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A - Da Oração |
Viva, o religioso do Instituto, continuamente em
união íntima com Deus através de uma oração sincera e fervorosa:
“O
primeiro e o principal dever dos religiosos é a assídua união a Deus
na oração”
(Elementos Essenciais da Doutrina da Igreja sobre a
Vida Religiosa Aplicados aos Institutos Consagrados ao Apostolado,
III, 7 § 26).
Jesus Cristo é o modelo perfeito da oração:
“Toda
a sua atividade cotidiana derivava da oração. Assim Ele retirava-se
para o deserto ou para o monte para rezar (Cf. Mc 1, 35; 6, 46; Lc
5, 16; Mt 4, 11; 4, 23), levantava-se de manhã muito cedo (Cf. Mc 1,
35) e passava a noite inteira em oração a Deus (Cf. Mt 14, 23. 25; Mc 6, 46. 48; Lc 6, 12)”
(Diretório para o ministério e a vida do presbítero,
40), por isso, também a atividade do
religioso, a exemplo de Jesus Cristo, derive da oração para não cair
na desgraça da heresia das obras: “Por causa de
numerosos empenhos provenientes em larga medida da atividade
pastoral, a vida do presbítero está exposta, hoje mais do que nunca,
a uma série de solicitações que poderiam conduzi-la para um
crescente ativismo exterior, submetendo-a a um ritmo por vezes,
frenético e irresistível.
Contra tal “tentação”, é necessário não esquecer
que a primeira intenção de Jesus foi a de convocar à sua volta os
Apóstolos para que antes de mais “estivessem com Ele” (Mc 3, 14)”
(Diretório para o ministério e a vida do presbítero,
40).
Encontre o
religioso, na oração, o alimento e o conforto necessários para
aceitar, com alegria e resignação, todas as cruzes e trabalhos que o
possam acompanhar na Cidade Missionária e fora dela:
“A
oração deve ser entendida também como tempo para estar com o Senhor,
a fim de que possa agir em nós e, entre as distrações e os
trabalhos, possa invadir nossa vida, confortá-la e guiá-la. Para
que, a final, toda a nossa existência possa realmente pertencer-lhe”
(Congregavit nos in
unum Christi amor, 13),
e: “Portanto, se queremos nos salvar, rezemos sempre”
(Santo
Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, cap. XVII),
e ainda: “Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a
necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”
(Lc
18, 1).
O religioso que pensar diferentemente, cedo ou tarde, sacrificará
sua vocação: “...é impossível viver na virtude sem o auxílio da
oração” (São João Crisóstomo, De
Precatione, orat. I),
e: “Perder o caminho não me parece ser outra coisa senão deixar a
oração” (Santa Teresa
de Jesus,
Livro da Vida, XIX, 13).
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B - Da Santa Missa |
Com decididos sentimentos de reverência, humildade,
atenção e devoção, os religiosos tenham toda diligência em
participar quotidianamente da Santa Missa, grande mistério, no qual
Jesus Crucificado cada vez renova o prodigioso sacrifício de seu
amor pelas almas: “O empenho em participar quotidianamente (no
sacrifício eucarístico) ajudará os religiosos a renovarem cada dia a
oferenda de si mesmos ao Senhor”
(A Dimensão Contemplativa da Vida Religiosa, 9).
O sacerdote do Instituto fará cada dia uma digna
preparação antes de celebrar a Santa Missa:
“O sacerdote não
deixe de se preparar devidamente, pela oração, para a celebração do
Sacrifício eucarístico...”
(CDC, cân. 909), porque:
“Ele deve
vivê-la como o momento central do dia e do ministério cotidiano,
fruto de um desejo sincero e de ocasião de encontro profundo e
eficaz com Cristo, e terá o máximo cuidado de celebrá-la com devoção
e íntima participação da mente e do coração”
(Diretório para o
ministério e a vida do presbítero, 49), sendo que após a celebração
fará uma piedosíssima ação de graças em agradecimento a Deus
(Cf. CDC, cân. 909). Estas normas, preparação e ação de graças, serão
obedecidas por todos os religiosos do Instituto.
