Jesus, causa de divisões
(Mt 10, 34-36)
(Resumo)
Em Mt 10, 34-36 diz:
“Não penseis que vim
trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada
(divisão). Com efeito, vim contrapor (confrontar) o homem ao
seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra. Em suma: os
inimigos do homem serão os seus próprios familiares”.
Milhões de pessoas vivem com Satanás no
coração e afirmam ser portadoras da paz.
Outras afirmam que possuem a paz e a
promovem; mas no local onde trabalham, cometem todo
tipo de injustiça.
Aquele que vive no pecado e que comete a
injustiça contra o próximo, não possui a paz em sua
vida. Diz possuir a paz, mas o seu interior está em contínua
amargura e inquietação.
É justamente essa falsa paz que Cristo afirma
não ter vindo trazer: “Não
penseis que vim trazer paz à terra”.
Nosso Senhor não veio trazer uma paz
terrena e falsa, tão apregoada
pelos mundanos, amantes do egoísmo e das paixões.
Quem quiser possuir a verdadeira paz,
deve travar uma luta ferrenha e contínua contra o pecado e
paixões. Deve também, ser uma
pessoa justa, vivendo santamente em todos os ambientes:
“... como é santo aquele que vos
chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso
comportamento” (1 Pd 1, 15).
Disse Jesus Cristo: Não vim trazer paz,
mas espada (divisão). Com efeito, vim contrapor (confrontar)
o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra.
Está claro que há divisão numa família,
onde alguns vivem a fé e o amor a Nosso Senhor,
enquanto que outros seguem o mundo e suas máximas.
Onde a luz entra, as trevas
desaparecem. Luz e trevas não combinam.
A Palavra de Deus, puríssima verdade, não combina com as
máximas do mundo, mentira e ilusão:
“A Palavra de Deus, com efeito,
produziu essas grandes separações de que aqui se fala. Por
causa dela, nas próprias famílias, os que abraçaram a fé
tiveram por inimigos os da sua própria casa que resistiam à
palavra da verdade. Por isso... nada pode interpor-se entre
Ele e o Seu discípulo, nem sequer o pai ou a mãe, o filho ou
a filha: tudo o que for um obstáculo deve afastar-se”
(Edições Theologica).
Muitas famílias vivem em contínua
guerra, num verdadeiro campo de batalha; porque alguns
seguem a Cristo Jesus, Luz do mundo, enquanto que outros
seguem o demônio, o mundo e a carne.
E o pior de tudo, é que os mundanos usam todos os tipos de
ameaças e armadinhas para tentarem sufocar e desviar do bom
caminho aqueles que seguem a Deus.
Jesus disse: Em suma: os inimigos do
homem serão os seus próprios familiares.
Alguns católicos, para permanecerem do lado
de Nosso Senhor, tiveram que derramar o próprio sangue.
Santa Bárbara
era uma jovem de origem oriental, provavelmente de Nicomédia,
na Ásia Menor, pertencendo a uma família de certa posição
social. Às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu
instruir-se na religião cristã. O seu pai Dióscoro,
depositava nela as mais radiosas esperanças em vista de um
casamento honroso.
Seu pai descobriu que ela era católica.
Ficou furioso, e seu amor paterno se transformou em ódio.
Ameaçou a filha com torturas e depois denunciou-a ao
prefeito da província, Martiniano.
O coração da jovem Bárbara sentia-se
dilacerado entre amores opostos: o dos pais de uma
parte e o de Cristo, amor supremo.
Bárbara suportou o processo com firmeza e
altivez cristã, protestando sua fidelidade a Cristo, a quem
tinha consagrado sua virgindade.
A jovem católica foi condenada à morte. Seu
pai, furioso em seu cego paganismo, prontificou para
executar a sentença: atirou-se contra a filha que se
colocou de joelhos em atitude de oração e lhe decepou a
cabeça. Logo após ter praticado seu hediondo crime,
desencadeou-se formidável tempestade e o pai, atingido
por um raio, caiu morto.
São Venceslau,
católico fervoroso e fiel a Nosso Senhor. Nas horas
silenciosas da noite visitava os presos, consolava-os e
dava-lhes esmolas. Sabe-se que ele mesmo em pessoa se
encarregava de levar lenha à casa das famílias pobres.
Ele consagrava muitas horas à oração e,
na Quaresma, noite alta, visitava descalço as igrejas da
cidade, em espírito de penitência.
A sua mãe Draemira, pagã, mandou que
Boleslau, irmão de Venceslau, o matasse a punhaladas.
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