Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

(Gravada em CD no dia 28 de abril de 2005)

 

 

Mt 11, 20: “Então começou a verberar as cidades onde havia feito a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido”.

 

O versículo 20 diz que Jesus Cristo começou a verberar, isto é, a censurar com aspereza as cidades às margens do lago, porque nestas cidades, Ele havia feito a maior parte de seus milagres, e elas continuaram indiferentes e não se arrependeram.

A princípio comentarei sobre o lago, cujas cidades censuradas por Nosso Senhor ficavam próximas dele. Ele chama-se lago de Genesaré, e o mesmo é chamado também de Tiberíades e mar da Galiléia. A sua longitude de norte a sul é de vinte quilômetros, e de doze quilômetros a sua largura máxima, do oriente ao poente. É uma depressão que retém as águas do Rio Jordão, a sua superfície está a duzentos e doze metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e a profundidade do lago oscila entre quarenta e cinqüenta metros. O lago de Genezaré é rico em pesca e costuma estar tranqüilo, ainda que sejam características as suas tempestades que se formam de repente, provocadas pelos ventos de furação do norte. Em meia hora pode mudar o aspecto do lago, e as ondas chegam a atingir dois metros de altura.

Jesus Cristo, Nosso Senhor, esteve por várias vezes nesse lago, como está em Jo 6, 1: “Depois disso, passou Jesus para a outra margem do mar da Galiléia ou de Tiberíades”, em Lc 5, 1 diz também: “Certa vez em que a multidão se comprimia ao redor dele para ouvir a palavra de Deus, à margem do lago de Genesaré”, e em Jo 21,1 diz ainda: “Depois disso, Jesus manifestou-se novamente aos discípulos, às margens do mar de Tiberíades”. Está claro que Jesus Cristo pregou a Boa Nova às margens do lago de Genezaré; principalmente em Corazin ou Corozain, Betsaida e Cafarnaum. Nesse versículo 20 que está sendo comentado, fala que Jesus Cristo censurou com aspereza essas três cidades por causa da incredulidade delas.

Farei um breve comentário sobre cada uma delas, porque assim ficará mais fácil para entender esse trecho de Mt 11, 20-24.

Primeiro, comentarei sobre a cidade de Corazin ou Corozain. Como já foi falado, é uma das cidades amaldiçoadas por Jesus Cristo por causa de sua incredulidade. O local identifica-se com o atual Khirbet Kerazeh, a cerca de 3 km a noroeste de Cafarnaum. Encontram-se ai as ruínas de uma sinagoga de basalto preto, construída no III ou IV século depois de Cristo.  Nesse versículo que está sendo comentado diz que Corazin ou Corozain é uma dessas cidades onde Nosso Senhor fez a maior parte de seus milagres.

Outra cidade amaldiçoada por Cristo Jesus chama-se Batsaida. É terra de São Pedro, Santo André e São Filipe: “ Filipe era de Betsaida, a cidade de André e de Pedro” (Jo 1, 44) . É também local da cura de um cego: “E chegaram a Betsaida. Trouxeram-lhe então um cego, rogando que ele o tocasse” (Mc 8, 22).

Hoje, geralmente se aceita que o local de Betsaida seja o do atual Et Tell, situado a cerca de 3 km ao norte do mar da Galiléia e a leste do Rio Jordão e de Khirbet El Araj, ao longo da margem do lago, ao sul de Et Tell.

Flávio Josefo diz que o tetrarca Filipe fundou nesse local a sua capital, denominando-a Júlia para homenagear o nome da filha de Augusto. Hoje, pensa-se que Khirbet El Araj na margem do lago, seja o local da antiga aldeia de pescadores e que El Tell seja o local  da nova cidade mandada construir por Filipe.

O nome da terceira cidade amaldiçoada por Jesus Cristo é Cafarnaum.

Cafarnaum, cidade da Galiléia, identificada com a atual Tell Hum, na margem norte do mar da Galiléia, a Oeste do Rio Jordão. O local se encontra a cerca de 35 km de Nazaré.

Cafarnaum é o centro da atividade de Jesus na Galiléia. Em Mt 4, 13 afirma que Jesus havia                   estabelecido a sua residência em Cafarnaum: “… e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, à beira-mar”, e em Mt 9, 1, Cafarnaum é chamada “a sua cidade”: “E entrando em um barco, ele atravessou e foi para a sua cidade”.

