Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

(Gravada em CD no dia 25 de maio de 2005)

 

 

Prezado católico, no Salmo 118, 160 diz: “O princípio da tua palavra é a verdade”. Está claro que a Palavra de Deus é verdadeira, aquele que a obedece anda pelo caminho seguro.

São Jerônimo escreve: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”, leia e medite a Palavra de Deus com freqüência, e aumentarás no vosso coração o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Salvador.

 

Em Mt 25,1 diz: “Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo”.

 

Prezado católico, no início do versículo 1 que está sendo comentado diz: “Então o Reino dos Céus será semelhante…” O Cônego Duarte Leopoldo diz que "...este trecho fala do Juízo Particular que acontecerá logo após a morte de cada pessoa", como está em Hebreus 9, 27: “… os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”, e Santo Afonso Maria de Ligório também escreve: “… o juízo particular se efetua no mesmo instante em que o homem expira, isto é, morre… e onde a alma se separa do corpo, a mesma é julgada por Nosso Senhor”. Essa parábola centraliza-se, pois, no instante em que Deus vem ao encontro da alma: o momento da morte. São Josemaría Escrivá diz: “Há de chegar também para nós esse dia, que será o último… Confiando firmemente na graça de Deus, estamos dispostos desde este momento, com generosidade, com fortaleza, com amor nos pormenores, vivendo bem cada momento presente, a acudir a esse encontro com o Senhor levando as lâmpadas acesas. Porque nos espera a grande festa do céu”.

Católico, você sabe que tudo passa, tudo acaba, tudo morre; e que após a morte, a alma comparecerá diante de Deus para ser julgada, e o Juiz, que é Deus; não o seu vizinho, nem o seu parente, nem outra pessoa qualquer, pedirá conta de tudo, como escreve São Gregório Magno: “Quando o Juiz vier, exigirá de cada um de nós tanto quanto nos deu”.

No versículo 1 fala também sobre dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.

Entre os hebreus, a mulher, depois de celebrados os esponsais, isto é, cerimônias antenupciais, permanecia ainda uns meses na casa de seus pais. Tempos depois, tinha lugar uma segunda cerimônia, na casa da esposa, mais festiva e solene, só após a qual, marido e mulher, se dirigiam para o novo lar. Na casa da esposa, esta esperava o marido acompanhada por outras jovens não casadas. Quando chegava o esposo, as companheiras da noiva, junto com os convidados, entravam com ele e, fechadas as portas, começava a festa.

O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Como a festa se fazia à noite, levavam-se pequenas lâmpadas acesas e um vaso de óleo, tal como se encontra nos antigos desenhos das catacumbas romanas”.

O Cônego Duarte Leopoldo diz também: “O esposo é Jesus Cristo… as dez virgens representam a universalidade das almas chamadas às núpcias da Encarnação do Verbo”, e o Pe. Francisco Fernández-Carvajal diz: “O esposo é Cristo… as virgens representam os homens que compõem a humanidade”.

 

Em Mt 25, 2 diz: “Cinco eram insensatas e cinco, prudentes”.

 

O Cônego Duarte Leopoldo diz: “As cinco virgens prudentes são as almas justas, e as cinco virgens insensatas são as pecadoras”.

Caríssimo católico, as virgens prudentes representam os católicos autênticos e fervorosos que vivem santamente, vivendo bem cada momento presente. Representam os católicos que permanecem vigilantes, dedicados em praticar somente o bem; que lutam para seguir os mandamentos da Santa Igreja e os da Lei de Deus; que evitam o pecado e que se esforçam para crescerem a cada dia no amor de Deus. E as virgens loucas, representam aqueles católicos desleixados, que não se preocupam com a salvação da própria alma; que zombam da piedade, da santidade e que jogam o tempo fora. Cada dia que passa o mundo se transforma em um grande hospício, porque se multiplicam continuamente as virgens loucas.

E você, é uma virgem prudente ou uma virgem louca? Lembre-se de que a vida é breve, acorde enquanto é tempo.

 

Em Mt 25, 3-4 diz: “As insensatas, ao pegarem as lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes levaram vasos com suas lâmpadas”.

