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					Os tormentos do 
					inferno
					(Mc 9, 43)
					  
					
					Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
					  
					
					“Fogo que nunca 
					se apaga”. 
					  
					
					O inferno é 
					um abismo fechado de todos os lados, onde não 
					penetra o mais leve raio de luz: 
					“Pois o inferno é 
					cárcere fechado por completo e escuro, onde nunca penetrará 
					raio de sol nem qualquer outra luz (Sl 48, 20)”
					(Santo Afonso Maria de 
					Ligório). Nesta vida o fogo nos aclara; mas 
					na morada dos condenados, que é um lugar de morte, 
					as chamas são escuras; deixam somente perceber o horrível 
					estado dos condenados e as formas hediondas tomadas pelos 
					demônios para espantar as suas vítimas.
					Explica São Basílio Magno
					“que o Senhor separará do fogo a 
					luz; de modo que estas chamas arderão sem iluminar”; 
					o que Santo Alberto Magno exprime mais brevemente nestes 
					termos: “Separará do calor 
					o resplendor”.
					O fumo
					sairá dessa fogueira e formará a 
					espessa nuvem tenebrosa que, como diz São Judas, 
					“cegará os olhos dos condenados”
					(Jd 13).
					Haverá ali 
					apenas a claridade precisa para aumentar os tormentos.
					Uma sinistra claridade que 
					permite ver a fealdade dos condenados e dos demônios, assim 
					como o aspecto horrendo que estes tomarão para causarem mais 
					horror. 
					
					Quão amarga é a recordação das satisfações 
					dos olhos para esses infelizes que se vêem imersos em trevas 
					por causa da demasiada liberdade concedida a seus olhares:
					“... aos quais está reservada a 
					escuridão das trevas para a eternidade” (Jd 
					13). 
					
					Santa Teresa de Jesus escreve:
					“Depois de muito tempo, quando o 
					Senhor me tinha já feito muitas mercês que tenho dito e 
					outras muito grandes, estando um dia em oração, achei-me de 
					repente, sem saber como, e segundo me parece, toda metida no 
					inferno. Entendi que o Senhor queria que visse o lugar que 
					os demônios lá me tinham preparado, e eu merecido, por meus 
					pecados. Foi de brevíssima duração, mas, embora eu vivesse 
					muitos anos, parece-me impossível esquecê-lo. Parecia-me a 
					entrada à maneira dum beco muito comprido e estreito, 
					semelhante a um forno muito baixo e escuro e apertado. O 
					chão pareceu-me duma água com lodo muito sujo e de cheiro 
					pestilencial e cheio de muitas sevandijas peçonhentas. No 
					fundo havia uma concavidade aberta numa parede a modo dum 
					armário, aonde me vi meter em muita estreiteza. Tudo isto 
					era deleitoso à vista em comparação do que ali senti... 
					Senti um grande fogo na alma que eu não chego a entender 
					como poder dizer de que maneira é. As dores corporais são 
					tão insuportáveis que, apesar de eu as ter passado nesta 
					vida gravíssimas, tudo é nada em comparação do que ali 
					senti... um aperto, uma sufocação, uma aflição tão sensível 
					e com um tão desesperado e aflitivo descontentamento, que eu 
					não sei explicar... Estando em tão pestilencial lugar, tão 
					desesperada de toda a consolação, não há sentar-se, nem 
					deitar-se, nem há lugar, porquanto me puseram neste como que 
					buraco feito na parede; porque estas paredes, que são 
					espantosas à vista, apertam por si mesmas e tudo sufoca. Não 
					há luz, mas tudo trevas escuríssimas. Eu não entendo como 
					pode ser isto, que, não havendo luz, se vê tudo o que à 
					vista há de causar pena”, 
					e: “Hoje estive nos 
					abismos do inferno, levada por um Anjo. É um lugar de grande 
					castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos 
					que vi: o primeiro tormento que constitui o inferno é a 
					perda de Deus; segundo — contínuo remorso de consciência; 
					terceiro — esse destino já não mudará nunca; quarto tormento 
					— é o fogo que atravessará a alma mas não a destruirá; é um 
					tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, acendido 
					pela ira de Deus; quinto tormento — é a contínua escuridão, 
					um terrível cheiro sufocante, e embora haja escuridão, os 
					demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente, e vêem 
					todo o mal dos outros e o seu; o sexto tormento — é a 
					contínua companhia do demônio; sétimo tormento — é o 
					terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias. São 
					tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o 
					fim dos tormentos; existem tormentos especiais para as 
					almas, os tormentos dos sentidos; cada alma é atormentada 
					com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. 
					Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, 
					onde um tormento distingue-se do outro; eu teria morrido 
					vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a 
					onipotência Divina. Que o pecador saiba que será atormentado 
					com o sentido com que pecou, por toda a eternidade; estou 
					escrevendo isso por ordem de  Deus, para que nenhuma alma se 
					escuse dizendo que não existe o inferno, ou que ninguém 
					esteve lá e não sabe como é lá” (Santa 
					Faustina Kowalska). 
					
