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            BEM-AVENTURANÇAS 
              
            
            06 de novembro 
            de 2001, terça-feira 
              
            
            Mt 5, 10-12: 
            “Bem-aventurados os que são perseguidos por 
            causa da justiça, porque deles é o Reino do céus. Bem-aventurados 
            sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem 
            todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, 
            porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que 
            perseguiram os profetas, que vieram antes de vós”. 
             
             
            
            Caríssimo católico, falaremos hoje sobre a perseguição. 
            Esta 
            pregação servirá de consolo e incentivo para nós; porque muitas 
            pessoas não compreendem que o caminho do céu é de espinhos e pedras, 
            como diz São Paulo da Cruz, fundador dos Passionistas:
            “Seguir Jesus Cristo é aproximar dos 
            espinhos”, por isso, não devemos desejar uma vida fácil aqui 
            na terra.   
            
            Em Mt 5, 10 diz: 
            “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque 
            deles é o Reino dos céus”, 
            isto é, feliz de  quem é maltratado, criticado, perseguido, 
            injuriado e caluniado por causa da  justiça; e essa justiça é a 
            salvação e santificação dos homens, que é a coisa mais importante, é 
            a própria causa de Cristo, a causa da sua encarnação, paixão e 
            morte, a causa que Ele sustentou com a Sua doutrina e com seu 
            exemplo, por isso, em Mt 5, 10 diz: 
            “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça”, 
            por causa da salvação e da santificação dos homens, que é a causa de 
            Cristo, da Sua encarnação. Quando uma pessoa começa a trabalhar para 
            Deus, o demônio e o mundo vomitam um mar de ódio contra a mesma; o 
            demônio não fica indiferente, e muito menos o mundo, por isso, em 
            Eclo 2, 1 diz: “Filho, se te dedicares a 
            servir ao Senhor, prepara-te para a prova”, isto é, 
            prepara-te para a perseguição. Muitos querem trabalhar para 
            Deus, mas não querem ser perseguidos. É importante lembrá-los de que o próprio Jesus Cristo foi perseguido. O 
            Bem-aventurado Josemaría Escrivá diz: “Onde 
            Jesus passava, sempre tinha duas multidões seguindo-o, uma para 
            adorá-lo e outra para persegui-lo”. Uma multidão seguia a 
            Nosso Senhor para apedrejá-lO.  A vida do católico que segue a Deus 
            é semelhante à de Jesus Cristo; há pessoas que gostam dele e pessoas 
            que o odeiam, existem pessoas que o apóiam e pessoas que buscam 
            destruí-lo. 
            
            Ninguém chuta cachorro morto nem joga pedra em árvore que dá 
            fruto azedo; se você é perseguido, é sinal que está com Deus, porque 
            Jesus também foi perseguido, como está em Jo 15, 18-20, e no mesmo 
            Evangelho 16, 2 diz:  “Expulsar-vos-ão das 
            sinagogas. E mais ainda: virá a hora em que aquele que vos matar 
            julgará realizar um ato de culto a Deus”. 
            
            Prezado católico, o próprio Jesus foi perseguido, maltratado, 
            criticado e injuriado; e a nossa vida não pode ser diferente da vida 
            do nosso Mestre. Em 1Pd 3,14 diz: “Mas se 
            sofreis por causa da justiça, bem-aventurados sois”. Se 
            sofremos por pregarmos a verdade, bem-aventurados de nós; se 
            sofremos por sermos de Deus, felizes de nós; que maravilha,  
            receberemos uma grande recompensa no céu logo após a nossa morte, 
            como está em Mt 5,10 :“... porque deles é o 
            Reino dos céus”, isto é, dos perseguidos, maltratados,  
            caluniados e  injuriados. Seria muito feio se você fosse perseguido 
            por servir ao demônio e à mentira; mas se sofre perseguição por ser 
            de Deus, então você é bem-aventurado.   
            
            Você que é perseguido 
            dentro de casa, da sua própria casa, pelo seu marido ou por sua 
            esposa, porque sabemos muito bem que existem homens que perseguem as 
            esposas, proibindo-as de irem à igreja, e também, vice e versa. Você 
            que é maltratado pelos seus filhos porque agora decidiu ser de Deus; 
            que 
            enfrenta brigas horríveis dentro de casa, porque agora defende o 
            Evangelho, não se desespere, confie em Deus, porque no Evangelho de 
            Mt 10, 36 diz: “Os inimigos do homem serão 
            seus próprios familiares”. Nada de desânimo, confie em Deus, 
            porque sabemos que a força de Deus é maior. Você que é perseguido no 
            emprego: confecção, loja, escola, etc., não fique desanimado, mas 
            tenha confiança em Deus. Muitas pessoas no local onde você trabalha 
            querem subir na vida, e subir até de cargo, pisando e falando mal de 
            você para o patrão ou para a patroa; te caluniam, te perseguem e 
            tentam te destruir. Não desanime, nem fique triste ou revoltado, mas 
            confie em Deus que é maior que todos. Repita com São Paulo Apóstolo 
            aos Colossenses 1, 24: “Agora eu me regozijo 
            nos meus sofrimentos”, e em Tg 1, 2 diz:
            “Meus irmãos, tende por motivo de grande 
            alegria o serdes submetido a múltiplas provações”. 
            
            Caríssimo católico, não fique desanimado, mas se alegre diante das 
            cruzes, como está em Mt 5, 11: 
            “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e 
            mentindo disserem todo mal contra vós por causa de mim”. Quem 
            quiser seguir a Cristo tem que sofrer, Ele não promete vida fácil 
            para ninguém aqui na terra, como está em Mc 10, 30:
            “Em verdade vos digo, que não há quem tenha 
            deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras por minha 
            causa ou por causa do Evangelho, que não receba cem vezes mais, 
            desde agora nesse tempo, casa, irmãos e irmãs, mães e filhos e 
            terras com perseguição, e no mundo futuro, a vida eterna”. 
            Jesus Cristo fala da perseguição antes da recompensa. Feliz de você 
            quando te injuriarem, te perseguirem e mentindo disserem todo o 
            mal contra vós por causa de Cristo, como está no Evangelho de Mt 5, 11. 
             
             
            
            Hoje, muitas pessoas não aceitam ouvir falar de Deus. Existem pessoas que comentam sobre futebol, carnaval, 
            bebedeira, prostituição, etc., mas não querem ouvir falar de Deus e 
            começam a xingar e maltratar os seguidores d'Ele. Quando você vai 
            evangelizar alguém, e este não quer ouvir falar de Deus, e começa 
            a te xingar, te maltratar, te chamar de fanático, de doido e  te calunia; não se intimide, porque sabemos que a arma dos 
            incompetentes é a língua. Mas, se trabalhamos para Cristo, nada 
            disso deve nos atingir, porque muitos não suportam ouvir a verdade, 
            como está em 2 Tm 4, 3: “Pois virá um tempo 
            em que alguns, não suportarão a sã doutrina”. Muitas pessoas 
            não suportam ouvir falar de Deus e começam a xingar, mas nem por 
            isso devemos parar, porque, se  trabalhamos para Deus com reta 
            intenção, devemos aumentar o nosso fervor e entusiasmo e não nos 
            preocuparmos com críticas, como está em 2 Tm 3, 12: 
            “Todos 
            os que quiserem viver com piedade, em Cristo Jesus, serão 
            perseguidos”. 
            
            Prezado católico, muitas pessoas deixam de trabalhar para Deus por 
            causa das críticas; não podemos agir assim. Deixe o 
            cachorro latir; vá adiante, nada de desânimo, nada de deixar o 
            trabalho de Deus de lado, vá em frente. Em Mt 5, 12 diz:
            “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será 
            grande a vossa recompensa nos céus”. Quando somos 
            perseguidos, devemos nos alegrar; nada de tristeza e pessimismo 
            diante das perseguições, mas alegria total; é claro que sentimos o 
            peso da cruz, mas o importante é que esta dor se transformará em 
            alegria no céu. A nossa fé nos leva a enfrentarmos todas as 
            perseguições por amor a Cristo, como fizeram os apóstolos, como está 
            em At 5, 40-41: “Chamaram de novo os 
            Apóstolos e açoitaram-nos com varas e depois de intimá-los a que não 
            falassem mais no nome de Jesus, soltaram-nos, quanto a eles, saíram 
            do recinto do sinédrio, regozijando-se por terem sido achados dignos 
            de sofrer afrontas pelo Nome”. 
            
            Católico, muitas pessoas gostam de ser elogiadas, paparicadas e 
            lambidas; outras para subirem na vida, isto é, de cargo, bajulam os 
            patrões e buscam aplausos. Cuidado com os aplausos e com elogios; as 
            aprovações do mundo e os êxitos, jamais foram lema do verdadeiro 
            seguidor de Jesus Cristo, mas antes propriedade de falsos profetas, 
            como está em Lc 6, 26: “Ai de vós, quando 
            todos te elogiarem, foi assim que trataram os falsos profetas”. 
            Aquele que agrada o povo só para não ser perseguido, acaba 
            deturpando o Evangelho e se transforma num falso profeta, como está 
            em Gl 1, 6: “Admiro-me que tão depressa 
            abandoneis aquele que vos chamou pela graça de Cristo e passeis a 
            outro Evangelho”. 
            
            Sigamos 
            verdadeiramente a Jesus Cristo, sem fugir das perseguições. 
              
            
            Pe. Divino Antônio 
            Lopes FP. 
              
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            A PAZ 
              
            
            07 novembro de 2001, quarta-feira 
             
             
            
            Jo 14, 27:  
            “Deixo-vos a paz, a 
            minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se perturbe 
            nem se intimide vosso coração”. 
            
              
            
            Prezado católico, 
            sabemos que o mundo está precisando de paz; esse mundo tão agitado, 
            voltado para a maldade, para o ódio, cheio de vingança, de atritos, 
            de brigas e guerras. O mundo precisa de paz, e essa paz só 
            encontramos em Jesus Cristo.   
            
            Jesus Cristo diz em Jo 14, 27:
            “Deixo-vos a paz…”, quer dizer: Eu, 
            Jesus Cristo, deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou 
            como o mundo dá; quer dizer que a paz verdadeira vem de Deus, vem do 
            Sagrado Coração de Jesus; somente Ele é capaz de dar a verdadeira 
            paz. O mundo dá somente o ódio, a vingança e a falsidade. Muitos 
            católicos buscam a paz no mundo, mas sabemos que o mundo, 
            inimigo de Deus, não pode dar-lhes nada de bom, porque é vazio, 
            covarde e traiçoeiro. 
            
            Caríssimo católico, somente Cristo é capaz de dar a verdadeira paz. 
            Existem muitas pessoas, inclusive católicas, buscando a paz na 
            praia, nas roupas escandalosas e imorais, nos bailes, passando 
            noites inteiras dançando, etc., mas no outro dia, as mesmas 
            sentem-se vazias, frustradas e aniquiladas; porque o mundo não pode 
            dar-lhes a paz. Outras buscam a paz no carnaval, passando noites e 
            dias dançando e pulando, mas não a encontram; algumas buscam a 
            paz no sexo fora do casamento; outras na bebida alcoólica, passando 
            noites nos botecos bebendo, algumas a buscam no cigarro, na droga e 
            no barulho oferecido pelo mundo. O próprio Jesus fala que o mundo 
            não pode dar a paz, somente Ele, Nosso Senhor, é capaz de encher o 
            nosso coração de felicidade e de paz. 
            
            Em Mt 5, 9 diz: “Bem-aventurados os 
            pacíficos porque serão chamados filhos de Deus”, quer dizer, 
            aquele que transmite a paz, que é portador da mesma, é chamado filho 
            de Deus, porque transmite a verdadeira paz que  recebe do Coração de 
            Jesus Cristo. Foi o reino do céu prometido aos misericordiosos como 
            misericórdia; aos puros de coração como visão; aos pacíficos como 
            filiação divina. O homem pacífico, construtor da paz merecerá de 
            modo especial, ser reconhecido como filho daquele que é o Deus do 
            amor e da paz, como está em 2Cor 13, 11: 
            “De certo, irmãos, alegrai-vos, procurai a 
            perfeição, encorajai-vos. Permanecei em concórdia, vivei em paz, e o 
            Deus de amor e de paz estará conosco”. 
            
            A história da salvação é a história da paz entre Deus e os homens; 
            paz oferecida pelo Pai à humanidade, por meio do seu divino Filho. 
             
            
            Católico, Jesus Cristo transmite a paz, como está em Mt 5, 9:
            “Bem-aventurados os pacíficos…”, e em 
            Jo 14, 27 diz: “Deixo-vos a paz…”. 
            Somente Jesus Cristo é capaz de dar a verdadeira paz. Cristo veio ao 
            mundo para guiar os nossos passos no caminho da paz, e não no 
            caminho da guerra, do ódio, das brigas, das maledicências e das 
            calúnias. Como diz em Lc 1, 79, Cristo veio ao mundo para guiar os 
            nossos passos no caminho da paz: “Para 
            iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, para guiar 
            nossos passos no caminho da paz”. No caminho da paz, diz a 
            Palavra de Deus, assim previu Zacarias e assim anunciaram os anjos 
            cantando no Seu nascimento, como está em Lc 2, 14: “Glória a 
            Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que Ele ama”. 
            Está claro que fala de paz, não de ódio, guerras, brigas e divisões; 
            mas da paz, paz aos homens. Jesus Cristo é o Deus da paz, Ele veio 
            para trazer a paz, mas a verdadeira, aquela que exige uma mudança de 
            vida. Ao enviar os discípulos a pregar o Evangelho, quis Jesus 
            Cristo que fossem mensageiros da paz e não do ódio. Quando Nosso 
            Senhor enviou os seus discípulos para pregarem o Evangelho, 
            disse-lhes: “Em qualquer casa em que entrardes, 
            dizei primeiro: Paz a esta casa!” (Lc 10, 5). Na véspera de 
            sua morte deixou aos discípulos como conforto e penhor de amor a 
            paz, como está em Jo 14, 27: “Eu vos deixo a 
            paz, eu vos dou a minha paz…”, 
            e depois de ressuscitado apresentou-lhes com a saudação:
            “A paz esteja convosco” 
            (Jo 20, 21). 
            
            Prezado católico, neste mundo tão voltado para a 
            maldade, para o ódio e vingança, você também é chamado a promover a 
            paz, a levá-la para as pessoas no ambiente onde você trabalha, na 
            escola onde você estuda, no bairro onde você mora, no quarteirão 
            onde reside e 
            dentro de sua própria casa. Você é chamado também a cultivar a paz 
            no seu interior. Você católico, que é seguidor de Jesus Cristo, é 
            chamado a promover a paz. O cristão é verdadeiro filho de Deus na 
            medida em que prolonga no mundo a missão pacificadora do Filho de 
            Deus, do bom Jesus Cristo. 
            
            Caríssimo católico, só é cristão autêntico, quem 
            trabalha para promover a paz; que usa da inteligência, força, 
            estudo, da primeira comunhão, da crisma, das confissões, etc., para 
            promover a paz, para levá-la a todos os ambientes que freqüenta: no 
            trabalho, na escola, na sua casa, no seu lazer, etc. Onde você for, 
            leve a paz, essa paz que o mundo necessita, essa paz que cada 
            católico deve ser portador. Alguém poderia perguntar: o que fazer 
            para promover a paz? O que fazer para passá-la ao próximo? O que 
            fazer para possuí-la no coração? A primeira coisa é fazer uma boa 
            confissão; quem está em pecado mortal não consegue passar essa paz 
            para o próximo. Se o diabo reina na sua alma e no seu coração, é 
            impossível que você seja um portador da paz. É preciso aproximar de 
            um sacerdote com o coração arrependido e fazer uma sincera 
            confissão; e assim, Cristo entrará na sua alma; o rei da paz, o rei 
            da tranqüilidade, o rei pacificador reinará no seu coração. Uma 
            pessoa que não confessa não possui a paz, e assim, não pode 
            transmiti-la. O segundo meio para possuir a paz é a Comunhão: 
            comungar com piedade, devoção,  seriedade e fé; porque muitos 
            recebem o Corpo de Jesus e depois continuam fazendo tudo errado: 
            brigando, semeando discórdia, ódio, guerra, etc. 
            
            Para possuir a paz 
            é necessário rezar muito. Rezar o Santo Terço, fazer outras orações 
            ensinadas pela Igreja Católica, viver em continua união com Deus, 
            naquele diálogo amoroso, filial e fiel. A pessoa que não reza está 
            sempre agitada, não possui a verdadeira paz. 
            
            Para possuir a paz, é importante também fazer leitura espiritual, 
            isto é, ler a Bíblia e a vida dos Santos. A leitura espiritual é 
            como uma chuva que cai numa terra árida. Para possuir a paz, é 
            preciso abandonar o mundo inimigo das almas e desapegar das 
            criaturas, porque, quando se apega às criaturas, acaba abandonando a 
            Jesus Cristo e colocando as mesmas no lugar d’Ele. 
            
            Outro meio para possuir a paz é viver em contínua união com Jesus 
            Cristo. Ele é Amigo fiel e está sempre perto de nós para nos ajudar 
            e orientar; Amigo que transmite ao nosso coração a verdadeira 
            paz, como está em Jo 14, 27: “Deixo-vos a 
            paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo dá”. Uma pessoa não pode dar aquilo que não tem, não pode 
            tirar água de uma lata vazia; está claro que você católico, só pode 
            transmitir a paz, se a possui. Quem possui a paz é de Deus, e está 
            sempre pronto para fazer o bem, isto é, para semear a paz e evitar o 
            mal. Aquele que não possui a paz é rancoroso e cheio de ódio. Santo 
            Agostinho escreve: “Ó Senhor, como é bom 
            amar a paz, como é bom ser um portador da paz”. A pessoa 
            pacificadora está do lado de Jesus Cristo que é o Deus da paz: “Dai-me a paz 
            Senhor, para poder dá-la aos outros, primeiro a tenha eu, que a 
            possua primeiro”(Santo Agostinho). 
            
