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            1ª Palestra 
              
            
            Vem e segue-me 
              
            
            1º Ponto 
              
            
            Vocação 
              
            
            A – Que significa vocação? 
              
            
            Vocação (do latim: vocare = chamar), é o apelo 
            que Deus, Amor eterno, faz a cada homem, chamado-o à vida, à 
            salvação, à santidade, à felicidade e ao serviço na Igreja. 
              
            
            O Papa Paulo VI diz: “A vocação é como um raio 
            de luz que ilumina os mais íntimos e profundos âmagos da 
            consciência”. 
              
            
            B – O que é a vocação religiosa? 
              
            
            É o chamamento de Deus para consagrar-se 
            totalmente a Ele pondo em prática os conselhos evangélicos. 
            
            1- É o chamamento de Deus. Disse Jesus: “Não 
            fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, para que 
            vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” 
            (Jo 15, 16). Está 
            claro que não é a família que chama ou os vizinhos, mas é o próprio 
            Deus. 
            
             A escolha, o chamamento para a vida religiosa 
            deve ser de origem divina. O Papa João Paulo II, na Exortação 
            Apostólica “Pastores Dabo Vobis”, n.º 5 diz: 
            “Deus chama sempre os 
            seus sacerdotes...” 
            
             Não obedece a interesses materiais, carnais e 
            mundanos. Ninguém deve se consagrar a Deus com a intenção de se 
            promover materialmente ou com outras intenções que não agradam a 
            Deus. Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “O estado de vida 
            sacerdotal não foi instituído por Jesus Cristo para amparar as casas 
            das pessoas no mundo, mas para promover a glória de Deus e a 
            salvação dos homens. Alguns imaginam que a vida sacerdotal é um 
            oficio ou uma profissão leiga para se promoverem nas honras ou bens 
            materiais”. 
              
            
            2º Ponto 
              
            
            Os sinais da vocação religiosa, mas de um modo 
            especial, para o sacerdócio 
              
            
            1. “A ciência competente” 
            (Santo Afonso Maria 
            de Ligório). São Jerônimo diz que o sacerdote: “…deve ser douto e 
            pregoeiro da verdade”, em Malaquias 2, 7 diz: 
            “Os lábios dos 
            sacerdotes guardam a ciência e é de sua boca que se espera a 
            doutrina”. Deus não queria sacerdotes ignorantes nem naquele tempo; 
            o povo devia procurar a verdade junto aos sacerdotes; por isso, era 
            mister que a possuíssem. Em Os 4, 6 diz: “Visto que rejeitaste a 
            instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio”. Em Mt 28, 20 diz: 
            “… 
            ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei”. Sabemos que para 
            uma pessoa ensinar é preciso adquirir o conhecimento, porque ninguém 
            pode dar aquilo que não possui. Eis porque São Paulo recomendava a Timóteo que se aplicasse ao estudo: 
            “Cuida de ti mesmo e da missão 
            de ensinar” (1 Tm 4, 16). 
            
            Pedro Blessense compara o sacerdote ignorante a 
            um “...ídolo de tristeza e de amargura”. 
            
            O Salmo 113, 4 diz: “Os ídolos das nações são 
            ouro e prata”. 
            
            Ele, de fato, tem boca para evangelizar a 
            Palavra de Deus, mas, por não a conhecer, mantém-se calado; em todo 
            o caso é melhor assim, porque, se falasse, diria despropósitos: 
            “Têm 
            boca mas não falam”. (Sl 113, 5). 
            
            O sacerdote ignorante tem olhos para ver que o 
            povo necessita de instrução e de ser levado ao conhecimento e ao 
            amor de Deus, mas é como se não visse: “Têm olhos e não vêem” 
            (Sl 
            115, 5). Não vê as conseqüências da sua ignorância na ruína de 
            numerosas almas, que por falta de zelo se perderão; portanto, não vê 
            também a sua responsabilidade. 
            
            O sacerdote ignorante tem ouvidos para ouvir 
            isto ou aquilo na recitação do breviário, na celebração da Santa 
            Missa; ele, porém, escuta com mais gosto a voz do interesse, da 
            preguiça, da carne e do sangue: “Têm ouvidos e não ouvem” 
            (Sl 113, 
            6). 
            
            O sacerdote ignorante tem pés para caminhar e 
            anunciar o Evangelho de Nosso Senhor, mas não faz: 
            “Têm pés e não 
            caminham” (Sl 113, 7). 
            
            Enfim, o sacerdote ignorante tem as mãos que 
            Deus lhe deu para realizar milagres de virtude e de graças, em 
            proveito de muitas almas; porém, por ser ignorante, faz pouca coisa; 
            ao invés, se fosse santo e douto, poderia tornar-se outro São 
            Francisco Xavier. “Têm mãos e não apalpam”
            (Sl 113, 7). 
              
            
            2. “A reta intenção de buscar só a Deus” 
            (Santo 
            Afonso Maria de Ligório). 
            
