Seja solidamente enraizado no ânimo de cada
religioso o propósito de manter a união no vínculo da paz:
“...o Evangelho exige pessoas que como o
grão de trigo sabem morrer a si mesmas para que renasça a vida
fraterna” (Congregavit
nos in unum Christi amor, 25); evitem
qualquer ato que possa prejudicar a unidade e pratiquem na vida em
comum um relacionamento de verdadeiro amor fraterno:
“Filhinhos, não amemos com palavras nem
com a língua, mas com ações e em verdade”
(1 Jo 3, 18).
Os religiosos, como membros de Cristo em fraterna comunhão de vida,
se admoestem uns aos outros no respeito mútuo:
“Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem
ama o outro cumpriu a Lei” (Rm
13, 8), levem uns o peso dos outros:
“Carregai o peso uns dos outros e assim
cumprireis a Lei de Cristo” (Gl
6, 2), considerando a Comunidade como
uma família reunida no nome de Nosso Senhor Jesus Cristo que está
ali presente: “A multidão dos que haviam
crido era um só coração e uma só alma”
(At 4, 32).
Use o Superior de todos os meios para impedir que um
religioso viva à margem da Comunidade, porque este membro isolado
tornar-se-á mais cedo ou mais tarde um câncer para o Instituto:
“Quem procura viver uma vida
independente, separada da comunidade, certamente não adentrou o
caminho seguro da perfeição do próprio estado”
(Congregavit nos in unum Christi
amor, 25), e:
“Sem diálogo e escuta, há sempre o risco de levar vidas
justapostas ou paralelas, o que está bem longe do ideal de
fraternidade” (Congregavit
nos in unum Christi amor, 32).
Sendo a vida comum de tanta importância para que os
membros do Instituto possam viver como irmãos, como uma família
reunida em Cristo, seja ela promovida com todos os meios e nutra-se
dos ensinamentos da Sagrada Escritura, da oração fervorosa e
insistente, e sobretudo da Santíssima Eucaristia:
“A vida comum, baseada na mesma vocação,
consagração, missão e carisma, alimenta-se com a comunhão à mesma
mesa da palavra evangélica, da Eucaristia e da oração em comum;
exprime-se na partilha dos bens espirituais e materiais; cresce como
a perseverança cotidiana da caridade e do serviço recíproco e tende
à perfeita unidade dos corações e das mentes”
(Lineamenta, 9).
Para que seja mais eficazmente realizada a
colaboração entre superiores e religiosos, promova-se o diálogo,
para que, superado o valor estritamente jurídico da obediência, esta
se torne mais solícita, generosa e leal.
O Superior
tenha um diálogo particular com cada religioso uma vez por mês;
esse diálogo poderá ser mais amiúde, caso seja necessário.
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