            Católico, peça a Jesus Cristo a verdadeira paz para o seu 
            coração; porque, se o mundo está cheio de ódio, assassinato, 
            suicídio e vingança, é porque falta paz no coração do homem. 
            
            Quem possui Jesus Cristo no coração é pacífico, mas aquele que 
            possui o demônio no coração é cheia de vingança, ódio, maledicência 
            e rancor; é um semeador da guerra e da discórdia. 
            
            É preciso pedir a paz; somente assim o mundo será melhor. Se cada 
            católico se preocupasse em promover a paz, em guardar a língua 
            dentro da boca, em tirar do coração o ódio, a maledicência, a 
            inveja, etc., o mundo seria um "ninho" de paz. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            A CRUZ 
              
            
            09 de novembro de 2001, sexta-feira 
              
            
            Mt 16, 24: 
            “Se alguém quer vir após mim, negue-se a 
            si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. 
            
              
            
            Para ser verdadeiro cristão é necessário seguir a Cristo Nosso 
            Senhor.   
            
            Jesus é a luz do mundo, como Ele mesmo diz em Jo 8, 22:
            “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não 
            andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. Um católico que 
            se diz seguidor de Cristo, mas que vive no pecado mortal é um grande 
            mentiroso, como está em 1Jo 1, 6: “Se 
            dissermos que estamos em comunhão com Deus e andamos nas trevas, 
            mentimos e não praticamos a verdade”. Afirmar seguir a Jesus 
            e viver no pecado mortal é uma contradição monstruosa, porque, 
            seguir a Cristo, é estar vivo espiritualmente. Se seguimos a Cristo 
            que é luz do mundo, devemos também ser luz, saindo das trevas do 
            pecado, do erro, daquilo que ofende a Deus, porque uma lâmpada 
            queimada não consegue iluminar; o mesmo acontece com quem vive no 
            pecado mortal, este não consegue brilhar, por isso, é contradição 
            monstruosa um católico viver no pecado mortal e dizer que é seguidor 
            de Cristo. Quem segue Jesus, tem que andar como Ele andou, dando bom 
            exemplo e servindo de luz para o próximo. 
            
            Jesus Cristo em Mt 16, 24 diz: “Se alguém 
            quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. 
            
            “Se alguém quer vir após mim”, é o 
            mesmo que dizer; se alguém quer se salvar, porque, seguir a Cristo 
            de verdade, é o mesmo que se salvar. Se alguém quer ter parte com 
            Jesus na glória eterna, é preciso obedecer aos mandamentos e viver a 
            Doutrina que a Igreja prega; somente assim estará percorrendo o 
            caminho que conduz ao céu. 
            
            “Se alguém quer vir após mim”, é uma 
            proposta que Jesus Cristo fez a todos os homens; agora, o segui-lO 
            ou não, Ele deixa à nossa vontade, porque sabemos que Deus não 
            obriga ninguém a entrar no céu. Jesus não obriga ninguém a segui-lO, 
            temos o livre arbítrio para escolher o fogo ou a água, para escolher 
            o caminho de Deus ou o caminho do demônio. Hoje, muitas pessoas não 
            querem mais saber de Deus, estão envolvidas com drogas, 
            prostituição, bebedeira, brigas e outras coisas que O ofendem. 
            Seguir a Cristo é fazer o contrário: fazer o bem, viver de acordo 
            com os mandamentos e obedecer tudo aquilo que Ele ordena. 
            
             Jesus Cristo diz também em Jo 16, 24: “Se 
            alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo”. O que é 
            negar-se a si mesmo? O que significa negar-se a si mesmo? É dizer 
            não aos gostos e inclinações terrenas do nosso coração. Negar-se a 
            si mesmo, é abandonar as vaidades, principalmente aquelas que 
            ofendem a Deus: as roupas escandalosas, as minissaias, os filmes 
            pornográficos, as músicas imorais e os ambientes pecaminosos. 
            Negar-se a si mesmo, é abandonar tudo aquilo que vai contra a Lei de 
            Deus e da Igreja. 
            
            Negar-se a si mesmo, é não guiar-se pelos conselhos de nossa 
            natureza depravada, é não dar ouvidos às vozes, que do interior se 
            levantam, pedindo prazeres sensuais e satisfação completa de todos 
            apetites desordenados. 
            
             Devemos trabalhar e nos esforçar para vencer a nossa natureza.  Não 
            podemos seguir aquilo que a natureza depravada nos pede; devemos 
            sim: rezar muito, confessar, receber a Santa Comunhão e fazer 
            leituras espirituais para adquirir forças para vencer as tentações 
            que vão aparecendo na nossa vida. Mas não basta negar a 
            si mesmo, fala Jesus, é preciso também carregar a cruz.  Eis a 
            condição sem a qual não se pode seguir a Jesus Cristo, é preciso 
            carregar a nossa cruz todos os dias. 
            
            A cruz não falta a ninguém. O santo sofre, a pessoa cruel também 
            sofre, etc., o que devemos fazer é tomá-la e seguir a Jesus Cristo 
            até a morte. Não basta sofrer durante um dia, um mês, um ano; 
            precisamos sofrer até no momento da nossa morte, isto é, carregar a 
            cruz todos os dias. 
            
            Muitas pessoas sofrem com alegria e outras sofrem resmungando; está 
            claro que as primeiras irão para o céu, enquanto que as rebeldes irão 
            para o inferno, como escreve Santo Agostinho:
            “Uns sofrem para o céu, outros  para o 
            inferno”. Uns sofrem com alegria aceitando a cruz, enquanto 
            outros sofrem resmungando, xingando, se desesperando, abandonando a 
            própria fé; esses, segundo Santo Agostinho, sofrem para o inferno. 
            
            Precisamos abraçar a nossa cruz todos os dias. Para 
            entrar no céu temos que sofrer. Santa Margarida Maria Alacoque diz:
            “Querer se salvar sem sofrer é pura ilusão”.  
            
            O que é a cruz? Cruz é tudo aquilo que nos contraria 
            ou torna a nossa vida difícil: são as dores do corpo, o tédio e a 
            agonia da alma, estragos do tempo, prejuízo do inimigo, tudo que nos 
            aflige, tudo que nos arranca lágrimas, eis o que é a cruz. Seguir a 
            Cristo, levando com Ele a nossa cruz é preciso para salvar a nossa 
            alma; querer se salvar sem sofrer é pura ilusão. Infelizmente, hoje, 
            muitos pregadores estão deturpando o Evangelho, pregando um 
            cristianismo sem cruz, sem renúncia, e isso não existe. Ser cristão 
            é ser um outro Cristo; se Jesus sofreu, a nossa vida não pode ser 
            diferente da vida do nosso Mestre. 
            
            A salvação é o maior dos bens. A posse do mundo inteiro, de toda a 
            riqueza, é nada em comparação com a nossa salvação. A salvação é um 
            bem cuja perda não se pode reparar; por exemplo: temos duas mãos, se 
            cortar uma, fica a outra; temos dois pés, se cortar um, fica o 
            outro; temos dois olhos, se arrancar um, fica o outro; mas alma, 
            temos apenas uma, se a perdemos, perdemos tudo; é por isso que não é 
            possível reparar a perda da alma, quem a perde, perde tudo. Não 
            salvaremos a nossa alma, se não estivermos prontos a sacrificar por 
            ela a vida temporal. Quem para salvar a vida temporal nega a Cristo, 
            como muitas pessoas estão fazendo, perde a vida da alma, e quem 
            sacrifica a vida temporal por Cristo, alcança a vida eterna, a 
            salvação da alma; por isso, Cristo diz em Mt 16, 26:
            “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar 
            o mundo inteiro mas arruinar a sua vida? Ou que poderá o homem dar 
            em troca de sua vida?” De que adianta  ganhar os 
            aplausos do mundo inteiro e ser elogiado, se perder a alma? Se você 
            for para o inferno, de que adiantarão os aplausos e os elogios dos 
            homens? Depois Cristo diz: “siga-me”. 
            Seguir a Cristo é acompanhá-lO por onde quer que Ele vá, seja para o 
            Tabor ou para o Calvário. Muitos seguem Jesus quando tudo vai bem na 
            vida; mas quando aparece uma dificuldade, eles logo O abandonam . 
            
            Seguir a Cristo é ser cristão; o que segue a Cristo é de Cristo, o 
            que segue o mundo é do mundo; porém, seguir a Cristo é seguir a 
            verdade, seguir o mundo é seguir o erro e  a mentira, e em seguir a 
            Cristo está a nossa maior felicidade. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            CONFIANÇA EM 
            DEUS 
             
             
            
            12 de novembro 
            de 2001, segunda-feira 
             
             
            
            Dt 7, 9: “Saberás, portanto, que Deus teu 
            Deus é o único Deus, o Deus fiel, que mantém a aliança e o amor por 
            mil gerações, em favor daqueles que o amam e observam os seus 
            mandamentos”. 
            
              
            
            Como é agradável falar de Deus. Ele, o nosso Deus, é um Espírito 
            puro e eterno, criador do céu e da terra. 
            
            O homem não é o Senhor do mundo, acima dele está um Ser Onipotente, 
            que pode o que o homem não pode, que vê o que o homem não vê, que 
            sabe o que o homem não sabe, como está no livro do Gênesis 17, 1:
            “Eu sou o Todo-poderoso, anda na minha 
            presença e sê perfeito”, e no livro de Jó 37, 23 diz:
            “O Todo-poderoso, nós não o atingimos”. 
            
            Prezado católico, Deus existe, querendo ou não o ateu e o pagão, Ele 
            existe. E é esse Senhor do universo que cuida de nós, que nos ampara 
            e nos protege.   
            
            São de Deus aqueles olhos que velam dia e noite sobre nós, 
            protegendo-nos e guiando-nos com sua luz pelo árduo caminho da 
            existência. 
            
            Deus existe de fato, mas nós não O vemos, porque Ele é incorpóreo. 
            Todavia d’Ele me fala tudo que me rodeia. 
            
            De Deus nos fala a natureza inteira: o firmamento, a terra, o mar e tudo 
            quanto no universo existe. 
            
            Católico, não adianta o homem tentar inventar outros deuses, sabemos 
            que existe somente um Deus, o Deus que nos criou e que nos protege 
            continuamente, como está em Is 44, 8: 
            “Porventura existe um Deus fora de mim? Não existe outra rocha: eu 
            não conheço outra”, e no mesmo livro, 45, 22 diz: 
            “voltai-vos para mim e sereis salvos, todos 
            os confins da terra, porque eu sou Deus e não há nenhum outro!” 
            
            Se Deus é o único Deus, então somente Ele merece o nosso amor, e 
            também somente Ele é digno de ser adorado. Escreve São João da Cruz:
            “O mundo inteiro não é digno de um só 
            pensamento do homem, porque só a Deus ele é devido; assim, qualquer 
            pensamento posto fora de Deus é um roubo que se lhe faz”. 
            Existem muitos ladrões nesse mundo; porque milhares e 
            milhares de pessoas preferem pensar no mundo do que em Deus; 
            preferem pensar nas novelas, no esporte, nos afazeres domésticos, 
            etc., do que pensar em Deus, Nosso Senhor e Criador; e por isso, o 
            mundo está se tornando um covil de víboras, violento, vazio e cheio 
            de maldade, porque, sem Deus é impossível construir  um mundo justo, 
            como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: 
            “Perdido Deus tudo está perdido”. 
            
            Prezado católico, Deus é tudo para nós, a nossa vida sem Ele não tem 
            sentido; torna-se vazia, cheia de amargura e de tristeza. 
            
            Católico, você está 
            triste e amargurado? Não busque a alegria no mundo, porque a 
            bebedeira, o carnaval, os bailes e as drogas não podem te alegrar. 
            Essa alegria, vendida nas esquinas e nos botecos, oferecida como 
            sedução de um prazer fugaz, deixa o gosto amargo e a ressaca de uma 
            estúpida embriaguez. A alegria não é utopia, é a realidade que só é 
            possível ser acolhida por um coração aberto, capaz de acreditar no 
            impossível humano, que é possível para Deus. 
            
            Os santos sempre foram os cantores da alegria verdadeira. A alegria 
            do Evangelho não é o sorriso “comercializado" e "vulgarizado”, que 
            somos acostumados a ver em todas as páginas das revistas e que nos 
            agride e violenta através das imagens da televisão. 
            
            A alegria sóbria e serena dos santos é fruto de uma ascese e de uma 
            identificação na vivência com a Palavra do Senhor. 
            
            Prezado católico, somente em Deus você encontrará a verdadeira 
            alegria. Santa Tereza dos Andes escreve: 
            “Deus é a fonte da verdadeira alegria”, e a mesma Santa diz:
            “Deus é a alegria eterna”. E a Bíblia 
            diz em Ne 8,10: “Não vos aflijais: a alegria 
            de Deus é a vossa fortaleza!”, e o Sl 43, 4 diz :
            “Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que me 
            alegra”. 
            
            Você está fraco, preocupado com os seus negócios, preocupado com a 
            sua situação financeira ou com o seu emprego? Não desanime, confie 
            em Deus e Ele que conhece e sabe de tudo te ajudará, como está no Sl 
            55, 23: “Descarrega teu fardo em Deus e ele 
            cuidará de ti; ele jamais permitirá que o justo tropece”, e o 
            Sl 84, 13 diz: “Feliz o homem que confia em 
            Deus”, e no livro de Pr 3,5 diz também: 
            “Confia em Deus com todo o teu coração”. 
            
            Não é com desespero ou com o suicídio que você vai resolver os seus 
            problemas, e sim, confiando em Deus, depositando em Suas mãos as 
            suas dificuldades, e Ele te ajudará, como está no Sl 37, 5-7: 
            “Entrega teu caminho a Deus, confia nele, e 
            ele agirá; descansa em Deus e nele espera.” 
            
            Caríssimo católico, você está passando por dificuldades no 
            casamento, isto é, desunião na família, sofrendo com os filhos, 
            etc.? A separação não é o remédio. Busque a proteção e a força em 
            Deus; reze e confie no Senhor, Ele conhece o remédio certo para te 
            ajudar. 
            
            Não fique desesperado, confie em Deus, como está no Sl 42, 2:
            “Deus é nosso refúgio e nossa força”, 
            e também no Sl 54, 6 diz: “Deus, porém, é 
            meu socorro, o Senhor é quem sustenta minha vida”. 
            
            Agindo assim, você cantará vitória dizendo: 
            “Meu coração está firme, ó Deus, meu coração está firme” 
            (Sl 
            57,8). 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            PERSEVERANÇA 
            
              
            
            13 de novembro de 2001, terça-feira 
            
              
            
            Mt 10, 22:
             “Aquele, porém, que 
            perseverar até o fim, esse será salvo”. 
             
             
            
            Católico, nesse trecho da palavra de Deus, Jesus Cristo mostra a 
            necessidade que temos de perseverar. Para cada homem esse fim até ao 
            qual se deve perseverar é o momento da morte, como está em Mt 24, 
            13:  “Aquele, porém, que perseverar até o 
            fim, esse será salvo”. 
            
            Não há duvida; quem quiser ganhar sua alma para a vida eterna, isto 
            é, quem quiser entrar no céu, deve perseverar no bem, sem se 
            assustar com a aspereza das provações e com as dificuldades de cada 
            dia. 
            
             O céu é a Pátria daquele que luta até o fim, que sabe se levantar 
            após uma queda, que não pára diante dos obstáculos da vida, que luta 
            até obter a vitória, como escreve São João Crisóstomo:
            “A coroa que nela se consegue não se murcha 
            jamais. Não está feita com folhas de louro, não nos é colocada na 
            cabeça por um homem, não a ganhamos diante dum público de homens, 
            mas num estádio cheio de Anjos. Nas competições da terra uma pessoa 
            luta e afadiga-se durante muitos dias, e os seus grandes esforços 
            são recompensados com uma coroa, que murcha em menos de uma hora 
            (…). Não acontece aqui o mesmo, mas a coroa que se recebe é 
            eternamente brilhante, honrosa e gloriosa”. 
            
             O católico mole e frouxo, que pára na metade do caminho e fica 
            deitado à beira da estrada curtindo a sua preguiça e o seu 
            comodismo, não irá para o céu, e sim, será precipitado no inferno. A 
            palavra de Deus fala abertamente, que será coroado no céu, somente 
            aquele que vencer, isto é, aquele que perseverar no bem até o fim, 
            como está em Ap 2, 7: “… ao vencedor, 
            conceder-lhe-ei comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus”, 
            e também em Ap 2, 11: “… o vencedor de modo 
            algum será lesado pela segunda morte”, e ainda em Ap 2, 17:
            “Ao vencedor darei do maná escondido, e lhe 
            darei também uma pedrinha branca…”, e Ap 3, 21 diz:
            “Ao vencedor concederei sentar-se comigo no 
            meu trono, assim como eu também venci e estou sentado com meu Pai em 
            seu trono”. 
            
