Imitar a Jesus Cristo
Preâmbulo
Na Carta de São Paulo ao Efésios 5, 1 diz:
“Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”, e em São
Mateus 17, 5 diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo,
ouvi-o!”
A Palavra de Deus manda imitar a Nosso Senhor e
ouvir tudo aquilo que Ele ensina.
Somente Cristo Jesus é o nosso modelo perfeito
e digno de ser imitado; n’Ele não existe falha e nem pecado,
enquanto que o homem é cheio de defeitos: “Nunca tomes um homem por
exemplo no que tiveres a fazer, por Santo que seja, porque o demônio
porá diante de ti as suas imperfeições; mas imita a Cristo que é
sumamente perfeito e sumamente Santo e jamais errarás”
(São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, n.º
155).
1º Ponto
Jesus Cristo é luz
Em São João 8, 12 diz: “Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”, e no
mesmo Evangelho 12, 46 diz: “Eu, a luz, vim ao mundo para que aquele
que crê em mim não permaneça nas trevas”.
Cada um é chamado a ser luz: “Vós sois a luz do
mundo…” (Mt 5, 14).
É preciso ser luz no meio desse mundo mergulhado nas trevas; é
preciso brilhar com o exemplo para mostrar para os filhos das trevas
o caminho certo, aquele que agrada a Deus.
Devemos iluminar com o nosso comportamento
a) No falar: da nossa boca deve sair
somente palavras edificantes: “Não saia dos vossos lábios nenhuma
palavra inconveniente, mas, na hora oportuna, a que for boa para
edificação, que comunique graça aos que a ouvirem”
(Ef 4, 29).
Dos lábios de Nosso Senhor nunca saiu uma piada
ou palavra impura; e aquele que quiser agradá-Lo, deve conversar
menos e falar somente o que é certo, porque: “Nas muitas palavras
não falta ofensa…” (Pr 10, 19).
Aquele que fala impureza não brilha; e a sua
boca assemelha-se a um túmulo aberto, isto é, só sai dela mau
cheiro.
b) Cumprimento do dever: Jesus
Cristo cumpriu o seu dever com o máximo de perfeição:
“… ele que
passou fazendo o bem…” (At 10, 38).
É preciso fazer tudo bem feito a exemplo de
Nosso Senhor. Aquele que faz o seu dever por amor a Deus e com
perfeição, sente uma grande paz invadir a sua alma e amadurece para
a vida, enquanto que o irresponsável anda sempre com o interior
amargurado e sua vida é um contínuo desastre.
Jesus Cristo não só cumpriu o seu dever, mas o
cumpriu com perfeição. Não basta v cumprir o dever, é preciso
cumpri-lo com perfeição e pontualidade.
2º Ponto
Jesus Cristo é puro
Jesus Cristo foi atacado em muitos pontos e foi
caluniado, mas nunca pecou: “Ele não cometeu nenhum pecado…”
(1 Pd
2, 22), somente em um ponto Ele não foi atacado: na sua Santa
pureza.
A sua pureza era tão grande, que quando os
Apóstolos O viram conversando com uma mulher, ficaram admirados:
“Naquele instante, chegaram os seus discípulos e admiravam-se de que
falasse com uma mulher…” (Jo 4, 27).
Em diversas passagens o Evangelho observa que
Nosso Senhor erguia os olhos sobre os discípulos e a multidão:
“E,
tendo mandado que as multidões se acomodassem na grama, tomou os
cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos ao céu e abençoou”
(Mt
14, 19), diz Santo Afonso Maria de Ligório:
“… de que, de ordinário,
ele os conservava baixos”.
Nós devemos viver a pureza; somente assim
agradaremos a Nosso Senhor e conquistamos almas para o céu.
Só o aspecto de Jesus Cristo, sua gravidade
santa, aquele misto de doçura, majestade, inocência, que irradiava
de Sua Face adorável, edificava, tocava as almas fiéis; fazia correr
os fariseus hipócritas, sepulcros caiados, a quem o Redentor
repreendia os crimes secretos, sem que eles se atrevessem a usar de
represálias.
O meio por excelência de ser modesto, é
praticar em tudo e sempre a mais perfeita mortificação.
Aquele que quiser ser modesto, como Jesus o
foi, deve reprimir a curiosidade. Aquele que é curioso e que não
mortifica os olhos, transforma o coração em um depósito de lixo.
É preciso também evitar a curiosidade em querer
ouvir e saber tudo.
É mister que a sua conversação seja pura e
edificante; o seu sorriso, os seus passos, o seu modo de comer e
assentar-se, a sua temperança à mesa, tudo deve assinalar o
verdadeiro discípulo do mais perfeito dos mestres.
Devemos correr do mundo, porque ele é podre e
as suas obras são perversas: “Não ameis o mundo nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai”
(1 Jo 2,
15).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Imitar a
Jesus Cristo”.
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