					O sentido 
					do tato terá também seu tormento especial: 
					o do fogo. O fogo é o mais terrível 
					suplício da terra, bem que nosso fogo tenha sido criado pela 
					Bondade infinita. Imaginai, pois, o condenado, imerso, 
					submergido num oceano de chamas acesas pela cólera do 
					Onipotente. O corpo do infeliz é por elas penetrado até às 
					veias, até à medula dos ossos; suplício horrível que encerra 
					todos os outros, pois que o Espírito Santo designa todos os 
					tormentos do inferno sob o nome de fogo. 
					
					Os outros sentidos, além do suplício do fogo, 
					acham no inferno os seus castigos particulares. O 
					ouvido é sempre aturdido pelos lamentos, blasfêmias 
					e uivos horrorosos dos outros condenados. O gosto 
					sofre fome e sede incompreensíveis, e jamais uma migalha de 
					pão ou uma gota de água será concedida aos condenados. O 
					olfato é atormentado dia e noite pela horrível 
					infecção de tantos cadáveres amontoados desordenadamente, 
					dos quais um só bastaria para causar a morte a todos os 
					homens da terra. Quão caro custarão aos condenados os 
					prazeres dos sentidos! 
					
					Santo Afonso Maria 
					de Ligório escreve: 
					“Consideremos, em primeiro lugar, a 
					pena do sentido. É de fé que existe inferno. No centro da 
					terra se encontra esse cárcere destinado ao castigo dos que 
					se revoltaram contra Deus. Que é, pois, o inferno? O lugar 
					de tormentos (Lc 16, 28), como o chamou o mau rico; lugar de 
					tormentos, onde todos os sentidos e todas as faculdades do 
					condenado hão de ter o seu castigo próprio, e onde aquele 
					sentido que mais tiver servido para ofender a Deus mais 
					acentuadamente será atormentado (Sb 11,17; Ap 18,7). A 
					vista padecerá o tormento das trevas (Jó 10,21). O 
					olfato padecerá o seu tormento próprio. Seria 
					insuportável se nos metêssemos num quarto acanhado, onde 
					jazesse um cadáver em putrefação. O condenado deve ficar 
					sempre entre milhões de réprobos, vivos para a pena, mas 
					cadáveres hediondos quanto à pestilência que exalam (Is 
					34,3). Disse São Boaventura que, se o corpo de um condenado 
					saísse do inferno, bastaria ele só para produzir uma 
					infecção em consequência da qual morreriam todos os homens 
					do mundo E ainda há insensatos que se atrevem a dizer: ‘Se 
					for ao inferno, não irei sozinho’. Infelizes! Quanto maior 
					for o número de réprobos ali, tantos maiores serão os 
					sofrimentos de cada um. ‘Ali — diz Santo Tomás — a companhia 
					de outros desgraçados não alivia; antes aumenta a desventura 
					geral’. Muito mais sofrerão, sem dúvida, pela fetidez 
					asquerosa, pelos gritos daquela multidão desesperada, e pelo 
					aperto em que se acharão amontoados e comprimidos os 
					réprobos, à semelhança de ovelhas em tempo de inverno (Sl 
					48,15), ou como uvas esmagadas no lagar da cólera de Deus (Ap 
					19,15). E assim mesmo padecerão o tormento da imobilidade 
					(Ex 15,16). Da maneira como o condenado cair no inferno, 
					assim há de permanecer imóvel, sem que lhe seja dado mudar 
					de posição, nem mexer mãos nem pés, enquanto Deus for Deus. 
					O ouvido será atormentado com os contínuos gritos aflitivos 
					daqueles pobres desesperados, e pelo barulho horroroso que, 
					sem cessar, os demônios provocam (Jó 15, 21). Quando 
					desejamos dormir, é com o maior desespero que ouvimos o 
					contínuo gemido de um doente, o choro de uma criança ou o 
					ladrar de um cão… Infelizes réprobos, que são obrigados a 
					ouvir, por toda a eternidade, os gritos pavorosos de todos 
					os condenados! A gula será castigada com a fome devoradora. 
					Entretanto, não haverá ali nem uma migalha de pão. O 
					condenado sofrerá sede abrasadora, que não se apagaria com 
					toda a água do mar. Mas não se lhe dará uma só gota. Uma só 
					gota d’água pedia o rico avarento, e não a obteve, nem a 
					obterá jamais”. 
					