            Caríssimo católico, não basta começar uma obra, é preciso 
            concluí-la. Se você começa a construir uma casa, e quando ela está 
            na metade, você a abandona, isto é, deixa de investir na mesma; aos 
            poucos ela vai se demolindo, e você perde todo o dinheiro que 
            investiu. O mesmo acontece na vida espiritual; você começa bem um 
            trabalho espiritual: reza o terço todos os dias, lê a Bíblia, 
            participa da Santa Missa com freqüência, confessa assiduamente, etc, 
            mas com o passar do tempo, ao invés de perseverar, você vai 
            relaxando, vai deixando a oração, vai abandonando a confissão, já 
            não gosta mais de ler a Bíblia, já começa a usar aquela roupa imoral 
            que já havia deixado de usar, aquela roupa que agrada o demônio; 
            começa também a freqüentar certos ambientes perigosos, a contar piadas 
            imorais, a andar com amizades suspeitas, a falar que para se salvar 
            não precisa desse “exagero”, que Deus não exige nada disso, e que 
            você está muito bem com Deus. Cuidado! Se você já desceu a esse 
            nível, a passagem de Apocalipse 3, 1-3 servirá para te acordar:
            
            “Conheço tua conduta: tens fama de estar 
            vivo, mas estás morto. Torna-te vigilante e consolida o resto que 
            estava para morrer, pois não achei perfeita a tua conduta diante do 
            meu Deus. Lembra-te, portanto, de como recebeste e ouviste, 
            observa-o, e converte-te!” 
            
            O Bem-aventurado Josemaría Escrivá diz: 
            “Começar é de todos; perseverar, de Santos”. É muito triste 
            ver certas pessoas desanimarem na metade do caminho, lembrando das 
            cebolas do Egito, e assim, enterrarem a sua vida espiritual. Deus 
            não fica feliz com o fogo de palha ou com propósitos sem convicção. 
            Deus ama e ajuda, aquela pessoa que enfrenta todas as dificuldades, 
            e Ele, o Senhor justo e sábio, dará a merecida recompensa para o 
            trabalhador, como está em Tg 1, 12; 5, 11: 
            “Feliz o homem que suporta  a tentação. Porque depois de sofrer a 
            provação receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o  
            amam... Eis, chamamos felizes os que suportam os sofrimentos com 
            perseverança”. 
            
            Católico, muitas pessoas dizem o seguinte: já fui muito católico, 
            já rezei muito, já freqüentei muitos movimentos, etc., agora não 
            preciso mais disso, porque já estou com a “égua” na sombra. Prezado 
            católico, essa pessoa pode até estar com a "égua" na sombra, mas a sua 
            alma está à beira do inferno, porque o próprio Jesus Cristo diz em 
            Mt 10, 22: “Aquele, porém, que perseverar 
            até o fim, esse será salvo”, Jesus não fala de perseverar até 
            a metade do caminho, e sim, até o fim. 
            
             Sem perseverança é impossível chegar à santidade ou à salvação: não 
            basta ser virtuoso e generoso alguns dias ou alguns anos; necessário 
            é sê-lo sempre, até o fim. 
            
            De nada vale ter sido santo por longo tempo, se no fim da vida se 
            morre pecador. Para que isso não aconteça, siga o conselho do 
            Bem-aventurado Josemaría Escrivá: “Não 
            desanimes. Para a frente! Para a frente com uma teimosia  que é 
            santa e que se chama, no terreno espiritual, perseverança”, e 
            o mesmo Bem-aventurado diz:  
            “Aconteça o que 
            acontecer, persevera no teu caminho; persevera, alegre e otimista, 
            porque o Senhor se empenha em varrer todos os obstáculos. 
            
            - Ouve-me bem: tenho a certeza de que, se 
            lutar, serás santo!” 
            
            O católico que conheceu a Palavra de Deus, e depois 
            voltou para o mundo, isto é, não conseguiu perseverar no bem, e 
            agora vive mergulhado no pecado, o seu estado agora é bem pior do 
            que quando não conhecia a verdade, como está em 2 Pd 2, 20-21:
            “Com efeito, se, depois de fugir às 
            imundícies do mundo pelo conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
            de novo são seduzidos e se deixam vencer por elas, o seu último 
            estado se torna pior do que o primeiro. Assim, melhor lhes fora não 
            terem conhecido o caminho da justiça do que, após tê-lo conhecido, 
            desviarem-se do santo mandamento que lhes foi confiado”. Esse 
            tipo de católico merece ouvir o que está em 2 Pd 2, 22:
            “O cão voltou ao seu próprio vômito”, 
            e: “A porca lavada tornou a revolver-se na 
            lama”. 
            
            E você católica, que antes usava uma saia decente e vestido longo, e 
            agora já está usando calça comprida e outras roupas depravadas. 
            Quando você olhar no espelho, olhe bem nos seus olhos e diz: eu sou 
            uma hipócrita, uma vira-casaca, uma falsa. 
            
            E você que antes não assistia novelas, e agora passa horas e horas 
            bebendo esse vômito de Satanás. Olhe também no espelho e diz: sou 
            fingida, o que vou explicar para Deus na hora do meu julgamento? 
            Lembre-se das Palavras de Jesus Cristo em Mt 10, 22:
            “Aquele, porém, que perseverar até o fim, 
            esse será salvo”. 
            
            É importante lembrar de que sem perseverança não há salvação. Na 
            perseverança no bem até o fim de nossa vida está o princípio da 
            nossa eterna felicidade. 
            
            Prezado católico, sem a perseverança final todos os esforços são em 
            vão: penitências e orações, sacramentos e boas obras, tudo, sem a 
            perseverança, será como o fumo que se dissipa. 
            
            Se o único remédio para ser salvo é perseverar até o fim, para 
            perseverar até o fim há um só meio: ser constante no bem! 
            
            E um grande bem, é justamente a salvação da nossa alma. Sábio é 
            aquele católico que trabalha continuamente pensando na sua salvação, 
            que persevera no bem que inicia, que o faz com o máximo de zelo. 
            Esse, sem dúvida será coroado no céu. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            MUNDO: 
            INIMIGO DAS ALMAS    
             
             
            
            14 de novembro 
            de 2001, quarta-feira 
            
              
            
            Tg 4, 4: “Adúlteros, não sabeis 
            que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele 
            que quer ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus”. 
             
             
            
            Nesse trecho, o Apóstolo São Tiago não se refere ao pecado de 
            adultério, mas ele repreende severamente aquelas pessoas que pelo 
            amor desordenado dos bens desta terra são infiéis a Deus. Ele chama 
            a atenção, daquela alma que deixa de seguir a Deus, para seguir as 
            máximas do mundo. O mesmo repreende aquela alma que deixa de beber 
            da água cristalina, isto é, de viver na amizade com Deus, para beber 
            da lama do mundo. 
            
            Realmente prezado católico, o amor desordenado do mundo é 
            incompatível com o amor a Deus; por isso, aquele que aceita a 
            amizade com o mundo e que segue a sua podridão, não sentirá paz na 
            alma e nem o amor de Deus no coração: “Não 
            ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está 
            nele o amor do Pai” (1 Jo 2, 15). 
            
            Esse mundo não é o mundo humanidade ou o mundo planeta em que 
            vivemos, e sim, o mundo inimigo de Jesus Cristo e do Santo 
            Evangelho; é aquele mundo que luta continuamente contra Deus. Os 
            seguidores de Cristo não devem se intimidar diante dos ataques do 
            mundo, pelo contrário, devem enfrentá-lo corajosamente e praticarem 
            sempre o bem, como nos ensina Santo Inácio de Loyola: 
            “Aquele que teme o mundo jamais cumprirá 
            coisa digna de Deus: porque a obra de Deus não se pode fazer sem que 
            o mundo se revolte!” 
            
            Prezado católico, o mundo é um inimigo perigosíssimo; ele se 
            assemelha a um dragão furioso e faminto, que está pronto para 
            devorar tudo aquilo que é piedoso e que nos faz lembrar de Deus e da 
            Sua Santa Palavra, como escreve São Francisco de Sales: 
            “Quem não vê que o mundo é um juiz iníquo, 
            favorável aos seus filhos, mas intransigente e severo para os filhos 
            de Deus?” 
            
            O mundo é um inimigo tão perigoso, que o próprio Jesus Cristo foi 
            perseguido por ele, como está em Jo 15, 18: “Se 
            o mundo vos odeia, sabei que, primeiro, me odiou a mim”. E no 
            mesmo Evangelho, 15, 19 diz: “Se fôsseis do 
            mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo e 
            minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso vos odeia”. 
            
            O mundo persegue e odeia aquele que segue a Luz, isto é, a Nosso 
            Senhor. O mundo falso e enganador só deixará de te perseguir, se 
            você seguir os seus caprichos e beber da sua lama, como escreve São 
            Francisco de Sales: “Só nos pervertendo com o mundo, poderíamos viver em paz com ele”. 
            Não estamos aqui na terra para agradar o mundo; e sim, para agradar 
            somente a Deus e seguir a Sua Santa Palavra. 
            
             Jesus Cristo afirma que, entre Ele e o mundo como reino do pecado, 
            não há possibilidade de acordo; quem vive no pecado aborrece a luz, 
            como está em Jo 3, 19-20: “Este é o 
            julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas 
            à luz, porque as suas obras eram más. Pois quem faz o mal odeia a 
            luz e não vem para a luz, para que suas obras não sejam demonstradas 
            como culpáveis”. Os amigos do mundo perseguiram a Cristo e 
            perseguirão também os seus fiéis seguidores, como escreve São 
            Gregório Magno: “A hostilidade dos perversos 
            soa como um louvor para a nossa vida, porque demonstra que temos 
            pelo menos algo de retidão enquanto somos incômodos para os que não 
            amam a Deus: ninguém pode ser agradável para Deus e para os inimigos 
            de Deus ao mesmo tempo. Demonstra que não é amigo de Deus quem busca 
            agradar aos que se opõem a Ele: e quem se submete à verdade lutará 
            contra o que se opõe à verdade”. 
            
            Prezado católico, sabemos que o descobridor a América, foi Cristóvão 
            Colombo, e assim que ele voltou para a Europa, toda a Europa ficou 
            sabendo que a América era uma região maravilhosa e rica, onde os 
            frutos cresciam até rebentarem as plantas por peso excessivo, onde 
            toda montanha ocultava ouro, e toda criança brincava com pérolas. 
            Então, muitos europeus vieram para a América, ansiosos de gozo e de 
            riqueza. Com muita mentira e palavras enganosas, os europeus 
            aproximavam dos índios, e enganando-os, trocavam espelho e 
            brinquedos por barras de ouro e de prata. E, se algum índio, mais 
            ativo, não queria ceder a sua riqueza verdadeira por aquelas 
            bugigangas, os europeus tomavam dele a força e o matava. 
            
            Diante dessas maldades praticadas pelo europeus, sentimos até uma 
            pequena revolta no nosso interior; mas, essas espertezas e 
            crueldades dos europeus, podem ajudar-nos a compreender o que seja o 
            mundo, isto é, a esperteza e a crueldade dele. 
            
            O mundo é sem dúvida, um mercado diabólico. O demônio conhece que, 
            pelos méritos de Jesus Cristo Salvador, nos tornamos possuidores de 
            riquezas inestimáveis; conhece também a nossa ingenuidade e 
            simplicidade, que muitas vezes nos torna semelhantes aos antigos 
            índios da América, incapazes de avaliar os nossos tesouros. Ele, o 
            Maligno e Sedutor, anda pela praça do mundo para fazer as suas 
            trocas, ou se quiserem, as suas infernais barganhas; e quantos 
            católicos, pela paixão ou prazer de segundos, lhe cedem a alegria 
            eterna, isto é, o céu! Quantos católicos, que por um prato de barro, 
            por um punhado de milho, por um copo de vinho, renunciam o banquete 
            divino do Paraíso! Quantos, ainda, pela amizade com uma mulher 
            perigosa, com um homem de maus costumes, se desligam da amizade de 
            Jesus Cristo!… 
            
            Caríssimos católicos, abram os olhos em relação ao mundo, ele é 
            enganador e luta continuamente para te destruir. 
            
            Você que usa roupas imorais: minissaia, roupas transparentes e 
            decotadas, coloca fogo nessas roupas enquanto é tempo. As roupas 
            imorais são tarrafas e redes que o demônio usa para pescar as almas 
            dos homens curiosos. 
            
            Você que ouve músicas imorais, que compra cd’s e fitas com letras 
            pornográficas, por favor, tenha piedade do seu ouvido, não o 
            transforme em penico. Ouça somente músicas que agradam a Deus. 
            
            Você que fica horas e horas olhando novelas; abandone essa chuva de 
            falsidade, esse vômito do demônio, e emprega o seu tempo para o bem. 
            Deus não criou os seus olhos para contemplar porcaria. 
            
            Você que possui revistas pornográficas dentro de casa ou calendários 
            na sua carteira, joga isso fora, ou melhor, coloca fogo nessas 
            cartilhas do demônio; se a morte pegar você colecionando essas 
            pornografias, com certeza você irá para o inferno. 
            
            Prezado católico, o mundo é falso e enganador, ele tenta te atrair 
            com essas iscas malignas que acabei de mencionar. O mundo não é seu 
            amigo, e sim, inimigo seu e da sua família. 
            
            No mundo não há verdade, como está em Jo 14, 17:
            “O Espírito da verdade, que o mundo não pode 
            acolher, porque não o vê nem o conhece”. Não devemos ficar 
            admirados, se descobrirmos tanta falsidade e tantas injustiças no 
            mundo, ou então ouvirmos blasfêmias e tantas heresias; esse é o 
            papel do mundo que segue o demônio, o pai da mentira:
            “Vós sois do diabo, vosso pai, … porque é 
            mentiroso e pai da mentira” (Jo 8,44), e o demônio é o 
            príncipe do mundo: “… agora o príncipe deste 
            mundo será lançado fora” (Jo 12, 31). 
            
            No mundo não há amor, como podemos conferir em Jo 15, 19:
            “Como vós não sois do mundo, o mundo vos 
            odeia: ele só ama os seus”. Mas mesmo aos seus amigos, ele só 
            os ama para os arruinar eternamente. 
            
            No mundo não há paz, como está em Jo 14, 27: 
            “Dou-vos e vos deixo a minha paz: não faço como o mundo!” 
            Você, prezado católico, já sentiu paz depois dos divertimentos do 
            mundo? Depois de haverdes cedido aos desejos do mundo? Claro que 
            não! Mas somente quando, longe do mundo, vos abraçastes a Jesus 
            Cristo com uma boa Confissão e Comunhão. 
            
            No mundo não há salvação, como está em Jo 17, 9:
            “Eu não rogo pelo mundo!” É certo que 
            ninguém pode salvar-se senão por meio de Jesus Cristo. Ora, Jesus 
            Cristo excluiu da sua redenção o mundo. 
            
            O mundo, pois, não é a sociedade em que viveis, mas aquela parte da 
            sociedade que vive como inimiga de Cristo e do seu Evangelho: 
            esquecida de Deus, acorrentada às paixões, inebriada de prazer 
            sensual. Propriamente falando, o mundo é o gado de Satanás: Satanás 
            lhe é o pastor e o príncipe. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            MARIA 
            SANTÍSSIMA: MODELO DE DISPONIBILIDADE 
             
             
            
            15 de novembro 
            de 2001, quinta-feira 
             
             
            
            Lc 1, 39-40: 
            “Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para 
            a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de 
            Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel”. 
             
             
            
            Prezado católico, falarei hoje sobre Nossa Senhora, essa criatura 
            maravilhosa, Mãe de Deus e nossa Mãe. 
            
             Em Lc 1, 39 diz: “Naqueles dias, Maria 
            pôs-se a caminho…” A Santíssima Virgem, ao conhecer pela 
            revelação do anjo a necessidade em que se achava a sua prima Santa 
            Isabel, próxima já do parto, apressa-se a prestar-lhe ajuda, movida 
            pela caridade. 
            
            A Palavra de Deus diz que Maria Santíssima pôs-se a caminho, não 
            ficou se interrogando se valeria ou não a pena visitar sua prima, 
            isto é, de praticar a caridade. 
            
            A Santíssima Virgem nos ensina a praticar a caridade com 
            generosidade, com rapidez, sem egoísmo e sem interesse, como está em 
            1 Cor 10, 33: “Senhor, não procure eu o que 
            é útil a mim, e sim aos outros”, e na mesma carta, 13, 5 diz:
            “A caridade não busca os próprios 
            interesses”. Como é importante, prezado católico, servir os 
            irmãos sem querer retribuição, sem reclamar nada para si, como está 
            em Lc 6, 35: “Fazei o bem e emprestais, sem 
            daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos 
            do Altíssimo, porque ele é bom para com os ingratos e maus”. 
            
            Nossa Senhora nos ensina que a caridade é um dar sem receber, um dar 
            sem cálculo, sem interesse; ela mostra que a verdadeira caridade 
            consiste em servir e amar a Deus no próximo. 
            
            Como é triste conviver ou depender de pessoas que não possuem a 
            caridade, que possuem um coração fechado e egoísta, que não sabem 
            olhar para o necessitado, que não sabe servir o próximo. 
            
            Prezado católico, enquanto o egoísmo fecha o homem em si mesmo e na 
            mesquinharia brusca do próprio interesse, a caridade o impele a se 
            esquecer para abrir-se à necessidade do próximo e se pôr à sua 
            disposição, como está em Gl 5, 13: “Mediante 
            a caridade, fazei-nos servos uns dos outros”. 
            
