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					O ÓBOLO DA VIÚVA 
					
					(resumo) 
					  
					
					Em Mc 12, 
					41-44 diz: 
					“E, sentado frente ao Tesouro do Templo, observava como a 
					multidão lançava pequenas moedas no Tesouro, e muitos ricos 
					lançavam muitas moedas. Vindo uma pobre viúva, lançou duas 
					moedinhas, isto é, um quadrante. E chamando a si os 
					discípulos, disse-lhes: ‘Em verdade eu vos digo que esta 
					viúva que é pobre lançou mais do que todos os que ofereceram 
					moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do que lhes 
					sobrava. Ela, porém, na sua penúria, ofereceu tudo o que 
					tinha, tudo o que possuía para viver’”. 
					
					  
					
					Em Mc 12, 41 
					diz:
					“E, sentado frente ao Tesouro do 
					Templo, observava como a multidão lançava pequenas moedas no 
					Tesouro, e muitos ricos lançavam muitas moedas”. 
					
					  
					
					O Pe. Francisco 
					Fernandez-Carvajal escreve: 
					“Esta terça-feira 
					Santa foi extremamente fatigante e dura para o Senhor. O 
					Mestre estava sentado em frente do gazofilácio do Templo, no 
					átrio das mulheres, onde existiam treze caixas para 
					depositar as esmolas. Nestas festas a fluência de peregrinos 
					era muito grande: satisfaziam-se quotas atrasadas, faziam-se 
					oferendas voluntárias, promessas. Algumas destas operações 
					necessitavam da presença de um funcionário do Templo que 
					resolvia dúvidas, opinava sobre se uma determinada moeda 
					podia utilizar-se como oferenda”, 
					e: 
					“O gazofilácio era o lugar onde estavam os cofres, em número 
					de treze, para receber as esmolas do povo”
					(Dom Duarte 
					Leopoldo). 
					
					Nosso Senhor 
					estava sentado frente ao Tesouro do Templo, não ociosamente, 
					mas observando a multidão que
					“lançava pequenas moedas no 
					Tesouro, e muitos ricos lançavam muitas moedas”. 
					
					Não nos esqueçamos 
					de que o Senhor também nos observa continuamente. Sejamos 
					generosos para com Ele e não nos envergonharemos no dia do 
					Juízo: 
					“Porquanto todos nós teremos de comparecer 
					manifestamente perante o tribunal de Cristo”
					(2 Cor 5, 10). 
					  
					
					Em Mc 12, 42 
					diz:
					
					“Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isto é, um 
					quadrante”. 
					  
					
					Observe-se que 
					esta mulher, além de ser pobre era também viúva: 
					“A 
					situação precária das viúvas em Israel era o resultado do 
					isolamento: pelo matrimônio separavam-se da sua família de 
					origem e, morto o marido, perdiam os vínculos com a família 
					do defunto. Podiam voltar à família dos seus pais, mas esta 
					não tinha obrigação de mantê-las”
					(DEP, p. 1607). 
					
					A viúva depositou
					dois leptos, duas pequenas moedas de bronze; os 
					dois leptos vinham a ser um quadrante, a quarta 
					parte de um as, a moeda de valor contável menor. 
					Praticamente nada. 
					
					O as era, 
					por sua vez, a décima sexta parte de um denário. Este 
					equivalia a 128 leptos. Para nos darmos conta do 
					pouco valor das moedas da viúva, podemos recordar que o 
					perfume que Maria, a irmã de Lázaro, derramou aos pés de 
					Jesus foi taxado nuns trezentos denários (Mc 14, 4-5; Jo 
					12, 5). Com dois denários julgava o samaritano da 
					parábola que podia pagar a pousada ao que tinha sido 
					agredido no caminho de Jericó para Jerusalém (Lc 10, 35). 
					  
					
					Em Mc 12, 
					43-44 diz:
					“E chamando a si os discípulos, 
					disse-lhes: ‘Em verdade eu vos digo que esta viúva que é 
					pobre lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao 
					Tesouro.
					Pois 
					todos os outros deram do que lhes sobrava. Ela, porém, na 
					sua penúria, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía 
					para viver’”. 
					  
					
					Jesus Cristo chama 
					os discípulos e diz-lhes que a pobre viúva depositara duas 
					pequenas moedas. O Senhor qualifica a oferenda da viúva como 
					a mais importante; comove-se diante do óbolo da viúva porque 
					na sua pequenez supõe um grande sacrifício: 
					“O Senhor não 
					olha a quantidade que Lhe é oferecida, mas ao afeto com que 
					a gente Lhe oferece. Não está a esmola em dar pouco do muito 
					que se tem, mas em fazer o que fez aquela viúva, que deu 
					tudo o que tinha”
					(São João 
					Crisóstomo), e: 
					“Esta mulher 
					ensina-nos que podemos comover o coração de Deus ao 
					entregar-Lhe tudo aquilo que temos ao nosso alcance, que 
					será sempre muito pouco, ainda que fosse a nossa própria 
					vida”
					(Edições 
					Theologica), e também: 
					“Que pouco é uma 
					vida para oferecê-la a Deus!”
					(São Josemaría 
					Escrivá). 
					
					Não guardemos nada 
					para nós, mas nos doemos totalmente ao Senhor: 
					“Como no 
					tesouro do Templo foram estimadas as duas moedinhas da pobre 
					viúva (.), as pequenas obras boas, ainda que cumpridas com 
					um pouco de descuido e não com toda a energia da nossa 
					caridade, não deixam de ser gratas a Deus e de ter o seu 
					mérito diante d'Ele; donde, ainda que elas por si mesmas não 
					valham para aumentar o amor precedente (.), a Providência 
					divina, que toma conta delas e pela Sua bondade as estima, 
					imediatamente as recompensa com aumento de caridade nesta 
					vida e com a atribuição de maior glória no Céu”
					(São Francisco de Sales), e: 
					“Não viste 
					os fulgores do olhar de Jesus quando a pobre viúva deixou no 
					Templo a sua pequena esmola? - Dá-lhe tu o que puderes dar; 
					não está o mérito no pouco nem no muito, mas na vontade com 
					que o deres”
					(São Josemaría 
					Escrivá). 
					
					Dom Duarte 
					Leopoldo 
					comenta: 
					“O que se passa no Templo, em frente do 
					gazofilácio , encerra um mistério. Jesus observava como o 
					povo lançava ali as suas esmolas. A esmola é, pois, uma obra 
					boa e tão meritória que atrai os olhos de Deus. Chegam os 
					ricos e dão da sua abundância; Jesus observa e cala-se. 
					Chega uma pobre viúva que apenas tinha dois dinheiros, e era 
					isso tudo o que lhe restava para alimentar-se. Se desse um 
					dinheiro, já teria sido generosa, mas ela dá tudo, dá os 
					dois dinheiros. Jesus observa, chama a atenção dos seus 
					discípulos e ensina que o valor da esmola vem do coração, da 
					boa vontade, do sacrifício daquele que dá. Alegrem-se, pois, 
					os ricos que podem dar o seu coração e ainda mais o seu 
					dinheiro; exultem os pobres que, também a eles, é permitido 
					trazer a sua gota de água, para o grande oceano da caridade 
					cristã”. 
					
					Feliz do católico 
					que possui um coração generoso, principalmente para com 
					Nosso Senhor. 
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