
            
            Cada católico deve ser missionário, deve ser 
            “Luz do mundo” 
            (Mt 5, 14), e 
            “Sal da terra” 
            (Mt 5, 13), deve sacudir 
            a poeira do comodismo e descruzar os braços, porque: 
            “É uma vergonha 
            fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos” 
            (São Bernardo de Claraval), e Santa Teresinha do Menino Jesus 
            escreve: “Uma alma inflamada de amor não sabe permanecer inativa”. 
            Quem ama a Deus e as almas não fica esperando o amanhã, mas inicia 
            rapidamente o trabalho evangelizador, isto é, o trabalho 
            missionário, não consegue permanecer passivo e indiferente diante de 
            tanto paganismo; o Papa João Paulo II na Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 3 escreve: 
            “O número daqueles que ignoram Cristo, e não 
            fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase 
            duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa 
            humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é 
            evidente a urgência da missão”. 
            
            Nenhum católico pode dizer: não valho nada, não 
            presto, não tenho tempo... A vocação cristã é vocação apostólica, e 
            Deus dá a graça suficiente para podermos corresponder-lhe. Santo 
            Antônio Maria Claret escreve: “A caridade de Cristo estimula, 
            incita-nos a correr e voar com as asas do santo zelo. Quem ama a 
            Deus de verdade, também ama o próximo; o verdadeiro zeloso é o mesmo 
            que ama, mas em grau maior, conforme o grau de amor; quanto arde de 
            amor, tanto mais é impelido pelo zelo... Quem tem zelo, deseja e faz 
            as maiores coisas e se esforça para que Deus seja sempre mais 
            conhecido, amado e servido nesta e na outra vida, já que este amor 
            sagrado não tem fim”. 
            
            O Lanceiro não pode ficar indiferente diante 
            dessa necessidade da Igreja Católica, ele deve ser um conquistador 
            de almas para Deus, deve apontar para os incrédulos o caminho do 
            céu; o Lanceiro deve ser um foco de luz no meio de tanta escuridão, 
            como está em Fl 2, 14-16: “Fazei tudo sem murmurações nem 
            reclamações, para vos tornardes irreprováveis e puros, filhos de 
            Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e pervertida, no seio 
            da qual brilhais como astros no mundo, mensageiros da Palavra de 
            vida”. 
            
            Em Mt 20, 3-4 diz: “Ao sair pelas nove horas da 
            manhã, viu outros, que estavam ociosos, e disse-lhes: ‘Ide vós 
            também para a minha vinha”. O Papa João Paulo II, na Exortação 
            Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 2 escreve: 
            “A chamada não diz 
            respeito apenas aos pastores, aos sacerdotes, aos religiosos e 
            religiosas, mas estende-se aos fiéis leigos: também os fiéis leigos 
            são pessoalmente chamados pelo Senhor, de quem recebem uma missão 
            para a Igreja e para o mundo”, diz também São Gregório Magno: 
            “Considerai o vosso modo de viver, caríssimos irmãos, e vede se já 
            sois trabalhadores do Senhor. Cada qual avalie o que faz e veja se 
            trabalha na vinha do Senhor”. 
            
            O Lanceiro que fica ocioso diante de tanto 
            trabalho não merece permanecer no Movimento, o membro que não se 
            preocupa com o bem espiritual do próximo não pode permanecer no 
            Movimento, porque é perigoso para a sua própria salvação, como está 
            em Tg 4, 17: “Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre 
            em pecado”, e Ez 33, 7-9 diz: “Ora, a ti, filho do homem, te pus 
            como atalaia para a casa de Israel. Assim, quando ouvires uma 
            palavra da minha boca, hás de avisá-los de minha parte. Quando eu 
            disser ao ímpio: ‘Ó ímpio, certamente hás de morrer’ e tu não o 
            desviares do seu caminho ímpio, o ímpio morrerá por causa da sua 
            iniqüidade, mas o seu sangue o requererei de ti. Por outra parte, se 
            procurares desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta, e 
            ele não se converter do seu caminho, ele morrerá por sua iniqüidade, 
            mas tu terás salvo a tua vida”, e também o Papa João Paulo II na 
            Exortação Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 3, escreve: 
            “Não há 
            lugar para o ócio, uma vez que é muito o trabalho que a todos espera 
            na vinha do Senhor”. No mesmo Documento, n.º 33, o Papa João Paulo 
            II diz: “Os fiéis leigos, precisamente por serem membros da Igreja, 
            têm por vocação e por missão anunciar o Evangelho”, e São João Crisóstomo também diz: 
            “… Não há sinal e marca que mais distinga o 
            cristão e aquele que ama a Cristo do que a solicitude pelos seus 
            irmãos e o zelo pela salvação das almas”. 
              
