Escolha o tema
41 |
ENCONTRO DA ALMA COM DEUS
28 de janeiro de
2002, segunda-feira
Hb 9, 27:
“E como é um fato que os homens devem
morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”.
Prezado
católico, já meditamos vários dias sobre a morte, agora chegou a
hora de meditarmos sobre o Juízo Particular, isto é, sobre aquele
juízo que acontecerá para cada alma, imediatamente após a morte,
como está em Hb 9, 27: “E como é um fato que
os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”,
e o Cardeal John Henry Newman escreve: “Para
cada um de nós há de chegar esse momento terrível em que
compareceremos perante o dono da vinha para responder pelas obras
que tivermos realizado na terra, boas ou más. Queridos irmãos,
tereis de passar por isso. Cada um há de sofrer o seu juízo
particular, e será o momento mais silencioso e terrível que jamais
tereis podido experimentar. Será o tremendo instante da expectativa,
em que o vosso destino eterno estará
na balança e estareis a ponto de ser enviados para a companhia dos
Santos ou para a dos demônios, sem que haja possibilidade de
mudança. Não pode haver mudança; é impossível voltar atrás”.
Está claro, caríssimo católico, que o
homem comparecerá diante do tribunal de Cristo logo após a sua
morte, ninguém fugirá do Juízo Particular, santo e pecador, rico e
pobre, culto e ignorante, etc., todos comparecerão diante do Divino
Juiz, como está em 2Cor 5, 10: “Porquanto
todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o tribunal de
Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito
durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal”,
e Deus que é justo juiz, dará a cada um segundo as suas obras, como
está no Sl 61, 13: “E a ti, Senhor, pertence
o amor; pois tu devolves a cada um conforme as suas obras”.
Seremos julgados logo após a nossa
morte! E sobre que, e por quem? O juiz é Deus, e a matéria desse
juízo serão as nossas ações, as nossas obras, na medida em que as
ações humanas são resultado do que pensamos e queremos. E a pessoa
será julgada no mesmo lugar em que falecer, como escreve Santo
Afonso Maria de Ligório: “O juízo particular
se efetua no mesmo instante em que o homem expira, que no próprio
lugar onde a alma se separa do corpo é julgada por Nosso Senhor
Jesus Cristo, o qual não delega seu poder, mas vem ele mesmo julgar
esta causa”.
Cada um será julgado sobre as ações e
obras que praticou, isto é, sobre o bem que praticou, sobre o mal
que fez, e sobre o bem que deixou de fazer. Tudo há de ser submetido
a um exame rigoroso, como escreve São Gregório Magno:
“Vede como pesa tudo o que fazeis a cada
dia; quer queirais, quer não, cada vez mais vos aproximais do Juízo;
o tempo não perdoa. Por que, pois, amar o que se há de abandonar?
Por que não fazer caso do fim ao qual se há de chegar?”, e o
mesmo Santo escreve: “Quando o juiz vier,
exigirá de cada um de nós tanto quanto nos deu”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
42 |
DIA SOLENE E TERRÍVEL
30 de janeiro de
2002, quarta-feira
Dn 7, 10: “O
tribunal tomou assento e os livros foram abertos”.
Prezado católico, naquele dia solene
e terrível, o do Juízo Particular, serão abertos os livros onde se
inscrevem todos os atos humanos, bons e maus, como está em Jr 17, 1:
“O pecado de Judá está escrito com um
estilete de ferro; com uma ponta de diamante ele está gravado na
pedra de seu coração e nas extremidades de seus altares”, em
Ml 3, 16 diz: “Mas aqueles que temem a Deus
dirão, um ao outro: Deus prestou atenção e ouviu. Foi escrito diante
dele um livro memorial em favor daqueles que temem a Deus e pensam
em seu Nome”, e no Sl 56, 9 diz: “Já
contaste os meus passos de errante…”, em Lc 10, 20 diz:
“… alegrai-vos, antes, porque vossos nomes
estão inscritos nos céus”, e em Ap 20, 12 diz também:
“Vi então os mortos, grandes e pequenos, em
pé diante do trono, e abriram-se livros. Também foi aberto outro
livro, o da vida. Os mortos foram então julgados conforme sua
conduta, a partir do que estava escrito nos livros”.
Nessa hora, aquele que viveu
santamente aqui na terá ficará tranqüilo, porque viveu só para
agradar a Deus.
Santo Afonso Maria de Ligório
escreve: “Haverá dois livros: o Evangelho e
a consciência. Naquele, ler-se-á o que o réu devia fazer; nesta, o
que fez”. Na balança do Juízo Particular não pesará a sua
riqueza, dignidade e a nobreza, mas somente suas obras, como está em
Dn 5, 27: “Foste pesado na balança e achado
demasiado leve”, é Daniel falando ao rei Baltazar. O Pe.
Álvares comenta que “…não foram postos na
balança o ouro e as riquezas, mas unicamente a pessoa do rei”.