 

Prezado católico; São Jerônimo, Santo Hilário e Orígenes dizem que a lâmpada designa a fé; o óleo designa as boas obras, sem as quais é morta a nossa fé, como está em São Tiago 2, 17: “Assim também a fé, se não tiver obras, está morta em seu isolamento”.

As virgens prudentes levaram vasos com suas lâmpadas; mas as loucas ao pegarem as lâmpadas, não levaram azeite consigo. O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “As virgens prudentes são, pois, as almas que tem a fé e também as obras de misericórdia, de caridade e de outras virtudes; as loucas, as pecadoras que crêem e não praticam, são os católicos do Credo e hereges dos Mandamentos”. O Cônego acrescenta: “Não basta crer para salvarmos a nossa alma, é ainda indispensável agir conforme os ensinos da fé, não de uma fé individual, como a quer e entende cada um, mas como a quer e entende Jesus Cristo e ensina a sua Igreja”.

As virgens loucas possuíam as lâmpadas da fé, mas não possuíam o óleo das boas obras  nem a chama da caridade.

Católico, cuidado com o vosso comportamento relaxado e preguiçoso, lembre-se de que tudo passa e que não basta a fé para se salvar, em São Tiago 2, 19 diz: “Tu acreditas que há um só Deus? Fazes bem; também os Demônios acreditam e, no entanto, estremecem”, e São Beda diz também: “Crer que Ele é Deus, também os Demônios creram. Mas crer tendendo para Deus, é próprio dos que amam a Deus, que não são cristãos só pelo nome, mas também pelas obras e pela vida. Por que sem amor a fé é inútil. Com amor, é a fé do cristão; sem amor, a fé do Demônio”.

Você deve ser uma virgem prudente, isto é, carregar sempre consigo a lâmpada da fé e também o óleo das boas obras, e assim esperará com confiança a vinda do Esposo Celeste, que é Jesus Cristo.

Infeliz do católico que joga o tempo fora, que serve o mundo ao invés de servir a Deus, esse é realmente louco, é uma virgem insensata.

O católico que está sempre preparado para a vinda do Esposo Celeste é sábio e prudente, esse sabe realmente o que é o melhor para a sua alma.

 

Em Mt 25, 5-6 diz: “Atrasando o noivo, todas elas acabaram cochilando e dormindo. Quando foi aí pela meia-noite, ouviu-se um grito: “O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!”

 

Caríssimo católico, o Cônego Duarte Leopoldo escreve: “A demora do Esposo será até o momento da morte”. Está claro que não podemos adiar a nossa conversão e a nossa mudança de vida; não podemos deixar para depois o bem que podemos fazer hoje; precisamos estar sempre preparados para o encontro com Nosso Senhor que acontecerá logo após a nossa morte. O Pe. Francisco Fernándes-Carvajal escreve: “Imediatamente depois da morte, terá lugar o Juízo Particular, em que a alma, com uma luz recebida de Deus, verá num instante e com toda a profundidade os méritos e as culpas da sua vida na terra, as suas boas obras e os seus pecados”.

No versículo 5 diz: “Atrasando o noivo, todas elas acabaram cochilando e dormindo”. O Padre Gabriel de Santa Maria Madalena diz: “Quer a prudência que sejamos vigilantes, mantenhamos acesas as chamas da fé e da caridade, mesmo que tarda a vinda de Cristo, o Esposo. Fé e caridade fracas não resistem por longo tempo. Temos de prever e nos prover com antecedência”.

Jesus Cristo é o Esposo que chega a uma hora desconhecida, como está em São Marcos 23, 33: “Atenção, e vigiai, pois não sabeis quando será o momento”.

As virgens prudentes providenciaram óleo suficiente para alimentar suas lâmpadas. As virgens loucas, ao contrário, nem pensaram nisto. Bem preparadas e providas estão as virgens prudentes. Podem, portanto, enfrentar o prolongar-se da vigília noturna e, à chegada do Esposo porque, estão prontas, isto é, preparadas.

No versículo 6 diz: “Quando foi pela meia-noite, ouviu-se um grito: “O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!” Essa vigília é a vida cristã. Não sabemos nem o dia nem a hora que o Senhor virá, isto é, o noivo; cabe-nos vivermos sempre preparados, isto é, na graça de Deus e entesourando tesouros no céu através das boas obras, da oração constante, da recepção digna dos sacramentos, etc.

