Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

— Nº 10 —

 

JESUS SACRAMENTADO: AMOR DOS AMORES

(São Pio X, Catecismo Maior)

 

A Santíssima Eucaristia é um sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies do pão e do vinho, para ser nosso alimento espiritual.

Na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.

A matéria do Sacramento da Eucaristia é a que foi empregada por Jesus Cristo, a saber: o pão de trigo e o vinho de uva.

A forma do Sacramento da Eucaristia são as palavras usadas por Jesus Cristo: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.

A hóstia antes da consagração é o pão de trigo. Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de pão.

No cálice, antes da consagração, está o vinho com algumas gotas de água. Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de vinho.

A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo faz-se precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.

A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.

Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja de transubstanciação.

Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus onipotente, que deu tanta virtude às palavras da consagração.

Depois da consagração ficam só as espécies do pão e do vinho.

Dizem-se espécies a quantidade e as qualidades sensíveis do pão e do vinho, como a figura, a cor, o sabor.

As espécies do pão e do vinho ficam maravilhosamente sem a sua substância por virtude do Deus Onipotente.

Tanto debaixo das espécies de pão como debaixo das espécies de vinho está Jesus Cristo vivo e todo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

Tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo inteiro, porque Ele está na Eucaristia vivo e imortal como no Céu; por isso, onde está o seu Corpo, está também o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade; e, onde está o seu Sangue, está também o seu Corpo, a sua Alma e a sua Divindade, pois tudo isto é inseparável em Jesus Cristo.

Quando Jesus está na hóstia, não deixa de estar no Céu, mas encontra-se ao mesmo tempo no Céu e no Santíssimo Sacramento.

Jesus está presente em todas as hóstias consagradas do mundo.

Jesus Cristo está em todas as hóstias consagradas por efeito da onipotência de Deus, a quem nada é impossível.

Quando se parte a hóstia, não se parte o Corpo de Jesus Cristo, mas partem-se somente as espécies do pão.

O Corpo de Jesus Cristo fica inteiro em todas e em cada uma das partes em que a hóstia foi dividida.

Tanto numa hóstia grande como na partícula de uma hóstia, está sempre o mesmo Jesus Cristo.

Conserva-se nas igrejas a Santíssima Eucaristia para que seja adorada pelos fiéis, e levada aos enfermos, quando necessário.

A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.

Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia na Última Ceia que celebrou com seus discípulos, na noite que precedeu sua Paixão.

Ele instituiu a Santíssima Eucaristia por três razões principais: 1.ª Para ser o sacrifício da nova lei. 2.ª Para ser alimento da nossa alma. 3.ª Para ser um memorial perpétuo da sua Paixão e Morte, e um penhor precioso do seu amor para conosco e da vida eterna.

Jesus instituiu este Sacramento debaixo das espécies do pão e do vinho, porque a Eucaristia devia ser nosso alimento espiritual, e era por isso conveniente que nos fosse dada em forma de comida e de bebida.

É coisa ótima comungar frequentemente e até todos os dias, contanto que se faça com as devidas disposições.

Os principais efeitos que a Santíssima Eucaristia produz em quem a recebe dignamente são estes: 1.º Conserva e aumenta a vida da alma, que é a graça, assim como o alimento material sustenta e aumenta a vida do corpo. 2.º Perdoa os pecados veniais e preserva dos mortais. 3.º Produz consolação espiritual.

A Santíssima Eucaristia produz também em nós outros efeitos: 1.º Enfraquece as nossas paixões, e em especial amortece em nós o fogo da concupiscência. 2.º Aumenta em nós o fervor e ajuda-nos a proceder em conformidade com os desejos de Jesus Cristo. 3.º Dá-nos um penhor da glória futura e da ressurreição do nosso corpo.

O Sacramento da Eucaristia produz em nós os seus maravilhosos efeitos quando o recebemos com as devidas disposições.

Para fazer uma comunhão bem feita, são necessárias três coisas: 1.ª Estar em estado de graça. 2.ª Uma hora de jejum. 3.ª Saber o que se vai receber e aproximar-se da Sagrada Comunhão com devoção.

Estar em estado de graça quer dizer: ter a consciência limpa de todo o pecado mortal. Quem comungasse em pecado mortal receberia a Jesus Cristo, mas não a sua graça; pelo contrário, cometeria sacrilégio e incorreria na sentença de condenação.

Saber o que se vai receber quer dizer: conhecer o que ensina com respeito a este Sacramento a Doutrina Católica e acreditá-lo firmemente.

Comungar com devoção quer dizer: aproximar-se da Sagrada Comunhão com humildade e modéstia, tanto na própria pessoa como no vestir, e fazer a preparação antes e a ação de graças depois da Comunhão.

A preparação antes da Comunhão consiste em nos entretermos algum tempo a considerar quem é Aquele que vamos receber e quem somos nós; e em fazer atos de fé, de esperança, de caridade, de contrição, de adoração, de humildade e de desejo de receber a Jesus Cristo.

A ação de graças depois da Comunhão consiste em nos conservarmos recolhidos a honrar a presença do Senhor dentro de nós mesmos, renovando os atos de fé, de esperança, de caridade, de adoração, de agradecimento, de oferecimento e de súplica, pedindo, sobretudo, aquelas graças que são mais necessárias para nós e para aqueles por quem somos obrigados a orar.

Depois da sagrada Comunhão, Jesus Cristo permanece em nós com a sua graça enquanto não se peca mortalmente; e com a sua presença real permanece em nós enquanto não se consomem as espécies sacramentais.

 

Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de

Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Anápolis, 07 de janeiro de 2018

 

 

 

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