“A língua própria da Igreja Romana é a latina”
(São Pio X, Sobre liturgia e música sacra, 7), por isso, na
Cidade Missionária ou fora dela, seja celebrada unicamente a
Santa Missa na sua forma extraordinária: “Por isso, é lícito
celebrar o Sacrifício da Missa segundo a edição típica do Missal
Romano promulgado pelo beato João XXIII em 1962, que nunca foi
ab-rogado, como forma extraordinária da Liturgia da Igreja”
(Bento XVI, Motu proprio Summorum Pontificum, Art. 1), sendo que o
canto será unicamente o gregoriano e na língua latina:
“As várias
partes da Missa... devem conservar, até musicalmente, a forma que a
tradição eclesiástica lhes deu, e que se encontra admiravelmente
expressada no canto gregoriano”
(São Pio X, Sobre liturgia e música sacra, 10).
Em todas
as Santas Missas e demais cerimônias litúrgicas celebradas pelos
religiosos do Instituto, dentro ou fora da Cidade
Missionária, seja usado unicamente o órgão de tubos; na ausência
deste, pode ser usado o órgão eletrônico ou teclado.
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C - Da Adoração
ao Santíssimo Sacramento |
Haja, na Cidade Missionária,
adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia:
“Adorar
é partilhar a vida dos Santos no Céu, louvando, bendizendo e
adorando sem cessar a Bondade, o Amor, a Glória, o Poder e a
Divindade do Cordeiro imolado por amor aos homens e pela glória de
Deus, seu Pai”
(São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia,
Vol. 3).
Não
havendo número suficiente de religiosos para adoração perpétua, encontre o Superior da
Cidade Missionária dias e horários para esse ato piedosíssimo: “Ninguém come aquela carne, que primeiro a não
adore” (Santo Agostinho, Enarr. in
Ps XCVIII, 9),
e “...um padre ajoelhado diante do sacrário, numa atitude
exterior respeitosa e em profundo recolhimento, é para o povo objeto
de edificação, um aviso, um convite à consolação na prece”
(Pio
XII, Discurso 13 de marzo 1943; AAS XXXV, 1943, p. 114 – 115),
e ainda: “A fé e o amor à Eucaristia não podem permitir que a
presença de Cristo no Tabernáculo permaneça solitária”
(João
Paulo II, Catequese na Audiência Geral de 9 de junho de 1993, 6:
“L’Osservatore Romano”, 10 de junho de 1993).
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D - Da Visita ao Santíssimo Sacramento |
O
religioso do Instituto terá uma alma eucarística; o mesmo visitará
todos os dias a Jesus Sacramentado, o único Esposo da sua alma, com
profunda e sincera piedade: “...visitas ao Santíssimo,
impregnadas de piedade e repetidas até diariamente”
(Pio
XII, Mediator Dei, 127).
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E - Do Ofício
Divino |
Busque o religioso do Instituto, fervorosa e
insistentemente a santidade pela oração. Encontre o mesmo no Ofício
Divino uma fonte de água cristalina que robusteça sua alma sedenta
da íntima união com Deus: “A perfeita santidade exige ainda
uma contínua comunicação com Deus; e a fim de que este íntimo
contato que a alma sacerdotal deve estabelecer com Deus não seja
interrompido na sucessão dos dias e das horas, a Igreja impôs aos
Sacerdotes a obrigação de recitar o Ofício Divino. Deste modo
acolheu ela fielmente o preceito do Senhor: 'É mister orar sempre e
nunca deixar de fazê-lo' (Lc 18, 1)”
(Pio XII, Menti Nostræ,
38).
O Ofício Divino não é uma simples oração, mas sim, um
meio eficacíssimo de santificação: “Por isso, não é somente uma
recitação de fórmulas, nem de cânticos entoados com arte; não se
trata somente do respeito a certas normas, determinadas rubricas ou
cerimônias externas de culto; mas trata-se, sobretudo, da elevação
do nosso espírito e da nossa alma a Deus, para que se unam à
harmonia dos espíritos bem-aventurados... elevação que supõe aquelas
disposições interiores lembradas no princípio do Ofício Divino:
“digna, atenta e devotamente”
(Pio XII, Menti Nostræ, 41).