É bom lembrar, católico, que na hora
do juízo, aparecerão vários acusadores, isto mesmo, acusadores. O
primeiro acusador será o demônio, esse terrível inimigo da nossa
alma; diz Santo Agostinho: “O inimigo estará
ante o tribunal de Cristo, e referirá as palavras de tua profissão.
Recordar-nos-á tudo quanto temos feito, o dia e a hora em que
pecamos”.
Santo Afonso Maria de Ligório
escreve: “Referir as palavras de nossa
profissão significa que apresentará todas as promessas que fizemos,
que esquecemos e, por conseguinte, deixamos de cumprir.
Denunciar-nos-á nossas faltas, designando os dias e as horas em que
as cometemos. Depois dirá ao juiz: ‘Senhor, eu não sofri nada por
este réu; mas ele Vos abandonou. Abandonou a Vós que destes a vida
para salvá-lo e se fez meu escravo. É a mim que ele pertence…”
É isso mesmo, o demônio estará ali na hora do juízo para te
acusar, e dizer que a sua alma pertence a ele, porque durante a sua
vida aqui na terra, você foi escravo dele e fez somente o que ele
quis.
O segundo acusador será o nosso Anjo
da Guarda, segundo Orígines “…darão
testemunho dos anos em que procuraram a salvação do pecador, a
despeito do desprezo deste a todas as inspirações e avisos”.
Católico, quantas vezes o teu anjo te avisou para você não pular
carnaval, não ler revistas pornográficas, não usar roupas
escandalosas, não beber, não ir na prostituição, não namorar
escandalosamente, não xingar e responder os seus pais, não olhar
novelas, etc., e você não quis seguir os seus conselhos. Você deve
mudar enquanto é tempo, porque ele vai te acusar na hora do juízo.
Prezado católico, até as pedras que
viram o réu pecar, tornar-se-ão acusadoras, como está em Hab 2, 11:
“Sim, da parede a pedra gritará, e do
madeiramento as vigas responderão”. E outra acusadora será a
própria consciência, como está em Rm 2, 15-16:
“Eles mostram a obra da lei gravada em seus
corações, dando disto testemunho sua consciência e seus pensamentos
que alternadamente se acusam ou defendem… no dia em que Deus –
segundo o meu evangelho – julgará, por Cristo Jesus, as ações
ocultas dos homens”.
São Bernardo de Claraval diz que os
pecados clamarão, dizendo: “Tu nos fizeste;
somos tuas obras, e não te abandonaremos”. E São João
Crisóstomo escreve: “Os cravos se queixarão
de ti; as cicatrizes contra ti falarão; a cruz clamará contra ti”,
isto mesmo, as chagas de Jesus Cristo serão também acusadoras.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
43 |
TERRÍVEL EXAME
31 de janeiro de 2002, quinta-feira
Sf 1, 12: “E
acontecerá, naquele tempo, que eu esquadrinharei Jerusalém com
lanternas”.
Prezado católico, depois das
acusações do demônio, do anjo da guarda, das pedras, da consciência,
da queixa dos cravos, das cicatrizes de Cristo e da cruz;
passar-se-á ao exame. Escreve Mendoza: “A
luz da lâmpada penetra todos os recantos da casa”. Cornélio
afirma “…que Deus apresentará ao réu os
exemplos dos Santos, todas luzes e inspirações com que o favoreceu,
todos os anos de vida que lhe concedeu para que os empregasse na
prática do bem”.
Naquela
hora terrível, a hora do exame, o católico tentará se desculpar,
dizendo que era fraco e que estava muito difícil de vencer as
dificuldades; mas Deus lhe dirá: os santos também passaram pelas
mesmas provações, tentações e dificuldades, e no entanto venceram,
porque lutaram com fervor e coragem e não desistiram, porque você
não fez o mesmo?
Católico, Santo Anselmo diz:
“Até de cada olhar tens que dar conta”.
Você que gosta de olhar para as mulheres que usam roupas imorais,
terá que prestar contas terríveis para Deus.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Assim como se purifica e aquilata o ouro, separando-o das escórias,
assim se aquilatarão e examinarão as confissões, comunhões e outras
boas obras”, e em Ml 3, 3 diz: “E se
assentará aquele que funde e que purifica; ele purificará os filhos
de Levi e os acrisolará como ouro e prata, e eles se tornarão para
Deus aqueles que apresentam uma oferenda conforme a justiça”.
Católico, não brinque com a sua
salvação, o exame será terrível, e como diz em 1 Pd 4, 18:
“Se o justo com dificuldade consegue
salvar-se, em que situação ficará o ímpio e pecador?”.
Se se
deve dar conta de toda palavra ociosa, que contas se darão de tantos
pensamentos maus, de tantas palavras impuras?
Santo Afonso Maria de Ligório
escreve: “Para que a alma consiga a salvação
eterna, o juízo há de patentear que a vida dessa alma fora conforme
a vida de Cristo”. Por isso que em
Ef 5, 1 diz: “Tornai-vos, pois,
imitadores de Deus, como filhos amados”.