					O Senhor não odeia 
					a obra das suas mãos, nem mesmo os animais ferozes e 
					hediondos: 
					“Amais tudo que existe e não tendes horror ao 
					que criastes”
					(Sb 11, 25). Entretanto, Deus não 
					poderia amar e deve necessariamente detestar a alma do 
					condenado. Sempre unida ao pecado que Deus detesta, a 
					infeliz é objeto da justa aversão do Onipotente. Que 
					suplício estar sempre em oposição com o Criador, seu último 
					fim, seu soberano Bem! 
					“Pois Deus detesta 
					igualmente o ímpio e sua impiedade”
					(Sb 14, 9). 
					
					Deus não só detesta a alma condenada, 
					mas a repele com horror: 
					“Naquele dia minha cólera se 
					inflamará contra eles, e eu os abandonarei e lhes ocultarei 
					a minha face” (Dt 31, 17). 
					Ao deixar a vida, ela sente o instinto do seu destino que a 
					constrange a ir para Deus. Mal entra na eternidade, lança-se 
					ao Bem supremo, do qual não se poderia privar um instante 
					porque feita para possuí-lo. Mas ouve uma voz que lhe grita:
					“Já não me pertences, nem eu a ti”. Ao mesmo tempo 
					uma força invencível a repele, ou antes, o peso dos seus 
					pecados a arrasta para os abismos eternos. Lá, sempre em 
					luta com a justiça que a castiga, esgota-se em esforços 
					inúteis, porque jamais verá Deus pelo que 
					aspira: “A privação da visão de 
					Deus é chamada pena de dano, e é a mais terrível das penas 
					do Inferno. De fato, priva os condenados para sempre de 
					Deus, o Bem infinito para o qual fomos criados; e, 
					privando-os de Deus, priva-os de qualquer outro bem e 
					felicidade” (Pablo Arce e Ricardo Sada). 
					
					O Senhor não só a repele, mas trata-a como 
					inimiga: “Já não sois 
					meus, nem eu vosso” (Os 1, 9). 
					Endurecida no crime, ela está em oposição com a santidade do 
					Criador que a olha como adversária irreconciliável. Que 
					sorte horrenda! Impelidos sempre para Deus, os condenados se 
					vêem repelidos e tratados com o maior rigor, sem 
					esperança do perdão. Que grande mal é o pecado! 
					Transforma o oceano da misericórdia divina em um mar de 
					justiça e severidade sem fim: “O 
					condenado odiará e amaldiçoará a Deus, e amaldiçoando-o, 
					amaldiçoará também os benefícios que dele recebeu: a 
					criação, a redenção, os sacramentos o Santíssimo Sacramento 
					do Altar... Aborrecerá todos os anjos e com ódio implacável 
					o seu anjo da guarda, os seus santos padroeiros e a Virgem 
					Santíssima. Malditas serão por ele as três Pessoas divinas, 
					especialmente a de Deus Filho, que morreu para salvar-nos, e 
					as chagas, os trabalhos, o sangue, paixão e morte de Cristo 
					Jesus” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
					  
					    
					
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						(Mc 9, 43)
						  
						
						Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
						  
						
						“Fuego que nunca 
						se apaga”. 
						  
						
						El infierno es un abismo cerrado de todos 
						los lados, donde no penetra el más leve rayo de luz:
						“Pues el infierno, es la cárcel 
						cerrada por completo y oscura, donde nunca penetrará 
						rayo de sol ni cualquier outra luz (Sl 48, 20)”
						(Santo Afonso 
						Maria de Ligório). 
						