Tenha o religioso do Instituto a piedosa e santa
convicção de que, a excelsa e sublime oração do Ofício Divino é a
voz da própria Esposa que fala com o seu Divino Esposo.
Como pede a Santa Mãe Igreja, todo o Ofício Divino
seja sempre cantado em comunidade, dando diariamente a devida
solenidade às horas maiores.
O Ofício
Divino será cantado na língua latina e em gregoriano, em todas as
horas, dentro ou fora da Cidade Missionária. Somente a
Hora Média será em particular nos tempos determinados pelo
Diretório. É estritamente proibido aos religiosos do Instituto
simplesmente recitar o Ofício Divino; o mesmo será cantado em coro,
com ou sem o órgão.
No Instituto canta-se o Ofício Divino em
comunidade a partir do Postulantado.
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F - Do Devocionário |
O religioso do Instituto tem a obrigação, além das
orações litúrgicas, de alimentar sua alma diariamente com
piedosas, fiéis e fervorosas orações contidas no Devocionário do
Instituto, como alimento indispensável à sua íntima união com Deus e
crescimento espiritual.
É proibido
ao religioso omitir, acrescentar ou alterar qualquer oração,
cântico, hino e rubrica do Devocionário.
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G - Do Hinário |
O religioso do Instituto terá no Hinário: cânticos e
hinos piedosos e fiéis à Doutrina da Igreja Católica Apostólica
Romana que o ajudará a prestar perfeito louvor a Deus: Cantai
“...uns
aos outros com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e
louvando ao Senhor em vosso coração”
(Ef 5, 19), e:
“Quanto
chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que
ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu
ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de
piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me
faziam bem”
(Santo Agostinho, Conf. 9, 6, 14).
Os
cânticos e hinos do Hinário serão na língua latina e na
vernácula. Para que sejam executados com perfeição, haverá na Cidade Missionária uma dedicada, zelosa e fiel
“Scholæ Cantorum”.
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H - Do Santo
Rosário |
O religioso do Instituto nutra uma filial e sincera
devoção à Santíssima Virgem, porque “...a devoção à santa Virgem é
necessária a todos os homens para conseguirem a salvação”
(São
Luiz Maria Grignion de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à
Santíssima Virgem, cap. I, Art. II, Segunda conseqüência, § 1º), e
também ela é: “Cheia de graça”
(Lc 1, 28),
“Serva do Senhor”
(Lc 1, 38),
“Bendita
entre as mulheres”
(Lc 1, 42),
“Mãe
do Senhor”
(Lc 1, 43),
“Bem-aventurada”
(Lc 1, 48) e
“Rainha do céu e da terra”
(São Luiz Maria Grignion de Montfort, Tratado da verdadeira
devoção
à Santíssima Virgem, cap. I, Art. II, Primeira conseqüência).
Reze, o
religioso, duas partes do Santo Rosário todos os dias:
“Honrem,
mediante culto especial, a Virgem Mãe de Deus, modelo e proteção de
toda vida consagrada, também com o rosário mariano”
(CDC,
Cân. 663 § 4).
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I - Da Meditação |
Tenha o religioso do Instituto a meditação como um
meio seguro e precioso para a sua santificação; por isso, faça-a
diariamente, porque ela “...purifica a fonte donde jorra, isto
é, o espírito. Regula as afeições, dirige os atos, corrige os
exageros, governa os costumes, põe honestidade e ordem na vida:
enfim, ela dá a ciência das coisas divinas e também das coisas
humanas. Determina ela o que é confuso, coíbe o que está relaxado,
ajunta o que está disperso, perscruta o oculto, procura o que é
verdadeiro, examina o que se parece com a verdade, descobre o que é
disfarçado e enganador. Prevê e regula o que se há de fazer,
reconsidera o que está feito, a fim de que nada fique no espírito
que não seja corrigido ou tenha necessidade de correção. Ela é que
nos dias maus pressente a adversidade e a torna facilmente
suportável, quando é mister sofrê-la”
(São Bernardo de Claraval,
De Consid., 1. 1, c. 7).