O que dirá você a Deus quando Ele se
levantar para te julgar? E quando o Juiz perguntar sobre a sua vida,
o que você responderá?
Repreendendo Filipe II um de seus
criados, que o tinha enganado, disse-lhe apenas estas palavras: É
assim que me enganas?… Aquele infeliz, ao voltar à sua casa, morreu
de pesar. Que fará pois, e que responderá o pecador a Jesus Cristo,
seu juiz? Fará como aquele homem do Evangelho, que se apresentou ao
banquete sem a veste nupcial. Não soube o que responder e calou-se
(Cfr.
Mt 22, 12). O Sl 106, 42 diz: “As próprias
culpas lhe fecharam a boca” .
E São Basílio Magno diz: “A vergonha será
então para o pecador maior tormento que as chamas infernais”.
Prezado católico, depois das
acusações do demônio, do anjo da guarda, das pedras, etc, depois do
exame rigoroso do Divino Juiz, finalmente Ele pronunciará a
sentença: “Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno! Mt 25, 41, e Dionísio exclama:
“Quão terrível ressoará aquele trovão”, e Santo Anselmo diz:
“Quem não treme à consideração dessa
horrenda sentença, não está dormindo, mas morto”, e Santo
Eusébio acrescenta: “Será tão grande o
terror dos pecadores ao ouvir a sua condenação, que se não fossem já
imortais morreriam de novo”, e São Tomás de Vilanova escreve:
“Já não será tempo de suplicar, já não
haverá intercessores a quem recorrer. A quem, efetivamente, hão de
recorrer?… Porventura, a seu Deus a quem desprezaram?”
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
44 |
CESSAI DE PRATICAR O MAL
04 de fevereiro de
2002, segunda-feira
Is 1, 16:
“Lavai-vos, purificai-vos! Tirai da minha vista as vossas más ações!
Cessai de praticar o mal”.
Prezado católico, infelizmente está
chegando a festa do carnaval, a festa do demônio, a festa das
trevas. Tempo em que o homem se nivela aos seres brutos, e ofende a
Deus com as suas ações pecaminosas a ponto do próprio Deus
dizer-lhe: “Tirai da minha vista as vossas
más ações! Cessai de praticar o mal” (Is 1, 16).
O carnaval é tempo de podridão, é
tempo dos espetáculos profanos, dos bailes de mascarados, que usam
máscaras para cobrirem o rosto, porque assim, poderão cometer todo
tipo de crimes e de pecados. Se escondem por detrás de uma máscara,
com a intenção de não serem reconhecidos pelas pessoas, mas de Deus,
não esconderão: “Do céu Deus contempla e vê
todos os filhos de Adão” (Sl 33, 13), e em Eclo 15, 19 diz:
“… ele conhece todas as obras do homem”. É tempo das danças e
das orgias que se multiplicam nas vésperas da Quaresma,
principalmente nos três dias antes de quarta-feira de Cinzas.
Carnaval é tempo de perder tempo. De
exagerar as despesas, de fazer da barriga seu “deus”, como está em
Fl 3, 19: “… Seu deus é o ventre”,
fingir que está alegre, porque a alegria não está no sexo antes do
casamento, na bebida, no barulho, etc. Carnaval é tempo de encher a
alma com imagens e pensamentos indecentes, avivar o fogo das
paixões, atirar-se de caso pensado aos maiores perigos; não será
isto, católico. diretamente oposto ao Cristianismo, que prescreve o
bom uso do tempo, prudente economia, a temperança , a vigilância nos
sentidos, a mortificação das paixões, a fuga dos perigos? Deixam
após si estes dias de pecados tantas vítimas de impureza; quantas
moças perdem a virgindade nesse tempo, quantos adultérios são
cometidos, quantos casais se separam , quantos abortos são
provocados nesses dias, quantas revistas pornográficas são vendidas,
sem falar das roupas imorais. Essa festa do demônio deixa muitas
vitimas da embriaguez, das drogas, tantas famílias na vergonha e na
miséria!
Algumas pessoas dizem que estão
apenas se divertindo, e que isso não é nenhum mal. Não digam que não
fazem mal. Será pouco mal esbanjar tempo e dinheiro, estragar a
saúde, expor a honra, a inocência, a perigos onde tantas vezes
naufragam? Não se desculpem com a necessidade de descanso; estarão
porventura bem descansados no dia seguinte? Serão descansos
divertimentos que arruínam a saúde do corpo e da alma?
Fugi, caríssimo católico, fugi de tão
perigosos passatempos. Seja vosso gosto trabalhar, combater, sofrer
com Jesus Cristo, neste mundo, para, com Ele gozar eternamente no
céu. Quem pula carnaval grita: solta Barrabás e crucifica Jesus
Cristo.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
45 |
SEDE LUZ
05 de fevereiro de
2002, terça-feira
Fl 4, 8:
“Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo
o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou
que de qualquer modo mereça louvor”.
