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					JESUS, LUZ DO MUNDO 
					
					(resumo) 
					  
					
					Em Jo 8, 12 
					diz: 
					“De novo, Jesus lhes falava: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me 
					segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida’”. 
					  
					
					Nosso Senhor Jesus 
					Cristo se dirigiu aos presentes e disse-lhes:
					“Eu sou a luz do mundo. Quem me 
					segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. 
					
					No fundo, estas 
					palavras equivaliam a uma nova declaração messiânica, 
					“pois o 
					Messias tinha sido anunciado frequentemente como uma luz: o 
					profeta Isaías predisse que um grande resplendor iluminaria 
					os povos que estavam sumidos nas trevas, começando pelas 
					tribos do norte; o Messias havia de ser não só Rei de 
					Israel, mas luz das gentes; e Davi falava de Deus como uma 
					claridade que ilumina a alma do justo e lhe dá fortaleza. 
					Esta imagem era, pois, bem conhecida em tempos do Senhor. 
					Empregaram-na Zacarias e o ancião Simeão para manifestar seu 
					gozo ao ver que se estavam a cumprir as profecias antigas. 
					Jesus Cristo, efetivamente, é a Luz, que já anunciou o 
					Precursor, pois veio dar testemunho da luz. E São João 
					acrescenta: Não era a luz, mas aquele que devia dar 
					testemunho da luz. E com referência a Cristo, escreve a 
					seguir: Era a luz verdadeira, que ilumina todo o homem que 
					vem a este mundo”
					(Pe. Francisco Fernández-Carvajal). 
					
					Começa agora outra 
					disputa entre Jesus e os fariseus. O cenário é o recinto do 
					Templo, mais exatamente o pátio chamado “átrio das 
					mulheres”, que precedia o dos israelitas e o dos 
					sacerdotes, onde estava o altar dos holocaustos: 
					“A ocasião 
					é a mesma festa dos Tabernáculos (cfr Jo 7, 2), na qual, 
					durante a primeira noite, se iluminava intensamente o átrio 
					das mulheres com quatro enormes lâmpadas que davam certa 
					claridade por toda Jerusalém. Com isso recorda-se a nuvem 
					luminosa, sinal da presença de Deus, que guiou os Israelitas 
					pelo deserto à sua saída do Egito. Foi provavelmente nesta 
					festa que Jesus falou de Si mesmo como ‘a Luz’. Por outro 
					lado, a imagem da luz é frequente no Antigo Testamento para 
					designar o Messias: o profeta Isaías predisse que uma grande 
					luz iluminaria os povos que estavam mergulhados em trevas, 
					começando pelas tribos do Norte (Is 9, 1-6; cfr Mt 4, 
					15-16); que o Messias havia de ser não só o Rei de Israel, 
					mas luz das gentes (Is 42, 6; 49, 6); e Davi falava de Deus 
					como luz que ilumina a alma do justo e lhe dá fortaleza (Sl 
					27, 1). Esta imagem era, pois, muito conhecida no tempo de 
					Jesus Cristo: empregam-na Zacarias (Lc 1, 78) e o velho
					Simeão (Lc 2, 30-32) para 
					manifestar a sua alegria ao ver que se estavam a cumprir as 
					profecias antigas. O Senhor aplica a Si mesmo esta imagem 
					sob um duplo aspecto: é luz que ilumina a inteligência por 
					ser a plenitude da Revelação divina (cfr Jo 1, 9. 18); e é 
					também luz que ilumina o interior do homem para que possa 
					aceitar essa Revelação e fazê-la vida sua (cfr Jo 1, 4-5). 
					Jesus pede, portanto, que O sigam para chegarem a ser filhos 
					da luz (cfr Jo 12, 36), embora saiba que muitos O rejeitarão 
					para que não sejam descobertas as suas obras más (cfr Jo 3, 
					20)”
					(Edições 
					Theologica), e: 
					“Vede, pois, a 
					conformidade perfeita entre as palavras do Senhor e o que 
					diz o Salmo: ‘Em ti está a fonte da vida, e com a tua luz 
					veremos a luz’ (Sl 36, 10). O salmista une a luz com a fonte 
					da vida, e o Senhor fala de uma ‘luz de vida’. Quando temos 
					sede, buscamos uma fonte, quando estamos às escuras, 
					buscamos uma luz (...). Com Deus é diferente: é a luz e é a 
					fonte. Aquele que te ilumina para que vejas, esse mesmo é o 
					manancial para que bebas”
					(Santo Agostinho), 
					e também: 
					“Jesus é o sol das almas. Quanto mais se 
					aproximam elas de Jesus, tanto mais e melhor são iluminadas. 
					O sol é a luz da terra, Jesus é a luz dos espíritos, porque 
					lhes faz conhecer a verdade, o pensamento de Deus sobre 
					todos os seres. O sol não é somente luminoso, mas ainda 
					fonte de vida; a sua luz é quente e fértil. Jesus, 
					iluminando as almas, lhes comunica a vida de Deus, derrama 
					sobre elas o amor de Deus e do próximo, vida imortal dos 
					espíritos. Quem segue a Jesus não anda em trevas, mas tem 
					com ele a luz que ilumina e vivifica”
					(Dom Duarte Leopoldo). 
					