O religioso jamais abandone a meditação; porque
aquele que assim o faz, em pouco tempo deixa de amar a Nosso Senhor
Jesus Cristo, se iguala aos seres brutos, e por fim, se perde
eternamente: “Quem abandona a meditação, portanto, deixará de
amar a Jesus Cristo. A meditação é a fornalha onde se ascende e se
conserva o fogo do amor a Deus”
(Santo Afonso Maria de Ligório,
A prática do amor a Jesus Cristo, cap. VIII), e dizia Santa Teresa
de Jesus que, quem deixa a meditação “...em pouco tempo se torna
um animal ou um demônio”
(Moradas Primeira, c. I, Obras, IV), e
também: “Quem não reza, é impossível que se salve. A razão é que
não podemos alcançar a salvação sem o auxílio da graça de Deus e
Deus só dá esta graça a quem lhe pede”
(Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, cap. VIII).
A
meditação é fonte de todas as riquezas para a vida apostolar, por
isso, o religioso do Instituto, de um modo particular, o sacerdote,
encontre nessa inexaurível fonte de santidade a eficácia para a sua
pregação, porque sem ela suas palavras serão vazias e infrutíferas:
“Pela falta do hábito de conversar com Deus, quando eles falam de
Deus aos homens ou lhes dão conselhos para a prática da vida cristã,
falta-lhes o sopro divino, e a palavra evangélica neles parece quase
morta” (São Pio X, Haerent
Animo, 22).
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J - Da
Leitura Espiritual |
Tenha o religioso uma sede insaciável pela leitura
espiritual, tendo consigo sempre “...um bom livro de devoção”
(São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte II, cap.
17), e “...aplica-te à leitura...”
(1 Tm 4, 13), porque a
leitura espiritual é um substanciosíssimo alimento para a alma:
“Há
de juntar o padre à meditação cotidiana das coisas divinas a leitura
dos livros piedosos, sobretudo dos que foram divinamente inspirados”
(São Pio X, Haerent Animo, 25).
Veja, o
religioso, no livro piedoso e fiel à doutrina da Igreja Católica, um
verdadeiro guia e amigo: “Ora, devemos pôr os livros piedosos
no número dos nossos amigos verdadeiramente fiéis, porque nos chamam
eles severamente ao cumprimento de nossos deveres e das prescrições
da verdadeira disciplina” (São Pio
X, Haerent Animo, 26),
e considere-os “...não somente amigos, mas ainda vêm a ser os
melhores dentre os melhores amigos”
(São
Pio X, Haerent Animo, 26),
ele sacode o nosso torpor espiritual e nos mostra o caminho seguro
da santidade: “Despertam no coração as vozes do céu já
adormecidas. Sacodem o torpor de nossas boas resoluções. Não nos
deixam adormecer numa tranquilidade enganadora. Reprovam nossas
afeições secretas quando são elas pouco recomendáveis. Descobrem aos
imprudentes os perigos que os esperam muitas vezes”
(São
Pio X, Haerent Animo, 26),
é também um companheiro que está sempre ao nosso lado e nos diz
sempre a verdade: “Temo-los quando os quisermos, sempre ao nosso
lado, prontos a cada momento para nos ajudarem nas necessidades de
nossas almas. Deles a voz nunca é dura, os conselhos sempre
desinteressados, e a palavra nunca tímida ou mentirosa”
(São
Pio X, Haerent Animo, 26).
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K - Do
Exame de Consciência |
Tenha o religioso do Instituto grande apreço pelo
exame de consciência, ciente de que, sem a vigilância contínua de
suas ações não crescerá espiritualmente; por isso, fa-lo-á
rigorosamente todos os dias nas orações do meio-dia e da noite:
“Não
omitir o exame de consciência, sob pretexto de ocupações, e, por
cada falta cometida, fazer alguma penitência”
(São João da Cruz,
Pequenos Tratados Espirituais, 6), e
“Cada dia, ao se aproximar a
noite, antes que chegue o sono, faze o exame da tua consciência,
pede que te preste contas e, se tiveste maus desejos durante o dia,
fere-os, arranca-os e faze deles penitência”
(São João Crisóstomo, Expos. in Ps 4, nº 8), e também:
“Como um
investigador diligente da pureza da alma, submete tua vida a um
exame cotidiano... Indaga com cuidado no que ganhaste ou no que
perdeste... Aplica-te em conhecer-te a ti mesmo. Põe sob teus olhos
todas as tuas faltas. Coloca-te em face de ti mesmo como em face de
outrem e, neste estado, bate no teu peito”
(São Bernardo de Claraval, Meditationes piisimae, c. V, De quotidiano sui ipsius
examine).