Prezado católico, você é chamado a
ser luz: “Vós sois a luz do mundo”
(Mt 5, 14), você é chamado a ser sal da terra:
“Vós sois o sal da terra”
(Mt 5, 13),
você é chamado à santidade de vida, como está em Mt 5, 48:
“Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”,
e é chamado a imitar a Deus:
“Tornai-vos, pois, imitadores de Deus…”
(Ef 5, 1).
O carnaval, caríssimo católico, é o
oposto; o carnaval é contra o Evangelho, ele é um mostro que
persegue furiosamente as almas.
Os pais
que levam os seus filhos no carnaval cometem um crime. Aquelas mães
da Síria que lançavam as suas crianças na boca inflamada do deus
Baal, no dia do juízo obterão mais misericórdia do que estas
mulheres cristãs, que lançam seus filhos na boca ardente do fogo
eterno.
O
carnaval nos torna inimigos de Deus, amigos do demônio; nos lança na
desgraça, nos fecha a porta do Paraíso, e nos escancara a porta do
inferno.
Quanto às máscaras: a primeira
pessoa, neste mundo, a mascarar-se foi Satanás, quando se disfarçou
sob a forma de serpente, para arruinar Eva e todos nós que viemos
depois. E está claro que aquele que pula carnaval é amigo do
demônio, porque peca sabendo, comete um grande erro sabendo:
“Aquele que comete o pecado é do diabo”
(1Jo 3, 8).
A Palavra de Deus em Fl 4, 8 diz:
“…ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro”,
e o carnaval é um mar de falsidade, rio de mentira e ilusão.
“…ocupai-vos com tudo o que é…
nobre”, e o carnaval é a festa da
baixeza, da indignidade e da vileza.
“…ocupai-vos com tudo o que é…justo”, e o carnaval é a festa
da injustiça e da maldade. “…ocupai-vos com
tudo o que é… puro”, e o
carnaval é a festa da impureza e da imoralidade.
“…ocupai-vos com tudo o que é… amável”,
e o carnaval é a festa do ódio, das brigas, dos assassinatos e das
rixas. “…ocupai-vos com tudo o que é…
honroso”, e o carnaval é a festa da desonestidade”.
“…ocupai-vos com tudo que é … virtuoso”,
e o carnaval é a festa impiedade e da crueldade.
Está
claro que o carnaval é totalmente contra a Doutrina de Cristo Jesus.
O carnaval é a festa da libertinagem e não da liberdade. Ser livre é
pertencer de corpo e alma a Cristo, é fazer somente aquilo que
agrada a Nosso Senhor, como está em 1 Pd 2, 16-17:
“Comportai-vos como homens livres, não
usando a liberdade como cobertura para o mal, mas como servos de
Deus. Honra a todos, amai os irmãos, temei a Deus, tributai honra ao
rei”.
Pe.
Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
46 |
CARNAVAL: GRANDE BABILÔNIA
06 de fevereiro de
2002, quarta-feira
Jr 51, 6:
“Fugi do meio da Babilônia (e salve cada
um a sua vida)…”
Prezado católico, o carnaval é a
grande Babilônia, que guerreia contra Deus e contra a Sua Santa
Doutrina; que ensina aos homens o caminho do vício e do crime, como
está em Jr 51, 7: “… ela embriagava a terra
inteira; de seu vinho bebiam as nações, por isso se tornaram loucas”,
e no Ap 18, 2-3 diz: “Tornem-se moradia de
demônios, abrigo de todo tipo de espíritos impuros, abrigo de todo
tipo de aves impuras e repelentes, porque ela embriagou as nações
com o vinho do furor da sua prostituição; com ela se prostituíram os
reis da terra, e os mercadores da terra se enriqueceram graças ao
seu luxo desenfreado”.
Caríssimo católico, a Palavra de Deus
manda você fugir de tudo aquilo que O ofende, e também das pessoas
que não Lhe obedecem, como está em Jr 51, 6:
“Fugi do meio da Babilônia (e salve cada um a sua vida)…”, e
em Pr 1, 10 diz: “Meu filho, se pecadores
quiserem te seduzir, não consintas!”
E Tobit disse ao seu filho Tobias:
“Meu filho, lembra-te do Senhor todos os
dias e não queiras pecar nem transgredir seus mandamentos”
(Tb 4,5).
O carnaval é tempo de pecado, tempo
em que o demônio faz a sua colheita, colocando milhares de almas no
caminho da perdição. O demônio lança a rede, mas você é livre para
decidir, ele não pode te obrigar a pecar:
“Os demônios não podem tentar “diretamente”, ou seja, não podem
compelir a vontade do homem a ceder, a pecar, mas só
“indiretamente”, isto é, fazendo algo que incite a vontade humana ao
pecado “ (Bem-aventurado José Allamano).