Jesus Cristo deu início ao seu ministério público ensinando na sinagoga de Cafarnaum aos sábados: “Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado, foram à sinagoga. E ali ele ensinava” (Mc 1, 21). Foi em Cafarnaum que ocorreu a cura do criado do centurião (Mt 8, 5-13). Foi também em Cafarnaum que ocorreu a cura do paralítico (Mc 2, 1-12).

Cafarnaum é uma dessas cidades onde Jesus Cristo fez a maior parte de seus milagres.

 

Mt 11, 21: “Ai de ti, Corozain! Ai de ti Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza”.

 

Como já foi falado, Corozain e Betsaida eram duas cidades florescentes, situadas na margem norte do lago de Genezaré, não longe de Cafarnaum. Durante o Seu ministério público, Jesus pregou com freqüência nestas cidades, e realizou ali muitos milagres. Nesse versículo 21 do capítulo 11 do Evangelho de São Mateus, Jesus Cristo verbera, censura com aspereza as cidades de Corozain e de Betsaida, por causa da incredulidade das mesmas: “Ai de ti, Corozain! Ai de ti Betsaida!”  O tom de santa e queixosa indignação nas palavras do Senhor  mostra a gravidade da incredulidade dessas cidades. Como já foi comentado no versículo 20, Ele havia feito a maior parte de seus milagres nessas cidades.

Hoje, existem muitas “Corozains” e “Betsaidas” dentro da Igreja Católica. São aquelas pessoas que ouvem a Palavra de Deus durante a homilia ou sermão na Santa Missa, ou então em uma palestra, etc., e ao invés de seguirem o que a Sagrada Escritura ordena, preferem seguir as máximas do mundo, recebem água cristalina, mas preferem a lama oferecida pelo mundo inimigo de Deus.  Para essas pessoas incrédulas São Tiago escreve: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos!” (1, 22), e em Mt 7, 26 diz também: “… todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia”.

O católico não pode seguir o péssimo exemplo dessas duas cidades, Corozain e Betsaida, que receberam tanto de Nosso Senhor, e mesmo assim, preferiram cruzar os braços e viverem na incredulidade. O Papa João Paulo II escreve: “… o cristão não deve trair, não deve entusiasmar-se com palavras vãs... A sua missão é sumamente delicada, porque deve ser fermento na sociedade, luz do mundo, sal da terra. O cristão deve ir contra a corrente, deve dar testemunho de verdades absolutas… deve perder a sua vida terrena para ganhar a eternidade, deve tornar-se responsável pelo próximo para o iluminar, o edificar, o salvar”.

Está claro que Corozain e Betsaida não corresponderam com a graça de Deus, e por isso, foram censuradas rigorosamente por Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitos católicos vão à igreja e vivem como se Deus não existisse, agem como pagãos, até se atrevem em falar no nome de Deus, mas não vivem nada; só possuem rótulo de católico, são de fachada, para esses cabe muito bem essa passagem de Mt 15, 8: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim”, e em Tt 1, 16 diz: “Afirmam conhecer a Deus, mas negam-no com os seus atos”. Essa é a triste realidade, basta dar uma volta em um quarteirão para comprovar a incredulidade das pessoas.

O católico não pode ficar indiferente e frio, como Corozain e Betsaida; ele deve corresponder com a graça de Deus e trabalhar com fervor e entusiasmo para o bem das almas; porque essa indiferença por parte de milhões de católicos encoraja e fortalece os inimigos da Santa Igreja, como escreve o Papa Leão XIII: “… nada tanto encoraja a audácia dos maus, como a falta de coragem dos bons” ; é justamente o que está acontecendo hoje, a Santa Igreja está sendo sufocada, só não enxerga aquele que é cego ou se faz de cego, ou quem vive a heresia do indiferentismo, que sustenta que todas as religiões são igualmente gratas a Deus, que tão boa é uma como outra.

Como já foi comentado, Jesus Cristo verberou contra Corozain e Betsaida dizendo: “Ai de ti, Corozain! Ai de ti Betsaida!”, depois, no mesmo versículo, isto é, no 21 Ele diz: “Por que se em Tiro e em Sidônia tivesssem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza”.

