O inferno é eterno
Pe. Luís Lima de Sousa
Obs.: O Revmo. Pe. Luis Lima de Sousa não
transcreveu sua palestra. Colocamos aqui uma palestra com o
mesmo tema feita pelo Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes FP.
O inferno é eterno
(Mt 25, 41)
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
“Apartai-vos de
mim, malditos, para o fogo eterno...”
A Santa Igreja Católica Apostólica Romana não
ensina unicamente que há inferno; mas que o inferno
dura eternamente, que nunca terá fim:
“A eternidade das penas do Inferno é
dogma de fé definido pela Igreja, e consta em muitos lugares
da Sagrada Escritura. A eternidade das penas não contradiz a
misericórdia divina, porque, se esta é infinita, também é
infinita a sua justiça” (Pablo Arce e
Ricardo Sada), e:
“Antes de tudo, é preciso deixar claro que não existe tempo
depois da morte. Uma vez que o Inferno existe e é eterno –
verdade de fé -, isso significa que não se pode falar de uma
‘limitação’ da pena dos condenados, pois nesse caso deixaria
de ser eterna. A condenação, tal como a vida bem-aventurada,
não terá fim” (Edouard Clerc).
A eternidade do Inferno é o ponto mais difícil
de todo o sistema de verdades da fé cristã. É a grande pedra
de escândalo para os que não conhecem suficientemente a
nossa fé; nem por isso o Inferno deixa de ser eterno:
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno...”
(Mt 25, 41).
1. Inferno eterno. Há pessoas
que crêem facilmente em todos os outros dogmas; só se
revoltam contra este ponto. Estão dispostas a acreditar na
infalibilidade do Papa e que Maria Santíssima foi
simultaneamente Virgem e Mãe. Admitem tudo, menos a
eternidade do inferno.
“É horrível! –
dizem - Eternamente! Viver
condenados eternamente! Sem remédio, sem poder emendar nada!
Viver sem esperança eternamente! Não! Não! O inferno não
pode ser eterno! Será possível que um Deus amorosíssimo
castigue uns momentos brevíssimos de pecado com uma pena
eterna?”
Edouard Clerc escreve:
“Objetar-se-á que as penas eternas do Inferno não condizem com a justiça e
a bondade de Deus, pois não é justo castigar eternamente a
transgressão de um instante. Podemos responder a esta
objeção dizendo que a pena eterna – o castigo de um pecado
mortal não perdoado durante a vida – é absolutamente justa,
porque o pecado grave estabelece uma ruptura entre o homem
livre e Deus: é o homem quem se separa do seu Senhor. Essa
pessoa encontra-se num estado de aversão a Deus que só pode
ser abolido por uma decisão livre dela mesma, pela conversão
e pelo sacramento da Penitência, coisa impossível após a
morte. O que não seria justo é que se concedesse a salvação
tanto aos que viveram no ódio contra Deus como aos que o
serviram, sincera e amorosamente, de acordo com o que a sua
consciência devidamente esclarecida e formada lhes ditava”.
a) É verdade que o nosso modo de pensar
humano se espanta e horroriza com esta ideia.
Trememos! Não admira que nos queiramos desembaraçar desta
verdade. Compreende-se que a queiramos ladear e
convencer-nos de que não é assim. Mas é inútil. Este
dogma é tão certo que não podemos dar-lhe voltas. A
Sagrada Escritura fala do “Deus bom”, do
“Deus misericordioso” e de Jesus Cristo
“manso e humilde de coração”; refere-se também ao
“verme que não morre” e ao “fogo que nunca
apaga”. O mesmo Jesus Cristo que propôs a parábola
daquele pai que perdoou ao filho pródigo, narrou também a
parábola do rico avarento sem coração que foi lançado no
inferno, onde sofre os mais espantosos tormentos.
Tu dizes: o inferno não pode ser eterno!
Porque, nesse caso, o sacrifício de Cristo e a sua morte
redentora na cruz seriam inúteis. Ora, Deus não faz nada
inutilmente. Mas se o inferno
não é eterno, Deus sacrificou inutilmente o seu Filho
unigênito.
Se o inferno não é eterno,
foram inúteis todos os suores dos Apóstolos e dos
missionários que fizeram todo o possível para salvar da
condenação eterna os que erravam nas sombras do paganismo:
“Se o inferno não fosse eterno,
não seria inferno. A pena que dura pouco, não é grande pena”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Se o inferno não é eterno,
carecem de sentido aquelas palavras do Senhor, graves,
impressionantes e para sempre memoráveis:
“Se a tua mão ou o teu pé são para
ti ocasião de escândalo, corta-os e lança-os fora de ti;
melhor te é entrares na vida eterna manco ou coxo, do que
com duas mãos ou dois pés seres precipitado no fogo eterno.