Prezado católico, é preciso imitar o
exemplo dos santos, daquelas pessoas que levaram Deus e o Evangelho
a sério.
Vejamos a atitude ou comportamento
dos santos durante o carnaval, a festa do demônio.
Os santos desagravavam e consolavam o
Coração de Jesus tão ofendido, durante o tempo do carnaval. Eles
faziam penitência, rezavam com mais fervor e multiplicavam os atos
de amor, de adoração e de louvor para com o Amado Senhor.
— Santa Maria Madalena de Pazzi
passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo
a Deus o Sangue de Jesus Cristo pelo pobres pecadores.
— O Bem-aventurado Henrique Suso
guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças
cometidas.
— São Carlos Borromeu castigava o seu
corpo com disciplinas e penitências extraordinárias.
— São Filipe Néri convocava o povo
para visitar com ele os santuários e exercícios de devoção.
— São Francisco de Sales exortava o
povo a comungar com freqüência durante o carnaval, para consolar a
Nosso Senhor.
— São Vicente de Paulo mandou que
seus religiosos fizessem penitência durante o carnaval.
— Santa Margarida Maria de Alacoque
sofria muito durante esse tempo.
— São Caetano de Thiene morreu de
desgosto ao ver Nosso Senhor tão ofendido.
E você, católico, qual é o seu
comportamento durante o carnaval? Você ofende a Jesus Cristo ou
consola-O?
Se o carnaval fosse uma coisa boa,
como muitos andam dizendo; será que os santos teriam agido dessa
forma? Claro que não! O carnaval é do demônio, por isso, é preciso
rezar e fazer penitência.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
47 |
CARNAVAL: FESTA SATÂNICA
07 de fevereiro de
2002, quinta-feira
1 Jo 2, 6:
“Aquele que diz que permanece nele deve
também andar como ele andou”.
Prezado
católico, o carnaval é totalmente oposto aos ensinamentos e a vida
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O cristão é chamado a identificar a
sua vida com a de Cristo, como está em Ef 5, 1:
“Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como
filhos amados”, e São Próspero comenta:
“Caminhar como Ele caminhou, que outra coisa
é senão abandonar as comodidades que Ele abandonou, não temer as
contrariedades que Ele suportou, ensinar o que Ele ensinou (…),
continuar a fazer o bem também aos desagradecidos, orar pelos
inimigos, ter misericórdia com os
perversos, suportar com ânimo equânime os vaidosos e soberbos?”
(De Vita Contemplativa, lib II, cap. 21).
Está claro que Jesus Cristo não
aceita o carnaval, que Nosso Salvador é contra essa festa satânica.
Ele sempre pregou a verdade, e tudo aquilo que Ele pregou se opõe ao
carnaval.
Em Mt 5, 14 diz:
“Vós sois a luz do mundo”. Nosso
Senhor manda o católico ser luz, iluminar com o exemplo e com a vida
de santidade. Manda ser luz em palavras e ações, na maneira de
vestir e no pensamento.
Aquele que pula carnaval não é luz, e
sim, trevas, porque trabalha para roubar de Cristo as almas que
custaram o seu Sangue, são amigos do demônio que lutam contra o
Reino de Jesus Cristo.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve
o seguinte sobre esses amigos do demônio que vivem nas trevas do
pecado: “De tal modo perdem o juízo, que não somente se tornam insensatos, mas se
reduzem à condição dos brutos; porque, vivendo como irracionais, sem
considerar o que é o bem e o mal, seguem unicamente o instinto das
afeições sensuais, entregam-se ao que lisonjeia a carne, sem pensar
no que perdem, nem na ruína eterna que os ameaça”.
Em Mt 5, 48 diz:
“Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso
Pai celeste é perfeito”.
Jesus Cristo nos convida a buscar a
perfeição, a olhar para o alto, a procurar corajosamente a santidade
de vida, colocando o Pai celeste como modelo a ser imitado.
O católico deve buscar continuamente
as coisas do alto, como está em Cl 3, 1: “…
procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de
Deus”, e na mesma Carta 3, 2 diz:
“Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra”. O carnaval é
uma dessas coisas da terra, ou melhor, é uma lama; e a pessoa que
participa do carnaval não possui Deus no coração, como está em 1 Jo
2, 15: “Não ameis o mundo nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai”.
Em Jo 8, 12 diz:
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não
andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.
Cristo é
a Luz do mundo, Luz que nos guia pelo caminho da salvação, pelo
caminho da verdade, do céu.
O povo
que pula carnaval está nas trevas do pecado, por isso, não consegue
enxergar a luz. E aquele que segue a Cristo Jesus, e que segue os
seus ensinamentos vive na luz e não envolve com as trevas do
carnaval. São pessoas livres, porque seguem a Cristo, enquanto que
os foliões são escravos do demônio; gritam pela liberdade, mas na
verdade são escravos.
O carnaval ofende a Jesus Cristo.
Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois
últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e
pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo
inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror, e apesar de
conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que
Deus permita que a humanidade exista”. E Santa Margarida
Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no
tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a santa comunhão, sob a
forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e
ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz
dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e
queira compadecer-se e tomar parte na
minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo
agora?”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
48 |
FAZEI PENITÊNCIA
13 de fevereiro de 2002,
quarta-feira de cinzas
1 Cor 9, 27:
“Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à
servidão…”.
Prezado católico, iniciamos hoje o tempo da quaresma, tempo de
preparação para a Páscoa.
São Leão Magno diz que a Quaresma é:
“Tempo privilegiado para a prática da
virtude”.
“Tempo de um serviço mais intenso do
Senhor”.
“Tempo favorável à salvação”.
“Tempo propício para o treinamento nas
virtudes”.
“Tempo de limpar e enfeitar a casa por
dentro”.
“Tempo oportuno para um exame mais atento
dos vícios, das doenças e das feridas para lhes aplicar remédio
eficaz”.
“Tempo de preparar os caminhos do Senhor”.
O tempo da Quaresma
é tempo privilegiado para a prática da penitência; mas deverá ser
com amor e com fervor. É importante lembrar de que, depois da
oração, o meio mais eficaz de purificar a alma de suas faltas
passadas e até mesmo de a prevenir contra as faltas do futuro, é a
penitência, como escreve o Bem-aventurado Josemaría Escrivá:
“Enterra com a penitência, no fosso profundo
que a tua humildade abrir, as tuas negligências, ofensas e pecados.
– Assim enterra o lavrador, ao pé da árvore que os produziu, frutos
apodrecidos, ramos secos e folhas caducas. E o que era estéril,
melhor, o que era prejudicial, contribui eficazmente para uma nova
fecundidade. Aprende a tirar das quedas, impulso; da morte, vida”.
Católico, é preciso fazer penitência, não só na quaresma, mas
durante todo o ano. Em 1 Cor 9, 27 diz:
“Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão”. Enquanto
estamos nesta vida, ninguém tem a perseverança final assegurada,
como está no Concílio de Trento, Decreto De Instificatione, cap. 13:
“Ninguém se prometa nada certo com certeza
absoluta, ainda que todos devam colocar e
pôr no auxílio de Deus a mais firme esperança. Porque Deus, se eles
não faltam à Sua graça, como começou a obra boa, assim a acabará
‘operando o querer e o acabar’(Fl 2, 13)”. Nessa luta
ascética que, por conseguinte, há de manter todo o homem, o Apóstolo
assinala a necessidade da mortificação do próprio corpo e das suas
más inclinações.
Em Lc 13, 3 diz: “… Se não vos
arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”, isto é,
prezado católico, se não fizermos penitência todos pereceremos. São
João Maria Vianney escreve: “Tudo se
compreende facilmente. Desde que o homem pecou, todos os seus
sentidos se rebelaram contra a razão; por conseguinte, se quisermos
que a carne esteja submetida ao espírito e à razão, é necessário
mortificá-la; se quisermos que o corpo não faça a guerra à alma, é
preciso castigá-lo a ele a todos os sentidos; se quisermos ir a
Deus, é necessário mortificar a alma com todas as suas potências”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
49 |
INFELIZ DAQUELE QUE DESPREZA A PENITÊNCIA
14 de fevereiro de 2002, quinta-feira
Lc 13, 3:
“… Se não vos
arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
Prezado católico, Jesus Cristo fala abertamente sobre a necessidade
da penitência, e aquele que não fizer penitência, certamente
perecerá, não alcançará a salvação eterna.
O que é a penitência? “É uma virtude
sobrenatural, anexa à justiça, que inclina o pecador a detestar o
seu pecado, por ser uma ofensa cometida contra Deus, e a tomar a
firme resolução de o evitar para o futuro e de o reparar”
(Tanquerey).
Para o pecador, a penitência é um ato de justiça; já que ele
ofendeu ao Seu Criador e violou os seus direitos, tem obrigação de
reparar esse ultraje, e é pela penitência que ele pode reparar essa
ofensa e violação.
Existem três espécies de penitência:
a) As penitências relativas ao cumprimento dos próprios deveres;
b) As penitências que a Providência nos envia (doenças, humilhações e,
enfim, a morte);
c) As voluntárias, especialmente às sextas-feiras.
Você que ama a Jesus Cristo de verdade, e que deseja agradá-Lo, faça
penitência voluntária todos os dias, e tenho certeza, de que você
fará progresso na vida espiritual.
Citarei algumas penitências voluntárias que você poderá praticar, e
assim, agradar a Nosso Senhor Jesus Cristo.
1. Renunciar frutas aos sábados.
2. Não comer carne às sextas-feiras.
3. Rezar uma dezena do Santo Terço ajoelhado sobre grãos de milho,
arroz ou feijão.
