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            O missionário deve ser verdadeiro 
              
            
            1º Ponto 
              
            
            O missionário deve pregar a verdade 
              
            
            Nosso Senhor Jesus Cristo disse: 
            “Ide por todo 
            o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura” 
            (Mc 16, 15). Jesus 
            Cristo exige que a pregação seja verdadeira, porque somente a 
            verdade é capaz de libertar alguém que vive nas trevas: 
            “… e 
            conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” 
            (Jo 8, 32), e 
            “Santifica-os na verdade; a tua palavra é verdade” 
            (Jo 17, 17). 
            
            Santo Agostinho diz: “A verdade gera o ódio, e 
            tem poucos amigos”.  Gerando o ódio e tendo poucos amigos, pouco 
            importa, o importante é anunciar a verdade a todos, principalmente 
            para aqueles que estão no caminho da perdição; somente a pregação 
            verdadeira os trarão de volta para perto de Deus, porque a verdade 
            ilumina os que estão mergulhados no erro, fazendo-os enxergar o 
            caminho correto: “Envia tua luz e tua verdade: elas me guiarão, 
            levando-me à tua montanha sagrada, às tuas Moradias” 
            (Sl 43, 3), e: 
            “Ensina-me teus caminhos, Senhor, e caminharei segundo tua verdade”
            (Sl 86, 11). 
            
            Nosso Senhor Jesus Cristo é a verdade: 
            “Eu sou 
            o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6), e somente aquela pessoa 
            que ama a verdade, é capaz de seguir a Nosso Senhor até o fim: 
            “Para 
            isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. 
            Quem é da verdade escuta a minha voz” 
            (Jo 18, 37). 
            
            Sabemos que poucos são aqueles que aceitam a 
            verdade, apenas os doze Apóstolos difundiram pelo mundo o Evangelho, 
            aquele Evangelho que o Filho de Deus lhes ensinara e que o Espírito 
            Santo lhes explicara, logo se levantaram os falsos doutores para o 
            falsificarem: “Se alguém ensinar uma outra doutrina e não concorda 
            com as sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina 
            conforme a piedade, é porque é cego, nada entende, é um doente à 
            procura de controvérsias e discussões de palavras” 
            (1 Tm 6, 3-4). 
            
            Os falsos profetas, inimigos número um da 
            verdade, vomitaram todo tipo de mentiras, calúnias e heresias contra 
            a santa e piedosa doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. 
            
            E foram primeiramente os gnósticos que se 
            gabavam de ter achado a sublime doutrina de Cristo, ao passo que os 
            doze rudes pescadores não tinham sabido compreender senão a casca 
            externa da verdade. E depois levantou-se, para profetizar 
            falsamente, Ário, que negava a divindade verdadeira de Cristo. E 
            depois levantou-se Nestório, para dizer que em Cristo havia duas 
            pessoas distintas. E, depois dele, Eutíquio, para dizer que Cristo 
            não era um homem verdadeiro. E depois Fócio, e depois Lutero… Todos 
            falsos profetas. 
            
            O missionário deve ser o oposto do falso 
            profeta, ele deve pregar a verdadeira doutrina da Igreja Católica 
            Apostólica Romana, deve ser fiel à Sagrada Escritura, Sagrada 
            Tradição e ao Magistério da Igreja Católica. 
            
            O missionário deve pregar a verdade, não deve 
            pregar nada que esteja contra a doutrina da Igreja Católica, não 
            deve criar uma linha de pregação que comprometa a verdade, é seu 
            dever pregar Jesus Cristo, somente assim a sua pregação será 
            abençoada por Deus e dará muitos frutos: “Enviada e evangelizadora, 
            a Igreja envia também ela própria evangelizadores. É ela que coloca 
            em seus lábios a Palavra que salva, que lhes explica a mensagem de 
            que ela mesma é depositária, que lhes confere o mandato que ela 
            própria recebeu e que, enfim, os envia a pregar. E a pregar, não as 
            suas próprias pessoas ou as suas idéias pessoais, mas sim um 
            Evangelho do qual nem eles nem ela são senhores e proprietários 
            absolutos, para dele disporem a seu bel-prazer, mas de que são os 
            ministros para o transmitir com a máxima fidelidade” 
            (Exortação 
            Apostólica” Evangeli Nuntiandi”, n.º 15, Paulo VI). 
            