						En esta 
						vida, el fuego nos aclara; mas, en la moradia de los 
						condenados, que es un lugar de muerte, las llamas son 
						oscuras; dejan solamente percibir el horrible estado de 
						los condenados y las formas viles tomadas por los 
						demonios para espantar a sus víctimas. Explica San 
						Basilio Magno “que el Señor 
						separará del fuego la luz, de modo que estas llamas 
						arderán sin iluminar”; lo que Santo Alberto 
						Magno exprime más brevemente en estos términos:
						“Separará del calor el 
						resplendor”. El humo saldrá de esta hoguera y 
						formará la espesa nube tenebrosa que, como dice San 
						Judas, “cegará los ojos de los 
						condenados” (Jd 13). 
						Habrá allí apenas la claridad necesaria para aumentar 
						los tormentos. Una siniestra claridad que permite ver la 
						fealdad de los condenados y de los demonios, así como el 
						aspecto horrendo que estos tomarán para causar más 
						horror. 
						
						Cuan 
						amargo es el recuerdo de las satisfacciones de los ojos 
						para esos infelices, que se vem inmersos en tinieblas, 
						por causa de la demasiada libertad concedida a sus 
						miradas “... a los cuales, les 
						está reservada la oscuridad de las tinieblas para la 
						eternidad” (Jd 13). 
						
						Santa 
						Teresa de Jesús escribe 
						“Después de mucho tiempo, cuando el Señor ya me había 
						hecho muchos favores que he dicho e otras muy grandes, 
						estando un día en oración, me encontré de repente, sin 
						saber cómo y según me parece, toda metida en el infierno. 
						Entendí que el Señor quería que mirase allá, el lugar 
						que  los demonios me habían preparado,lo merecido por 
						mis pecados. Fue de brevísima duración, mas, mismo que 
						yo viviese muchos años, me parece imposible olvidárlo. 
						Me parecia la entrada parecida a la de um callejón muy 
						largo y estrecho, semejante a um horno muy bajo y escuro 
						y apretado. El suelo, me pareció de agua con lodo, muy 
						sucio y de mal olor pestilente y lleno de muchas 
						sabandijas pezoñentas. En el fondo, había una concavidad 
						abierta en una pared, como un armario, donde me vi 
						meterme estrechamente. Todo esto era delicioso en 
						comparación de lo que allí senti... Sentí un gran fuego 
						en el alma que yo no llego a entender, cómo podría decir 
						de que manera es. Los dolores corporales son tan 
						insoportables, que, apesar de haberlas pasado gravísimos 
						dolores en esta vida, todo es nada en comparación de lo 
						que allí senti... un apreto, un sofoco, una aflicción 
						tan sensible y un  tan desesperado y aflictivo 
						descontentamiento, que yo no se explicar... Estando en 
						un tan pestoso lugar, tan desesperada de toda la 
						consolación, no hay como sentarse, ni echarse, ni hay 
						lugar, por cuanto me pusieron en este, como un hueco 
						hecho en la pared; por  que estas paredes, que son 
						espantosas a la vista, apretan por si mismas y todo 
						sofoca. No hay luz, mas todo son tinieblas oscurísimas. 
						Yo no entiendo como puede ser esto, que no habiendo luz, 
						se ve todo lo que a la vista hay para causar pena”.e: 
						“Hoy estuve en los abismos del infierno, llevada por un 
						ángel. Es un lugar de grande castigo, y como es grande 
						su extensión. Tipos de tormentos que vi: el primero 
						tormento que constituye el infierno es la perdida de 
						Dios; segundo – continuo remordimiento de conciencia; 
						tercero – ese destino ya no cambiará nunca; cuarto 
						tormento – es el fuego que atravesará el alma, mas no la 
						destruirá; es un tormento terrible, es un fuego 
						puramente espiritual, encendido por la ira de Dios; 
						quinto tormento – es la continua oscuridad, un terrible 
						olor sofocante, mismo haya oscuridad, los demonios y las 
						almas condenadas se vem mutuamente, y ven todo el mal de 
						los otros y el suyo; el sexto tormento – es la continua 
						compañia del demonio; séptimo tormento – es el terrible 
						desespero, odio a Dios, maldiciones, blasfemias. Son 
						tormentos que todos los condenados sufren juntos, mas no 
						es el fin de los tormentos, existen tormentos especiales 
						para las almas, los tormentos de los sentidos; cada alma 
						es atormentada con lo que pecó, de manera horible e 
						indescriptible. Existen terribles prisiones subterraneas, 
						abismos de castigo, donde un tormento se distingue de 
						outro; yo habría muerto viendo esos terribles tormentos, 
						si no me sustentase la omniptencia Divina. Que el 
						pecador sepa que será atormentado con el sentido con el 
						que pecó, por toda la eternidad, estoy escribiendo esto 
						por orden de Dios, para que ninguna alma se excuse 
						diciendo que no existe el infierno, o que nadie estuvo 
						allí y no sabe como es Allá” (Santa 
						Faustina Kowalska). 
						