4. Renunciar doce durante a quaresma.
5. Não tomar sorvete quando estiver com vontade.
6. Andar com um bombom no bolso, e come-lo só depois de quinze dias.
7. Quando a sede apertar, prolongar por mais 15 minutos.
8. Para o vaidoso: andar com o pente no bolso e não pentear o cabelo
com freqüência, e andar com o espelho no bolso, mas não usa-lo.
9. No tempo do frio, ficar uma hora sem o agasalho.
10. Durante o calor não usar ventilador por três horas.
11. Colocar uma pedrinha no sapato durante uma hora, não para
machucar, e sim, para incomodar.
12. Quem não gosta de jiló e quiabo, comê-los ao menos uma vez por
semana.
13. Renunciar um programa que gosta na televisão.
14. Ao invés de procurar um lugar macio para sentar-se, sente-se em
uma cadeira dura.
15. Tomar banho na água fria ao menos uma vez por semana.
16. Tomar banho na água quente no tempo de calor.
17. Ir para o serviço uma vez por semana empurrando a bicicleta,
quem a usa.
18. Dormir em tábuas pelo menos uma vez por semana.
19. Jejuar com mais rigor uma vez por semana.
20. Usar cilício ao menos uma vez por dia, etc.
Tudo isso agrada a Deus, por isso, deve ser feito com o máximo de
amor.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
50 |
MORTIFICAI-VOS
18 de fevereiro de 2002,
segunda-feira
Cl 3, 5:
“Mortificai, pois, os
vossos membros terrenos”.
Prezado católico, é preciso fazer penitência, e aquele que foge da
mortificação, foge de um grande tesouro, porque a penitência é um
meio preciosíssimo para o nosso crescimento espiritual, como escreve
o Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena: “O
cristão não se mortifica, não renuncia a si mesmo apenas pelo gosto
de renunciar e morrer, mas pela alegria de viver em Cristo, de
realizar-se em plenitude, participando da ressurreição de seu
Senhor”.
Católico, próximo a todo homem há um demônio, inimigo de Deus e
nosso, e o dia inteiro o mesmo suscita pensamentos de ódio, desejos
de coisas alheias e imaginações impuras. Há, pois, na vida, momentos
em que a tentação é tão forte que quase nos faz desesperar. São
aqueles maus momentos que São Francisco de Assis também experimentou
quando, no inverno, se lançou na neve; são aqueles maus momentos que
São Bento também experimentou, quando se lançou em cheio nos
espinhos; são aqueles maus momentos que também experimentou Santa
Catarina de Sena, quando exclamava: - Ó Senhor, mas onde estás? -
são aqueles maus momentos em que o vento da tentação procura
quebrar-nos como um caniço. Pois bem, recordemo-lo: sem oração e sem
mortificação, é impossível resistir.
Vivemos num mundo onde o povo busca sempre uma vida fácil e longe da
cruz, onde o corpo é “adorado” e a mortificação é desprezada; e
assim, o mundo se torna cada vez mais paganizado.
É preciso fazer penitência! Alguém poderia perguntar: Por que devo
fazer penitência? Devemos praticá-la por seis motivos:
1. Para evitar o Inferno: “Os atletas se
abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, porém,
para ganhar uma coroa imperecível. Quanto a mim, é assim que corro,
não ao incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem
fere o ar. Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim
de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros,
venha eu mesmo a ser reprovado” (1 Cor 9, 25-27).
2. Para evitar o Purgatório: “Nela jamais
entrará algo de imundo” (Ap 21, 27).
3. Para merecer um bom lugar no céu: “Penso,
com efeito, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção
com a glória que deverá revelar-se em nós”
(Rm 8, 18).
4. Para manifestar o nosso amor a Cristo: “E
andai em amor, assim como Cristo também nos amou e se entregou por
nós a Deus, como oferta e sacrifício de odor suave”
(Ef 5,
2).
5. Para ajudar o próximo a alcançar a salvação eterna:
“Assim como eu mesmo me esforço por agradar
a todos em todas as coisas, não procurando os meus interesses
pessoais, mas os do maior número, a fim de que sejam salvos”
(1 Cor 10, 33).
6. Para viver na verdadeira paz também neste mundo:
“Mas para os maus não há paz…”
(Is
48, 22).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
51 |
O CAMINHO DO CÉU É ESTREITO
19 de fevereiro de 2002,
terça-feira
Mt 7, 13:
“Entrai pela porta
estreita…”.
Prezado católico, Cristo nos convida a entrar pela porta estreita;
isto é, a levar uma vida de penitência e de mortificação, a deixar o
comodismo e a vida fácil.
Os santos, amigos de Cristo, entraram pela porta estreita e
percorreram o caminho apertado. Citarei o exemplo de alguns santos
sobre a penitência.
1. São Paulo Apóstolo:
1 Cor 9, 27:
“Trato duramente o meu corpo e
reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado
a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado”.
