Os religiosos do Instituto imitarão fielmente o
exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que foi um Missionário
incansável e zeloso: “Como Cristo, ‘que
o Pai consagrou e enviou ao mundo’ (Jo 10, 36) e à sua imitação,
todos os consagrados, cada um segundo o carisma do próprio
Instituto, estão necessariamente empenhados na missão”
(Lineamenta, 6).
Para não diminuir o ardor missionário e conquistar o
maior número de almas para o Céu, os religiosos farão o voto
missionário para caminhar com mais empenho e perseverança ao lado
de Jesus Cristo, o Grande Missionário: “...toda
a vida dos membros seja imbuída do espírito apostólico, e toda ação
apostólica seja imbuída de espírito religioso”
(CDC, cân. 675 § 1º),
e “Ide por todo o mundo, proclamai o
Evangelho a toda a criatura” (Mc
16, 15).
O religioso deverá ser abrasado do amor de Deus e
apaixonado pelas almas; por isso, realizará continuamente trabalhos
missionários. A exemplo de Jesus Cristo percorrerá povoados, vilas,
cidades e campos; fortalecendo as ovelhas fracas, curando as
doentes, reconduzindo as desgarradas, buscando as perdidas e
alimentando e incentivando as que estão sadias:
“Reconduzirei a desgarrada, procurarei a
perdida. Quer queiras quer não, assim farei”
(Do sermão sobre os Pastores, de Santo Agostinho,
bispo, Sermo 46, 14-15: CCL 41, 541-542), e
“Jesus percorria todas as cidades e
povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do
reino...” (Mt
9, 35), e ainda:
“Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!”
(1 Cor 9, 16).
Pelo voto missionário o religioso está obrigado a
pregar, antes com o exemplo e a vida, para depois pregar com a
palavra. Deve revestir-se de Jesus Cristo (cf.
Rm 13, 14), e ser sal da terra e luz do mundo
(cf. Mt 5, 13-14).
“O chamamento à missão deriva por sua
natureza da vocação à santidade. Todo missionário só o é
autenticamente se se empenhar no caminho da santidade”
(João Paulo II, Redemptoris Missio, 90),
e ainda: “É esta a finalidade mais nobre
dos ensinamentos: que os que ensinam, conduzem para a vida feliz
junto com Cristo pelo exemplo não só do que fazem, mas também pelo
que dizem. O agir apenas não basta na instrução verdadeira”
(São João Crisóstomo, O Sacerdócio, IV, 8),
e “É viva a palavra quando são as obras
que falam” (Dos Sermões de
Santo Antônio de Pádua, I, 226).
O religioso do Instituto não deverá pregar a si
próprio, mas Jesus Cristo: “Não pregamos
a nós mesmos, mas a Cristo Jesus”
(2 Cor 4, 5), e nem buscar seus
próprios interesses: “Ninguém busque seu
interesse, mas o de Jesus Cristo”
(Santo Agostinho, Sermo 46, 6 – 7: CCL 41, 533 – 534),
por isso, deverá nutrir-se da Sã Doutrina:
“Quanto a ti, fala do que pertence à sã doutrina”
(Tt 2, 1), através de um
fiel, profundo e contínuo estudo da Sagrada Escritura, Santa
Tradição e Sagrado Magistério “...dando
prova de inteira fidelidade, honrando, assim, em tudo a doutrina de
Deus, nosso Salvador” (Tt 2,
10).
O religioso esteja convicto de que não haverá nunca
evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as
promessas, o reino, o ministério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus,
não forem anunciados; por isso, esteja munido da verdade:
“Sê tu mesmo um exemplo de conduta,
íntegro e grave na exposição da verdade, exprimindo-te numa
linguagem digna e irrepreensível...”
(Tt 2, 7 – 8), e
“...em suas pregações procure apenas
agradar a Deus” (São João Crisóstomo, O
Sacerdócio, V, 7).
O religioso, pelo voto missionário, empenhe-se com
todo fervor, zelo e caridade, a fim de levar todas as almas a ele
confiadas à perfeição de vida.
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