            Com a sua caridade desinteressada e sincera, a Santíssima Virgem 
            ensina o homem a se libertar da escravidão do egoísmo para 
            empenhá-lo no generoso serviço do próximo, como escreve São 
            Francisco de Sales: “Ensinai-me a 
            testemunhar meu amor pelas obras, procurando para o próximo todo o 
            bem que puder, rezando por ele e servindo-o em todas as ocasiões. 
            Tornai-me pronto a gastar a vida pelos irmãos, a empenhar-me por 
            eles sem reserva”. 
            
            Em Lc 1, 39 diz também: “… para região 
            montanhosa…”, isto é, Maria Santíssima pôs-se a caminho, foi 
            visitar a sua prima Isabel, através de uma região montanhosa. 
            
            A Santíssima Virgem não repara as dificuldades. Embora não saibamos 
            o lugar exato onde se achava Isabel (hoje supõe-se que é Ayn Karim), 
            em qualquer caso o trajeto desde Nazaré até à montanha da Judéia 
            supunha na antiguidade uma viagem de quatro dias, mais ou menos 80 
            km. 
            
            Maria Santíssima saiu da cidade de Nazaré na Galiléia, atravessou a 
            Samaria, e foi para a cidade de Ayn Karim na Judéia, essa cidade 
            fica a 6 km a oeste de Jerusalém. 
            
            Naquele tempo não existia ônibus, trem de ferro, e muito menos 
            avião; não existia também carro pequeno; existia sim, carroça e 
            animal, mas por ser uma região montanhosa, tudo indica que Nossa 
            Senhora fez esse percurso a pé, mas não se preocupou com as 
            dificuldades da viagem através de uma região montanhosa. 
            
            O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena diz: 
            “É por meio de Maria que Jesus faz sua primeira visita aos homens… 
            Assim Nossa Senhora inicia a missão de portadora de Cristo ao mundo”. 
            
            Prezado católico, a Santíssima Virgem encontrou pela frente uma 
            região montanhosa, mas não desanimou, não ficou parada à beira do 
            caminho, não voltou atrás; pelo contrário, caminhou apressadamente, 
            como escreve São Bernardo de Claraval:  
            “Ó 
            Maria, fostes “às pressas à região montanhosa” para saudar Isabel, e 
            em seu serviço permanecestes por três meses… Ó Virgem Santa, quão 
            fervorosa é vossa caridade em procurar a graça, quão luminosa vossa 
            virgindade na carne, quão excelsa vossa humildade em oferecer-vos ao 
            serviço ao próximo!” 
            
            Quando uma pessoa começa a fazer o bem, encontra pela frente muitas 
            montanhas, isto é, muitos obstáculos e perseguições, críticas e 
            gozações; diante desses obstáculos, é preciso beber do exemplo de 
            Nossa Senhora e continuar o caminho sem olhar para trás ou para os 
            lados; deve sim, olhar sempre para frente, para a Estrela Guia que a 
            ensina o caminho certo, essa Estrela Guia é a Santíssima Virgem, 
            como escreve o Pe. Alexandrino Monteiro:  
            “Ó 
            tu, que navegas pelo mar da vida, quando te vires assaltado pela 
            tempestade imprevista, não tiver os olhos do astro propício, que em 
            Maria te oferece a salvação. Se não quiser ser submergido no mar 
            encapelado da tentação, olha para a Estrela Guia e invoca Maria!” 
            
            Caríssimo católico, custa fazer o bem, e custa muito. Quando alguém 
            está afastado de Deus e longe das virtudes, quase ninguém se 
            preocupa com ele; mas se o mesmo começa a praticar a religião, a 
            buscar a santidade de vida, a fazer o bem para o próximo; começa 
            então a aparecer montanhas à sua frente para o impedir: são 
            calúnias, maledicências, críticas, perseguição dentro e fora de 
            casa, etc., mas não deve se preocupar e desanimar, porque o próprio Cristo 
            disse: “Se alguém quer vir após mim, 
            negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” 
            (Mt 16, 24), 
            e em Eclo 2, 1 diz: “Filho, se te dedicares a servir ao Senhor, prepara-te para a prova”. 
            O importante é perseverar no bem e passar por cima de todas as 
            montanhas, sem jamais desanimar, como escreve a Bem-aventurada Madre 
            Paulina: “Não desanimeis nunca, embora 
            venham ventos contrários”, e em Eclo 2, 2 diz:
            “Endireita teu coração e sê constante, não 
            te apavores no tempo da adversidade”.   
            
            Em Lc 1, 39 diz também: “… dirigindo-se 
            apressadamente a uma cidade de Judá”. 
            
            Já expliquei que de Nazaré até Ayn Karim, a distância é de mais ou 
            menos 80 km, e naquele tempo a viagem demorava quatro dias. A 
            Santíssima Virgem não ficou preocupada com a distância, o seu amor 
            venceu todas as barreiras, o seu desejo de servir estava acima de 
            qualquer dificuldade ou obstáculo. A Palavra de Deus diz que Maria 
            Santíssima foi às pressas, ela não ficou questionando sobre a 
            distância ou sobre os perigos dessa viagem tão longa, a mesma 
            carregava o Deus de Amor no seu Puríssimo Seio, e na sua qualidade 
            de Mãe, mais que qualquer outra simples criatura viveu junto de Deus 
            e a Ele unida; também mais que qualquer outra foi repleta de Amor. 
            Diz Santo Tomás de Aquino: “Um ser, quanto 
            mais se aproxima de seu princípio, tanto mais participa do seu 
            efeito”. 
            
            A Santíssima Virgem enfrentou muitas dificuldades para fazer o bem, 
            foi às pressas para servir de empregada à sua prima Isabel durante 
            três meses. Ela foi visitar Isabel não para ser servida, por motivo 
            da própria dignidade, e sim para servi-la, assumindo diante de Deus, 
            a atitude de humilde serva. 
            
            Nossa Senhora, através do seu exemplo de disponibilidade e caridade 
            sincera, convida o católico acomodado a descruzar os braços, e a 
            trabalhar para a glória de Deus e pela salvação das almas. 
            
            A Santíssima Virgem percorreu mais ou menos 80 km para servir a sua 
            prima Santa Isabel; e existe católico que não é capaz de atravessar 
            uma rua, ou andar um quarteirão para participar de uma oração ou 
            fazer uma obra de caridade. 
            
            Caríssimo católico, se queres agradar a Nossa Senhora, siga-lhe o 
            exemplo, faça o bem sem desanimar. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            SEGUE-ME 
             
             
            
            19 de novembro de 2001, 
            segunda-feira 
             
             
             
             
            
            Mt 16, 24:  
            “Se alguém quer vir 
            após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua Cruz e siga-me”. 
             
             
            
            Prezado católico, para ser verdadeiro cristão é necessário seguir a 
            Cristo, andar na sua presença, como escreve Santa Teresa D’Ávila:
            
            “Ter sempre presente Jesus Cristo ajuda em 
            qualquer estado e é meio seguríssimo de progredirmos rapidamente”. 
            
            Um dia, Nosso Amado Senhor disse à multidão que o rodeava:
            “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si 
            mesmo, tome a sua cruz cada dia e siga-me 
            
            (Lc 9, 23). 
            
            “Se alguém quer vir após mim” – é o 
            mesmo que dizer: - se alguém quer se salvar, se alguém quer ter 
            parte com Cristo Jesus na glória eterna. 
            
            “Se alguém quer vir após mim” – é uma 
            proposta que o Filho de Deus fez a todos os homens. O segui-lo ou 
            não, deixa à nossa vontade, porque não quer forçar ninguém a entrar 
            no céu. Ele não obriga ninguém a seguir os Seus passos. 
            
            “Negue-se a si 
            mesmo” – O que é negar-se a si mesmo? É dizer “não” aos 
            gostos e inclinações terrenas do nosso coração. Negar-se a si mesmo 
            é não guiar alguém pelos conselhos de sua natureza depravada, mas 
            pelos ditames da razão alumiada com a luz da fé. Negar-se a si mesmo 
            é não dar ouvidos às vozes que do interior se levantam, pedindo 
            prazeres e deleites sensuais e satisfação completa de todos os 
            apetites desordenados. 
            
            Caríssimo católico, a alma que abandona a amizade com Jesus Cristo, 
            para se apegar às coisas da terra, se torna uma alma feia e 
            miserável, como escreve São João da Cruz:  
            “A 
            alma, presa pelos encantos de qualquer criatura, é sumamente feia 
            diante de Deus, e não pode de forma alguma transformar-se na 
            verdadeira beleza, que é Deus, pois a fealdade é de todo 
            incompatível com a beleza”. 
            
            “Tome a sua cruz”: eis, prezado 
            católico, a condição sem a qual não se pode seguir a Jesus Cristo, 
            porque Ele mesmo diz: “Se alguém quer vir 
            após mim… tome a sua cruz e siga-me” 
            
            (Mt 16, 24). 
            
            Essa cruz não é de madeira nem de concreto. Essa cruz, da qual fala 
            Jesus Cristo, é tudo aquilo que nos contraria ou torna a vida 
            difícil. São as dores do corpo (gripe, dor de cabeça, reumatismo, 
            câncer, etc), tédio e agonia da alma, secura espiritual, tentações, 
            reveses da fortuna, estragos do tempo (tempestade que derruba a sua 
            casa, frio e calor, o sol que estraga a sua lavoura, a doença que 
            mata o seu gado), os prejuízos do inimigo (suportar as calúnias, 
            zombarias, maledicências, etc.), enfim, tudo aquilo que nos aflige, 
            tudo aquilo que nos arranca lágrimas e que causa angústia ao nosso 
            coração. 
            
            Prezado católico, não basta carregar a cruz, não basta sofrer, é 
            preciso carregá-la por amor a Deus, como escreve Santo Tomás de 
            Aquino: “Sofrer de nada vale se não for por 
            amor a Deus”, e
            Santo Afonso Maria de Ligório 
            escreve: “Mas é preciso tomá-la e 
            carregá-la, não à força e com 
            repugnância, nas com humildade, paciência e amor”, 
            e o mesmo santo diz: “O sinal mais certo 
            para saber se uma pessoa ama a Jesus Cristo é, não tanto o sofrer, 
            mas o querer sofrer por amor dele”. 
            
            Se o seu esposo é um homem rabugento e 
            grosseiro, passa raiva em você, é uma cruz na sua vida, então você 
            deve carregá-la por amor a Jesus Cristo, precisa ver Jesus Cristo 
            nele, e assim ficará mais fácil de carregá-la. 
            
            E se a sua esposa é atrevida e 
            briguenta, é parecida com a jararaca do rabo fino, você precisa 
            suportá-la com paciência e por amor a Jesus Cristo, essa é a cruz 
            que vai te santificar se você carregá-la por amor a Deus e com 
            humildade. 
            
            Infelizmente, caríssimos católicos, muitas pessoas se revoltam 
            contra a cruz, e assim, a cruz se torna 
            mais pesada, como escreve Santa Teresa D’Ávila: 
            “A cruz que arrastamos, torna-se mais pesada, do que a cruz que 
            carregamos”, aquele que carrega 
            a cruz com amor e paciência, receberá o céu por recompensa; mas quem 
            resmunga e que sofre xingando, esse irá para o inferno, como escreve 
            Santo Agostinho: “É preciso sofrer e todos 
            têm de sofrer, seja justo ou pecador, cada um deve carregar sua 
            cruz. Quem a carrega com paciência, salva-se, quem a carrega com 
            impaciência, perde-se”,
            e o mesmo santo escreve:
            “As mesmas misérias, levam alguns para o 
            céu, e outros para o inferno”,
            e acrescenta ainda: 
            “Com a prova do sofrimento se distingue a palha do trigo, na Igreja 
            de Deus: quem se humilha nos sofrimentos e se submete à vontade de 
            Deus é trigo destinado ao céu; quem é soberbo e fica impaciente, a 
            ponto de voltar as costas para Deus, é palha que é destinada ao 
            inferno”. 
            
            A terra é um lugar 
            de merecimentos, por isso é também um lugar de sofrimentos. O céu é 
            nossa pátria, mas para nela entrar, é preciso sofrer por amor e não 
            fugir da cruz; aquele que foge da mesma acaba encontrando uma pior, 
            isto é, uma mais pesada, como escreve São João Maria Vianney:
            “A maior parte dos homens voltam as costas 
            às cruzes e fogem diante delas. Quanto mais eles correm, tanto mais 
            a cruz os persegue”, 
            e o mesmo Santo diz: 
            “Quando amamos as cruzes, não as sentimos; mas quando as rejeitamos, 
            elas no esmagam” e acrescenta 
            ainda: “O medo da cruz é a nossa 
            grande cruz. Tudo vai bem se carregamos bem a nossa cruz”. 
            
            Prezado católico, você não deve olhar para a cruz como se a mesma 
            fosse uma desgraça, e sim, como sendo um presente de Deus, como 
            escreve São João Maria Vianney: “A cruz é um 
            presente que o bom Deus dá aos seus amigos”, 
            e a Bem-aventurada Elisabete da
            Santíssima Trindade escreve: 
            “A cruz é um penhor do amor de Deus”, 
            isto é, a cruz é a garantia do amor de Deus. 
            
             A cruz não falta a ninguém: é tomá-la e carregá-la até a morte, sem 
            jamais abandoná-la, como escreve Santa Gema Golgani:
            “Não recuso a cruz, porque, se recuso a 
            cruz, recuso Jesus”,
            e Tomás de Kempis também escreve: 
            “Muitos acompanham a Jesus até o partir do pão, raros até o beber do 
            cálice de sua paixão… Muitos amam a Jesus, enquanto não lhes 
            sobrevêm adversidades”. É muito 
            fácil, amar Jesus Cristo quando tudo sai bem na vida, só que 
            é preciso mostrar esse amor, principalmente nas dificuldades, como 
            escreve São João Crisóstomo:  
            “Quando o 
            Senhor concede a alguém a graça de sofrer, faz-lhe um bem maior do 
            que se lhe desse o poder de ressuscitar os mortos. Isto porque o 
            homem que faz milagres se torna devedor a Deus, mas no sofrimento 
            Deus se torna devedor ao homem”. 
            
            “Toma a tua 
            cruz” – nos diz a todos Jesus Cristo, a todos; não somente 
            aos padres, mas também às pessoas casadas, aos jovens, adolescentes 
            e crianças; porque o discípulo não é maior que o seu mestre, nem o 
            servo maior que o seu senhor; porque se foi necessário que Cristo 
            Jesus sofresse, isto é, que carregasse a cruz para entrar na glória, 
            muito mais nos é necessário a nós levá-la para podermos entrar na 
            glória, que só o combate nos fará nossa. 
            
            Prezado católico, seguir a Cristo levando com Ele a nossa cruz; 
            querer se salvar longe da mesma é pura ilusão, como escreve Santa 
            Margarida Maria Alacoque: “Querer se salvar 
            sem a cruz é pura ilusão”. 
            
            A salvação é o maior dos bens, a posse 
            do mundo inteiro é nada em sua comparação; é um bem cuja perda não 
            se pode reparar. Mas você, caríssimo católico, não salvará a sua 
            alma, se não estiver pronto a sacrificar por ela a vida temporal. 
            Aquela pessoa, que para salvar a vida temporal, nega a Cristo, perde 
            a vida da alma; e aquele que sacrifica a vida temporal por Cristo, 
            alcança a vida eterna – a salvação da alma. 
            
            Prezado católico, você deseja reinar com Cristo no céu? Toma, pois, 
            a tua cruz, porque nela está a salvação e a vida, a felicidade e a 
            glória eterna. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            DEUS: FONTE DA VERDADEIRA ALEGRIA 
             
             
            
            20 de novembro de 2001, terça-feira 
             
             
            
            Fl 4, 4:
             
            “Alegrai-vos sempre no 
            Senhor! Repito: alegrai-vos!” 
             
             
            
            Prezado católico, como é importante cultivar a verdadeira alegria no 
            coração e manter a alma sempre alegre, como escreve São Paulo 
            aos Filipenses 3, 1: “... regozijai-vos no 
            Senhor”, e o padre Orlando 
            Gambi escreve: “Quero que todos os dias 
            peças ao Senhor a alegria de servir com graça, e a graça de servir 
            com alegria”. 
            
            Como é importante viver alegre, não apenas uma hora ou um dia, mas 
            como escreve São Paulo em Fl 4, 4: 
            “Alegrai-vos sempre no Senhor!” O Apóstolo nos convida a 
            buscar a alegria em Deus e não no pecado. A verdadeira alegria só 
            pode existir num coração puro, numa consciência límpida como o mais 
            puro cristal. 
            
            É pura ilusão buscar alegria nos botecos, num copo de pinga ou de 
            cerveja; ou então nas novelas e filmes pornográficos, ou nos bailes 
            e carnaval ou ainda nas músicas profanas ou no adultério. Caríssimo 
            católico, a alegria do mundo é ruidosa, cheia de exterioridades e de 
            tudo quanto possa lisonjear os sentidos. No mundo só se encontra 
            tristeza e angústia, como escreve o Frei Patrício Sciadini:
            “A felicidade, vendida nas esquinas ou 
            oferecida  como sedução de um prazer fugaz, deixa o gosto amargo e a 
            ressaca de uma estúpida embriaguez”. 
            
            A alegria cristã é diferente, a mesma se alimenta do amor de 
            Deus e de sua glória. Você, prezado católico, só encontrará a 
            verdadeira alegria em Deus, por isso, adverte São Paulo aos filipenses 4, 4:  “Alegrai-vos sempre no 
            Senhor! Repito: alegrai-vos!” 
            