            Aquele que se consagra a Deus não deve buscar 
            outra ocupação senão a de servi-lO continuamente e de fazer tudo por 
            seu amor. Santo Afonso Maria de Ligório escreve: 
            “O estado de vida 
            sacerdotal não foi instituído por Jesus Cristo para amparar as casas 
            das pessoas no mundo, mas para promover a glória de Deus e a 
            salvação dos homens”. 
              
            
            3. “A boa conduta de vida”. 
            
            Santo Afonso escreve: “Se alguém recebe uma 
            ordem sacra sem a experiência de uma vida exemplar, não pode se 
            isentar de uma grave culpa”. 
            
            Soto afirma: “Embora a boa conduta não seja da 
            essência do sacramento, ela é absolutamente necessária por preceito 
            divino... O homem que abraça o sacerdócio não só recebe a graça, mas 
            abraça um estado de vida mais sublime. Exige-se, pois, dele a 
            honestidade de vida e o brilho das virtudes”. 
              
            
            4. “Certa inclinação, propensão, gosto pelo 
            serviço de Deus e por tudo quanto diz respeito ao altar. 
            Conseqüentemente, executar com amor as sagradas cerimônias, embora 
            mínimas, cuidar da limpeza e decoro das igrejas, etc.” 
            (Bem-aventurado José Allamano). 
              
            
            5. “Probidade de vida, ou seja, ter o desejo de 
            todas as virtudes e esforçar-se para adquiri-las” 
            (Bem-aventurado 
            José Allamano). 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
			 
             
            
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Vem e 
      segue-me”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_035.asp 
                   
                 
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            2ª Palestra 
              
            
            
            Jesus Cristo chamou os 
            Apóstolos, e continua 
            chamando novos apóstolos 
              
            
            1º Ponto 
              
            
            Jesus Cristo chamou 
              
            
            Jesus Cristo é o Salvador de todos os homens e 
            de todos os tempos. Ele ficou na terra trinta e três anos. 
            
            Jesus precisava de alguém que continuasse sua 
            missão salvadora. Então começou a escolher homens aos quais 
            confiaria seus poderes e sua missão de salvar. 
            
            Esta escolha, direta e pessoal, durará até o 
            fim dos tempos. 
            
            1. “Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu 
            Simão e André, irmão de Simão. Lançavam as redes ao mar, pois eram 
            pescadores. Disse-lhes Jesus – Segue-me e eu vos farei pescadores de 
            homens. Imediatamente, deixando as redes o seguiram. Um pouco 
            adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, consertando 
            as redes no barco. Logo os chamou e eles, deixando o pai Zebedeu, 
            com os empregados, seguiram-no” (Mc 1, 16-20). 
            
            É importante notar que é Jesus que chama, 
            direta e individualmente. 
              
            
            2. “E tornou a sair para beira-mar. Viu Levi, 
            filho de Alfeu, sentado na Coletoria de Impostos, e lhe disse: - 
            Segue-me. Ele se levantou e o seguiu” 
            (Mc 2, 13-14). 
            
            A VOCAÇÃO é um chamado direto, divino, para 
            pessoas escolhidas por Deus, para cumprir uma missão divina: salvar 
            os homens. 
              
            
            3. “Subiu Jesus ao monte e chamou a si os que 
            quis, e eles foram para junto d’Ele. E constituiu doze deles para 
            andarem com Ele e para os mandar pregar e para que tivessem poder de 
            expulsar os demônios” (Mc 3, 13-15). 
            
            Está claro que é Jesus quem chama e quem 
            escolhe. 
              
            
            2º Ponto 
              
            
            Jesus Cristo continua chamando 
              
            
            1. Os apóstolos, chamados por Cristo, 
            continuaram a obra de Jesus Cristo, e depois de terem pregado seu 
            nome e sua doutrina e tê-lo feito conhecido a muitas pessoas, 
            morreram martirizados, para testemunhar seu nome. 
            
            Mas a Igreja Católica devia continuar sua 
            missão salvadora. Por isso, Cristo continuou chamando outros 
            apóstolos, que continuassem a obra e a missão d’Ele.   
              
            
            2. Caminhando Saulo para Damasco, com intenção 
            de prender os seguidores de Jesus, de repente “uma luz vinda do céu 
            o envolveu de claridade. Caindo por terra ouviu uma voz que lhe 
            dizia: - Saulo, Saulo, por que me persegues? – Quem és tu, Senhor? 
            Perguntou ele. E este: - Eu sou Jesus a quem persegues. Mas, 
            levanta-te, entra na cidade, e ser-te-á dito o que deves fazer. Os 
            seus companheiros de viagem haviam-se detido, mudos de espanto. Eles 
            ouviam bem a voz, mas a ninguém viam” 
            (At 9, 3-8). 
            
            Saulo, o perseguidor dos apóstolos, se tornará 
            o apóstolo Paulo, por chamado direto, individual, milagroso e 
            extraordinário. 
              
            
            3. Os escolhidos por Cristo para continuarem 
            sua obra de Salvação do mundo, foram apenas doze. Todos morreram. 
            Mas Cristo precisa salvar os homens de todas as épocas e de todos os 
            lugares. 
            
