Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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A - Da Oração

 

Viva, o religioso do Instituto, continuamente em união íntima com Deus através de uma oração sincera e fervorosa: O primeiro e o principal dever dos religiosos é a assídua união a Deus na oração (Elementos Essenciais da Doutrina da Igreja sobre a Vida Religiosa Aplicados aos Institutos Consagrados ao Apostolado, III, 7 § 26).

Jesus Cristo é o modelo perfeito da oração: Toda a sua atividade cotidiana derivava da oração. Assim Ele retirava-se para o deserto ou para o monte para rezar (Cf. Mc 1, 35; 6, 46; Lc 5, 16; Mt 4, 11; 4, 23), levantava-se de manhã muito cedo (Cf. Mc 1, 35) e passava a noite inteira em oração a Deus (Cf. Mt 14, 23. 25; Mc 6, 46. 48; Lc 6, 12) (Diretório para o ministério e a vida do presbítero, 40), por isso, também a atividade do religioso, a exemplo de Jesus Cristo, derive da oração para não cair na desgraça da heresia das obras: Por causa de numerosos empenhos provenientes em larga medida da atividade pastoral, a vida do presbítero está exposta, hoje mais do que nunca, a uma série de solicitações que poderiam conduzi-la para um crescente ativismo exterior, submetendo-a a um ritmo por vezes, frenético e irresistível.

Contra tal “tentação”, é necessário não esquecer que a primeira intenção de Jesus foi a de convocar à sua volta os Apóstolos para que antes de mais “estivessem com Ele” (Mc 3, 14) (Diretório para o ministério e a vida do presbítero, 40).

Encontre o religioso, na oração, o alimento e o conforto necessários para aceitar, com alegria e resignação, todas as cruzes e trabalhos que o possam acompanhar na Cidade Missionária e fora dela: A oração deve ser entendida também como tempo para estar com o Senhor, a fim de que possa agir em nós e, entre as distrações e os trabalhos, possa invadir nossa vida, confortá-la e guiá-la. Para que, a final, toda a nossa existência possa realmente pertencer-lhe (Congregavit nos in unum Christi amor, 13), e: Portanto, se queremos nos salvar, rezemos sempre (Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, cap. XVII), e ainda: Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer (Lc 18, 1). O religioso que pensar diferentemente, cedo ou tarde, sacrificará sua vocação: ...é impossível viver na virtude sem o auxílio da oração (São João Crisóstomo, De Precatione, orat. I), e: Perder o caminho não me parece ser outra coisa senão deixar a oração (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, XIX, 13).

 

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B - Da Santa Missa

 

Com decididos sentimentos de reverência, humildade, atenção e devoção, os religiosos tenham toda diligência em participar quotidianamente da Santa Missa, grande mistério, no qual Jesus Crucificado cada vez renova o prodigioso sacrifício de seu amor pelas almas: O empenho em participar quotidianamente (no sacrifício eucarístico) ajudará os religiosos a renovarem cada dia a oferenda de si mesmos ao Senhor (A Dimensão Contemplativa da Vida Religiosa, 9).

O sacerdote do Instituto fará cada dia uma digna preparação antes de celebrar a Santa Missa: O sacerdote não deixe de se preparar devidamente, pela oração, para a celebração do Sacrifício eucarístico... (CDC, cân. 909), porque: Ele deve vivê-la como o momento central do dia e do ministério cotidiano, fruto de um desejo sincero e de ocasião de encontro profundo e eficaz com Cristo, e terá o máximo cuidado de celebrá-la com devoção e íntima participação da mente e do coração (Diretório para o ministério e a vida do presbítero, 49), sendo que após a celebração fará uma piedosíssima ação de graças em agradecimento a Deus (Cf. CDC, cân. 909). Estas normas, preparação e ação de graças, serão obedecidas por todos os religiosos do Instituto.