O
religioso deve examinar de tal maneira a sua consciência, isto é,
ser seu próprio juiz agora, para que na hora da morte não tenha
medo de comparecer diante do Tribunal Divino:
“Sim, eu quero
fazer bem o exame de consciência, acusar-me, julgar-me, condenar-me,
corrigir-me, para que o juiz não me condene naquele dia tremendo”
(São Francisco de Sales, Introdução à
Vida Devota, Parte I, cap. 14),
e “...quem recusa comparecer diante deste tribunal, onde a
justiça se assenta como juiz e onde a consciência ao mesmo tempo é
acusada e a acusadora, se expõe geralmente a inconveniências e danos”
(São Pio X, Haerent Animo, 30).
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L - Dos Retiros e
Exercícios Espirituais |
“Como demonstra a longa experiência espiritual na
Igreja, os Retiros e os Exercícios Espirituais são um instrumento
idôneo e eficaz para uma adequada formação...”
(Diretório para o
ministério e a vida do presbítero, 85), por
isso, o religioso, para progredir na perfeição, fará mensalmente um dia de
retiro espiritual pregado por um religioso do Instituto:
“...todos
os meses, dando de mão aos negócios cotidianos, destinai um dia a um
retiro particular...”
(Pio XI, Ad Catholici
Sacerdotii, 135), e sete dias de retiro anualmente,
também pregado por
um religioso do Instituto: “Quando por alguns dias nos segregamos
das habituais ocupações e do ambiente habitual e nos retiramos à
solidão e ao silêncio, então prestamos mais ouvidos à voz de Deus e
esta penetra mais profundamente em nossa alma”
(Pio XII, Menti Nostrae, 55).
O retiro
anual é um tempo de profunda e íntima união com Deus, momento
propício para o religioso reabastecer a alma, e o mesmo será
realizado sempre na Cidade Missionária, iniciando na noite do sábado que
antecede o Domingo de Ramos e concluindo-se após a Vigília Pascal:
“Vinde
vós, sozinhos, a um lugar deserto e descansai um pouco”
(Mc
6, 31),
e “...há um exercício conhecido e recomendado por todos,
...durante o qual a alma se entrega aos exercícios chamados
espirituais” (São Pio X,
Haerent Animo, 39).
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M - Do Deserto
Cotidiano |
O religioso do Instituto ame o recolhimento e o
silêncio, porque uma alma dissipada não é capaz de ouvir a voz de
Deus. Uma maneira piedosa de praticar esse recolhimento e
silêncio é o Deserto Cotidiano.
Este
Deserto Cotidiano será observado no mais absoluto silêncio, isto é,
será inviolável. Somente o Superior, em caso de extrema necessidade,
poderá conversar o necessário sem prejudicar os demais:
“Ponde,
Senhor, uma guarda em minha boca”
(Sl
140, 3).
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N - Da
Direção Espiritual |
O religioso do Instituto, para progredir na vida de
perfeição, tenha unicamente como guia um sábio e prudente diretor
espiritual do próprio Instituto: “Para contribuir para o
melhoramento da sua espiritualidade, é necessário que os presbíteros
recebam eles mesmos a direção espiritual. Colocando nas mãos de um
sábio colega a formação da sua alma...”
(Diretório para o
ministério e a vida do presbítero, 54), e:
“...ao arrastar e
enveredar pela vida espiritual não confieis em vós mesmos, mas com
simplicidade e docilidade peçais e aceiteis o auxílio de quem possa
guiar vossa alma com esclarecida direção, indicar-vos os perigos,
sugerir-vos os remédios idôneos, e em todas as dificuldades internas
ou externas vos possa dirigir retamente e levar-vos a uma perfeição
cada vez maior, segundo o exemplo dos Santos e os ensinamentos da
ascética cristã”
(Pio XII, Menti Nostrae, 54).