            Católico, para agradar a Deus é preciso carregar a cruz com alegria. 
            Deus não fica feliz quando alguém sofre resmungando e com o rosto 
            fechado; é preciso servir a Deus com o coração mergulhado no mar de 
            felicidade, como escreve São Paulo em 2Cor 9,7:
            “Deus ama a 
            quem dá com alegria”, e a Bem-aventurada Elisabete da 
            Santíssima Trindade escreve: “Como é doce e 
            suave a alegria na dor”. 
            
            O povo vive mergulhado na tristeza e na 
            angústia, justamente porque está buscando a alegria no lugar errado, 
            isto é, no pecado. Somente em Deus encontraremos a verdadeira 
            alegria, como escreve Santa Teresa dos Andes:
            “Deus é a alegria eterna”, 
            e no livro de Ne 8, 10 diz: “Não vos 
            aflijais: a alegria de Deus é a vossa fortaleza!”, 
            e o Sl 43, 4 diz também:  “Eu irei ao altar de Deus, 
            ao Deus que me alegra”. 
            
            Prezado católico, se você necessita da 
            verdadeira alegria, mergulhe em Deus, somente n’Ele você a 
            encontrará. 
            
            Fomos criados para a felicidade, para sermos felizes: o nosso 
            coração tem uma capacidade de infinito, e só Deus o pode saciar 
            perfeitamente, como escreve Santo Agostinho: 
            “Foi para vós, Senhor, que nos criastes, e o nosso coração vive 
            inquieto, enquanto não encontrar repouso em vós”. E Santo 
            Afonso Maria de Ligório também escreve: 
            “Quem ama a Deus, encontrará alegria em todas as coisas; quem não 
            ama a Deus, em nenhuma coisa encontrará verdadeiro prazer”. E 
            aqui está, católico, por que, quando buscamos alguma coisa fora 
            de Deus ou da sua verdade, não encontramos felicidade estável e 
            perfeita, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Tudo o que não se faz para Deus, 
            transforma-se em sofrimento”. 
            
            Quando uma alma deixa de buscar as 
            vaidades do mundo, para buscar unicamente a Deus, quando para Ele 
            tende com todas as suas energias, quando não se apega às criaturas; 
            Deus, que é fonte da verdadeira alegria, enche essa alma de alegria, 
            dessa alegria transbordante de que fala 
            São Bento, quando diz que “à medida 
            que a fé e, com ela, a esperança e o amor, vão aumentando na alma do 
            monge, este corre pelo caminho dos mandamentos de Deus, com o 
            coração dilatado e sentindo dentro em si uma inenarrável doçura de 
            amor”,e é claro, que isso 
            não acontece somente com monges, mas com qualquer pessoa que 
            desapega do mundo e busca com sinceridade somente a Deus. 
            
            Prezado católico, quando buscamos com sinceridade a Deus, sem 
            repartirmos o nosso amor com as criaturas, sem nos buscarmos a nós 
            mesmos pelo amor próprio, o coração sente-se pouco a pouco dilatado, 
            Deus sacia-o, inunda-o de alegria. 
            
            É importante saber que a alegria é útil mesmo à saúde. A alegria, 
            segundo os médicos, distende os músculos, ativa a circulação, 
            acelera a respiração e, nos doentes, contribui para a cura e abrevia 
            a convalescença, isto é, ajuda a pessoa a passar, mais ou menos 
            lentamente, de enfermo a são. 
            
            Caríssimo católico, não tenha medo de sorrir, você deve sorrir 
            muito, porque o sorriso é verdadeira força; não apenas força de 
            sedução, mas força apaziguadora. 
            
            O sorriso permite olhar bem de perto as dificuldades cotidianas, sem 
            exagerá-las; as preocupações, sem fazê-las crescer; as decepções, 
            sem aumentá-las, e os estados de alma, sem criar espinhos. 
            
             Guy de Larigaudie diz o seguinte:  
            “Quando 
            alguma coisa não vai bem, é preciso sorrir. É tão fácil e arranja 
            tanta coisa!” 
            
            É isso mesmo, ter uma fisionomia sorridente é como pôr flores à sua 
            janela. O sorriso dos lábios prepara o sorriso da alma, e uma alma 
            sorridente é uma alma ensolarada. 
            
            Prezado católico, seja feliz e alegre. 
            A boca sorridente merece ser chamada de boca de mel, enquanto que a 
            boca triste, merece ser chamada de boda de limão, porque está sempre 
            azeda, ou então, boca de jiló, porque está sempre amarga. 
            
             Faça tudo com alegria, como escreve o Pe. Foch:
            “Qualquer empreendimento nosso por Deus, só 
            tem bom êxito se for realizado com alegria”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            A INGRATIDÃO 
             
             
            
            21 
            de novembro de 2001, quarta-feira   
             
             
            
            
            Lc 17,11-19: “Como ele se 
            encaminhasse para Jerusalém, passava através da Samaria e da 
            Galiléia. Ao entrar num povoado, dez leprosos vieram-lhe ao 
            encontro. Pararam à distância e chamaram: “Jesus, Mestre, tem 
            compaixão de nós!” Vendo-os, ele lhes disse: “Ide mostrar-vos aos 
            sacerdotes”.    
             
            E 
            aconteceu que, enquanto iam, ficaram purificados”. 
             
             
            
            Um dentre eles, vendo-se curado, 
            voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e lançou-se aos pés 
            de Jesus com o rosto por terra, agradecendo-lhe. Pois bem, era um 
            samaritano. Tomando a palavra, Jesus lhe disse: “Os dez não ficaram 
            purificados? Onde estão os outros nove? Não houve, acaso, quem 
            voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?” Em seguida, 
            disse-lhe: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”. 
             
             
            
            Caro católico, esse trecho de São Lucas, relata Jesus Cristo 
            passando entre a Samaria e a Galiléia. Ao entrar Jesus Cristo numa 
            aldeia, saíram ao seu encontro dez leprosos chamando:
            “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
            (Lc 17, 13). Entre os 
            leprosos contava-se um samaritano, apesar de não haver trato entre 
            os judeus e os samaritanos, como está em Jo 4, 9:
            “Os judeus; com efeito, não se dão com os 
            samaritanos”, mas a desgraça unira-os, como acontece tantas 
            vezes na vida. 
            
            Esses leprosos recorreram à 
            misericórdia de Jesus, e o Senhor misericordioso os curou. Esses 
            enfermos ensinam-nos a pedir: recorrem à misericórdia divina, que é 
            a fonte de todas as graças. E mostram-nos o caminho da cura, seja 
            qual for a lepra que tenhamos na alma. 
            
            A Palavra de Deus diz que, enquanto os leprosos iam apresentar-se 
            aos sacerdotes, ficaram purificados. E com certeza eles ficaram 
            alegres, ficaram dominados pela felicidade. Mas no meio de tanto 
            alvoroço, esqueceram-se de Jesus Cristo. Aqui mostra a ingratidão 
            desses homens, que na dor, recorrem a Jesus Cristo; e na bonança, 
            esquecem d’Ele. Somente um, o samaritano, voltou ao lugar onde Jesus 
            Cristo estava; voltou correndo e com o coração cheio de alegria e:
            “… glorificando a Deus em alta voz” 
            
            (Lc 17, 15), e:
            “… lançou-se aos pés de Jesus com o rosto 
            por terra, agradecendo-lhe” 
            (Lc 17, 
            16). 
            
            Prezado católico, esse samaritano nos 
            ensina a sermos gratos para com Deus. A gratidão é uma grande 
            virtude. Ele voltou para agradecer a Jesus Cristo pela cura, e Jesus 
            deve ter-se alegrado com o a atitude dele. Mas Nosso Senhor 
            encheu-se de tristeza ao verificar a ausência dos outros nove, que 
            não vieram agradecer-lhe; então o Senhor Jesus disse:
            “Os dez não ficaram purificados? Onde estão 
            os outros nove? Não houve, acaso, quem voltasse para dar glória a 
            Deus senão este estrangeiro?” (Lc 17, 17-18). 
            
            Quantas vezes Jesus Cristo não terá perguntado por nós, depois de 
            tantas graças! É verdade, recebemos continuamente chuvas de graças e 
            não lembramos de agradecer a Deus. São João Crisóstomo escreve:
            “Os benefícios recebidos, superam de longe 
            as areias do mar”. 
            
            Caro católico, toda a nossa vida deve ser uma contínua ação de 
            graças. Devemos agradecer a Deus pela chuva, pelo sol, pela nossa 
            saúde, pela nossa família, pelo oxigênio que respiramos, pela comida 
            que mata a nossa fome, pela água que bebemos, pelo emprego que 
            temos, pela nossa casa, etc. Você se lembra de agradecer a Deus 
            todos os dias? Recordemo-nos com freqüência dos dons naturais e das 
            graças que o Senhor nos dá, e não percamos a alegria quando 
            percebemos que nos falta alguma coisa, porque mesmo isso que nos 
            falta é, possivelmente, uma preparação para recebermos um dom mais 
            alto. 
            
            Jesus Cristo sente-se feliz quando nos vê agradecidos com todos 
            aqueles que nos favorecem diariamente de mil maneiras. Existem 
            pessoas que agem pior que os cachorros em relação à gratidão. O 
            cachorro ganha um osso, e imediatamente abana o rabo em sinal de 
            agradecimento; enquanto que muitas pessoas nem sequer diz obrigado. 
            São pessoas grosseiras, ingratas e mal-educadas, até parece que 
            nasceram em um curral e não no seio de uma família, até parece que 
            estudam numa cova de feras e não em escolas que formam cidadãos para 
            a sociedade. 
            
            Você filho, saiba agradecer a vossos pais pela comida que é servida 
            todos os dias para matar a sua fome; ao invés de colocar defeito na 
            comida, fazendo os seus pais sofrerem, agradece-lhes pela 
            alimentação. Não seja ingrato, porque agindo dessa forma, você está 
            se nivelando aos seres brutos. Agradeça também pela roupa que você 
            veste e pelo cuidado que eles têm com você. 
            
            Muitos pais estão morrendo de desgosto por causa da ingratidão dos 
            filhos, passaram por inúmeras dificuldades para criá-los, e em 
            recompensa só recebem ingratidão. 
            
            Você, caro aluno, saiba agradecer aos seus professores pela formação 
            recebida; não destrua com as suas “patas”, aquilo que você recebeu 
            com tanto amor. Não seja uma pessoa ingrata, porque a ingratidão não 
            agrada a Deus. 
            
            Ingrata, prezado católico, é aquela pessoa que não é grata, que não 
            sabe agradecer, que não reconhece os benefícios recebidos. A pessoa 
            ingrata, aos poucos vai sendo abandonada, e assim, vai ficando 
            sozinha no seu mundo de ingratidão. 
            
            Caríssimo católico, seja grato, saiba agradecer a Deus e ao próximo 
            pelas graças e pelos benefícios recebidos. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            OS EFEITOS DA INVEJA 
             
             
            
            22 de novembro de 2001, quinta-feira 
             
             
            
            Eclo 14,8:  
            “Mau é o homem de olhar 
            invejoso”. 
            
              
            
            Caríssimos católicos, falaremos sobre a inveja, esse vício terrível 
            que escraviza milhares e milhares de pessoas. 
            
             O que é a inveja? Vamos defini-la, citando o catecismo da Igreja 
            Católica, n.º 539: “A inveja é um vício 
            capital. Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do 
            desejo imoderado de sua apropriação, mesmo indevida”. 
            
            O invejoso não se alegra com o sucesso ou progresso 
            do próximo, pelo 
            contrário, fica triste. A inveja é realmente uma coisa diabólica. 
            Santo Agostinho via na inveja “o pecado
            diabólico por excelência”, e São 
            Gregório Magno escreve: “Da inveja nasceram 
            o ódio, a maledicência, a calúnia, a 
            alegria pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua 
            prosperidade”. 
            
            Prezado católico, os efeitos da inveja são QUATRO. Vamos prestar 
            bastante atenção, porque, através dos efeitos, descobriremos quais 
            são as pessoas invejosas que nos rodeiam; é possível descobrir 
            pessoas invejosas dentro da nossa própria casa, no trabalho, na 
            escola, entre os nossos amigos e principalmente entre os vizinhos. 
            
            1.º EFEITO DA INVEJA. A inveja excita sentimentos de ódio. O 
            invejoso não consegue se controlar, então, passa a odiar aqueles de 
            que se tem inveja ou ciúme, mas não fica só no ódio; ele começa 
            também a falar mal dessas pessoas, tentando fazer com que todos 
            desacreditarem delas, começa também a levantar calúnias e a lhes 
            desejar o mal. 
            
            Prezado católico, tome muito cuidado com o invejoso, esse tipo de 
            gente pode cometer loucuras ou até mesmo matar, isso mesmo, muitos 
            matam por inveja. 
            
            O primeiro a ter inveja foi o demônio. Das chamas eterna ele 
            contemplou Adão e Eva, felicíssimos no jardim das delícias; e, não 
            podendo gozar da alegria deles, quis que os mesmos sofressem do seu 
            tormento. Transformou-se em serpente, e fez a mulher comer o fruto 
            da perdição, como podemos conferir no livro da Sb 2, 24:
            “Foi pela inveja do diabo que a morte entrou 
            no mundo; mas desde esse dia todos os invejosos não fazem senão 
            imitá-lo”. 
            
            E na família de adão, quem imitou o demônio foi Caim: ele, Caim, 
            tinha inveja do seu irmão Abel. “Por que és 
            invejoso? – dissera-lhe o Senhor. – 
            Por que a tua face está amuada? Não é 
            verdade que, se tu também fizeres o bem, acharás o bem?” 
            Porém Caim levou Abel ao campo e o matou, matou o seu irmão por 
            inveja, como está no livro do Gn 4, 9: “E, 
            como estavam no campo, Caim se lançou sobre seu irmão Abel e o 
            matou”. 
            
            Na família de Isaac, imitou-o Esaú: ele odiava seu irmão Jacó, 
            porque tinha inveja da bênção com que seu velho pai o abençoava. 
            Dizia ele no seu coração: “Dia virá que meu
            pai morrerá! Então eu o matarei”.
            (Gn 24, 41). 
            
            Na família de Jacó, foram os onze irmãos que imitaram o demônio. 
            Esses, vendo como seu pai amava José mais do que a todos os seus 
            outros filhos, porque ele era o mais obediente e inocente, começaram 
            a odiar seu irmão e não mais lhe falaram com amor… e, um dia, apenas 
            o viram chegar ao campo, disseram uns aos outros:
            “Eis que chega o tal
            sonhador! Vinde, matemo-lo, joguemo-lo numa 
            cisterna qualquer…” (Gn 37, 19-20). 
            
            Prezado católico, e na sua família, qual será o invejoso que imita o 
            demônio? No lugar onde você trabalha, no quarteirão onde você mora 
            ou entre os seus parentes e amigos, qual será o invejoso que imita o 
            príncipe das trevas? 
            
             O próprio Cristo foi entregue por inveja, como está em Mt 27, 18:
            “Ele sabia, com efeito, que eles o haviam 
            entregue por inveja”. 
            
            Está claro que o invejoso odeia uma pessoa ao ponto de matá-la. É 
            preciso tomar muito cuidado com esse monstro. 
             
             
            
            2.º EFEITO DA INVEJA: O invejoso é realmente amigo do demônio, ele 
            trabalha continuamente para semear divisões, não somente entre os 
            estranhos, mas até na própria família; e estas divisões podem criar 
            inimizades e escândalos. 
             
             
            
            3.º EFEITO DA INVEJA: O invejoso fica cego, ao ponto de tentar 
            conquistar de uma maneira imoderada as riquezas e as honras, para 
            sobressair àqueles de quem tem inveja. O invejoso com os seus olhos 
            esbugalhados e com desejo de estar nas alturas, entrega-se a 
            excessos de trabalho, a manobras mais ou menos leais, em que se 
            encontra comprometida a honradez. 
             
             
            
            4.º EFEITO DA INVEJA: A inveja perturba a alma do invejoso. Sua alma 
            é estraçalhada e cheia de angústia, nela não há paz e nem sossego. O 
            invejoso trabalha vinte e quatro horas por dia, tentando a todo 
            custo eclipsar, isto é, obscurecer a vida dos seus rivais, e o mesmo 
            luta para dominá-los; e, como é muito raro que se chegue a alcançar 
            essa conquista, então o invejoso vive-se em perpétua angústia. 
            
            Prezado católico, o Catecismo da Igreja Católica diz no n.º 2539:
            “ Quando deseja um grande mal ao próximo, é 
            um pecado mortal”. Em si, é a inveja pecado mortal, de sua 
            natureza, porque é diretamente oposta à virtude da caridade, que 
            exige que nos alegremos com o bem dos outros. 
            
            Caríssimo católico, tome cuidado com o invejoso, porque, como 
            escreve o Pe. Orlando Gambi: “Os coveiros 
            enterram os mortos. O invejosos enterra os vivos!” e o mesmo 
            padre diz: “Os porcos fuçam as coisas. O 
            invejoso fuça as vidas!…”, e o mesmo padre acrescenta:
            “O invejoso sempre encontra um jeito de 
            disfarçar a sua inveja, mas nunca consegue escondê-la”, e ele 
            diz também: “Do casamento feito entre a 
            inveja e o ciúme só nascem mortos”, por isso, cuidado com o 
            invejoso. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            AFASTA-TE DA TRISTEZA 
             
             
            
            26 de novembro de 
            2001, segunda-feira 
             
             
            
            Eclo 30, 23: “... afasta a tristeza para 
            longe”. 
             
             
            
            Prezado católico, a Palavra de Deus em Eclo 30, 23 diz:
            “… afasta a tristeza para longe”. Não 
            deixe a tristeza entrar no vosso coração, porque, ela te prejudicará 
            muito, inclusive na vida espiritual, como está em Pr 15, 13:
            “… o coração triste abate o espírito”. 
            