A língua própria da Igreja Romana é a latina (São Pio X, Sobre liturgia e música sacra, 7), por isso, na Cidade Missionária ou fora dela,  seja celebrada unicamente a Santa Missa na sua forma extraordinária: Por isso, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa segundo a edição típica do Missal Romano promulgado pelo beato João XXIII em 1962, que nunca foi ab-rogado, como forma extraordinária da Liturgia da Igreja (Bento XVI, Motu proprio Summorum Pontificum, Art. 1), sendo que o canto será unicamente o gregoriano e na língua latina: As várias partes da Missa... devem conservar, até musicalmente, a forma que a tradição eclesiástica lhes deu, e que se encontra admiravelmente expressada no canto gregoriano (São Pio X, Sobre liturgia e música sacra, 10).

Em todas as Santas Missas e demais cerimônias litúrgicas celebradas pelos religiosos do Instituto, dentro ou fora da Cidade Missionária, seja usado unicamente o órgão de tubos; na ausência deste, pode ser usado o órgão eletrônico ou teclado.

 

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C - Da Adoração ao Santíssimo Sacramento

 

Haja, na Cidade Missionária, adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia: Adorar é partilhar a vida dos Santos no Céu, louvando, bendizendo e adorando sem cessar a Bondade, o Amor, a Glória, o Poder e a Divindade do Cordeiro imolado por amor aos homens e pela glória de Deus, seu Pai (São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3).

Não havendo número suficiente de religiosos para adoração perpétua, encontre o Superior da Cidade Missionária dias e horários para esse ato piedosíssimo: Ninguém come aquela carne, que primeiro a não adore (Santo Agostinho, Enarr. in Ps XCVIII, 9), e ...um padre ajoelhado diante do sacrário, numa atitude exterior respeitosa e em profundo recolhimento, é para o povo objeto de edificação, um aviso, um convite à consolação na prece (Pio XII, Discurso 13 de marzo 1943; AAS XXXV, 1943, p. 114 – 115), e ainda: A fé e o amor à Eucaristia não podem permitir que a presença de Cristo no Tabernáculo permaneça solitária (João Paulo II, Catequese na Audiência Geral de 9 de junho de 1993, 6: “L’Osservatore Romano”, 10 de junho de 1993).

 

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D - Da Visita ao Santíssimo Sacramento

 

O religioso do Instituto terá uma alma eucarística; o mesmo visitará todos os dias a Jesus Sacramentado, o único Esposo da sua alma, com profunda e sincera piedade: ...visitas ao Santíssimo, impregnadas de piedade e repetidas até diariamente (Pio XII, Mediator Dei, 127).

 

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E - Do Ofício Divino

 

Busque o religioso do Instituto, fervorosa e insistentemente a santidade pela oração. Encontre o mesmo no Ofício Divino uma fonte de água cristalina que robusteça sua alma sedenta da íntima união com Deus: A perfeita santidade exige ainda uma contínua comunicação com Deus; e a fim de que este íntimo contato que a alma sacerdotal deve estabelecer com Deus não seja interrompido na sucessão dos dias e das horas, a Igreja impôs aos Sacerdotes a obrigação de recitar o Ofício Divino. Deste modo acolheu ela fielmente o preceito do Senhor: 'É mister orar sempre e nunca deixar de fazê-lo' (Lc 18, 1) (Pio XII, Menti Nostræ, 38).

O Ofício Divino não é uma simples oração, mas sim, um meio eficacíssimo de santificação: Por isso, não é somente uma recitação de fórmulas, nem de cânticos entoados com arte; não se trata somente do respeito a certas normas, determinadas rubricas ou cerimônias externas de culto; mas trata-se, sobretudo, da elevação do nosso espírito e da nossa alma a Deus, para que se unam à harmonia dos espíritos bem-aventurados... elevação que supõe aquelas disposições interiores lembradas no princípio do Ofício Divino: “digna, atenta e devotamente (Pio XII, Menti Nostræ, 41).