            “Por isso, Ele CHAMOU, CHAMA e CHAMARÁ os seus 
            apóstolos, usando os mesmos métodos, as mesmas maneiras: diretas, 
            individual, para a mesma missão. As modalidades serão diferentes, 
            mas o chamado é o mesmo” (Frei Battistini). 
              
            
            4. “Ele não obriga a ninguém. Só convida. Só 
            chama. Só escolhe. 
            
            A resposta também é livre, espontânea, 
            totalmente pessoal. 
            
            Deus escolhe porque tem uma missão para 
            entregar ao escolhido. Mas o motivo final da escolha fica um 
            mistério. Ninguém sabe. Ninguém aqui, nunca saberá. 
            
            Tratando-se de uma missão delicada e divina 
            para os escolhidos, podemos pensar que a ESCOLHA significa CONFIANÇA 
            E UM GRANDE AMOR por parte do Escolhedor para o escolhido. 
            
            De fato: não se confiam missões delicadas e 
            divinas a qualquer pessoa” (Frei Battistini). 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
			
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Jesus Cristo chamou os 
            Apóstolos, e continua 
            chamando novos apóstolos”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_035.asp 
                   
                 
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            3ª Palestra 
              
            
            
            Sim ao chamado, dúvidas e modos errados de 
            pensar 
              
            
            1. Em Mc 1, 16-20 diz: “Caminhando junto ao mar 
            da Galiléia, viu Simão e André, irmão de Simão. Lançavam as redes ao 
            mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: - Segue-me e eu vos 
            farei pescadores de homens. Imediatamente, deixando as redes o 
            seguiram. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu 
            irmão, consertando as redes no barco. Logo os chamou e eles, 
            deixando o pai Zebedeu, com os empregados, seguiram-no”. 
            
            É importante ver como os escolhidos seguem o 
            Chamador, sem fazer perguntas, sem reagir, sem colocar desculpas e 
            sem pedir explicações. 
            
            Muitos jovens para ganhar dinheiro ou adquirir 
            uma fama, abandonam tudo e enfrentam qualquer dificuldade e 
            humilhação, mas quando se trata de trabalhar para Deus, se 
            consagrando de corpo e alma ao seu serviço, não fazem o menor 
            esforço. 
              
            
            2. Em Mc 2, 13-14 diz: “E tornou a sair para 
            beira-mar. Viu Levi, filho de Alfeu, sentado na Coletoria de 
            Impostos, e lhe disse: - Segue-me. Ele se levantou e o seguiu”. 
            
            Levi não pediu um tempo, não ficou 
            questionando, não adiou para o outro dia, ele obedeceu o chamado de 
            Jesus Cristo. 
              
            
            3. São Luiz Gonzaga foi perseguido dentro da 
            própria casa, mas não abandonou a vocação, ele flagelava até o 
            sangue, e um dia o seu pai vendo seu corpo coberto de sangue, 
            deu-lhe a permissão para se consagrar a Deus. 
              
            
            4. São Francisco de Assis deu a própria roupa 
            para o seu pai, para não receber cobrança dele, isto é, para ficar 
            livre para servir a Deus de todo o coração. 
              
            
            5.  São Geraldo Majella fugiu de casa para 
            nunca mais voltar. Sua mãe o trancou em um quarto, e ele fez uma 
            corda com o cobertor e desceu pela janela e fugiu. 
            
            E muitos outros santos passaram por essas 
            provações. 
              
            
            Dúvidas e modos errados de pensar. 
              
            
            “Às vezes, constatando a falta de padres e 
            religiosos e religiosas, somos levados a pensar que Deus não chama. 
            Que Deus favorece mais algumas nações do que outras, em relação ao 
            chamado divino da vocação. 
            
            Não é assim. Deus chama a muitos, de todos os 
            lugares, de todas as nações. 
            
            O que falta, muitas vezes, é a PRONTIDÃO e a 
            DISPONIBILIDADE do chamado. Muitas vezes, por apego às coisas do 
            mundo, à família, à profissão, aos sonhos dourados planejados para o 
            futuro. Muitas vezes o chamado é obstáculo dentro da própria 
            família, dentro do próprio ambiente onde vive, com piadas, com 
            zombarias, com outros tipos de desaprovação que atingem a 
            sensibilidade do jovem não ainda bem formado. Então acontece como a 
            uma pequena flor, delicada e jovem, que é plantada num terreno onde 
            crescem também outras ervas más e a vocação é sufocada por estas. 
            
            Outras resistências podem os jovens chamados 
            encontrá-las no seio da família e nos próprios pais. Estes pensam 
            que vão “perder” seu filho ou filha. Como estão errados! Nunca 
            haverá um filho ou uma filha que amará seus pais mais do que um 
            sacerdote ou um religioso. Nunca haverá” 
            (Frei Battistini). 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sim ao chamado, dúvidas e modos errados de 
            pensar”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_035.asp 
                   
                 
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