E você, vive preparado para comparecer diante do Esposo da vossa alma? Ele pode até demorar, mas um dia virá . Você está sempre atento para que Ele não te encontre desprevenido; ou você vive adormecido no sono profundo da indiferença e do relaxamento? Acorde católico, acorde enquanto é tempo; feliz daquele que se mantém sempre vigilante a exemplo dos santos, que trabalharam fervorosamente para a glória de Deus e que pisaram as vaidades desse mundo inimigo de Deus.

Quando o Esposo chegar, isto é, Jesus Cristo, se ouvirá uma voz terrível: O noivo vem aí! Saí ao seu encontro! Ninguém fugirá do Senhor Jesus; agora, você que é uma virgem louca, pode até zombar da religião, como costuma fazer; pode chutar a graça de Deus; trocar a oração pelas novelas; trocar a igreja pelos botecos, caçoar da Palavra de Deus, etc, porque você é livre; mas desse encontro com o Senhor, com o Esposo da vossa alma, você não escapará; vai comparecer nem que seja amarrado, esperneando, gritando, etc., com certeza a sua gracinha custará caro, muito caro.

Feliz do católico que vive santamente; quando esse ouvir o grito: “O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!”, ficará tranqüilo, porque seguiu os conselhos de Santo Agostinho que diz: “Vela com o coração, vela com a fé, com a caridade, com as obras (…); prepara as lâmpadas, cuida de que não se apaguem (…), alimenta-as com o azeite interior de uma reta consciência; permanece unido ao Esposo pelo Amor, para que Ele te introduza na sala do banquete, onde a tua lâmpada nunca se extinguirá”.

Católico, na hora em que ouvirmos o grito: “O noivo vem aí! Saí ao seu encontro!” "Que alegria nos darão então as jaculatórias que tivermos rezado ao passarmos por uma igreja, as genuflexões diante do Santíssimo Sacramento, as horas de trabalho oferecidas a Deus, o sorriso que tanto nos custou naquela tarde que nos encontrávamos tão cansados, a prontidão com que nos arrependemos dos nossos pecados e fraquezas, os esforços por aproximar aquele amigo do sacramento da confissão, as obras de misericórdia, a ajuda econômica e o tempo que pusemos à disposição daquela boa obra, etc." (Pe. Francisco Fernández-Carvajal), ouvinte, esse é o azeite que mantém viva a chama e acesa a luz; por isso, não cochile, faça sempre o bem, e assim você não terá receio algum de apresentar-se diante de Cristo Jesus; pelo contrário, terá uma imensa alegria e muita paz, como escreve Santa Teresa de Jesus: “Porque grande consolação causará à hora da morte, ver que seremos julgados por Aquele a quem amamos sobre todas as coisas. Poderemos partir seguras com o pleito das nossa dívidas: não será ir a terra estranha, mas à nossa própria, pois é a Pátria daquele Senhor a quem tanto amamos e que nos ama tanto”.

Lembre-se de que a vida passa como um relâmpago, faça o bem enquanto é tempo, não viva nesse indiferentismo e nessa frieza espiritual; viva sempre preparado, porque o Senhor Jesus chegará a uma hora desconhecida.

 

Em Mt 25, 7-9 diz: “Todas as virgens levantaram-se, então, e trataram de aprontar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando’. As prudentes responderam: ‘De modo algum, o azeite poderia não bastar para nós e para vós. Ide antes aos que vendem e comprai para vós”.

 

Caríssimo católico, no versículo 7 diz que todas, todas as virgens levantaram-se e trataram de aprontar as lâmpadas; está claro que todos terão que comparecer diante do Divino Juiz; virgens prudentes, isto é, os católicos santos, e as virgens loucas, isto é, os católicos pecadores, como está na 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 10: “Porquanto todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal”, e o Cardeal John Henry Newman diz também: “Para cada um de nós há de chegar esse momento terrível em que compareceremos perante o dono da vinha para responder pelas obras que tivermos realizado na terra, boas e más”.

No versículo 8 diz: “As insensatas disseram às prudentes: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando”. O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Como podiam atender a pedido tão indiscreto essas virgens prudentes? Os vasos são pequenos e só contém o absolutamente necessário. O óleo basta para um, mas não chega para dois”.

