(Gravada
em CD no dia 25 de abril de 2005)
Lc 18, 35: “Quando
ele se aproximava de Jericó, havia um cego, mendigando, sentado à
beira do caminho”.
Jesus Cristo, o Bom Pastor, o zeloso e
incansável missionário, aproxima-se como está no versículo 35, da
cidade de Jericó. São Lucas localiza o milagre à entrada da cidade
de Jericó e não à saída da mesma, como fazem São Mateus e São
Marcos. Alguns julgam que São Lucas se refere à entrada da Jericó
levantada por Herodes, uns três quilômetros ao sul da antiga Jericó,
que seria mencionada pelos outros dois evangelistas. Esta parece uma
solução rebuscada, pois a cidade antiga era só um montão de ruínas.
Nesse versículo, isto é, 35, diz que:
“…
Jesus se aproximava de Jericó, e havia um cego, mendigando, sentado
à beira do caminho”. No Evangelho de São Marcos 10, 46 diz
que esse cego chamava-se Bartimeu, filho de Timeu. Tudo indica que
era um homem sofrido, era cego e mendigo. Suportava o sol quente e o
calor do dia, suportava também o frio da noite, chuva, poeira e o
desprezo por parte das pessoas, mas não se desesperava, e continuava
a esmolar para se manter; o Pe. Francisco Fernández-Carvajal diz
que: “Esmolar era uma cena frequente no
Oriente”.
A paciência desse cego de Jericó, deve
servir de exemplo para as pessoas que são pobres materialmente.
Muitas não aceitam a situação e se revoltam contra Deus; começam a
roubar ou buscam o suicídio. Esse desespero não agrada a Deus, e São
João Crisóstomo escreve: “Chegamos mais seguramente à virtude pela
pobreza do que pela riqueza”, e São Paulo escreve aos Filipenses:
“…
pois aprendi a adaptar-me às necessidades; sei viver modestamente, e
sei também como haver-me na abundância; estou acostumado com toda e
qualquer situação: viver saciado e passar fome; ter abundância e
sofrer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”
(4, 11-13).
Você que é pobre ou enfermo, não se
desespere, sofra com paciência e Deus lhe recompensará e você também
estará percorrendo o caminho da santidade, como escreve Santo Afonso
Maria de Ligório: “Toda a santidade consiste
em amar a Deus, e todo o amor a Deus consiste em fazer a sua
vontade. Devemos abraçar tudo o que nos acontece de favorável ou
desfavorável, nosso estado de vida, nossa saúde, tudo o que Deus
quer”. Lembre-se de que a pobreza não é defeito; defeito e
pecado, é viver na preguiça.
Lc 18, 36-38: “Ouvindo
os passos da multidão que transitava, perguntou o que era.
Informaram-no de que Jesus, o Nazareu, estava passando. E ele
pôs-se a gritar: 'Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”
O cego de Jericó, chamado Bartimeu,
estava mendigando, sentado à beira do caminho; quando ele ouviu os
passos da multidão, perguntou imediatamente o que era aquilo;
Dorronsoro escreve: “O cego, certamente,
tinha-se acostumado a distinguir os ruídos: os ruídos das pessoas
que iam para o trabalho no campo, os ruídos das caravanas que se
punham a caminho de terras longínquas”.
Dorronsoro diz: “Mas
um dia, o cego de Jericó ouviu ruídos a uma hora inesperada; porque
não eram os ruídos com que estava familiarizado, eram ruídos de uma
multidão diferente, e perguntou: “Que está acontecendo?” Dorronsoro diz que o cego de Jericó já havia ouvido falar do profeta
de Nazaré: “Bartimeu é um homem que vive
mergulhado na escuridão, um homem que vive na noite. Ele não pode,
como outros enfermos, chegar até Jesus para ser curado. E teve
notícia de que há um profeta de Nazaré que devolve a vista aos cegos”,
e Santo Agostinho comenta: “Também nós temos
os olhos do coração fechados, e Jesus passa para que chamemos por
ele” ; por isso o cego perguntou, como está no versículo 36:
“O que era”,“O
que estava acontecendo?”.
Feliz do cego Bartimeu que fez a
pergunta: “O que está acontecendo?”
Imediatamente alguém da multidão o informou: “Informaram-no
de que Jesus, o Nazareu, estava passando”
(Lc 18, 37).
Era Jesus de Nazaré, o Deus Amor, apaixonado pelas almas que estava
passando, era o “Fogo Divino”, como escreve Santa Teresinha
do Menino Jesus que estava passando.
Disseram-lhe: “É
Jesus de Nazaré”. Ao ouvir o nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o seu coração encheu-se de fé. Jesus era a grande
oportunidade da sua vida. O cego Bartimeu não se conteve, não ficou
calado. São Josemaría Escrivá diz: “Então
inflamou-se tanto a sua alma na fé em Cristo, que gritou: Jesus,
Filho de Davi, tem compaixão de mim”.