E se teu olho é para ti ocasião de escândalo, arranca-o e
lança-o fora de ti; melhor te é entrares na vida eterna com
um só olho que, tendo dois, seres lançado no fogo do
inferno” (Mt 18, 8-9).
Esta eternidade é de fé;
não é simples opinião, mas sim, verdade revelada por Deus em
muitos lugares da Sagrada Escritura. Assim como o sal
conserva o alimento, o fogo do inferno não só atormenta os
condenados, mas, ao mesmo tempo, tem a propriedade do sal,
conservando-lhes a vida: “Ali o
fogo consome de tal modo que conserva sempre”
(São Bernardo de Claraval).
Ou aceitamos o dogma da condenação eterna, ou
temos que blasfemar dizendo que Deus não é sábio nas suas
obras, mas caprichoso.
b) Dizes que o inferno não é eterno
porque “Deus é cheio de
bondade e não pode ser tão cruel que dê castigo eterno ao
pecado de um instante...”
Assim alguns procuram consolar a si mesmos.
Procedem insensatamente.
O Pe. Alexandrino Monteiro escreve:
“Deus em tudo é grande. Se dá o
prêmio é com o céu; se redime é com o seu próprio sangue; se
castiga é com o inferno”.
A bondade de Deus não é debilidade impotente,
não é sentimentalismo efeminado. Deus é, com efeito,
infinitamente bom, mas também é infinitamente santo e
justiceiro.
“Deus é bom”,
sem dúvida! Trata-nos com imensa bondade e misericórdia
enquanto estamos neste mundo e nos esforçamos por nos
aproximarmos d’Ele. Foi o mesmo Deus que disse estas
palavras: “Mesmo que os vossos
pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão alvos como a
neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim, tornar-se-ão
como a lã” (Is 1, 18).
Porque, finalmente, a bondade de Deus não
pode ser debilidade ou sentimentalismo. E quem sabe o
que é felicidade eterna, - coroação da nossa perfeição
espiritual e participação na vida divina, - sabe
também que é impossível possuí-la, quem passou toda a vida
de costas voltadas para Deus.
“Mas, será possível um castigo eterno por
causa de um pecado que não dura mais que um momento?”
A grandeza do pecado não depende da sua duração. Ao
assassino basta um momento para disparar a arma:
“Insensato seria aquele que para
desfrutar um dia de divertimentos, quisesse condenar-se a
uma prisão de vinte ou trinta anos numa prisão! Se o
inferno durasse, não cem anos, mas apenas dois ou três, já
seria loucura incompreensível que por um instante de prazer
nos condenássemos a esses dois ou três anos de tormento
gravíssimo. Mas não se trata de trinta nem de cem, nem de
mil, nem de cem mil anos, trata-se de sofrer para sempre
penas terríveis, dores sem fim, males incalculáveis sem
alívio algum”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Também não é preciso mais que um instante
para cometer um pecado grave, pelo qual se perde a
felicidade eterna.
Mais lógico seria raciocinar desta
maneira:
Precisamente porque Deus é tão santo, e o
pecado Lhe ofende tanto, justamente por esse motivo o
inferno deve ser uma coisa horrenda.
Tens amor à verdade? Então com certeza
aborreces a mentira!
Tens limpa a alma? Então certamente foges de
toda a imoralidade! És homem honrado? Por certo evitas todas
as fraudes! Pois bem. Precisamente porque Deus é
infinitamente santo, tem infinito horror ao pecado,
e, portanto, Deus por sua mesma natureza há de afastar-se
dele... para sempre:
“Há de julgar os vivos e os mortos,
cada um segundo os seus méritos: os que corresponderam ao
Amor e à Misericórdia de Deus, indo para a vida eterna; os
que os recusaram até ao fim, indo para o fogo que não se
extinguirá jamais” (Paulo VI).
A alma que no momento da morte se encontra em
estado de pecado grave, - poderíamos dizer, a
alma de quem morre de costas voltadas para Deus, -
ficará assim durante séculos e milhões de séculos, de costas
voltadas para Deus, por toda a eternidade!
“As almas daqueles que saem do mundo em pecado mortal atual,
imediatamente depois da sua morte descem ao Inferno, onde
são atormentadas com penas infernais”
(Bento XII).
O pecado grave é alguma coisa diametralmente
oposta à divindade. Aquele, a quem o frio da morte enrijeceu
neste estado, permanecerá desta mesma forma pelos séculos
dos séculos. Viver eternamente
de costas voltadas para Deus... é a condenação.
Mistério temeroso, doutrina angustiante, mas
realidade tremenda.