						El 
						sentido del tacto tendrá también su tormento especial: 
						el del fuego. El fuego es el más terrible suplicio de la 
						tierra, mismo que nuestro fuego haya sido creado por la 
						Bondad infinita. Imaginai, pues, el condenado, inmerso, 
						submergido en un oceano de llamas encendidas por la 
						cólera del Omnipotente. El cuerpo del infeliz es 
						penetrado por ellas hasta las venas, hasta la médula de 
						los huesos, suplicio horrible que encierra todos los 
						outros, pues que el Espírito Santo designa todos los 
						tormentos del infierno sobre el nombre del fuego. 
						
						Los otros 
						sentidos, apesar del suplicio del fuego, encuentran en 
						el infierno sus castigos particulares. El oído es 
						siempre aturdido por los lamentos, blasfemias y alaridos 
						horrorosos de otros condenados. El gusto sufre hambre y 
						sed incomprensibles, y jamás uma migaja de pan o una 
						gota de agua será concedida a los condenados. El olfato 
						es atormentado dia y noche por la horrible infección de 
						tantos cadáveres amontonados desordenadamente, de los 
						cuales, uno sólo bastaria para causar la muerte a todos 
						los hombres de la tierra. ¡Cuán caro les costarán a los 
						condenados los placeres de los sentidos! 
						
						Santo 
						Afonso Maria de Ligório escribe: 
						“Consideremos, 
						en primer lugar, la pena del sentido. Es de Fe que 
						existe infierno. En el centro de la tierra se encuentra 
						esa cárcel destinada al castigo de los que se rebelan 
						contra Dios,
						
						¿Qué es, 
						pues, el infierno? El lugar de tormentos (Lc. 16,28), 
						como lo llamó el mal rico; lugar de tormentos, donde 
						todos los sentidos y todas las facultades del condenado 
						iran de tener su castigo proprio, y donde aquel sentido 
						que más le hubiese servido para ofender a Dios más 
						acentuadamente, será atormentado (Sb 11.17; Ap 18,7). La 
						visión padecerá el tormento de las tinieblas (Jó 10,21). 
						El olfato padecerá su próprio tormento. Sería 
						insoportable si nos metiésemos en un cuarto pequeño, 
						donde estuviese un cadáver en putrefacción. El condenado 
						debe quedar siempre entre millones de reprobaciones, 
						vivos para la pena, mas cadáveres hediondos cuanto a la 
						pestilencia que exalan (Is 34,3). Dice San Boaventura 
						que, si el cuerpo de un condenado saliese del infierno 
						bastária él slo para producir una infección en 
						consecuencia de la cual morerian todos los hombres del 
						mundo. Y aún hay insensatos que se atreven a decir: “Si 
						fuese al infierno, no iré sólo”, ¡Infelices! Cuanto 
						mayor sea el número de reprobaciones allí, tanto mayor 
						serán los sufrimientos de cada uno. “Allí – dice San 
						Tomás – la compañia de otros desgraciados no alivia; 
						antes aumenta la desventura general”, Muchos sufrirán, 
						sin Duda, por la hediondeza asquerosa, por los gritos de 
						aquela multitud desesperada, y por el apreto en el que 
						se encontrarán amontonados y apretados los reprobados, a 
						la semejanza de ovejas en tiempo de invierno (Sl 48,15), 
						o como uvas aplastadas en el lagar de la cólera de Dios 
						(Ap 19,15) Y así mismo padecerán el tormento de la 
						inmobilidad (Ex 15, 16) De la manera como el condenado 
						cae en el infierno, así va a permanecer inmovil, sin que 
						le sea dado cambiar de posición, ni mover las manos y 
						los pies, en cuanto Dios fuese Dios. El oído será 
						atormentado con los contínuos gritos aflictivos de 
						aqueles pobres desesperados, y por el barullo horroroso 
						que sin cesar los demônios provocan (Jó 15,21). Cuando 
						deseamos dormir, es con el mayor desespero que oímos el 
						continuo gemido de un enfermo, el lloro de un niño o el 
						latido de un perro... Infelices reprovados, que son 
						obligados a oír, por toda la eternidad los gritos 
						pavorosos de todos los condenados! La gula será 
						castigada co el hambre devorador. En quanto no habrá 
						allí ni uma migaja de pan. El condenado sufrirá sed 
						avasallhadora, que no se apagaria con toda el agua del 
						mar. Mas, no se le dará una sóla gota. Una sóla gota de 
						agua pedía el rico avariento, y no la obtuvo, ni la 
						obtendrá jamás”. 
						