Ele gritou “Filho
de Davi”; era este um dos títulos messiânicos mais populares.
Bartimeu, o cego de Jericó grita, ele
não quer deixar passar a ocasião. Já tinha ouvido que Cristo tinha
curado outros; entre eles um cego, também mendigo, nos átrios do
Templo em Jerusalém. Era a sua grande oportunidade.
Você que está cego espiritualmente,
vivendo no pecado mortal, longe de Deus; que vive sentado à beira do
caminho, isto é, levando uma vida cômoda, relaxada e preguiçosa; que
só contempla a poeira oferecida pelo mundo inimigo de Deus, e que
não tem força para olhar para o alto e de tomar uma decisão de
buscar a santidade de vida, está na hora de gritar:
“Jesus,
Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Lembre-se de que a vida
é breve, o tempo passa, e se a morte apanhar você sentado à beira do
caminho, longe de Nosso Senhor, com certeza você irá para o inferno.
Grite, grite não com a boca, mas com a
vida, não tenha medo de se aproximar de Jesus Cristo, como escreve
São Josemaría Escrivá: “Não te dá vontade de
gritar, a ti, que também estás parado à beira do caminho, desse
caminho da vida que é tão curta; a ti, a quem faltam luzes; a ti,
que necessitas de mais graças para te decidires a procurar a
santidade? Não sentes a urgência de clamar: Jesus, Filho de Davi,
tem compaixão de mim?”
O cego de Jericó pediu com humildade a
ajuda de Nosso Senhor gritando: “Jesus, Filho
de Davi, tem compaixão de mim”
(Lc 18, 38).
Imite o exemplo do cego Bartimeu, peça a Jesus Cristo as graças de
que
você mais necessita, e não deixe a graça de Deus passar em vão na
vossa vida, como escreve Santo Agostinho: “Tenho
medo de Cristo que passa”, porque Jesus Cristo pedirá conta
de tudo como está em Lc 12, 48: “Aquele a quem
muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiando,
mais será reclamado”.
Lc 18, 39: “Os
que estavam à frente repreendiam-no, para que ficasse em silêncio;
ele, porém, gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem compaixão de
mim!”
As dificuldades começaram imediatamente
para o cego de Jericó, para o cego Bartimeu; no meio da sua
cegueira, procurou a Jesus Cristo, Luz do mundo, que passa perto
dele; mas como está no versículo 39: “Os que
estavam à frente repreendiam-no, para que ficasse em silêncio”.
Quando o cego Bartimeu vivia sentado à
beira da estrada, ninguém se preocupava com ele, era desprezado por
todos; agora que decidiu chamar por Cristo, já encontra obstáculos.
O mesmo acontece com você. Antes você era um católico só de nome,
como existem hoje, milhões dentro da Igreja Católica, milhões de “caóticos”
e “catortos”, bonzinhos, mas tão bonzinhos que não servem
para nada; então você resolve ser de Jesus Cristo, resolve acordar e
deixar de lado tudo aquilo que desagrada a Deus, deseja
ardentemente se santificar; então, pessoas da sua própria família e
amigos começam a te criticar e a zombar de você, dizendo que estás
ficando doente e estranho, como escreve São Francisco de Sales:
“Vêem-se
homens e mulheres passarem noites inteiras no jogo; e haverá uma
ocupação mais triste… do que esta? Entretanto, seus amigos se calam;
mas se destinamos uma hora à meditação ou se nos levantamos mais
cedo, para nos prepararmos para a Santa Comunhão, mandam logo chamar
o médico, para que nos cure desta melancolia e tristeza”, e o
mesmo santo acrescenta: “Quem não vê que o
mundo é um juiz iníquo, favorável aos seus filhos, mas intransigente
e severo para os filhos de Deus?”
O cego Bartimeu foi repreendido para que
ficasse em silêncio, para que não chamasse pelo nome de Jesus; e com
você não será diferente. Santo Agostinho escreve o seguinte sobre
essa perseguição contra uma pessoa que se decide seguir a Jesus
Cristo: “Quando eu começar a dar esses passos,
os meus parentes, vizinhos e amigos começarão a ferver… Ficaste
louco? Como és exagerado! Por acaso os outros não são cristãos? Isso
é uma tolice, uma loucura”, e o santo acrescenta:
“E
as pessoas dizem tais coisas para que nós, os cegos não gritemos”,
e São Josemaría Escrivá escreve também: “E
amigos, costumes, comodidades, ambientes, todos te aconselharão:
cala-te, não grites! Por que hás de chamar por Jesus? Não o
incomodes!”