            A alma triste, é como a terra sem calor e sem sol. Quem vive 
            mergulhada na tristeza, se assemelha a um jardim sem flores e a um 
            deserto sem oásis, ou para entender melhor, se assemelha a uma 
            cidade sem crianças. 
            
            Prezado católico, a tristeza deprime fisicamente e pode, com o 
            tempo, ter uma repercussão funesta no organismo, como está em Eclo 
            30, 23: “… a tristeza matou a muitos e nela 
            não há utilidade alguma”. 
            
            Aquele que é triste e que está sempre a choramingar, que faz da 
            tristeza o seu alimento e a sua coroa, vai morrendo aos poucos, vai 
            se transformando numa lata de doenças. 
            
            Caríssimo católico, é difícil conviver com pessoas tristes, com 
            pessoas que estão sempre bicudas e com a cara fechada, que estão 
            sempre querendo dar coice no próximo. O triste tem uma cara tão 
            azeda, mas tão azeda, até parece que chupou limão e até hoje não 
            acabou o azedume na boca. 
            
            A pessoa triste estraga qualquer ambiente, ela se assemelha a uma 
            carniça colocada em um ambiente limpo, isto é, polui todo o ar do 
            mesmo. A pessoa triste é muito parecida com a flor murcha, isto é, é 
            uma coisa sem vida, fechada e sem perfume. 
            
            Coitado do esposo de uma mulher triste, que a cara parece uma chuva 
            de granizo; ela acorda todos os dias com a “vó detrás do toco”. 
            Sua cara parece uma nuvem carregada,a mesma responde com azedume 
            tudo o que o esposo lhe pergunta; ela não é capaz de sorrir nem com 
            cócegas; esse tipo de mulher é um espinho na vida do marido, e é 
            chamada também de espanta visita. 
            
            Coitada também da mulher que casou com um homem triste, aquele que 
            tem olhar de pistoleiro e o rosto carrancudo e sombrio, que fica num 
            canto da casa só observando com aquele olhar de sucuri cansado os 
            passos da mulher. 
            
            Caríssimo católico, é muito difícil conviver e trabalhar com esse 
            tipo de gente. Não existe vida familiar verdadeira sem otimismo e 
            alegria. 
            
            Muitas pessoas tristes dizem que não o são, são sim, sérias. Essa é 
            uma mentira muito grande, porque existe uma grande diferença entre 
            seriedade e tristeza. 
            
            Ser sério, é ser verdadeiro e sincero. 
            
            Ser triste é ter mágoa, aflição, é ser uma pessoa cheia de 
            melancolia, ser infeliz, abatido e deprimido. 
            
            E você, que trabalha como evangelizador, isto é, que é catequista, 
            palestrante, etc; como pretende conquistar almas para Deus com essa 
            cara de aroeira e de angico? Com esse semblante triste e carregado? 
            
            É inútil procurar fazer o bem aos outros se temos um ar triste e uma 
            fisionomia aborrecida. Os homens vão atrás daqueles que anunciam a 
            felicidade. 
            
            Você, católico que deseja iluminar os espíritos e reanimar os 
            corações, deve ser como um raio de sol, um “semeador de alegria”, 
            como escreve Dom Guéranger: “Devemos ser um 
            “aleluia” da cabeça aos pés” e Sencerir também escreve:
            “Nada mais belo na vida que acender nas 
            almas a luz da alegria”. Você que faz o seu irmão ficar 
            triste, pode ser chamado de amigo de satanás. 
            
            Prezado católico, se você é mensageiro do Evangelho, se vive em 
            união com Deus, não tem motivo de ser triste, pois seria uma 
            contradição essa atitude. 
            
            Às vezes a situação está preta, preta mesmo, mais preta do que urubu 
            em velório: está desempregado, falta comida em casa, os negócios não 
            estão dando certo, brigas na família, dívidas para pagar, etc. A 
            tristeza e a preocupação exagerada não são a solução. Você não deve 
            se preocupar com as adversidades futuras. Agimos mal, vendo, por 
            imaginação, dificuldades e aborrecimentos que nem existem. 
            
            Se, no futuro, tivermos sofrimentos, Deus nos dará, no momento 
            oportuno, sua graça atual para suportá-los; mas Ele não nos dá esta 
            graça no momento em que, por nossa imaginação, consideramos as 
            provas que podemos ter, como está Mt 6, 25: 
            “Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao 
            que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de 
            vestir”. 
            
            Prezado católico, não deixe a tristeza entrar na sua alma, porque, 
            caso você permita, ela te arruinará, como escreve São Francisco de 
            Sales: “A má tristeza perturba a alma, 
            inquieta-a, inspira temores desregrados, tira o gosto da oração, 
            traz ao espírito uma sonolência de morte, impede-a de tirar proveito 
            dos bons conselhos, de tomar resoluções e ter o ânimo e a força de 
            fazer qualquer coisa”. 
            
            Seja alegre, e lute continuamente contra a tristeza. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            PAI-NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS 
             
             
            
            27 de novembro de 
            2001, terça-feira 
             
             
            
            Mt 6, 9: “Pai-nosso que estás nos 
            céus”. 
             
             
            
            Prezado católico, entre as orações que recitamos em particular ou em 
            público, não há outra mais bela que o Pai-Nosso, ensinada por Nosso 
            Senhor em pessoa. 
            
            Conheçamos melhor 
            essa oração que Jesus nos ensinou. Essa oração que rezamos todos os 
            dias, e às vezes, a pronunciamos maquinalmente, isto é, só com a 
            boca, e não com o coração. 
             
             
            
            Mt 6, 9: “Pai-nosso que estás nos céus”. 
            
            Prezado católico, temos um Pai no céu, como está em Is 63, 16:
            “Com efeito, tu és o nosso pai. Ainda que 
            Abraão não nos conhecesse e Israel não tomasse conhecimento de nós, 
            tu, Senhor, és nosso pai”. Um Pai que nos ama e que nos 
            elegeu seus filhos, como está em Is 66, 13: 
            “Como a uma pessoa que a sua mãe consola, assim eu vos consolarei”. 
            E nós, os filhos, devemos imitar o pai, como está em Ef 5,1:
            “tornai-vos, pois, imitadores de Deus…”. 
            Somos ainda peregrinos em terra estranha. O céu é nossa pátria. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no n.º 2787 diz:
            “Quando dizemos Pai “nosso”, reconhecemos 
            primeiramente, que todas as suas promessas de amor anunciadas pelos 
            profetas se cumprem na nova e eterna Aliança em Cristo: nós nos 
            tornamos “seu” Povo e Ele é, doravante, “nosso” Deus”. E o 
            mesmo Catecismo no n.º 2789 diz: “Rezando ao 
            “nosso” Pai, é ao Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo que nos dirigimos 
            pessoalmente”. 
            
            Prezado católico, esta expressão bíblica 
            “Que estás nos céus”, não significa um lugar [“o espaço”], 
            mas uma maneira de ser; não o afastamento de Deus, mas sua 
            majestade. O Catecismo da Igreja Católica diz:
            “Nosso Pai não está “em outro lugar”, Ele 
            está “para além de tudo” quanto possamos conceber a respeito de sua 
            Santidade. Porque Ele é três vezes Santo, está bem próximo do 
            coração humilde e contrito” (n.º2794), e Santo Agostinho 
            escreve: “É com razão que estas palavras 
            “Pai Nosso que estás nos céus” provêm do coração dos justos, onde 
            Deus habita  como que em seu templo. Por elas também o que reza 
            desejará ver morar em si aquele que ele invoca”, e São Cirilo 
            de Jerusalém também escreve: “Os “seus” 
            poderiam muito bem ser também aqueles que trazem a imagem do mundo 
            celeste, nos quais Deus habita e passeia”. 
            
            Caríssimo católico, como é maravilhoso dizer:
            “Pai-nosso que estás nos céus” 
            (Mt 6, 
            9). O Catecismo da Igreja Católica, no n.º 2795 diz:
            “Ele está nos céus, que são sua Morada; a 
            Casa do Pai é, portanto, nossa “pátria”. Foi da terra da Aliança que 
            o pecado nos exilou e é para o Pai, para o céu, que a conversão do 
            coração nos faz voltar. Ora, é no Cristo que o céu e a terra são 
            reconciliados, pois o Filho “desceu do céu”, sozinho, e para lá nos 
            faz subir com ele, por sua Cruz, sua Ressurreição e Ascensão”. 
            E o mesmo Catecismo, no n.º 2796 diz: 
            “Quando a Igreja reza “Pai-nosso que estás nos céus”, professa que 
            somos o Povo de Deus já “assentados nos céus, em Cristo Jesus”, 
            “escondidos com Cristo em Deus” e ao mesmo tempo, “gememos pelo 
            desejo ardente de revestir por cima de nossa morada terrestre a 
            nossa habitação celeste”. 
            
            Prezado católico, a oração do Pai-Nosso nos põe em comunhão com o 
            Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Ao mesmo tempo nos revela a nós 
            mesmos. 
            
            Rezar ao Pai “nosso” deve desenvolver em nós a vontade de nos 
            assemelhar a Ele e (fazer crescer em nós) um coração humilde e 
            confiante. 
            
            São Cipriano ensina que devemos dizer: 
            “Pai-nosso, que estás nos céus”, para levantar nossos corações para 
            o céu, onde Deus manifesta especialmente sua glória: “E ao 
            dirigir-se a Deus, chamando-o de Pai que está no céu, indica também, 
            por suas promessas palavras da vida nova, que renunciou ao pai 
            terreno e carnal, que reconheceu o Pai que principiou a ter no céu”. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            SANTIFICADO SEJA O TEU NOME 
             
             
            
            28 de novembro de 
            2001, quarta-feira 
             
             
            
            Mt 6, 9: “Santificado seja o teu 
            Nome”. 
             
             
            
            Prezado católico, o nome de Deus é santo, como escreve São Cirilo de 
            Jerusalém: “O nome de Deus é santo, quer 
            assim o invoquemos ou não”, e Santo Agostinho também escreve:
            “Ao rezarmos “santificado seja o vosso nome” 
            não desconhecemos que o nome de Deus já é santo; apenas manifestamos 
            o desejo de que venha a ser santificado também pelos homens. Que 
            Deus seja por eles conhecido e eles saibam que nada existe de mais 
            santo do que ele e que não há culpa maior do que ofendê-lo”. 
            
            Caríssimo católico, o nome de Deus deve, no universo, ser 
            glorificado e pronunciado sempre com o máximo respeito, como está em 
            Ml 1, 11: “Sim, do levantar ao pôr-do-sol, 
            meu Nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido 
            ao meu Nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura. Porque o 
            meu Nome é grande entre os povos! Disse o Senhor dos Exércitos”, 
            e em Dt 5, 11 diz: “Não pronunciará em vão o 
            nome do Senhor teu Deus, pois Deus não deixará impune aquele que 
            pronunciar em vão o seu nome”, e no livro de Jó 1, 21 diz 
            também: “... bendito seja o nome de Deus”, 
            e ainda no Sl 8, 1 diz:  
            “Senhor, Senhor 
            nosso, quão poderoso é teu nome em toda a terra!” 
            
            Está claro, prezado católico, que devemos respeitar o Nome de Deus. 
            É triste e escandaloso ouvir pessoas contarem piadas usando o nome 
            de Deus, ou então cantar músicas mundanas que trazem o Seu Santo 
            nome em suas letras pagãs e imorais. E o pior, é que ninguém faz 
            nada, não há nenhuma reprovação ou correção. Nós que amamos a Deus e 
            respeitamos o seu Nome, precisamos protestar contra essa falta de 
            respeito. 
            
            Prezado católico, essas pessoas que contam piadas e que cantam 
            músicas mundanas com o nome de Deus, são amigas daquela besta da 
            qual fala o Ap 13, 1.5-6: “Vi então uma 
            Besta que subia do mar… foi-lhe dada uma boca para proferir palavras 
            insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e 
            dois meses. Ela abriu então sua boca em blasfêmias contra Deus, 
            blasfemando contra seu nome, sua tenda e os que habitavam no céu”. 
            
             O Catecismo da Igreja Católica no n.º 2807 diz:
            “O termo “santificar” deve ser entendido 
            aqui não primeiramente em seu sentido causativo (só Deus santifica, 
            torna santo), mas sobretudo num sentido estimativo: reconhecer como 
            santo, tratar de maneira santa”. 
            
             São Cipriano escreve: “Quem poderia 
            santificar a Deus, já que é Ele mesmo quem santifica? Mas, 
            inspirando-nos nesta palavra: “Sede santos porque eu sou Santo” 
            (Lv 
            11, 44), nós pedimos que, santificados pelo Batismo, perseveremos 
            naquilo que começamos a ser. E pedimo-lo todos os dias, porque 
            cometemos faltas todos os dias e devemos purificar-nos de nossos 
            pecados por uma santificação retomada sem cessar… Recorremos, 
            portanto, à oração para que esta santidade permaneça em nós”, 
            e São Pedro Crisólogo também escreve:  
            “Pedimos a Deus que santifique seu Nome, porque é pela santidade que 
            Ele salva e santifica toda a criação… Trata-se do Nome que dá a 
            salvação ao mundo perdido, mas pedimos que este Nome de Deus seja 
            santificado em nós por nossa vida. Pois, se vivermos bem, o Nome 
            divino é bendito; mas se vivermos mal, ele é blasfemado, segundo a 
            palavra do Apóstolo: “O Nome de Deus está sendo blasfemado por vossa 
            causa entre os pagãos” (Rm 2, 24). Rezamos, portanto, para merecer 
            ter em nossas almas tanta santidade quanto é santo o Nome de nosso 
            Deus”, e Tertuliano ainda escreve: 
            “Quando dizemos “santificado seja o vosso Nome”, pedimos que ele 
            seja santificado em nós que estamos nele, mas também nos outros que 
            a graça de Deus ainda aguarda, a fim de conformar-nos ao preceito 
            que nos obriga a rezar por todos, mesmo por nossos inimigos. É por 
            isso que não dizemos expressamente: vosso Nome seja santificado “em 
            nós”, porque pedimos que ele o seja em todos os homens”. 
            
            Prezado católico, reze com devoção, atenção e respeito, dizendo:
            “Santificado seja o teu Nome”. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            VENHA O TEU REINO 
             
             
            
            29 de novembro de 
            2001, quinta-feira 
             
             
            
            Mt 6, 10: “Venha o teu Reino”. 
             
             
            
            Prezado católico, o reino de Deus já está presente como um grão de 
            mostarda, como o fermento na farinha, como a pedra preciosa, como 
            está em Mt 13, 33: “Contou-lhes outra 
            parábola: “O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher 
            tomou e pôs em três medidas de farinha, até que tudo ficasse 
            fermentado”, e também em Mt 13, 44 está escrito:
            “O Reino dos céus é semelhante a um tesouro 
            escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua 
            alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo”. 
            
            O católico que ama a Deus de verdade, não ficará satisfeito enquanto 
            todos os homens de toda a terra não forem seus fiéis servidores, e 
            juntarem suas vozes num contínuo hino de louvor a Deus. Assim 
            rezamos quando dizemos: “Venha o a nós o 
            vosso reino” (Mt 6, 10). Rezamos para que a graça de Deus 
            encontre morada em todos os corações e estabeleça neles o domínio do 
            seu amor, rezamos para que se realizem as palavras de Cristo: que
            “haja um só rebanho e um só pastor”
            (Jo 
            10,16); que o reino visível de Cristo na terra, a sua Igreja, seja 
            porto de salvação para todos os homens. Rezamos também pelo advento 
            do seu reino celestial: para que todos aqueles por quem Jesus Cristo 
            morreu reinem com Ele na sua eterna glória. Os corações e as mãos 
            dos missionários, espalhados pelo mundo inteiro, sentem-se 
            fortalecidos quando milhões de pessoas rezam todos os dias:
            “Venha a nós o vosso reino” 
            (Mt 6, 
            10). 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no n.º 2816 diz:
            “O Reino de Deus existe antes de nós. 
            Aproximou-se no Verbo encarnado, é anunciado ao longo de todo o 
            Evangelho, veio na morte e na Ressurreição de Cristo. O Reino de 
            Deus vem desde a Santa Ceia e na Eucaristia: ele está no meio de 
            nós. O Reino virá na glória quando Cristo o restituir a seu Pai”, 
            e São Cipriano escreve: “O Reino de Deus 
            pode até significar o Cristo em pessoa, a quem invocamos com nossas 
            súplicas todos os dias e cuja vinda queremos apressar por nossa 
            espera. Assim como Ele é nossa Ressurreição, pois nele nós 
            ressuscitamos, assim também pode ser o Reino de Deus, pois nele nós 
            reinaremos”. 
            
            Este pedido: “Venha o teu Reino”
            (Mt 
            6,10) é o “Marana Tha”, o grito do Espírito e da Esposa:
            “Vem, Senhor Jesus”. 
            