As virgens loucas passaram a vida toda adormecidas, como vivem hoje milhares de católicos, perdendo o tempo com o vazio do mundo. Na hora de comparecerem diante do Esposo, Jesus Cristo, as virgem loucas, foram pedir azeite para as virgens prudentes, porque as suas lâmpadas estavam se apagando, não tinham o azeite das boas obras, a chama da caridade estava se apagando, e ninguém pode dar a graça santificante que está na sua alma para outra pessoa. No versículo 9 diz: “As prudentes responderam: “De modo algum, o azeite poderia não bastar para nós e para vós. Ide antes aos que vendem e comprai para vós”. O Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Ide, pois, àqueles que o vendem, isto é, aos padres que dão a graça e o necessário para a salvação. Eles a vendem, não por dinheiro, mas a troco dos sentimentos de verdadeira contrição”.

Prezado católico, não seja como as virgens loucas, seja sábio e prudente, não deixe para a última hora o negócio da vossa salvação, como escreve São Pedro Julião Eymard: “Salvar a minha alma… eis o principal negócio de minha vida”. Trabalhe fervorosamente agora, e não deixe para a última hora, como fizeram as virgens loucas, como escreve São Josemaría Escrivá: “A partir desse momento, as virgens loucas já se empenham em preparar-se para esperar o Esposo: vão comprar o azeite. Mas decidiram-se tarde”. Cuidado, católico, para não decidir-se tarde, para evitar tão grande perigo, viva sempre na graça de Deus; não seja uma virgem louca.

 

Em Mt 25, 10 diz: “Enquanto foram comprar o azeite, o noivo chegou e as que estavam prontas entraram com ele para o banquete de núpcias. E fechou-se a porta”.

 

Prezado católico, elas foram comprar o azeite. São Josemaría Escrivá diz: “Decidiram-se tarde”.

Imediatamente depois da morte a alma entrará no banquete de bodas ou encontrar-se-á diante de umas portas fechadas para sempre. Santo Tomás de Aquino escreve: “Os méritos ou a falta deles (os pecados, as omissões, as manchas que ficaram por purificar…) são para as almas, o que a leveza e o peso são para os corpos, que os fazem ocupar imediatamente o seu lugar”.

As virgens loucas decidiram-se tarde; com certeza, muitos católicos que passam a vida brincando com a graça de Deus, desejarão nascer de novo para reparar na segunda vida, o que não fizeram na primeira, mas isso não lhes será concedido, porque o homem morre somente uma vez, como está em Hebreus 9, 27.

As virgens loucas que deixaram tudo para a última hora foram apressadamente comprar o azeite; o Cônego Duarte Leopoldo escreve: “Ir aos vendedores, comprar o óleo, preparar as lâmpadas de novo, voltar à procura do esposo, etc., tudo isto exige tempo e trabalho”, por isso, siga o conselho de São João Berchmans: “Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”.  Imagine, caríssimo católico, na hora da morte, o desespero e a aflição dessas pessoas que chutaram a graça de Deus, e que comparecerão diante do Juiz carregadas de pecados, sendo que tiveram tudo para serem santas, mas preferiram o pecado. Será que Jesus Cristo aceitará desculpas? Claro que não!

Na ausência das virgens loucas, o noivo chegou, e as que estavam prontas entraram com Ele para o banquete de núpcias, diz o versículo 10. Elas, as virgens prudentes, entraram com o Senhor para o banquete, justamente porque estavam preparadas, viveram sempre na amizade com Deus, não deixaram para a última hora; e a Palavra de Deus diz: “E fechou-se a porta” (Mt 25, 10). Lembre-se católico, de que Deus é misericordioso, mas é justo também, Deus é Pai e não palhaço, infeliz daquele que abusa de sua misericórdia: “Deus é clemente, mas também é justo”, escreve Santo Afonso Maria de Ligório, e o mesmo santo diz também: “A clemência foi prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela”.

E você, está preparado para entrar para o banquete? Se não está preparado, o que está esperando? Que o Senhor chegue e pegue você despreparado? Cuidado! Cuidado! Depois que fechar a porta, com certeza você ficará de fora para sempre.