Você não pode se calar diante dos uivos
desses leões assassinos.
O cego de Jericó não se intimidou diante
da repreensão e não calou a boca, pelo contrário:
“…
ele porém, gritava mais ainda”
(Lc 18, 39),
pedindo que Jesus Cristo tivesse compaixão dele. A fé do cego é
ativa: ele grita, insiste, apesar dos obstáculos das pessoas.
Aprendamos do cego de Jericó a não desistirmos jamais, quanto
maiores forem os obstáculos, tanto maior deverá ser o nosso desejo
de perseverarmos na busca de Nosso Senhor, como escreve São
Josemaría Escrivá: “Mas o pobre Bartimeu não
fazia caso deles e continuava ainda com mais força: Filho de Davi,
tem compaixão de mim. O Senhor, que o ouvira desde o começo,
deixou-o perseverar na sua oração. Tal como a ti, Jesus apercebe-se
do primeiro apelo da nossa alma, mas espera. Quer que nos
convençamos de que precisamos d’Ele; quer que supliquemos, que
sejamos teimosos, como o cego de Jericó”.
Não nos intimidemos diante das críticas
e zombarias dos inimigos; pelo contrário, corramos ao encontro do
Senhor com fé profunda e com sincera convicção, passemos por cima de
todos os obstáculos, vençamos todas as barreiras, como escreve Santo
Agostinho: “Por que hás de obedecer às
admoestações do povo e não caminhar sobre as pegadas de Jesus que
passa? Hão de insultar-te, morder-te, empurrar-te para trás, mas tu
clamas até que os teus clamores cheguem aos ouvidos de Jesus, pois
quem for constante naquilo que o Senhor mandou, esse não poderá ser
retido por nenhum poder, e Jesus se deterá e o curará”.
Lc 18, 40-41: “Jesus
se deteve e mandou que lho trouxessem. Quando chegou perto,
perguntou-lhe: ‘Que queres que eu te faça?’ Ele respondeu:
‘Senhor, que eu possa ver novamente!”
A oração do cego Bartimeu é escutada.
Ele conseguiu o que desejava, apesar das dificuldades externas, da
pressão do ambiente que o rodeava e da sua própria cegueira, que o
impedia de saber exatamente onde é que Jesus se encontrava; São
Gregório Magno escreve: “Quando insistimos
fervorosamente na nossa oração, detemos Jesus que passa”.
Em Mc 10, 49 diz: “Detendo-se,
Jesus disse: ‘Chamai-o!' Chamaram o cego, dizendo-lhe: 'Coragem! Ele
te chama. Levanta-te'”.
Você também é chamado a sair do seu
comodismo, do seu egoísmo, desse desejo de vida fácil e relaxada.
Cristo te chama, coragem, levanta-te, vá ao encontro de Nosso
Senhor, Ele te convida, Ele te chama para a santidade, para ser sal
da terra e luz do mundo, como escreve São Josemaría Escrivá:
“…o
Senhor nos procura a cada instante: levanta-te - diz-nos – e sai da
tua poltronaria, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos
teus probleminhas sem importância. Desapega-te da terra, tu que
estás ai rasteiro, achatado e informe”.
Jesus Cristo disse:
“Chamai-o!”
(Mc 10, 49),
e no versículo 50 do capítulo 10 de Mc diz: “Deixando
a sua capa, levantou-se e foi até Jesus”.
O cego de Jericó quando ouviu que Cristo
o chamava, deixou a capa; está claro que para seguir a Nosso Senhor,
precisamos deixar tudo aquilo que lhe desagrada; a "capa" do pecado e
a "capa" do apego às coisas terrenas, somente assim nos uniremos a
Jesus Cristo, como escreve São João da Cruz: “…
quando a alma ama alguma coisa fora de Deus, torna-se incapaz de se
transformar nele e de se unir a ele”, e São Josemaría Escrivá
também escreve: “Não te esqueças de que para
chegar a Cristo, é preciso sacrifício; jogar fora tudo o que
atrapalha”.
Muitas pessoas não seguem a Cristo,
justamente porque não têm coragem de jogar fora o lixo que o mundo
oferece, e o coração das mesmas são verdadeiros depósitos de lixo,
vivem prostradas à beira do caminho, se alimentando do egoísmo e da
preguiça.
Agora o cego Bartimeu está diante de
Jesus Cristo. A multidão rodei-os e contempla a cena. Jesus Cristo
pergunta-lhe: “Que queres que te faça?”
(Lc 18, 41).
Jesus, que podia restituir a vista, por acaso ignorava o que o cego
queria? Nosso Senhor deseja que lhe peçamos.
O cego de Jericó responde-lhe:
“Senhor,
que eu possa ver novamente!”
(Lc 18, 41).