Jesus não estava feliz e nem satisfeito com o comportamento de Corozain e Betsaida; essas cidades receberam por várias vezes a visita d’Ele, presenciaram muitos milagres, mas não se convertiam, viviam adormecidas, como a maioria dos católicos de hoje; então Ele as censurou com aspereza dizendo: “… se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito se teriam arrependido...”

Por que Nosso Senhor menciona as cidades de Tiro e Sidônia? O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Tiro e Sidônia eram antigas cidades fenícias sobre o Mar Mediterrâneo. Sendo pagãs, tinham recebido menos graças do que Corozain e Betsaida”. Tiro e Sidônia eram célebres pelos seus vícios; no livro do profeta Zacarias 3, 3-4 diz: “Tiro construiu para si uma fortaleza e amontoou prata como pó e ouro como lama das ruas. Eis que o Senhor se apoderará dela, precipitará no mar a sua força, e ela será devorada pelo fogo”.

Jesus Cristo cita Tiro e Sidônia como cidades do paganismo, que se teriam convertido, caso elas tivessem recebido o ministério que Ele realizara nas cidades de Corozain e Betsaida; Ele diz sobre Tiro e Sidônia: “… há muito se teriam arrependido, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza” ; cilício é um cinto de arame ou um cordão de lã áspera, que por penitência, se usa sobre a pele.

Católico, não despreze a graça de Deus, não jogue fora a formação que você recebeu, não seja uma pessoa incrédula e indiferente. Assim como Cristo censurou as cidades de Corozain e de Betsaida por serem incrédulas; Ele censurará também a você dizendo: Ai de ti, católico, que foi batizado, mas que vive como pagão. Ai de ti, católica, que conhece a verdade sobre as modas, mas se veste como uma atéia. Ai de ti, jovem, que fizeste a primeira Comunhão e a crisma, e que vive mergulhado nas trevas, etc; Cristo Jesus pedirá conta de tudo, como está em Lc 12, 48: “A todo aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” , e São Gregório Magno escreve: “Quando o Juiz vier, exigirá de cada um de nós tanto quanto nos deu” . Não brinque e não abuse da graça de Deus.

Infeliz do católico que antes não conhecia a Deus, e depois que O conheceu, voltou novamente para o pecado, em 2 Pd 2, 20-22 diz: “Com efeito, se, depois de fugir às imundícies do mundo pelo conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de novo são seduzidos e se deixam vencer por elas, o seu último estado se torna pior do que o primeiro. Assim, melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça do que, após tê-lo conhecido, desviarem-se do santo mandamento que lhes foi confiado. Cumpriu-se neles a verdade do provérbio: o cão voltou ao seu próprio vômito, e: “A porca lavada tornou a revolver-se na lama”.

Existem milhões de chineses na China comunista que nunca tiveram a oportunidade de ouvir uma pregação sobre Jesus Cristo; e se tivessem uma oportunidade, com certeza viveriam mais santamente do que muitos católicos que vão à igreja todos os dias, mas se comportam como pagãos; como já foi falado, muitos católicos se assemelham a poças de água parada, isto é, já estão apodrecendo, são parasitas e sanguessugas.

Muitos católicos vão à igreja, mas vivem estacionados na vida espiritual, é aquela árvore verde que só possui folhas, mas não produzem nenhum fruto. São as "Corozains" e as "Betsaidas" de hoje.

 

Mt 11, 22: “Mas eu vos digo: No Dia do Julgamento haverá menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós”.

 

Jesus Cristo é justo. Ele diz que no dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidônia, porque receberam menos graças, do que para Corozain e Betsaida, que receberam graças e mais graças, e viveram na indiferença e não se converteram.

Deus pedirá contas a cada um segundo as suas circunstâncias pessoais, ninguém terá desculpa. Todo o homem tem nesta vida uma missão para cumprir, dela teremos de responder diante do tribunal divino e seremos julgados segundo os frutos, abundantes ou escassos, que tenhamos dado. Você está preparado para comparecer diante do tribunal de Deus? O que você está esperando? A vida é breve, acorda enquanto é tempo.

Lembre-se com freqüência da passagem de Lc 12, 48: “Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais será reclamado”.

Católico, descruze os braços e trabalhe para a glória de Deus enquanto é tempo, enquanto você ainda está vivo, como escreve São Josemaría Escrivá: “Não podemos parar. O Senhor pede-nos uma luta cada vez mais rápida, cada vez mais profunda, cada vez mais extensa. Estamos obrigados a superar-nos, porque, nesta competição, a única meta é chegar à glória do céu. E se não chegarmos ao céu, nada terá valido a pena”.