 

Em Mt 25, 11-12 diz: “Finalmente, chegaram as outras virgens, dizendo: ‘Senhor, Senhor, abre-nos!’ Mas ele respondeu: “Em verdade vos digo: não vos conheço!”

 

Católico, o Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: “As virgens loucas, que representam os cristãos negligentes no cumprimento dos próprios deveres… chegam tarde demais e em vão suplicam: “Senhor, Senhor, abre-nos!”, e São Josemaría Escrivá diz: “Não é que tivessem permanecido inativas, porque tentaram fazer alguma coisa… Mas ouvem a voz que lhes responde com dureza: não vos conheço. Não souberam ou não quiseram preparar-se com a devida solicitude e esqueceram-se de tomar a razoável precaução de adquirir o azeite a tempo. Faltou-lhes generosidade para cumprir o pouco que lhes fora pedido. Tinham tido muitas horas à sua disposição, mas desaproveitaram-nas”, e o Cônego Duarte Leopoldo também escreve: “A expressão – Senhor, Senhor – deixa ver a angústia, o remorso, o temor do infeliz que chegar à eternidade com as mãos vazias. Já não é tempo, e o Senhor desconhece os que em vida o desconheceram, não tanto pela fé como pelas obras”. Lembre-se de que Jesus Cristo não esperou pelas virgens loucas.

Caríssimo, para se salvar, não basta clamar por Deus, exige-se “a fé que opera pela caridade” (Gl 5, 6). Por isso, ouvem as virgens loucas a resposta: “Não vos conheço! (Mt 25, 12).

Aquele que não ouve a voz de Cristo e que não observa os seus mandamentos, não é ovelha de seu rebanho e nem seu amigo; e por isso será excluído da intimidade de suas núpcias eternas.

Prezado católico, se você continuar sendo essa árvore verde dentro da Igreja, essa árvore que só possui folhas e que não produz frutos;  se permanecer parado como uma água podre dentro da Igreja; se continuar com essa vida de parasita e sanguessuga que só confessa, comunga, ouve a pregação… etc., e depois ao invés de ser um fervoroso missionário, prefere ficar parado; com certeza você ouvirá da boca de Nosso Senhor na hora do Juízo essas duras palavras: “Não vos conheço!”

Hoje, a maioria dos católicos que ainda vai à Santa Missa, chega em casa e corre imediatamente para as novelas ou então para os botecos, e assim vai empurrando a vida; esses católicos também são virgens loucas; possuem a fé, mas não praticam boas obras, isto é, continuam com as mãos vazias, com a lâmpada sem óleo.

Deve ser muito triste ouvir da boca da misericórdia as palavras: “Não vos conheço!” Se você não quiser ouvir tais palavras, acorde enquanto é tempo.

 

Em Mt 25, 13 diz: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.

 

Católico, a chegada do esposo, alta noite, e a tardança indica que ninguém sabe quando lhe fechará o Senhor as portas da eternidade e justifica a exortação final: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Mt 25, 13).

Viva sempre unido a Nosso Senhor, isto é, vigilante; que Ele, o Senhor da vida ocupe o primeiro lugar no vosso coração. Permaneça em atitude vigilante e acordado, como Jesus lhe pede no final desta parábola: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora”.

"Para nos prepararmos para esse encontro com o Senhor e não termos surpresas à última hora, devemos ir adquirindo um conhecimento profundo de nós mesmos, agora que é tempo de merecimentos e de perdão. Porque se nos julgássemos a nós mesmos, fazendo penitência, escreve São Paulo aos Coríntios, não seríamos com certeza julgados (1 Cor 11, 31); não se descobriria, com surpresa, nada que antes não tivéssemos conhecido e reparado.

Para isso, é necessário que façamos bem o exame diário de consciência, de maneira que tenhamos diante dos olhos, sob a luz divina, os motivos últimos dos nossos pensamentos, atos e palavras, e assim possamos aplicar com prontidão os remédios oportunos"(Pe. Francisco Fernández-Carvajal).

Prezado católico, fale juntamente com São Metódio de Olimpo: “Vamos juntos ao encontro do Esposo com brancas vestes, com lâmpadas… Despertemo-nos antes que o rei transponha a soleira…”

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A parábola das dez virgens”.

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/biblicas/006_dez_virgens.asp

 

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