Tenha o religioso do Instituto a piedosa e santa convicção de que, a excelsa e sublime oração do Ofício Divino é a voz da própria Esposa que fala com o seu Divino Esposo.

Como pede a Santa Mãe Igreja, todo o Ofício Divino seja sempre cantado em comunidade, dando diariamente a devida solenidade às horas maiores.

O Ofício Divino será cantado na língua latina e em gregoriano, em todas as horas, dentro ou fora da Cidade Missionária. Somente a Hora Média será em particular nos tempos determinados pelo Diretório. É estritamente proibido aos religiosos do Instituto simplesmente recitar o Ofício Divino; o mesmo será cantado em coro, com ou sem o órgão.

No Instituto canta-se o Ofício Divino em comunidade a partir do Postulantado.

 

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F - Do Devocionário

 

O religioso do Instituto tem a obrigação, além das orações litúrgicas, de alimentar sua alma diariamente com piedosas, fiéis e fervorosas orações contidas no Devocionário do Instituto, como alimento indispensável à sua íntima união com Deus e crescimento espiritual.

É proibido ao religioso omitir, acrescentar ou alterar qualquer oração, cântico, hino e rubrica do Devocionário.

 

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G - Do Hinário

 

O religioso do Instituto terá no Hinário: cânticos e hinos piedosos e fiéis à Doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana que o ajudará a prestar perfeito louvor a Deus: Cantai ...uns aos outros com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração (Ef 5, 19), e: Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem (Santo Agostinho, Conf. 9, 6, 14).

Os cânticos e hinos do Hinário serão na língua latina e na vernácula. Para que sejam executados com perfeição, haverá na Cidade Missionária uma dedicada, zelosa e fiel “Scholæ Cantorum”.

 

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H - Do Santo Rosário

 

O religioso do Instituto nutra uma filial e sincera devoção à Santíssima Virgem, porque ...a devoção à santa Virgem é necessária a todos os homens para conseguirem a salvação (São Luiz Maria Grignion de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, cap. I, Art. II, Segunda conseqüência, § 1º), e também ela é: Cheia de graça (Lc 1, 28), Serva do Senhor (Lc 1, 38), Bendita entre as mulheres (Lc 1, 42), Mãe do Senhor (Lc 1, 43), Bem-aventurada (Lc 1, 48) e Rainha do céu e da terra (São Luiz Maria Grignion de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, cap. I, Art. II, Primeira conseqüência).

Reze, o religioso, duas partes do Santo Rosário todos os dias: Honrem, mediante culto especial, a Virgem Mãe de Deus, modelo e proteção de toda vida consagrada, também com o rosário mariano (CDC, Cân. 663 § 4).

 

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I - Da Meditação

 

Tenha o religioso do Instituto a meditação como um meio seguro e precioso para a sua santificação; por isso, faça-a diariamente, porque ela ...purifica a  fonte donde jorra, isto é, o espírito. Regula as afeições, dirige os atos, corrige os exageros, governa os costumes, põe  honestidade e ordem na vida: enfim, ela dá a ciência das coisas divinas e também das coisas humanas. Determina ela o que é confuso, coíbe o que está relaxado, ajunta o que está disperso, perscruta o oculto, procura o que é verdadeiro, examina o que se parece com a verdade, descobre o que é disfarçado e enganador. Prevê e regula o que se há de fazer, reconsidera o que está feito, a fim de que nada fique no espírito que não seja corrigido ou tenha necessidade de correção. Ela é que nos dias maus pressente a adversidade e a torna facilmente suportável, quando é mister sofrê-la (São Bernardo de Claraval, De Consid., 1. 1, c. 7).