            O missionário deve ser amigo fiel da verdade, 
            não pode negá-la com a intenção de agradar os mentirosos, o mesmo 
            deve sofrer perseguições, com a cabeça erguida, por causa da 
            verdade, e caso seja preciso, deverá derramar o próprio sangue para 
            defendê-la: “O Evangelho, cujo encargo nos foi confiado, é também 
            palavra da verdade. Uma verdade que torna livres e que é a única 
            coisa que dá a paz ao coração, é aquilo que as pessoas vêm procurar 
            quando nós lhes anunciamos a Boa Nova. Verdade sobre Deus, verdade 
            sobre o homem e sobre o seu misterioso destino e verdade sobre o 
            mundo. Difícil verdade que nós procuramos na Palavra de Deus e da 
            qual somos, insistimos ainda, não os árbitros nem os proprietários, 
            mas os depositários, os arautos e os servidores. 
            
            Espera-se de todo evangelizador que tenha o 
            culto da verdade, tanto mais que a verdade que ele aprofunda e 
            comunica outra coisa não é senão a verdade revelada; e, por isso 
            mesmo, mais do que qualquer outra, parcela daquela verdade primária 
            que é o próprio Deus. O pregador do Evangelho terá de ser, portanto, 
            alguém que, mesmo à custa da renúncia pessoal e do sofrimento, 
            procura sempre a verdade que há de transmitir aos outros. Ele jamais 
            poderá trair ou dissimular a verdade; nem com a preocupação de 
            agradar aos homens, de arrebatar ou de chocar, nem por originalidade 
            ou desejo de aparecer. Ele não há de evitar a verdade e não há de 
            deixar que ela se obscureça pela preguiça de a procurar, por 
            comodidade ou por medo; não negligenciará nunca o estudo da verdade. 
            Mas há de servi-la generosamente, sem a escravizar. 
            
            Enquanto Pastores do povo fiel, o nosso serviço 
            pastoral obriga-nos a preservar, defender e comunicar a verdade, sem 
            olhar a sacrifícios. Tantos e tantos Pastores eminentes e santos nos 
            deixaram o exemplo, em muitos casos heróicos, deste amor à verdade. 
            E o Deus da verdade espera de nós precisamente que sejamos os 
            defensores vigilantes e pregadores devotados dessa mesma verdade” 
            (Exortação Apostólica “Evangeli Nuntiandi, n.º 78, Paulo VI). 
            
            O missionário deve pregar a verdade, isto é, 
            deve ser pregador fiel de Jesus Cristo, deve mostrar para as 
            multidões que Cristo Jesus é o modelo perfeito a quem devemos 
            seguir: “Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a 
            doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de 
            Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados” 
            (Exortação Apostólica 
            “Evangelii Nuntiandi”, n.º 22, Paulo VI). 
            
            O missionário que esconde a verdade do povo, 
            não é pastor, e sim, mercenário, não é filho devoto da Igreja 
            Católica, e sim, traidor da mesma, porque esconde a pérola 
            preciosíssima da verdade, pérola que todos os homens são obrigados a 
            buscá-la de coração: “Por sua vez, estão os homens todos obrigados a 
            procurar a verdade, sobretudo aquela que diz respeito a Deus e a sua 
            Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e a praticá-la” 
            (Declaração “Dignitatis Humanae”, n.º 1). 
            
            O missionário só é autenticamente missionário, 
            se amar de coração a verdade. 
            
            Quando uma pessoa conhece o remédio que cura 
            uma doença grave, e deixa o enfermo morrer por falta daquele 
            remédio, essa pessoa é covarde e não merece o nome de cristã. Com o 
            missionário covarde e omisso, que deixa de pregar a verdade por 
            comodismo ou medo, a responsabilidade é bem maior, porque deixa a 
            pessoa que está enferma espiritualmente perder a sua alma, e para 
            esse mercenário está reservada esta sentença: “O ímpio, certamente 
            hás de morrer... mas o seu sangue o requererei de ti” 
            (Ez 33, 8). 
              
            
            2º Ponto 
              
            
            O missionário deve pregar para agradar a Deus e 
            não aos homens 
              
            
            O missionário não deve buscar os seus 
            interesses, mas, sim, os de Cristo, ele não foi enviado para se 
            promover, e sim, para tornar Cristo conhecido e amado por todos. 
            