						El Señor 
						no odia la obra de sua manos, ni mismo a los animales 
						ferozes y hediondos: “Amáis 
						todo lo que existe y no tienes horror a los que creste”
						(Sb 11, 25). Entre tanto, Dios no 
						podría amar y debe necesariamente detestar el alma del 
						condenado. Siempre unida al pecado que Dios detesta, la 
						infeliz, es objeto de justa adversión del Omnipotente. ¡Qué 
						suplicio el de estar siempre en oposición con el Creador, 
						su último fin, su soberano Bien! 
						“Pues Dios detesta igualmente al ímpio y su impiedad”
						(Sb 14, 9). 
						
						Dios no 
						sólo detesta el alma condenada, mas la repele com 
						horror: “¡En 
						aquel día, mi cólera se inflamará contra eles, y yo los 
						abandonaré y les ocultaré mi face!”
						(Dt 31, 17). Al dejar la vida, 
						ella siente el instito de su destino que la constriñe a 
						ir para Dios. Mal entra en la eternidad, se lanza al 
						Bien supremo, del cual no se podría privar un instante, 
						porque  fue hecha para poserlo. Ma oye una voz que le 
						grita: “Ya no me perteneces, ni yo a ti” Al mismo tiempo 
						una fuerza invencible la repele, o antes, el peso de sus 
						pecados la arrastra para los abismos eternos allá, 
						siempre en lucha con la justicia que la castiga, se 
						esgota en esfuerzos inútiles, porque jamás verá a Dios 
						por Él que aspira: “La 
						privación de la visión de Dios es llamada pena de daño, 
						y es la más terrible de las penas del Infierno. De hecho, 
						priva a los condenados para siempre de Dios, el Bien 
						infinito para el cual fuimos criados. Y, privándolos de 
						Dios, los priva de cualquier outro bien y felicidade”.
						(Pablo Arce e Ricardo Sada). 
						
						El Señor 
						no sólo la repele, mas, la trata como enemiga:
						“Ya no sois míos, ni yo vuestro”
						(Os 1,0) Endurecida en el crimen, 
						Ella está en oposición con la santidad del Creador que 
						la ve como adversária irreconciliable, ¡Qué suerte 
						horrenda! Impelidos siempre para Dios, los condenados se 
						ven repelidos y tratados con el mayor rigor, sin 
						esperanza del perdón. ¡Qué grande mal es el pecado! 
						Transforma el oceano de misericórdia divina en un mar de 
						justicia y severidad sin fin: 
						“El condenado odiará y maldecirá a Dios, y malciéndolo, 
						maldicionará también los benefícios que de Él recibió: 
						la creación, la redención, los sacramentos el Santísimo 
						Sacramento del Altar... Aborrecerá todos los ángeles y 
						con odio implacable su ángel de la guardia, sus santos 
						patronos y la Virgen Santísima. Malditas serán por el 
						las tres Personas divinas, especialmente la de Dios Hijo, 
						que murió para salvarnos y las llagas, los trabajos, la 
						sangre, la pasión y muerte de Cristo Jesús”.
						(Santo Afonso Maria de Ligório). 
						  
					    
					
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