O religioso jamais abandone a meditação; porque aquele que assim o faz, em pouco tempo deixa de amar a Nosso Senhor Jesus Cristo, se iguala aos seres brutos, e por fim, se perde eternamente: Quem abandona a meditação, portanto, deixará de amar a Jesus Cristo. A meditação é a fornalha onde se ascende e se conserva o fogo do amor a Deus (Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, cap. VIII), e dizia Santa Teresa de Jesus que, quem deixa a meditação ...em pouco tempo se torna um animal ou um demônio (Moradas Primeira, c. I, Obras, IV), e também: Quem não reza, é impossível que se salve. A razão é que não podemos alcançar a salvação sem o auxílio da graça de Deus e Deus só dá esta graça a quem lhe pede (Santo Afonso Maria de Ligório, A prática do amor a Jesus Cristo, cap. VIII).

A meditação é fonte de todas as riquezas para a vida apostolar, por isso, o religioso do Instituto, de um modo particular, o sacerdote, encontre nessa inexaurível fonte de santidade a eficácia para a sua pregação, porque sem ela suas palavras serão vazias e infrutíferas: Pela falta do hábito de conversar com Deus, quando eles falam de Deus aos homens ou lhes dão conselhos para a prática da vida cristã, falta-lhes o sopro divino, e a palavra evangélica neles parece quase morta (São Pio X, Haerent Animo, 22).

 

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J - Da Leitura Espiritual

 

Tenha o religioso uma sede insaciável pela leitura espiritual, tendo consigo sempre ...um bom livro de devoção (São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte II, cap. 17), e ...aplica-te à leitura... (1 Tm 4, 13), porque a leitura espiritual é um substanciosíssimo alimento para a alma: Há de juntar o padre à meditação cotidiana das coisas divinas a leitura dos livros piedosos, sobretudo dos que foram divinamente inspirados (São Pio X, Haerent Animo, 25).

Veja, o religioso, no livro piedoso e fiel à doutrina da Igreja Católica, um verdadeiro guia e amigo: Ora, devemos pôr os livros piedosos no número dos nossos amigos verdadeiramente fiéis, porque nos chamam eles severamente ao cumprimento de nossos deveres e das prescrições da verdadeira disciplina (São Pio X, Haerent Animo, 26), e considere-os ...não somente amigos, mas ainda vêm a ser os melhores dentre os melhores amigos (São Pio X, Haerent Animo, 26), ele sacode o nosso torpor espiritual e nos mostra o caminho seguro da santidade: Despertam no coração as vozes do céu já adormecidas. Sacodem o torpor de nossas boas resoluções. Não nos deixam adormecer numa tranquilidade enganadora. Reprovam nossas afeições secretas quando são elas pouco recomendáveis. Descobrem aos imprudentes os perigos que os esperam muitas vezes (São Pio X, Haerent Animo, 26), é também um companheiro que está sempre ao nosso lado e nos diz sempre a verdade: Temo-los quando os quisermos, sempre ao nosso lado, prontos a cada momento para nos ajudarem nas necessidades de nossas almas. Deles a voz nunca é dura, os conselhos sempre desinteressados, e a palavra nunca tímida ou mentirosa (São Pio X, Haerent Animo, 26).

 

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K - Do Exame de Consciência

 

Tenha o religioso do Instituto grande apreço pelo exame de consciência, ciente de que, sem a vigilância contínua de suas ações não crescerá espiritualmente; por isso, fa-lo-á rigorosamente todos os dias nas orações do meio-dia e da noite: Não omitir o exame de consciência, sob pretexto de ocupações, e, por cada falta cometida, fazer alguma penitência (São João da Cruz, Pequenos Tratados Espirituais, 6), e Cada dia, ao se aproximar a noite, antes que chegue o sono, faze o exame da tua consciência, pede que te preste contas e, se tiveste maus desejos durante o dia, fere-os, arranca-os e faze deles penitência (São João Crisóstomo, Expos. in Ps 4, nº 8), e também: Como um investigador diligente da pureza da alma, submete tua vida a um exame cotidiano... Indaga com cuidado no que ganhaste ou no que perdeste... Aplica-te em conhecer-te a ti mesmo. Põe sob teus olhos todas as tuas faltas. Coloca-te em face de ti mesmo como em face de outrem e, neste estado, bate no teu peito (São Bernardo de Claraval, Meditationes piisimae, c. V, De quotidiano sui ipsius examine).