            Tertuliano escreve: “Mesmo que esta oração 
            não nos tivesse imposto um dever de pedir a vinda deste Reino, nós 
            mesmos, por nossa iniciativa, teríamos soltado este grito, 
            apressando-nos a ir abraçar nossas esperanças. As almas dos 
            mártires, sob o altar, invocam o Senhor com grandes gritos: “Até 
            quando, Senhor, tardarás a pedir contas de nosso sangue aos 
            habitantes da terra? (Ap 6,10). Eles devem, com efeito, obter 
            justiça no fim dos tempos. Senhor, apressa portanto a vinda de teu 
            reinado”. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no n.º 2818 diz:
            “Na oração do Senhor, trata-se 
            principalmente da vinda final do Reinado de Deus mediante o retorno 
            de Cristo. Mas este desejo não desvia a Igreja de sua missão neste 
            mundo, antes a empenha ainda mais nesta missão. Pois a partir de 
            Pentecostes a vinda do reino é obra do Espírito do Senhor “para 
            santificar todas as coisas, levando à plenitude a sua obra”, 
            e no mesmo Catecismo, no n.º 2819 diz: “O 
            Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo” 
            (Rm 14, 
            17). Os últimos tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão 
            do Espírito Santo. Trava-se por conseguinte, um  combate decisivo 
            entre “a carne” e o “Espírito”. 
            
             São Cirilo de Jerusalém escreve: “Só um 
            coração puro pode dizer com segurança: “Venha a nós o vosso Reino”. 
            É preciso ter aprendido com Paulo para dizer: “Portanto, que o 
            pecado não impere mais em vosso corpo mortal” (Rm 6, 12). Quem se 
            conserva puro em suas ações, em seus pensamentos e em suas palavras 
            pode dizer a Deus: “Venha o vosso Reino”. 
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            FAZER A 
            VONTADE DE DEUS 
              
            
            03 de 
            dezembro de 2001, segunda-feira 
              
            
            
            Mt 6,10:
            “... Seja feita a tua vontade na terra, 
            como no céu”. 
             
             
            
            Prezado católico, a vontade de Deus 
            governa o céu e a terra. Pelos anjos é cumprido no céu, nos astros e 
            no mundo, na natureza e na vida dos povos. Santo Tomás de Aquino 
            escreve: “A vontade de Deus é a salvação das 
            criaturas. Deus quer que o homem tenha a vida eterna”. 
            
             O Catecismo da Igreja Católica diz 
            no nº 2822: “É vontade de nosso Pai, que 
            todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” 
            (1 Tm 2,3-4). Ele “usa de paciência, porque não quer que ninguém se 
            perca” (2 Pd 3,9). Seu mandamento, que resume todos os outros, e que 
            nos diz toda a sua vontade, é que “nos amemos uns aos outros, como 
            Ele nos amou”. 
            
            Deus 
            quer somente o nosso bem, quer que estejamos sempre unidos a Ele. É 
            vontade d’Ele que deixemos o pecado e o caminho da mentira, que 
            eliminemos do nosso coração o ódio e o desejo de vingança. Cabe a 
            nós, seus filhos, fazer a Sua Santa Vontade. 
            
            Deus: 
            “Deu-nos a conhecer o mistério de sua vontade, conforme decisão 
            prévia que lhe aprouve tomar: … A de em Cristo encabeçar todas as 
            coisas… Nele, predestinados, pelo propósito daquele que tudo opera 
            segundo o conselho de sua vontade, fomos feitos sua herança” 
            (Ef 
            1,9-11). Pedimos que se realize plenamente este desígnio amoroso na 
            terra, como já aconteceu no céu”  (Catecismo da Igreja 
            Católica, nº 2823). 
            
            O mesmo Catecismo no nº 2824 diz:
            “No Cristo, e por sua vontade humana, a 
            vontade do Pai foi realizada completa e perfeitamente e uma vez por 
            todas. Jesus disse ao entrar neste mundo: “Eis-me aqui, eu vim, ó 
            Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Só Jesus pode dizer: 
            “Faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8, 29). Na oração de sua agonia, 
            Ele consente totalmente com esta vontade: “Não a minha vontade, mas 
            a tua seja feita!” (Lc 22, 42).É por isso que Jesus “se entregou a 
            si mesmo por nossos pecados, segundo a vontade de Deus” 
            (Gl 1, 4). 
            “Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do 
            corpo de Jesus Cristo” (Hb 10, 10)”. 
            
            Prezado católico, o caminho da 
            santidade, que leva a Deus, só pelo próprio Deus pode ser traçado, e 
            pela Sua Santa Vontade. Disse Jesus Cristo com energia:
            “Nem todo o que me diz: ‘Senhor! Senhor!’ 
            entrará no reino dos céus, mas sim quem faz a vontade de meu Pai, 
            que estás nos céus” (Mt 7,21). E para mostrar que as 
            criaturas a Ele mais unidas e por Ele mais amadas são justamente as 
            que fazem a vontade de Deus, acrescentou: 
            “Quem faz a vontade de meu pai que estás nos céus, esse é meu irmão, 
            irmã e mãe” (Mt 12, 50). 
            
            Prezado católico, feliz daquele que 
            faz a vontade de Deus, esse está no caminho da santidade, como 
            escreve Santa Teresinha do Menino Jesus: 
            “Consiste a perfeição em fazer a vontade de Deus e em sermos como 
            ele nos quer”, e Santa Tereza d’Àvila escreve:
            “Não está a suma perfeição nas doçuras 
            interiores, nos grandes arrombamentos, nas visões e no espírito de 
            profecia, mas na perfeita conformidade da vossa vontade com a de 
            Deus, de tal modo que nos leva a querer firmemente o que percebemos 
            ser sua vontade, aceitando com a mesma alegria, tanto o saboroso 
            como o amargo”. 
            
            Caríssimo católico, o verdadeiro 
            amor de Deus consiste na perfeita adesão à Sua Santa Vontade, só 
            querendo fazer e ser, na vida o que quer o Senhor, até tornar-se o 
            cristão “vontade viva de Deus”. Vista 
            sob esta luz, a santidade é possível a toda criatura de boa vontade. 
            Aliás, quem leva vida humilde e escondida pode conformar-se com a 
            vontade divina, tanto, ou melhor, ainda que o grande santo, 
            incumbido por Deus de missão exterior e enriquecido de geração 
            mística. A criatura, quanto mais perfeitamente faz a vontade de Deus 
            e mais se alegra em fazê-la, tanto mais é perfeita. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no nº 
            2825 diz: “Jesus, embora fosse filho, 
            aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento” 
            (Hb 5, 8). Com 
            maior razão, nós, criaturas e pecadores, que nos tornamos nele 
            filhos adotivos, pedimos ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu 
            Filho para realizar sua vontade, seu plano de salvação para a vida 
            do mundo. Somos radicalmente incapazes de fazê-lo; mas, unidos a 
            Jesus e com a força de seu Espírito Santo, podemos entregar-lhe 
            nossa vontade e decidir-nos a escolher o que seu Filho sempre 
            escolheu: fazer o que agrada ao Pai”. 
            
            Orígenes escreve:
            “Aderindo a Cristo, podemos tornar-nos um só 
            espírito com ele, e com isso realizar sua vontade, dessa forma ela 
            será cumprida perfeitamente na terra como no céu”, e São João 
            Crisóstomo escreve: “Considerai como Jesus 
            Cristo nos ensina a ser humildes, o fazer-nos ver que nossa virtude 
            não depende só de nosso trabalho, mas da graça de Deus. Ele ordena 
            aqui a cada fiel que seja, que o faça universalmente, isto é, por 
            toda a terra. Pois não diz “seja feita a vossa vontade” em mim ou em 
            vós, mas, “em toda a terra”, a fim de que dela seja banido o erro, 
            nela reine a verdade, o vício seja destruído, a virtude floresça 
            novamente, e que a terra, não mais seja diferente do céu”. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no nº 
            2826 diz: “Pela oração é que podemos 
            discernir qual é à vontade de Deus” (Cf. Rm 12, 2; Ef 
            5, 17) e obter “a perseverança para cumpri-la”
            (Cf. Hb10, 36). Jesus 
            nos ensina que entramos no Reino dos céus não por palavras, “mas” 
            praticando a vontade de meu Pai que está nos céus, 
            (Mt 7,21)”, e o mesmo 
            Catecismo no nº 2827 diz:  
            “Se alguém faz a 
            vontade de Deus, a este Deus escuta” (Jo 9, 31). Tal é a força da 
            oração da Igreja em nome do seu Senhor, sobretudo na Eucaristia; é 
            comunhão de intercessão com a Santíssima Mãe de Deus e com todos os 
            santos que foram “agradáveis”ao Senhor por não terem querido fazer 
            senão a sua vontade”. 
            
            Santo Agostinho escreve:
            “Podemos ainda, sem ferir a verdade, 
            traduzir estas palavras: ‘Seja feita a vossa vontade assim na terra 
            como no céu’, por estas: na Igreja, como em nosso Senhor, Jesus 
            Cristo; na Esposa que Ele desposou, como no esposo que realizou a 
            vontade do Pai”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            DEPENDEMOS 
            DE DEUS 
              
            
            04 de dezembro de 2001, terça-feira 
              
            
            Mt 6,11-12: 
            “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas 
            como também nós perdoamos aos nossos devedores”. 
            
              
            
            Prezado Católico, Deus, nosso Pai, 
            se preocupa pelo nosso pão de cada dia, pelo corpo e pela alma, pela 
            vida material, pelo alimento, pelo vestuário, habitação, saúde, 
            energias e vida da graça, pela fé, esperança e caridade.  
            
            A palavra 
            “pão” simboliza aqui todas as nossas necessidades, tanto 
            materiais como espirituais. Podemos acrescentar à nossa ladainha 
            particular, se o desejarmos. A nossa lista detalhada não será senão 
            um continuarmos reconhecendo a nossa total dependência de Deus, 
            coisa que, portanto, lhe será grata. Mas quando dizemos,
            “o pão nosso de cada dia”, na 
            realidade já dissemos tudo. 
            
            As palavras 
            “de cada dia” são aqui a chave, e tem por contraponto a 
            palavra “hoje”.
            É como se Jesus quisesse lembrar-nos, sempre que aceitamos o 
            Pai Nosso, aquela bela passagem do seu Sermão da Montanha:
            “Por isso vos digo: não nos preocupais com a 
            vossa vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo 
            quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento 
            e o corpo mais do que a roupa? Olhais as aves do céu: não semeiam, 
            nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai 
            Celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? Quem 
            dentre vós, com as suas preocupações pode acrescentar um só côvado à 
            duração da sua vida? E com a roupa, porque andais preocupados? 
            Aprendei dos lírios de campo, como crescem, e não trabalham e nem 
            fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua 
            glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do 
            campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele 
            muito mais por vós, homens fracos na fé?” 
            (Mt 6, 25-30). 
            
            “Não vos preocupeis”, 
            é a mensagem que Jesus encerra na frase “o 
            pão nossa de cada dia”. Não te preocupes cismando se a chuva 
            estragará a tua festa da semana que vem, se perderás o teu trabalho 
            no fim do mês, se essa dorzinha pode ser um câncer. Não compreendes 
            que Deus conhece todo esse assunto, que se interessa por ele, que 
            estará ao teu lado, aconteça o que acontecer, e que, com Ele, as 
            coisas nunca serão tão duras como tu as imagina? Bastam-te os 
            trabalhos de hoje: pede só o que precisar hoje; do amanhã, haveis de 
            ocupar-vos, tu e Deus, quando chegar. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no nº 
            2830, diz: “O pão nosso”. O Pai, que nos dá 
            a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida, 
            todos os bens “úteis”, materiais e espirituais”, e São 
            Cipriano escreve: “Aos que procuram o Reino 
            e a Justiça de Deus, ele promete dar tudo por acréscimo. Com efeito, 
            tudo pertence a Deus: a quem possui Deus, nada lhe falta, se ele 
            próprio não falta a Deus”.  
            
            Prezado católico, no Pai-Nosso nós 
            rezamos também: “Perdoai-nos as nossas 
            ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido” 
            (Mt 6,12). 
            
            Todos somos pecadores, como está em 
            1 Jo 1, 8: “Se dizemos que não temos pecado, 
            enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não esta em nós”. 
            Ninguém, neste mundo, passa livre do pecado, apoiando-se em suas 
            próprias forças. Unicamente Maria Santíssima, por especial 
            privilégio, foi cheia de graça e sem pecado. Nenhum pecador deve se 
            desesperar. Antes deve confiar no perdão de Deus, mantendo-se na 
            humildade e no temor. 
            
            Não custa pedir a Deus que perdoe 
            nossos pecados, mas fazer depender esse perdão da generosidade com 
            que perdoarmos aos que nos têm ofendido, é às vezes muito duro; 
            especialmente quando sofremos uma injúria verdadeira, às mãos de 
            outros, se aquele que pensávamos ser nosso amigo nos trai, se o 
            colega em quem confiávamos espalha difamações sobre nós, 
            prejudicando a nossa reputação e se somos tratados injustamente pelo 
            nosso chefe. 
            
            Temos que perdoar se esperamos ser 
            perdoados, como está em Mt 6,14-15: “Pois, 
            se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso pai celeste 
            vos perdoará, mas se não perdoardes aos homens, o vosso pai também 
            não perdoará  os vossos delitos”, e em Mt 5, 44-45 diz:
            “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos  que vos 
            perseguem, desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos 
            céus, porque ele faz nascer o seu sol, igualmente sobre maus e bons 
            e cair a chuva sobre justos e injustos”. 
            
            Prezado católico, nós rezamos:
            “Perdoai-nos as nossas ofensas”. E o 
            Catecismo da Igreja católica no nº 2840, diz:
            “Ora, e isso é tremendo, este mar de 
            misericórdia não pode penetrar em nosso coração enquanto não 
            tivermos perdoado aos que nos ofenderam. O amor, como o Corpo de 
            Cristo, é indivisível: não podemos amar a Deus que não vemos, se não 
            amamos o irmão, a irmã, que vemos. Recusando-nos a perdoar nossos 
            irmão e irmãs, nosso coração se fecha, sua dureza o torna 
            impermeável ao amor misericordioso do Pai, confessando nosso pecado, 
            nosso coração se abre à sua graça”. 
            
            Caríssimo católico, rezamos também:
            “Assim como nós perdoamos a quem nos tem 
            ofendido”. 
            
            O Catecismo, no nº 2842 diz:
            “Este “como” não é único no ensinamento de Jesus: “Deveis ser perfeitos 
            como vosso Pai Celeste é perfeito”. (Mt 5,48); 
            “Sede misericordiosos “como” vosso pai é misericordioso” 
            (Lc 6, 36); Dou-vos um mandamento 
            novo: que vos ameis uns aos outros “como” eu vos amei”. 
            (Jo 13, 34)”. 
            E São Cipriano escreve: “Deus não aceita o 
            sacrifício dos que fomentam a desunião; Ele ordena que se afastem do 
            altar para primeiro se reconciliarem com seus irmãos: Deus quer ser 
            pacificado com orações de paz. Para Deus, a mais bela obrigação é 
            nossa paz, nossa concórdia, a unidade no Pai, no Filho e no Espírito 
            Santo de todo o povo fiel”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            05 de dezembro de 2001, quarta-feira 
              
            
            
            Mt 6,3: “E não nos exponha à tentação, mas 
            livra-nos do maligno”. 
             
             
            
            Prezado Católico, o homem 
            encontra-se num mundo cheio de tentações. Em 1 Pd 5,8 diz:
            “Vosso adversário, o demônio, anda ao redor 
            de vós , como o leão que ruge, buscando a quem devorar”. 
            Também Cristo foi tentado. Deus permite as tentações, Santo Tomás de 
            Aquino escreve: “Toda tentação é um aceno de 
            Deus para o bem”. Ele nos prova porque quer elevar-nos mais 
            para o alto. E, depois da provação, enriquece-nos com graças mais 
            abundantes. 
            
            Caríssimo católico, o:
            “Não nos deixeis cair em tentação” é 
            uma forma de dizer tomada da antiga língua Hebraica, que poderíamos 
            para- frasear assim: “Livrai-nos de toda 
            tentação que seja demasiado forte para as nossas forças, e dai-nos a 
            vossa fortaleza para vencer qualquer tentação que nos assalte”. 
            Porque Deus, é claro, não induz ninguém à tentação. Às vezes, diz-se 
            que Deus tentou uma pessoa, como a Abraão ao mandar-lhe que 
            sacrificasse seu filho Isaac; mas nestes casos a palavra “tentação” 
            significa prova, não uma indução ao pecado. São Tiago em sua Carta 
            1,13 diz: “Ninguém diga na tentação: ‘Sou 
            tentado por Deus’, porque Deus não pode ser tentado ao mal nem tenta 
            ninguém”. 
            
            Prezado Católico, na oração do 
            Pai-Nosso rezamos: “Não nos deixeis cair em 
            tentação” (Mt 6,13). E o Catecismo da Igreja Católica diz no nº 2846:
             “Este pedido atinge a raiz do 
            precedente, pois nossos pecados são frutos do consentimento na 
            tentação. Pedimos ao nosso Pai que não nos “deixe cair” nela. É 
            difícil traduzir, com uma palavra só, a expressão grega “me 
            eisenegkes (pronuncie: “me eissenenkes”), que significa “não 
            permitas entrar em”, “não nos deixeis sucumbir à tentaçõe”. “Deus 
            não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” 
            (Tg 1, 13); Ele 
            quer, ao contrário, dela nos livrar. Nós lhe pedimos que não nos 
            deixe enveredar pelo caminho que conduz ao pecado. Estamos 
            empenhados no combate “entre a carne e o Espírito”. Este pedido 
            implora o Espírito de discernimento e de fortaleza”. E o 
            mesmo Catecismo no nº 2848 diz:  
            “Não cair em tentação” envolve uma decisão do 
            coração: “Onde está o teu tesouro, ai estará também teu coração… 
            Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 
            6,21-24). “Se vivemos pelo Espírito, pelo 
            Espírito pautemos também nossa condutas” (Gl 
            5, 25). Neste “consentimento” dado ao Espírito 
            Santo, o Pai nos dá a força. “As tentações que vos acometeram 
            tiveram medida humana. Deus é fiel; não permitirá que sejais 
            tentados acima de vossas forças. Mas, com a tentação, Ele vos dará 
            os meios de sair dela e a força para a suportar” 
            (1 Cor 10,13). 
            