São Gregório Magno diz: “O cego não pediu ouro
ao Senhor, mas a vista”.
“Senhor, que eu
veja!” As palavras do cego podem servir-nos como uma
jaculatória simples que nos aflore ao coração e aos lábios: de modo
particular, quando tivermos de enfrentar questões ou situações que
não saibamos como resolver; como escreve São Josemaría Escrivá:
“Quando
se está às escuras, com a alma cega e inquieta, temos de recorrer,
como Bartimeu, à luz. Repete, grita, insiste com mais força: Senhor
que eu veja!”
Nesses momentos de escuridão, quando
talvez já não sintamos o entusiasmo sensível dos primeiros tempos em
que seguimos o Senhor; quando talvez a oração se torna custosa e a
fé pareça debilitar-se; quando deixamos de ver com tanta clareza o
sentido de uma pequena renúncia e os frutos do nosso esforço
apostólico pareçam ocultar-se, precisamente então deveremos
intensificar a oração. Ao invés de abandonarmos... o trato com Deus,
será o momento de mostrarmos ao Senhor a nossa lealdade, a nossa
fidelidade, redobrando o empenho em agradar-lhe, por maior que seja
o esforço que isso nos exija.
Peçamos a Cristo: Senhor, que eu veja a
vossa santa vontade, para caminhar seguro no caminho da santidade.
Lc 18, 42: “Jesus
lhe disse: ‘Vê de novo; tua fé te salvou”.
O Pe. Francisco Fernández-Carvajal
escreve: “O cego recuperou a vista naquele
instante. O primeiro que viu foi o rosto de Jesus Cristo que lhe
sorria… Não o esqueceria nunca”.
Não duvidemos jamais do poder e da
bondade de Nosso Senhor, Ele está sempre pronto a nos atender,
contanto que não Lhe peçamos coisas prejudiciais à nossa salvação,
como está em São Tiago 4, 2-3: “Não possuis
porque não pedis. Pedis, mas não recebeis, porque pedis mal, com o
fim de gastardes nos vossos prazeres”.
Lc 18, 43: “No
mesmo instante, ele recuperou a vista, e seguia a Jesus,
glorificando a Deus. E, vendo o acontecido, todo o povo celebrou
os louvores de Deus”.
Nesse versículo diz que o cego recuperou
imediatamente a vista; e o que ele fez em seguida? Seguiu a Cristo
Jesus. O cego foi grato a Nosso Senhor, ao invés de seguir o mundo e
o seu lixo, ele preferiu seguir ao Senhor que o havia curado,
preferiu seguir a luz, o mesmo foi grato para com Jesus Cristo.
Santo Ambrósio escreve: “Não há dever mais
urgente do que o de agradecer”.
O mundo está cheio de pessoas ingratas,
que recebem tudo das mãos de Deus, e O trata com frieza, indiferença
e desprezo; Deus as trata com carinho, e as mesmas vivem com as
costas voltadas contra Ele, preferem servir ao mundo e a Satanás do
que seguir e servir a Deus. Quanta ingratidão! Quanta rebeldia! Mas
esse tipo de gente só tem a perder como escreve Santo Irineu:
“Se te mostrares ingrato para com Deus,
perderás ao mesmo tempo a sua
imagem e a sua vida”.
Muitas pessoas, infelizmente, são
ingratas para com Deus. Elas recebem graças e mais graças do alto,
são sustentadas e protegidas continuamente por Deus, são consoladas
pelo Salvador, e agradecem somente aos vizinhos, a família, aos
amigos, etc., e não mencionam o nome de Deus, até parece que Deus
não existe para elas, ou quem sabe, sentem vergonha até de
pronunciar o nome de Deus, se igualam aos animais irracionais.
O cego Bartimeu não agiu assim; no
versículo 43 diz: “… e seguia a Jesus,
glorificando a Deus”, louvando e agradecendo a Deus por ter
recebido tão grande graça. Aprendamos a agradecer a Deus por tudo,
como está no Sl 86, 12: “Eu te agradeço de
todo o coração, Senhor meu Deus, vou dar glória ao teu nome para
sempre”.
No versículo 43 diz também:
“E,
vendo o acontecido todo o povo celebrou os louvores de Deus”.
Sejamos luzes no meio desse mundo
mergulhado nas trevas, busquemos a santidade com entusiasmo. Deus
espera também que a nossa vida e a nossa conduta sirvam para que
muitos encontrem Jesus presente no nosso tempo.
Abandonemos o mundo e as suas vaidades e
sigamos a Jesus Cristo, Ele é o Senhor da nossa vida; amem
apaixonadamente a Cristo Jesus, somente n’Ele você encontrará a
verdadeira alegria, porque Ele é a Alegria Infinita.
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
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