Aquele que
foge da Direção Espiritual vive isolado, produz poucos frutos e
caminha sem rumo: “Aquele que quiser estar só e sem arrimo de
mestre e guia, será como a árvore do campo, isolada e sem dono, que
por mais frutos que dê, os viandantes os colhem antes de
amadurecerem” (São João da Cruz,
Ditos de Luz e Amor, 5),
e: “O que, sendo cego, cai, não se levantará sozinho; e, se acaso
se levantar, encaminhar-se-á por onde não lhe convém”
(Ibid,
11),
e ainda: “Sem esta prudente guia da consciência, é assaz difícil,
pelas vias ordinárias, secundar convenientemente os impulsos do
Espírito Santo e da graça divina”
(Pio
XII, Menti Nostrae, 54).
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O - Da Confissão |
Aproxime o
religioso do Instituto uma vez por semana do Sacramento da
Penitência, porque é obra prima da bondade de Deus para nos
socorrer: “É certo que os pecados veniais se podem expiar de
muitos e mui louváveis maneiras; porém, para progredir cada dia com
mais fervor no caminho da virtude, queremos recomendar muito
encarecidamente o piedoso uso da confissão frequente introduzida
pela Igreja não sem uma inspiração do Espírito Santo”
(Pio
XII, Mystici Corporis Christi, 87),
com a confissão frequente, “...aumenta o conhecimento de si
mesmo, cresce a humildade cristã, desarraiga os maus costumes,
combate a negligência e tibieza espiritual, purifica a consciência,
fortifica a vontade, presta-se à direção espiritual, e por virtude
do mesmo sacramento aumenta a graça”
(Pio
XII, Mystici Corporis Christi, 87),
e: “Os que diminuem e rebaixam o apreço pela confissão frequente
entre os jovens clérigos, saibam que a sua atuação é estranha ao
espírito de Cristo e funestíssima para o Corpo Místico do Nosso
Salvador” (Pio
XII, Mystici Corporis Christi, 87)
e também: “A vida espiritual e pastoral do sacerdote, como a dos
seus irmãos leigos e religiosos, depende, na sua qualidade e no seu
fervor, da prática pessoal assídua e conscienciosa do sacramento da
Penitência... toda a existência sacerdotal sofre uma inexorável
decadência, caso lhe venha a faltar, por negligência ou por qualquer
outro motivo, o recurso periódico e inspirado por uma verdadeira fé
e devoção ao sacramento da Penitência. Num sacerdote que deixasse de
se confessar ou se confessasse mal, o seu ser padre e o exercício do
seu sacerdócio bem cedo ressentir-se-iam, e disso se daria conta a
própria comunidade da qual ele é pastor”
(João
Paulo II, Pastores Dabo Vobis, 26).
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P - Do
Jejum e da Penitência |
O religioso do Instituto leve uma vida mortificada:
“Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que
não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu
mesmo a ser reprovado”
(1 Cor 9, 27), e:
“Ame muito o
sacrifício e tenha-o em conta de pouco para cair em graça ao Esposo,
que por sua causa não hesitou em morrer”
(São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 92).
O jejum a
pão e água, o dormir em tábuas, o uso do cilício e outras
penitências, são saudáveis para afervorar um religioso e um meio de
merecer graças especiais do Céu; mas antes de fazê-las, ouvirá
sempre o conselho do confessor, do diretor espiritual ou do
Superior.
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Q - Dos Santos
Patronos |
O
Instituto tem como Padroeiros Titulares: Sagrado Coração de Jesus e
Nossa Senhora das Dores. E como Padroeiros secundários: São Miguel, São Gabriel, São Rafael, São José, São João
Evangelista, São Pedro e São Paulo Apóstolos, São Francisco Xavier,
São João da Cruz, São João Maria Vianney, São Pio V, São Pio X, São
Paulo da Cruz, São João Bosco, São Gabriel da Virgem Dolorosa, Santa
Teresa de Jesus, Santa Teresa do Menino Jesus, Santa Teresa dos
Andes, Santa Catarina de Sena, Santa Gemma Galgani, Santa Verônica
Giuliani e Santa Margarida Maria de Alacoque. |
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