O religioso deve examinar de tal maneira a sua consciência, isto é, ser seu próprio juiz agora, para que na hora da morte não tenha medo de comparecer diante do Tribunal Divino: Sim, eu quero fazer bem o exame de consciência, acusar-me, julgar-me, condenar-me, corrigir-me, para que o juiz não me condene naquele dia tremendo (São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte I, cap. 14), e ...quem recusa comparecer diante deste tribunal, onde a justiça se assenta como juiz e onde a consciência ao mesmo tempo é acusada e a acusadora, se expõe geralmente a inconveniências e danos (São Pio X, Haerent Animo, 30).

 

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L - Dos Retiros e Exercícios Espirituais

 

Como demonstra a longa experiência espiritual na Igreja, os Retiros e os Exercícios Espirituais são um instrumento idôneo e eficaz para uma adequada formação... (Diretório para o ministério e a vida do presbítero, 85), por isso, o religioso, para progredir na perfeição, fará mensalmente um dia de retiro espiritual pregado por um religioso do Instituto: ...todos os meses, dando de mão aos negócios cotidianos, destinai um dia a um retiro particular... (Pio XI, Ad Catholici Sacerdotii, 135), e sete dias de retiro anualmente, também pregado por um religioso do Instituto: Quando por alguns dias nos segregamos das habituais ocupações e do ambiente habitual e nos retiramos à solidão e ao silêncio, então prestamos mais ouvidos à voz de Deus e esta penetra mais profundamente em nossa alma (Pio XII, Menti Nostrae, 55).

O retiro anual é um tempo de profunda e íntima união com Deus, momento propício para o religioso reabastecer a alma, e o mesmo será realizado sempre na Cidade Missionária, iniciando na noite do sábado que antecede o Domingo de Ramos e concluindo-se após a Vigília Pascal: Vinde vós, sozinhos, a um lugar deserto e descansai um pouco (Mc 6, 31), e ...há um exercício conhecido e recomendado por todos, ...durante o qual a alma se entrega aos exercícios chamados espirituais (São Pio X, Haerent Animo, 39).

 

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M - Do Deserto Cotidiano

 

O religioso do Instituto ame o recolhimento e o silêncio, porque uma alma dissipada não é capaz de ouvir a voz de Deus. Uma maneira piedosa de praticar esse recolhimento e silêncio é o Deserto Cotidiano.

Este Deserto Cotidiano será observado no mais absoluto silêncio, isto é, será inviolável. Somente o Superior, em caso de extrema necessidade, poderá conversar o necessário sem prejudicar os demais: Ponde, Senhor, uma guarda em minha boca (Sl 140, 3).

 

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N - Da Direção Espiritual

 

O religioso do Instituto, para progredir na vida de perfeição, tenha unicamente como guia um sábio e prudente diretor espiritual do próprio Instituto: Para contribuir para o melhoramento da sua espiritualidade, é necessário que os presbíteros recebam eles mesmos a direção espiritual. Colocando nas mãos de um sábio colega a formação da sua alma... (Diretório para o ministério e a vida do presbítero, 54), e: ...ao arrastar e enveredar pela vida espiritual não confieis em vós mesmos, mas com simplicidade e docilidade peçais e aceiteis o auxílio de quem possa guiar vossa alma com esclarecida direção, indicar-vos os perigos, sugerir-vos os remédios idôneos, e em todas as dificuldades internas ou externas vos possa dirigir retamente e levar-vos a uma perfeição cada vez maior, segundo o exemplo dos Santos e os ensinamentos da ascética cristã (Pio XII, Menti Nostrae, 54).