            Na 1.ª Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 
            1, 4 diz: “Uma vez que Deus nos achou dignos de confiar-nos o 
            evangelho, falamos não para agradar aos homens, mas, sim, a Deus, 
            que perscruta o nosso coração”. 
            
            Nenhum missionário tem o direito de negar ou 
            esconder a verdade, com a intenção de agradar os mentirosos e 
            inimigos da Palavra de Deus: “Pois virá um tempo em que alguns não 
            suportarão a sã doutrina” (2 Tm 4, 3). É dever do missionário pregar 
            com coragem e fidelidade a Palavra de Deus, porque é o favor de 
            Cristo Jesus que ele busca e não o favor dos homens: 
            “É porventura o 
            favor dos homens que agora eu busco, ou o favor de Deus? Ou procuro 
            agradar aos homens? Se eu quisesse ainda agradar aos homens, não 
            seria servo de Cristo” (Gl 1, 10). 
            
            O missionário que esconde a verdade não ama 
            verdadeiramente as almas, é sinal claro que ele não trabalha para a 
            salvação das almas, mas, sim, para a sua própria glória: 
            “… pois 
            procuram atender os seus próprios interesses e não os de Jesus 
            Cristo” (Fl 2, 21). 
            
            São João Crisóstomo diz: “Não há nada mais frio 
            do que um cristão que não se preocupa pela salvação dos outros”. O 
            cristão que é convicto de possuir e de pregar a verdade, dedica de 
            corpo e alma no trabalho pela salvação das almas, porque o mundo tem 
            sede de ouvir a Palavra de Deus com sinceridade. 
            
            Em Mc 16, 15 diz: “Ide por todo o mundo, 
            proclamai o Evangelho a toda criatura”. Está claro que Jesus Cristo 
            manda pregar a Palavra de Deus, isto é, pregar a verdade. O povo 
            católico tem o direito de ouvir dos missionários a Palavra de Deus, 
            alimento puríssimo para a santificação de Todos: “O povo de Deus 
            congrega-se antes de mais nada, pela palavra de Deus vivo, palavra 
            que se há de procurar com pleno direito nos lábios dos sacerdotes” 
            (Decreto “Presbyterorum Ordinis”, n.º 4). 
            
            É ridículo ver um sacerdote encher lingüiça no 
            altar, pregar abobrinha, agir com máscaras, jogo de cintura, etc., 
            somente com a intenção de agradar os seus “fregueses”, um ministro 
            desse coloca todo o rebanho a perder: “Meu povo será destruído por 
            falta de conhecimento” (Os 4, 6). 
            O povo não ouve a verdade, e por isso, continuará caminhando no 
            caminho da perdição, mas esse ministro camaleão, será castigado por 
            Deus: “Porque tu rejeitaste o conhecimento, 
            eu te rejeitarei do meu sacerdócio” 
            (Os 4, 6). 
            
            Muitos católicos mascarados querem viver dentro 
            da Igreja Católica, mas não querem obedecer a sua Santa Doutrina: 
            “Infelizmente existem monges falsos, como há falsos clérigos e 
            falsos fiéis” (Santo Agostinho). Esses falsos fiéis cometem todo 
            tipo de rebeldia e depois vêm esconder sob o manto da Igreja 
            Católica, e se o missionário começa a pregar a verdade com convicção 
            e coragem, logo eles dão um jeito de calar-lhe a boca, mas o 
            verdadeiro missionário, aquele que está cheio de Deus não cala, pelo 
            contrário, prega com mais ardor, porque: “O povo é que deve seguir o 
            pregador, e não este, os desejos da grande massa” 
            (São João Crisóstomo). 
            
            O missionário não deve agradar os homens em 
            suas pregações; mas somente a Deus: “Em suas pregações procure 
            apenas agradar a Deus” (São João Crisóstomo). Ele não deve temer as 
            críticas dos inimigos da verdade, porque se ele está pregando Jesus 
            Cristo, nada tem que temer, porque está no caminho certo: 
            “Quem se 
            apresentar perante o público como pregador, deverá ficar insensível 
            aos encômios dos outros e jamais desanimar devido às suas críticas” 
            (São João Crisóstomo). 
            
            Infeliz do missionário que mendiga o elogio e o 
            aplauso dos ouvintes, ele ficará sempre vazio, porque aquele que 
            busca o aplauso vazio do mundo, recebe em recompensa a falsa glória 
            do mundo. 
            