2. É possível, contudo, suavizar os horrores
deste dogma, - tirar-lhe, por assim dizer o fel, - e
tranquilizar a nossa alma perturbada, pensando que se é
certa a existência da condenação eterna, não é menos
certo que Deus não condena ao inferno ninguém que o não
tenha merecido: “Porquanto
todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o
tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a
retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo,
seja para o bem, seja para o mal” (2 Cor
5, 10).
a) Deus não julga precipitadamente sob o
influxo da paixão, nem, de ordinário, no momento em que se
comete o pecado.
Não condena sem primeiro conceder a graça
que nos incita à conversão e nos dá possibilidade de nos
convertermos. Mas que há de fazer
o Senhor com aquele que não quer converter-se, que não quer
aproximar-se d’Ele?
A guerra costuma também chamar-se
“ultima ratio”. É a razão última dos povos.
Só se recorre às armas quando se esgotaram já todos os
outros meios. O inferno vem a ser também uma “ultima
ratio” nas mãos de Deus, que só a emprega depois de
usar todos os meios para nos salvar:
“Quando o Senhor castiga nesta vida,
é para fazer misericórdia na outra. Mostra-se irritado a fim
de que nos emendemos e detestemos o pecado. Se nos manda
algum castigo, é porque nos ama e nos quer livrar das penas
eternas”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
É tão pouco,
- tão incrivelmente pouco, - o que
Deus exige para nos perdoar. Basta arrepender-me de ter
ofendido a Deus por ser Ele quem é, prometer não tornar a
ofendê-Lo e a intenção de me confessar... nada mais! Podia
Deus ter exigido menos?
b) O inferno
é, sem dúvida, um dogma que nos causa temor.
Mas podemos suavizar o receio que nos provoca, se meditarmos
quem será condenado ao inferno.
Quem morrer em pecado mortal sem se
confessar ou, se o não puder fazer, sem um ato de contrição
perfeita.
Pecado mortal! Quem comete o pecado
mortal? “Quem infringe
consciente e deliberadamente a lei de Deus em matéria grave”,
responde a teologia.
Ele é o pior de todos os males:
“O maior mal do mundo, o mal que
entre todos os males merece verdadeiramente o nome de mal –
é o pecado. A sua fealdade não tem semelhante; a sua
gravidade é, em certo modo, infinita; os seus castigos são
eternos!” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Sabemos, pois, o que constitui objetivamente
o pecado grave.
Contudo, por vezes não sabemos, - e ninguém o
chega, a saber, além de Deus, - se em certos casos houve
subjetivamente pecado mortal, ainda que as aparências
pareçam indicá-lo.
Não conhecemos muitas vezes as influências
nefastas da hereditariedade mórbida, das taras, da educação
descuidada, do ambiente perverso e de outras mil
circunstâncias atenuantes, que nós mal podemos suspeitar.
Tudo isto nos pode trazer grande consolação
ao pensarmos no inferno!
c) É certamente horroroso o pensamento do
inferno; mas podemos tranquilizar-nos pensando quem se
condenará. Que nos ensina a nossa santa religião a este
respeito? Quem está no inferno?
Na história do mundo houve muitos homens que
foram verdadeiros monstros, autênticas feras, e, contudo,
não sabemos se foram condenados ao inferno. Pelo contrário,
há um criminoso condenado à pena capital, - o bom ladrão -
de quem sabemos positivamente que entrou no Paraíso. Nós,
porém, segundo o nosso modo de julgar, te-lo-íamos colocado
no inferno; porque julgamos segundo as aparências. Deus,
quando julga, põe tudo nos pratos da balança. Os fatores
mais invisíveis e incalculáveis para nós, taras
hereditárias, más inclinações naturais, educação descuidada,
ambiente perverso... Deus conhece tudo e pesa tudo na
balança, quando julga. Por isso, nós não sabemos quem
está no inferno.
3. Mas também não devemos pôr-nos a cavilar
sobre este ponto; esforcemo-nos antes por evitar o inferno.
Só o evitaremos se fugirmos de todo o pecado mortal,
ou se tivermos a desgraça de cair nele, o expulsaremos da
nossa alma com uma boa confissão.
a) É curioso observar o público numa grande
estação de caminho de ferro. Que agitação, que nervosismo!
Ao chegar o comboio, todos se precipitam para dentro com
malas e embrulhos, aos empurrões. A todos os preocupa um só
pensamento: Não perder o comboio.
O chefe dá o sinal, a locomotiva apita, e o
comboio, abarrotado de gente põe-se em marcha. Precisamente
naquele momento chega um passageiro atrasado, com os cabelos
embaraçados, a fronte coberta de suor, o peito ofegante,
quase sufocado... E com voz rouca, olhando para o comboio
que já partiu, exclama cheio de tristeza:
“Cheguei tarde!”