Católico, lembre-se de que a Igreja Católica não é ponto de ônibus e muito menos cemitério ou clínica de repouso.

 

Mt 11, 23: “E tu, Cafarnaum, por acaso te elevarás até o céu? Antes, até o inferno descerás. Porque se em Sodoma tivessem sido realizados os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje”.

 

Nesse versículo, Jesus Cristo verbera, censura com aspereza a cidade de Cafarnaum. Em Mt 4, 13 diz que Jesus havia estabelecido a sua residência em Cafarnaum; e no mesmo Evangelho 9, 1 diz que Cafarnaum é chamada a sua cidade, a cidade de Jesus Cristo.

Cafarnaum era uma cidade muito transitada, situada ao norte da Galiléia, à margem do lago, era uma das mais belas de todo o litoral. Em Cafarnaum, assim como em Corozaim e Betsaida, Jesus Cristo havia feito a maior parte de seus milagres (Mt 11, 20).

O que foi comentado sobre as cidades de Corozain e Betsaida no versículo 21, serve também para a cidade de Cafarnaum, que recebeu muitas graças e não se converteu.

Jesus Cristo, o Deus verdadeiro, pergunta para Cafarnaum: “E tu, Cafarnaum, por acaso te elevarás até o céu?”, e o mesmo Senhor responde: “Antes, até o inferno descerás”. Cristo Jesus é justo e verdadeiro, mesmo sendo Cafarnaum uma cidade muito visitada por Ele, e onde o mesmo até havia residido, não foi poupada, mas o Senhor a censurou com rigor. O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Cafarnaum, por exemplo, elevada até o céu, porque nela habitara o Filho de Deus. Prova isto que não é tanto o crime que torna culpado, como o abuso e o desprezo da graça”, e o mesmo Cônego acrescenta: “Homens do campo, simples e ignorantes, terão no dia do juízo mais misericórdia do que muitos sábios e grandes do século que, tendo recebido mais luzes do que eles, não tiveram talvez a mesma simplicidade de coração”.

O que foi falado sobre Tiro e Sidônia no versículo 21, serve também aqui para a cidade de Sodoma. Nesse versículo 23 diz: Porque se em Sodoma, que era uma cidade do vício, tivesse sido realizados os milagres que Ele (Jesus) realizou em Cafarnaum, Sodoma teria permanecido até hoje. Sabemos que a cidade de Sodoma, juntamente com a cidade de Gomorra, foram destruídas por causa de seus vícios (Gn 19, 1-29).

Muitos católicos, só porque possuem algum cargo na comunidade, pensam que já estão salvos; lembre-se católico, de que Deus não faz acepção de pessoas: “… o Deus grande… que não faz acepção de pessoas e não aceita suborno” (Dt 10, 17). Assim como Cristo não poupou Cafarnaum, com certeza também não te poupará; se você viver de braços cruzados e infiel a Ele, cargo nenhum te salvará. Nosso Senhor oferece-nos constantemente a sua graça para nos ajudar a sermos fiéis, isto é, a cumprirmos o dever de cada momento. Da nossa parte, resta-nos aceitar essas ajudas e cooperar com elas generosamente e com docilidade.

 

Mt 11, 24: “Mas eu vos digo que no Dia do Julgamento haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para vós”.

 

O que foi comentado no versículo 22, onde fala que no dia do julgamento haverá menos rigor para Tiro e Sidônia do que para Corozain e Betsaida, serve também para esse versículo 24; onde Jesus Cristo diz que no dia do julgamento haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para Cafarnaum; porque Cafarnaum recebeu muito e desprezou a graça de Deus.

Católico, o Cônego Duarte Leopoldo escreve: “A maldição de Jesus Cristo contra Corozain, Betsaida e Cafarnaum, realizou-se dezenove anos depois, e, tão ao pé da letra, que, destruídas pelos romanos, ainda hoje não puderam descobrir os vestígios das suas ruínas”.

Não deixe a graça de Deus passar em vão na vossa vida, lute a cada instante e cumpra com pontualidade o vosso dever, e assim, estarás entesourando tesouros no céu.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A desgraça para as cidades às margens do lago”.

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/biblicas/003_desgraca_cidades.asp

 

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