            O missionário deve preparar as suas pregações 
            com o máximo de sinceridade e reta intenção, isto é, de agradar 
            somente a Deus: “Só Deus deverá servir-lhe de orientador e fim ao 
            preparar suas práticas; jamais os louvores e aplausos da multidão. 
            Caso receba aplausos, não os rejeite; caso não os receba, não os 
            procure e jamais se deixe desanimar! Grande consolo lhe será sempre 
            a consciência de ter procurado apenas a benevolência de Deus” 
            (São 
            João Crisóstomo). 
            
            O sacerdote não pode ser um adulador de almas, 
            e sim, ser luz no meio desse mundo voltado para a falsidade: 
            “Como a 
            luz que ilumina o mundo deve brilhar a alma do sacerdote… digo 
            versado, não ardiloso; nenhum adulador ou fingido, mas um homem de 
            caráter aberto e sincero que, caso as circunstâncias o exigirem, 
            também saberá ser condescendente, suave e rigoroso ao mesmo tempo” 
            (São João Crisóstomo). 
              
            
            3º Ponto 
              
            
            O missionário deve ser fiel à doutrina da 
            Igreja Católica Apostólica Romana 
              
            
            Da boca do missionário deve sair somente a sã 
            doutrina, e o seu coração deve ser fiel até o fim. Ele deve 
            enfrentar todas as perseguições e críticas em defesa da sã doutrina: 
            “Expondo estas coisas aos irmãos, serás um bom servidor de Cristo 
            Jesus, nutrido com as palavras da fé e da boa doutrina que tens 
            seguido” (1 Tm 4, 6), e: 
            “Vigia a ti mesmo e a doutrina. Persevera 
            nestas disposições porque, assim fazendo, salvarás a ti mesmo e aos 
            teus ouvintes” (1 Tm 4, 16), e ainda: 
            “… de tal modo fiel na 
            exposição da palavra que seja capaz de ensinar a sã doutrina como 
            também de refutar os que a contradizem” 
            (Tt 1, 9), e também: 
            “Quanto 
            a ti, fala do que pertence à sã doutrina” 
            (Tt 2, 1). 
            
            A Santa Doutrina da Igreja Católica Apostólica 
            Romana é água cristalina, por isso, o missionário deve transmiti-la 
            com o máximo de fidelidade, isto é, sem tirar ou aumentar nada: 
            “… a 
            evangelização correria o risco de perder a sua força e de se 
            desvanecer se fosse despojada ou fosse deturpada quanto ao seu 
            conteúdo…” (Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, n.º 63, 
            Paulo VI), e: “Uma oposição ao ensinamento do Magistério da Igreja 
            não pode ser considerada expressão da liberdade cristã e da 
            diversidade dos dons do Espírito: todos os fiéis – leigos, 
            religiosos ou sacerdotes – têm o direito de receber a Doutrina 
            Católica na sua pureza e integridade que, neste caso, os pastores 
            devem fazer respeitar” (Discurso do Papa João Paulo II aos Bispos 
            brasileiros pertencentes aos Regionais Sul 3 e Sul 4 da CNBB, n.º 5, 
            visita ad limina Apostolorum, 1995-1996), e também: 
            “A Igreja, 
            obediente ao Senhor, que veio não para julgar mas para salvar, deve 
            manifestar a misericórdia para com as pessoas sem, contudo, 
            renunciar ao princípio da verdade e da coerência, pelo qual não se 
            pode chamar bem ao mal e mal ao bem. Não diminuir em nada a doutrina 
            salvadora de Cristo constitui eminente forma de caridade para com as 
            almas” (Idem, n.º 6). 
            
            O missionário que não é fiel à Sagrada 
            Escritura, Sagrada Tradição e Magistério da Igreja, não é um 
            pregador de confiança, mas é um Judas com a máscara de missionário 
            católico, é um lobo com pele de ovelha. 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
              
                
                
                    
                  
      
      Este texto não pode ser reproduzido sob 
      nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por 
      escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
       
       
      
      Depois de autorizado, é preciso citar:
       
      
      Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O missionário 
      deve ser verdadeiro”. 
      
      www.filhosdapaixao.org.br/escritos/palestras/palestra_037.asp 
                   
                 
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