Jesus Cristo: modelo de sinceridade
Preâmbulo
Nosso Senhor Jesus Cristo é modelo perfeito de
sinceridade, de seus lábios nunca saiu uma mentira:
“… mentira
nenhuma foi achada em sua boca” (1 Pd 2, 22).
Jesus Cristo, o Deus verdadeiro, não aceita
jogo de cintura nem duplicidade, Ele é verdadeiro e diz:
“Seja o
vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não. O que passa disso vem do
Maligno” (Mt 5, 37).
1º Ponto
Jesus Cristo censura os hipócritas
Hipócrita é aquela pessoa que age com falsidade
e com fingimento.
Jesus Cristo perdoou e tratou com bondade todos
os pecadores:
A mulher adúltera: “Disse, então
Jesus: “Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques
mais” (Jo 8, 11).
Zaqueu: “Havia lá um homem chamado Zaqueu, que era rico e chefe dos publicanos... À vista do
acontecido, todos murmuravam, dizendo: “Foi hospedar-se na casa de
um pecador”... Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa,
porque ele também é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem
veio procurar e salvar o que estava perdido”
(Lc 19, 2.7.9-10).
Ladrão: “Um dos malfeitores suspenso
à cruz o insultava, dizendo: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti
mesmo e a nós”. Mas o outro, tomando a palavra, o repreendia: “Nem
sequer temes a Deus, estado na mesma condenação? Quanto a nós, é de
justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum
mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu
reino”. Ele respondeu: “Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo
no Paraíso” (Lc 23, 39-43).
Além desses, Ele perdoou muitos outros; mas a
classe de pecadores que Jesus Cristo não tolerava era a dos
hipócritas; Ele, o Deus verdadeiro, censurou os hipócritas com
severidade: “Jesus então dirigiu-se às multidões e aos
discípulos: “Os escribas e fariseus estão sentados na cátedra de
Moisés. Portanto, fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não
imiteis as suas ações, pois dizem, mas não fazem. Amarram fardos
pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos nem
com um dedo se dispõem a movê-los”
(Mt 23, 1-4).
“Ai de vós; condutores cegos”
(Mt 23, 16).
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
que limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estais
cheios de rapina e de intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o
interior do copo para que também o exterior fique limpo!”
(Mt 23, 25-26).
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos,
mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão.
Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por
dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23, 27-28).
2º Ponto
Aquele que fala a verdade pertence a Jesus
Cristo
Em Jesus Cristo encontramos o caminho
Verdadeiro que nos levará ao céu; e somente aquele que diz a verdade
poderá entrar por esse caminho.
Em Ef 4, 25 diz: “Por isso abandonai a mentira
e falai a verdade cada um ao seu próximo, porque somos membros uns
dos outros”, em Zc 8, 16 diz: “Estas são as coisas que deveis fazer:
falai a verdade uns com os outros”, e em Cl 3, 9 diz também:
“Não
mintais uns aos outros…”.
Aquele que mente segue o príncipe das trevas
que é o demônio: “Vós sois do diabo, vosso pai… porque é mentiroso e
pai da mentira” (Jo 8, 44).
Feliz do homem que busca o seu apoio em Jesus
Cristo, porque, Ele é a verdade e jamais o enganará.
Cristo é a verdade. Aquele que o segue viverá
na luz, isto é, jamais cairá no erro e o seu comportamento será
sempre edificante: “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, para
que se manifeste que suas obras são feitas em Deus”
(Jo 3, 21), e:
“Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da
verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz”
(Jo 18, 37).
O católico, se quiser agradar e seguir a Nosso
Senhor, precisa ter um coração transparente; isto é, um coração onde
reina Cristo; nesse coração não pode existir nem sombra da
duplicidade.
Aquele que diz mentiras está condenado a viver
sozinho, porque ninguém acredita nele.
Aquele que mente não segue a Jesus e cava a sua
própria sepultura.
O Czar Nicolau, que há cem anos governou o
império russo, foi um dos homens mais sanguinários. A sua crueldade
arrancou a vida de milhares de filhos da Igreja Católica; maior,
porém, foi o número dos que tiveram uma morte lenta nos trabalhos
forçados e nos horrendos cárceres do clima horrível da Sibéria.
Entretanto, diante, dos reis europeus e
sobretudo diante do Soberano Pontífice, fazia sempre alarde de
sentimentos religiosos e humanitários. Indo a Roma, o poderoso e
sanguinário Czar foi recebido em audiência por sua Santidade o Papa
Pio IX. O Pontífice perguntou-lhe como tratava os católicos. E o
Czar, com a mais vil hipocrisia, respondeu:
— muito bem, Santíssimo Padre.
Não pôde o Papa sofrer a vileza daquele coração
traidor. Levantou-se de seu trono, fitou o poderoso imperador com
majestosa dignidade e com voz forte e enérgica disse:
— Você está mentido!
O imperador russo não pôde conservar-se em pé;
ficou como que aniquilado... e saiu dali aterrado, como se uma
tempestade tivesse estalado sobre sua cabeça e o fogo de um raio o
ameaçasse. Desceu rapidamente as escadas do Vaticano e foi
sepultar-se no palácio em que hospedava.
Também a vós, milhares de cristãos… Também a
vós, milhares de católicos… Pergunta o vigário de Jesus Cristo:
— Amais a Jesus Cristo?
E respondeis com hipócrita serenidade:
— Amamos!
— Mentira! Vos dirá o Papa e com razão, pois:
Não sois vós que profanais os dias santos de
guarda?... Não sois vós que abandonais a oração e os Sacramentos?
... Não sois vós que desprezais os Mandamentos divinos?…
E não mentis aos homens, mas a Jesus Cristo...
Ao próprio Deus!…
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Jesus Cristo:
Modelo de sinceridade”.
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