Aquele que foge da Direção Espiritual vive isolado, produz poucos frutos e caminha sem rumo: Aquele que quiser estar só e sem arrimo de mestre e guia, será como a árvore do campo, isolada e sem dono, que por mais frutos que dê, os viandantes os colhem antes de amadurecerem (São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 5), e: O que, sendo cego, cai, não se levantará sozinho; e, se acaso se levantar, encaminhar-se-á por onde não lhe convém (Ibid, 11), e ainda: Sem esta prudente guia da consciência, é assaz difícil, pelas vias ordinárias, secundar convenientemente os impulsos do Espírito Santo e da graça divina (Pio XII, Menti Nostrae, 54).

 

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O - Da Confissão

 

Aproxime o religioso do Instituto uma vez por semana do Sacramento da Penitência, porque é obra prima da bondade de Deus para nos socorrer: É certo que os pecados veniais se podem expiar de muitos e mui louváveis maneiras; porém, para progredir cada dia com mais fervor no caminho da virtude, queremos recomendar muito encarecidamente o piedoso uso da confissão frequente introduzida pela Igreja não sem uma inspiração do Espírito Santo (Pio XII, Mystici Corporis Christi, 87), com a confissão frequente, ...aumenta o conhecimento de si mesmo, cresce a humildade cristã, desarraiga os maus costumes, combate a negligência e tibieza espiritual, purifica a consciência, fortifica a vontade, presta-se à direção espiritual, e por virtude do mesmo sacramento aumenta a graça (Pio XII, Mystici Corporis Christi, 87), e: Os que diminuem e rebaixam o apreço pela confissão frequente entre os jovens clérigos, saibam que a sua atuação é estranha ao espírito de Cristo e funestíssima para o Corpo Místico do Nosso Salvador (Pio XII, Mystici Corporis Christi, 87) e também: A vida espiritual e pastoral do sacerdote, como a dos seus irmãos leigos e religiosos, depende, na sua qualidade e no seu fervor, da prática pessoal assídua e conscienciosa do sacramento da Penitência... toda a existência sacerdotal sofre uma inexorável decadência, caso lhe venha a faltar, por negligência ou por qualquer outro motivo, o recurso periódico e inspirado por uma verdadeira fé e devoção ao sacramento da Penitência. Num sacerdote que deixasse de se confessar ou se confessasse mal, o seu ser padre e o exercício do seu sacerdócio bem cedo ressentir-se-iam, e disso se daria conta a própria comunidade da qual ele é pastor (João Paulo II, Pastores Dabo Vobis, 26).

 

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P - Do Jejum e da Penitência

 

O religioso do Instituto leve uma vida mortificada: Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado (1 Cor 9, 27), e: Ame muito o sacrifício e tenha-o em conta de pouco para cair em graça ao Esposo, que por sua causa não hesitou em morrer (São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 92).

O jejum a pão e água, o dormir em tábuas, o uso do cilício e outras penitências, são saudáveis para afervorar um religioso e um meio de merecer graças especiais do Céu; mas antes de fazê-las, ouvirá sempre o conselho do confessor, do diretor espiritual ou do Superior.

 

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Q - Dos Santos Patronos

 

O Instituto tem como Padroeiros Titulares: Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores. E como Padroeiros secundários: São Miguel, São Gabriel, São Rafael, São José, São João Evangelista, São Pedro e São Paulo Apóstolos, São Francisco Xavier, São João da Cruz, São João Maria Vianney, São Pio V, São Pio X, São Paulo da Cruz, São João Bosco, São Gabriel da Virgem Dolorosa, Santa Teresa de Jesus, Santa Teresa do Menino Jesus, Santa Teresa dos Andes, Santa Catarina de Sena, Santa Gemma Galgani, Santa Verônica Giuliani e Santa Margarida Maria de Alacoque.

 

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