Ao pensarmos na vida eterna, lembremo-nos com
frequência que também chegará o momento em que o comboio
partirá para o Paraíso. Cuidado, não o percamos! Porque se o
perdermos, lá não há outro comboio... Chegamos tarde... para
toda a eternidade!
b) Para toda a eternidade?
Outra vez a palavra terrível! Não a compreendemos, ficamos
aturdidos, - mas temos de crer. Não cabe no nosso limitado
círculo visual humano; não podemos compreender esta verdade.
Mas acreditamos e confessamos que Deus não é mais
severo para conosco do que nós merecemos.
Se o inferno houvesse de terminar,
arruinar-se-ia toda a ordem moral! Desapareceriam de repente
todos os sérios esforços para levar uma vida moral neste
mundo. Por que havemos de ser honrados?
Por que havemos de perseverar no bem à custa
de tantos suores, quando no fim de contas, a violação da
ordem moral não é um mal tão grande, visto que há de chegar
um dia em que automaticamente essa ordem há de ser
restabelecida?
Se não existe juiz onipotente que um dia nos
há se pedir contas, mesmo dos desejos mais secretos do nosso
coração, se não há um tribunal em que um dia se ponham na
balança todas as boas obras feitas ocultamente e
desconhecidas de todos, e em que também se pesem todas as
nossas palavras e as nossas lutas, se não há um dia de juízo
cujo fulgor dê o devido valor ao heroísmo da vida virtuosa e
à frivolidade de uma existência fútil, leviana e
pecaminosa... se tudo isto não existe, quem poderá falar de
justiça, da bondade e da santidade de Deus?
Por mais terrível que seja o dogma do
inferno, o pensamento desta grande verdade não nos deve
causar terror, mas fazer-nos tirar uma preciosa lição.
Ouçamos todos o eloquentes aviso que nos dá
este dogma: Irmãos! Cuidado! Cuidado! Ainda que fosse
necessário suar sangue... ainda que vos custasse uma vida de
incessante mortificação... Perseverai junto de Deus!
Voltai-vos para Ele! Vivei voltados para o Senhor, para que
possais morrer na sua amizade.
Quando o povo judeu ocupou a terra de Canaã,
jurou solenemente obedecer às leis do Senhor, como
prescrevera Moisés no capítulo 27 do Deuteronômio. Metade do
povo, isto é, seis tribos colocaram-se no monte Ebal, árido
e coberto de ruínas. As outras seis tribos ocuparam a parte
oposta, o monte Garizim, coberto de prados em flor e de
bosques. No vale situado entre os dois montes jazia a cidade
de Siquém, onde ficaram os sacerdotes e os levitas, junto à
Arca da Aliança. Começou então um diálogo emocionante:
- Maldito seja o homem que talha ou funde
imagens ou ídolos, que são a abominação do Senhor, e os
coloca em lugar oculto – exclamaram os Levitas.
E ressoou a voz do povo:
- Amém!
- Maldito seja o que não honra o pai e mãe!
- Amém! – respondeu o povo.
- Maldito o que muda de sítio os limites da
herdade do próximo!
- Amém!
- Maldito o que vive na imoralidade!
- Amém!
- Maldito o que matar o próximo à traição!
- Amém!
- Maldito o que se deixa subornar!
- Amém! Clamava o povo.
Imediatamente depois ressoaram as palavras
que prometiam as bênçãos que hão de chover sobre os
cumpridores da Lei divina.
“Mas se ouvires a voz do Senhor teu Deus,
e praticares e observares todos os seus mandamentos...
bendito serás na cidade, e bendito no campo, bendito o fruto
do teu ventre e benditos os frutos da tua terra. Bendito
serás em todas as tuas ações desde o princípio até o fim”...
Bendito! Bendito! Bendito por Deus e para sempre!
E no monte Ebal e no monte Garizim retumbava
como um trovão a resposta do povo: Amém! Amém! Amém!
Impressionamo-nos com a descrição desta cena.
Mas, que é ela comparada com o trovão do juízo final, em que
não serão sacerdotes judeus quem pronuncia maldições e
bênçãos, mas o Juiz divino, e não será o povo que responderá
“amém”, mas os anjos do Senhor?
- “Apartai-vos de mim”, dirá
Cristo. E os anjos responderão: “Amém”.
- “Ide para o
fogo eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos!”
- Amém! Amém para sempre!
Depois... desaparecerá a indignação do rosto
de Jesus Cristo, e voltando-se para os bons, dir-lhes-á com
infinita doçura:
- “Vinde, benditos de meu Pai!”
– e milhões de milhões de corações soltarão a resposta
jubilosa:
- Amém!
- “Tomai posse do
reino, que vos está preparado desde o princípio do mundo!”
- Amém! Amém para sempre!
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