            E na oração do Pai-Nosso em Mt 6, 13 
            rezamos:  “… mas livrai-nos do Maligno…” 
            
            O mundo está cheio do mal. Pela 
            inveja de Satanás, entrou o pecado no mundo e, com ele, a morte, 
            como está em Sb 2, 24: “Foi por inveja do 
            diabo que a morte entrou no mundo: experimentam-na quantos são de 
            seu partido!” O maligno é o próprio demônio, Santo Tomás de 
            Aquino escreve: “O mal na terra é 
            conseqüência do pecado original e dos demais pecados”. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica diz 
            no nº 2851: “Neste pedido, o Mal não é uma 
            abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se 
            opõe a Deus. O “diabo” é aquele que “se atira no meio” do plano de 
            Deus e de sua “obra de salvação” realizada em Cristo”. 
            
            Em Jo 8, 44 diz que o demônio é:
            “Homicida deste o princípio, mentiroso e pai 
            da mentira”, e que Ap 12, 9 diz: 
            “Satanás, sedutor de toda a terra habitada”, foi por ele que 
            o pecado e a morte entraram no mundo e é por sua derrota definitiva 
            que a criação toda será “liberta da 
            corrupção do pecado e da morte”. 
            
            O Catecismo da Igreja Católica no nº 
            2852, diz: “Nós sabemos que todo aquele que 
            nascem de Deus não peca; o Gerado por Deus se preserva e o Maligno 
            não o pode atingir. Nós sabemos que somos de Deus e que o mundo 
            inteiro está sob o poder do Maligno.(1 Jo 5, 18-19)”. Santo 
            Ambrósio escreve:  “O Senhor, que arrancou 
            vosso pecado e perdoou vossas faltas, tem poder para nos proteger e 
            vos guardar contra os ardis do Diabo, que vos combate, a fim de que 
            o inimigo, que costuma engendrar a falta, não vos surpreenda. Quem 
            se entrega a Deus não teme o Demônio. “Se Deus é por nós, quem será 
            contra nós?” (Rm 8, 31)”. 
            
            Caríssimo católico, ao pedir que nos 
            livre do Maligno, pedimos igualmente que sejamos libertados de todos 
            os males presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou 
            instigador.  
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            A EMBRIAGUEZ  
            
              
            
            06 de dezembro 
            de 2001, quinta-feira 
            
              
            
            
            1Pd 4,3:  
            
            “Já é muito que no tempo passado tenhais realizado a vontade dos 
            pagãos, levando uma vida de dissoluções, de cobiças, de embriaguez, 
            de glutonarias, de bebedeiras e de idolatrias abomináveis”. 
            
            
              
            
            Prezado católico, reflitamos sobre a embriaguez, sobre a urina do 
            capeta, esse vício horrível que vem causando tantas destruições nas 
            famílias e também na sociedade. 
            
            A embriaguez ou bebedeira não 
            dignifica o homem, pelo contrário, o destrói. O bêbado é uma pessoa 
            sem moral, nem seus familiares confiam nele; e nesse tipo de pessoa 
            não há sabedoria, como está em Pr 20,1: 
            “Insolente é o vinho, ruidoso o licor, não é sábio quem está 
            estonteado por eles”. 
            
            Caríssimo católico, muitas pessoas 
            dizem que bebem pinga ou outras bebidas alcoólicas, somente para 
            passar tempo, ou então, que bebem socialmente, e que não tem nada de 
            mal. Esse é o hino daqueles que já estão presos pelo vício da 
            embriaguez. Você, prezado católico, pode perguntar para vários 
            bêbados sobre esse beber socialmente, e tenho certeza de que todos 
            dirão que iniciaram o vício da embriaguez, que hoje não conseguem 
            mais abandoná-lo, foi no beber socialmente. 
            
            Prezado católico, nenhuma pessoa adquiriu o vicio da embriaguez 
            bebendo logo no início uma garrafa de pinga, claro que não, primeiro 
            foi uma colher, depois uma dose, depois uma xícara, depois um copo, 
            e agora bebe diretamente na garrafa, já é esse pau-d’água, formado 
            na “Faculdade da 51”. 
            
            Caríssimo católico, cuidado com 
            esses convites para beber socialmente, fuja desse tipo de gente, 
            como está em Pr 23, 20: “Não estejas entre 
            bebedores de vinho”, e em Rm 13, 13, diz:
            “Procedamos honestamente , como de dia, não 
            vivendo em... bebedeiras”, e em 1 Cor 5, 11 diz:
            “... não vos associeis com... o beberrão…”. 
            
            Prezado católico, fuja também dos 
            botecos, é preciso fugir dessas portas do inferno, dessas moradas 
            dos demônios. São João Clímaco dizia o seguinte sobre os botecos:
            “Os botecos é a tenda do demônio, a escola 
            onde o inferno prega e ensina a sua doutrina, é o lugar onde se 
            vende as almas, onde se perdem as fortunas, o dinheiro, onde a saúde 
            se perde, onde começam as rixas, as brigas e onde se começam os 
            assassinatos”. 
            
            O boteco é também aquele lugar onde 
            o idiota joga o seu dinheiro fora, ou então compra o veneno da 
            bebida alcoólica para destruir a sua saúde. Deixa de comprar comida 
            para a família, para comprar o veneno da pinga; esse tipo de gente 
            não cresce na vida espiritual, nem na vida material, como está em Pr 
            23,21: “… o beberrão há de empobrecer”. 
            
            O boteco ou casas semelhantes, são 
            lugares onde os beberrões escravizam sexualmente pessoas até de 
            certa forma inocentes, dando- lhes bebida, para depois aproveitar 
            das mesmas, como está em Hab 2,15: “Ai do que faz beber o seu próximo e mistura seu veneno até embriagá-lo 
            para ver sua nudez”, e em Ef 5,18 diz:
            “Não vos embriagueis com vinho, que é uma 
            fonte de devassidão”. 
            
            Caríssimo católico, em Ef, 5,18 diz:
            “… enchei-vos do Espírito”, e não de 
            pinga, de cerveja e vinho; você que vive nos botecos, só encontrará 
            nesses lugares o espírito de porco, e não o Espírito Santo. 
            
            Fuja dos botecos e da bebedeira! 
            Quantos homens e mulheres já morreram assassinados por causa da 
            maldita pinga ou da cerveja. 
            
            A bebedeira priva o homem da razão, 
            e assim, comete muitas loucuras e inúmeras besteiras. A bebedeira é 
            realmente uma desgraça. Quantas brigas dentro de casa, separações 
            entre os casais e quebradeiras. Quanto escândalo para os filhos, por 
            causa da maldita pinga e da cerveja. 
            
            Que tristeza para a mulher, que tem 
            o desgosto de ver o marido aproximando de casa bêbado, cambaleando, 
            a rua não lhe cabe, até parece que está cercando vinte frangos na 
            estrada, e quando chega em casa, não consegue enxergar o portão de 
            dois metros, é preciso que a esposa o ajude a entrar. 
            
            O homem bêbado é feio e escandaloso, 
            mas a mulher bêbada, é o cúmulo do ridículo. 
            
            Será que é pecado beber? Muitas 
            pessoas dizem que não, afirmam ser uma diversão e um passa tempo. 
            
            Quando se dá uma privação total do 
            uso da razão, a embriaguez é completa e constitui pecado mortal. 
            
            Os sinais de embriaguez completa 
            são: 
            
            1.     
            
            
            Fazer coisas inteiramente desabituais; 
            
            2.     
            
            
            Não discernir entre o bem e o mal; 
            
            3.     
            
            
            Não ter recordação do que se disse ou  o que fez, nesse 
            estado, etc. 
            
            Os atos pecaminosos cometidos 
            durante o estado de embriaguez, por exemplo: blasfêmias, 
            desonestidades, mortes, revelação de segredos, são imputáveis ao 
            bêbado, que os pode prever, ao menos confusamente. 
            
            Prezado católico, é bom saber que, aquelas pessoas que cooperam para 
            que uma pessoa se embriague, cometem pecado mortal, e pecam 
            mortalmente, também, aquelas que, podendo impedir a embriaguez de 
            outrem, fazem o contrário, como por exemplo: aconselhando, 
            festejando e proporcionando mais bebidas alcoólicas ao 
            semi-embriagado. 
            
            Os donos dos botecos prestarão uma 
            conta terrível para Deus no dia do juízo. São João Maria Vianney 
            dizia o seguinte sobre os donos de botecos: 
            “Roubam o pão das pobres esposas e de seus filhos, dando bebida a 
            esses beberrões, que gastam no domingo aquilo que ganharam durante a 
            semana. O demônio escarra em cima dos donos dos botecos”. 
            
            A embriaguez é um pecado contra o 
            Quinto Mandamento. Beber em excesso é um pecado, porque prejudica a 
            saúde e porque a intemperança produz facilmente outros efeitos 
            nocivos. O pecado de embriaguez torna-se mortal quando afeta de tal 
            modo o bebedor que este já não sabe o que faz. Mas beber um pouco 
            mais da conta também pode ser um pecado mortal, se traz más 
            conseqüências: se prejudica a saúde, se causa escândalo ou se leva a 
            descurar os deveres para com Deus ou para com o próximo. Quem 
            habitualmente bebe em excesso e se julga livre de pecado porque 
            ainda não conserva a noção do tempo, em geral engana-se a si mesmo; 
            raras vezes a bebida habitual deixa de produzir um mal grave à 
            própria pessoa ou aos outros. 
            
            Caríssimo católico! Será que o 
            bêbado entrará no céu?  
            
            A Bíblia diz que não! Em 1 Cor 6, 10 
            diz: “… os bêbados não possuirão o reino de 
            Deus”. 
            
            Prezado Católico, é triste também 
            presenciar nas festas da Igreja Católica a presença da pinga, da 
            cerveja e do vinho. Isso é um escândalo, e esses padres prestarão 
            uma conta terrível para Deus. O padre que aceita a bebida alcoólica 
            nas festas dos santos comete pecado, e incentiva a bebedeira, e esse 
            dinheiro é maldito. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            O RESPEITO NA VIDA CONJUGAL 
              
            
            10 de dezembro de 2001, 
            segunda-feira 
            
              
            
            
            Ef 5,25-33: “E vós, maridos, amai as vossas 
            mulheres… e a mulher respeite o seu marido”. 
            
              
            
            Prezado católico, Deus, para 
            assegurar o reto uso do poder procriador, fundou a instituição 
            matrimonial: a união indissolúvel, por todo a vida, de um homem com 
            uma mulher. A necessidade dessa união é evidente, pois não só é 
            necessário que nasçam filhos, mas também que sejam cuidados e 
            criados com amor pelo pai e pela mãe que os trouxeram ao mundo. É 
            importante lembrar, que somente a morte pode separar um casal, como 
            está em Mt 19, 6: “… o que Deus uniu, o 
            homem não deve separar”. 
            
            Mas Deus não instituiu o matrimonio 
            com o fim exclusivo de povoar a terra. Em Gn 2,18 diz:
            “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer 
            uma auxiliar que lhe corresponda”. É desígnio divino que o 
            homem e a mulher se completem um ao outro, que se apóiem um ao 
            outro, que contribuam para o mútuo crescimento espiritual. Nessa 
            união por toda vida de um homem e uma mulher, tanto suas mentes e 
            corações como seus corpos se fundem numa unidade nova e mais rica, 
            cumprindo assim o fim estabelecido por Deus. 
            
            Quando 
            o amor e o respeito reinam no seio de uma família, isto é, entre o 
            casal, então a vida conjugal se torna bela, se assemelha a um jardim 
            florido em plena primavera. 
            
            O casal deve se esforçar para que no 
            seu lar reinem a caridade e o respeito, mas não só durante um dia, 
            uma semana ou um mês, mas sempre, como está em Ef 5,25-33:
            “E vós, maridos, amai vossas mulheres… e a 
            mulher respeite o seu marido”. 
            
            Deve ser horrível viver a vida a 
            dois sem respeito e sem caridade, deve ser pior do que viver em um 
            deserto, onde não existe vida nem água. O casal que não cultiva o 
            respeito se assemelha a um cavalo e uma égua, que vivem em um curral 
            se mordendo e dando patadas o tempo todo. 
            
            Prezado católico, essas passagens 
            bíblicas deverão ser colocadas em prática pelos casais, é um 
            verdadeiro programa de vida para os casados: 
            
            Rm 12, 9-12: 
            “Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e apegandos ao 
            bem, com amor fraterno, tendo carinho uns para com os outros, cada 
            um considerando o outro mais digno de estima, sede diligentes, sem 
            preguiça, fervorosos de espírito, servindo o Senhor,
            alegrando-vos na esperança, perseverando na 
            tribulação, assíduos na oração”. 
            
            Cl 3,12-14: 
            “Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, reverti-vos de 
            sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão, 
            longanimidade, suportando-vos uns dos outros, e perdoando-vos 
            mutuamente, se alguém tem motivo de queixa contra o outro; como o 
            Senhor vos perdou, assim também fazei vós. Mas sobre tudo isso, 
            revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição”. 
            
            1 Pd 3,1-7: 
            “Da mesma maneira, vós mulheres, sujeitai-vos aos vossos maridos… do 
            mesmo modo vós ,maridos, sede compreensivos em vossa vida conjugal, 
            tributando às vossas esposas a honra de vida a companheiras de 
            constituição mais delicada, co-herdeiras da graça da Vida, para 
            evitar que as vossas orações fiquem sem resposta”. 
            
            Está claro, caríssimos católicos, 
            que entre o casal deve reinar o amor e o respeito, e não o ódio e a 
            grosseria. Em Cl 3,15 diz: “E reine nos 
            vossos corações a paz de Cristo…”. Está claro que a paz de 
            Cristo deve reinar nos corações e não a vingança e ciúmes. 
            
            Esse respeito e caridade devem se 
            manifestar de várias maneiras: 
            
            1ª. No 
            diálogo: o lar onde não reina o diálogo, é um lar fracassado e vive 
            em pé de guerra. É o lar onde o casal detesta feriado e final de 
            semana, por que não gosta de dialogar, isto é, não existe paz entre 
            eles, e quando tentam dialogar, acontece uma chuva de “canivetes” e 
            “foices”. 
            
            A Bíblia em Ef 4,29 diz: 
            “Não saia dos vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas, na 
            hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça 
            aos que a ouvirem”. 
            
            Quando não existe diálogo entre o 
            casal, mas somente gritaria e ameaças, esse lar se torna um inferno, 
            e a paz de Deus não reina nele. Em Rm 12,10 diz:
            “… Tendo carinho uns para com os outros, 
            cada um considerando o outro como mais digno de estima...”. 
            Essa deve ser a atitude de um casal, o dialogo deve ser carinhoso e 
            educado, manso e cheio de respeito, é preciso deixar o outro falar, 
            isto é, saber ouvir a outra parte, com atenção e paciência. 
            
            Prezado católico, falatório e 
            gritaria não resolvem nada, só irritam. Irrita aquele que ataca e 
            principalmente o atacado. 
            
            Se você amanhece o dia mal, é melhor 
            guardar silêncio, porque o seu companheiro não tem culpa da sua 
            indigestão. 
            
            2ª. O ciúme: o ciúme é um grande 
            inimigo da felicidade conjugal, o ciúme é incompatível com o 
            respeito recíproco. Motivado que é pela desconfiança na virtude da 
            outra parte, não raras vezes prepara o caminho para a infidelidade 
            não mais imaginária, mas real. No livro do Eclo 9,1 diz:
            “Não tenhas ciúmes de tua amada esposa, para 
            não lhe ensinares o mal contra ti”. 
            
            O ciúme é suspeita de infidelidade, 
            como escreve o Pe. Orlando Gambi: “O pior do 
            ciúme não é um caso que teria havido. É o caso de imaginar o que não 
            houve”, e o mesmo padre diz
            “O ciúme que vem com malícia nunca termina 
            sem maldade”. 
            
            Existe mulher tão pegajosa, mas tão 
            ciumenta, tão melosa, que até parece uma rapadura de pernas. Ela 
            desconfia em tudo do marido; o homem nem pode ir ao banheiro 
            sozinho, e quando o mesmo precisa sair de casa para trabalhar fora, 
            a boneca não dorme e não come, fica o tempo todo sentado na cama com 
            os olhos arregalados julgando o marido, e quando ele chega, tem que 
            explicar tudo para a ciumenta, e isso vai irritando o homem, como 
            está em Pr 6, 34: “Pois o ciúme excita a 
            raiva do marido, e no dia da vingança não terá piedade”. 
            
            O 
            homem ciumento é uma coisa rabugenta; a mulher não pode nem sair na 
            porta da casa ou olhar pela janela, e quando a mesma sai na rua, não 
            pode olhar para os lados, é uma verdadeira escrava. 
            
            Prezado católico, para que haja 
            respeito e amor no lar, é preciso deixar de lado o ciúme, como está 
            em Rm 13,13: “Como de dia andemos 
            decentemente… nem em rixas e ciúmes ”, e em Gl 5,19-20 diz:
            
            “Ora, as obras da carne são manifestas: … 
            ódio, rixas, ciúmes…”. 
            
            O ciúme não constrói, pelo 
            contrário, destrói o casamento. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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