					“Eu sou a luz do 
					mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz 
					da vida”. 
					
					Cristo Jesus é a 
					luz do mundo. Para segui-lO é preciso abandonar o adultério, 
					a fornicação e a prostituição: 
					“Sois luz eterna, 
					luz de sabedoria que, falando através da nuvem da carne, 
					dizeis aos homens: ‘Eu sou a luz do mundo, quem me segue não 
					anda em trevas, mas terá a luz da vida’”
					(Santo 
					Agostinho, Em Jo 34). 
					
					Nosso Senhor é a 
					luz do mundo. Para segui-lO é preciso renunciar as revistas 
					pornográficas, as roupas imorais e os filmes escandalosos:
					
					“Todo discípulo, todo cristão autêntico é assim portador da 
					luz de Cristo; tão límpida há de ser sua conduta que deixa 
					transparecer o esplendor de Jesus e de sua doutrina”
					(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena). 
					
					Nosso Salvador é a 
					luz do mundo. Para segui-lO é preciso fugir das amizades 
					perigosas, daquelas que te convidam para o maldito caminho 
					das drogas, do roubo, do assassinato, do tráfico e das 
					noitadas: 
					“Se eu seguir o sol deste mundo, faça eu o 
					que fizer para não o abandonar, será ele a me abandonar, 
					pois deve fazer, cada dia, o curso que lhe foi imposto. Ao 
					contrário, vós, Senhor Nosso Jesus Cristo, embora enquanto 
					velado pela nuvem da carne, não apareceis claramente a 
					todos, todavia, tendes todos sob o poder de vossa sabedoria. 
					Deus meu, estais em toda parte todo inteiro! E se jamais me 
					separar de vós, jamais vos ocultareis de mim”
					(Santo 
					Agostinho). 
					
					Jesus Cristo é a 
					luz do mundo. Para segui-lO é preciso desprezar salões de 
					bailes, carnaval e bebedeiras: 
					“Ficai conosco, 
					ficai para sempre, doce Jesus, e dai à minha alma que 
					enfraquece, maior graça. Ficai comigo e começarei a 
					resplandecer tanto em vosso esplendor, tanto, que serei luz 
					até para os outros. A luz, ó Jesus, viera toda de vós: 
					nenhuma parte nela terei, nenhum mérito, porque sereis vós a 
					resplandecer nos outros, por meio de mim”
					(J. H. Newman, Maturidade Cristã, p. 284). 
					
					Nosso Senhor Jesus 
					Cristo fala abertamente:
					“Eu sou a luz do mundo”. 
					Por que insistir em buscar as trevas do pecado? Por que 
					teimar em seguir as máximas do mundo inimigo da alma? Por 
					que insistir em revolver-se na lama da imoralidade? 
					
					Cristo Jesus é
					“a 
					luz do mundo”. 
					Por que abandonar Nosso Senhor para se lançar nos braços de 
					Satanás, rei das trevas? 
					
					Nosso Senhor diz 
					claramente:
					“Quem me segue não andará nas 
					trevas”. 
					Por que abandonar a Cristo Jesus para seguir as falsas 
					amizades que querem nos seduzir, levando-nos para o caminho 
					da maldade? 
					
					Por que  estamos 
					sempre pendendo para o lado que não agrada a Deus e que 
					compromete seriamente a nossa salvação? 
					
					Por que  
					preferimos seguir o mundo, ao invés de seguir o Senhor que 
					nasceu pobre em Belém e que derramou todo o Sangue na cruz 
					para nos salvar? 
					
					Se Jesus é a
					
					“luz do mundo” 
					e quem O segue 
					“não andará nas trevas”; 
					por que teimamos em viver longe d’Ele seguindo as máximas do 
					mundo? Vivendo assim, com certeza, a alma está mergulhada 
					nas trevas: 
					“Ai da alma se lhe falta Cristo, que a 
					cultive com diligência, para que possa germinar os bons 
					frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de 
					abrolhos, terminará por encontrar, em vez de frutos, a 
					queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não 
					habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das 
					paixões, virará moradia dos vícios”
					(São Macário). 
					
					Cristo Jesus é a
					
					“luz do mundo”; 
					longe d’Ele tudo é vazio e escuridão; e quem teima em viver 
					distante da 
					“luz” 
					vive em contínua agonia: 
					“Sem Deus não se 
					pode ter verdadeira paz”
					(Santo Afonso Maria de Ligório). 
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