            
            A – A Sagrada Escritura e o trabalho 
            missionário 
              
            
            1. Dn 12, 3: “… e os que ensinam a muitos a 
            justiça hão de ser como as estrelas, por toda a eternidade”. 
            
            2. Mt 9, 35: “Jesus percorria todas as cidades 
            e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do 
            Reino…” 
            
            3. Mc 8, 27: “Jesus partiu com seus discípulos 
            para os povoados de Cesaréia e Filipe...” 
            
            4. Mc 10, 1: “Partindo dali, ele foi para o 
            território da Judéia e além do Jordão, e outra vez as multidões se 
            reuniram em torno dele…” 
            
            5. Lc 4, 31-32: “Desceu então a Cafarnaum, 
            cidade da Galiléia, e ensinava-os aos sábados. Eles ficavam pasmados 
            com seu ensinamento, porque falava com autoridade”. 
            
            6. Lc 4, 38: “Saindo da sinagoga, entrou na 
            casa de Simão”. 
            
            7. Lc 6, 17: “Desceu com eles e parou num lugar 
            plano, onde havia numeroso grupo de discípulos e imensa multidão de 
            pessoas de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidônia”. 
            
            8. Lc 7, 11: “Ele foi em seguida a uma cidade 
            chamada Naim”. 
            
            9. Lc 8, 40: “Ao voltar, Jesus foi acolhido 
            pela multidão, pois todos o esperavam”. 
            
            10. Lc 10, 38: “Estando em viagem, entrou num 
            povoado, e certa mulher, chamada Marta, recebeu-o em sua casa”. 
            
            11. Jo 7, 1: “Depois disso, Jesus percorria a Galiléia…” 
            
            12. Atos 5, 42: “E cada dia, no Templo e pelas 
            casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo 
            Jesus”. 
            
            13. Atos 18, 5: “Quando, porém, Silas e Timóteo 
            chegaram da Macedônia, Paulo começou a dedicar-se inteiramente à 
            Palavra…” 
            
            14. 1 Cor 9, 16: “Anunciar o evangelho não é 
            título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me 
            impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho”. 
            
            15. 1 Ts 2, 2: “Decidimos, contudo, confiados 
            em nosso Deus, anunciar-vos o evangelho de Deus no meio de grandes 
            lutas”. 
              
            
            B – Os documentos da Igreja Católica e o 
            trabalho missionário 
              
            
            1. “O número daqueles que ignoram Cristo, e não 
            fazem parte da Igreja, está em contínuo aumento; mais ainda: quase 
            duplicou, desde o final do Concílio. A favor desta imensa 
            humanidade, amada pelo Pai a ponto de lhe enviar o seu Filho, é 
            evidente a urgência da missão” (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, 
            n.º 3, João Paulo II). 
            
            2. “Nenhum crente, nenhuma instituição da 
            Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos 
            os povos” (Cf. Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 3, João Paulo II). 
            
            3. “Como membros de Cristo vivo, a Ele 
            incorporados e configurados pelo Batismo e também pela confirmação e 
            a Eucaristia, obrigados se acham todos os fiéis ao dever de cooperar 
            na expansão e dilatação de seu corpo, para o levarem quanto antes à 
            plenitude” (Decreto “Ad gentes”, 
            n.º 36). 
            
            4. “A ação dos fiéis leigos, que, aliás, nunca 
            faltou neste campo, aparece hoje cada vez mais necessária e 
            preciosa. Na verdade, a ordem do Senhor ‘Ide por todo o mundo’ 
            continua a encontrar muitos leigos generosos, prontos a deixar o seu 
            ambiente de vida, o seu trabalho, a sua região ou pátria, para ir, 
            ao menos por um certo tempo, para zonas de missão” 
            (Exortação 
            Apostólica “Christifideles Laici”, n.º 35, João Paulo II). 
            
            5. “Aliás, a participação dos leigos na 
            expansão da fé é clara, desde os primeiros tempos do cristianismo, 
            tanto a nível de indivíduos e familiares, como da comunidade 
            inteira” (Encíclica “Redemptoris Missio”, n.º 71, João Paulo II). 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Ser 
      missionário”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_033.asp 
                   
                 
                 | 
               
             
             |