Gl 2, 19-20:
“Fui crucificado junto com
Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
2 Cor 11, 27:
“Mais ainda: fadigas e duros
trabalhos, numerosas vigílias, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e
nudez!”.
2. São Pedro de Alcântara:
Não usava calçado nem chapéu. Dormia mais ou menos duas horas na
noite, sentado em uma cadeira ou deitado no chão. Sua alimentação
era a mais parca possível e jejuava constantemente.
3. São João Maria Vianney:
São Cura d’Ars comia quase somente batatas, que ele cozinhava na
segunda e comia até no domingo.
Flagelava-se até derramar o próprio sangue pela conversão de seus
paroquianos.
Ficava horas e horas de joelhos na igreja, rezando pelos seus
paroquianos.
4. Santa Rosa de Lima:
No seu quarto, costumava levar na cabeça uma coroa de espinhos, a
fim de ter sempre presente a lembrança da Sagrada Paixão de Cristo
Nosso Senhor.
Ela era linda, e para não pecar por vaidade, passava pó de
pimenta-do-reino no rosto.
5. Santa Edviges:
Durante a semana comia apenas pão e um pouco de verdura, e somente
no domingo aceitava outro tipo de comida. Dormia pouco e no chão e
usava o cilício com freqüência.
Faleceu consumida pela penitencia.
6. São Francisco de Paulo:
Numa gruta solitária, levava uma vida de duras penitências.
Alimentava-se de raízes e frutas silvestres.
7. São Luis Gonzaga:
Como preservação de sua pureza e sua vida interior contra as
seduções, praticava uma penitência rigorosa, disciplinando-se três
vezes por semana até derramar sangue.
Católico, citei somente esses exemplos por falta de tempo, mas
digo-lhes que todos os santos fizeram penitência e viveram
mortificados, todos entraram pela porta estreita; cabe a nós imitar
esses amigos íntimos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É um crime dizer que devemos apenas admirar as penitências dos
santos e não imitá-los; é claro que existem muitas penitências que
estão ao nosso alcance.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
52 |
EDUQUE O FILHO ENQUANTO HÁ TEMPO
20 de fevereiro de 2002, quarta-feira
Pr 19, 18:
“Corrige o teu filho
enquanto há esperança”.
Prezado católico, a Palavra de Deus é rigorosa também quando se
trata da educação dos filhos, como está em Pr 19, 18:
“Corrige o teu filho enquanto há esperança”.
O casal precisa educar o filho desde criança, mostrar-lhe o que é
certo e agradável a Deus, dizendo-lhe também aquilo que é errado e
que O ofende; isto é, indicar-lhe o caminho certo, como está em Pr
22, 6: “Ensina a criança no caminho que deve
andar…”, alguns compreendem: “… desde
seus primeiros passos”.
Qual seria esse caminho?
1. O da religião. O casal tem o dever de levar o seu filho na
igreja, rezar com ele, falar-lhe de Deus, de ler a Bíblia e vida dos
santos com o seu filho; cuidar para que o filho faça a primeira
comunhão e a crisma, que o filho vá à Santa Missa aos domingos, e
quando puder, também durante a semana; que o mesmo aproxime com
freqüência da confissão, etc.
Caríssimos pais, sem Deus é impossível educar os filhos. A criança
que cresce longe de Deus, já na infância toma um rumo errado, isto
é, entra no caminho da perdição.
No Decreto “Apostolicam Actuositatem”, n.º 30 diz:
“É dever dos pais na família disporem os
filhos, desde a meninice, a conhecerem o amor de Deus para com os
homens todos; ensinarem-lhes pouco a pouco, sobretudo pelo exemplo,
a solicitude pelas necessidades materiais e espirituais do próximo”.
2. O da disciplina. O casal não pode deixar o filho ficar sem um
horário, isto é, não pode deixar o filho solto sem um regulamento a
cumprir. Não é correto deixar uma criança livre, a seu bel-prazer,
fazendo a sua própria vontade.
A Bíblia diz em Pr 29, 15:
“… mas o jovem
deixado a si mesmo envergonha sua mãe”.
A criança que não tem um horário cresce sem responsabilidade e não
amadurece para a vida: Levanta quando quer, come fora de horário,
fica na televisão horas e horas, não faz nenhum trabalho e fica mais
na rua e na casa dos amigos do que na própria casa.
3. O caminho da correção. O casal tem o dever de corrigir o filho,
não é correto ficar calado diante das artes de uma criança; em Pr
29, 17 diz: “Corrige o teu filho, e ele te
dará descanso, trará delícias para ti”.
É preciso acabar com a birra e com a pirraça da criança; caso não a
corrija, com certeza a mesma será um tormento para a família no
futuro. Em Pr 22, 15 diz:
“A estultícia está
ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará
dela”.
O casal deve fazer o filho abaixar a cabeça e obedecer; não pode
permitir que o mesmo aja com grosseria, e muito menos com gritaria:
“Aquele que educa seu filho terá nele motivo
de satisfação e entre os conhecidos gloriar-se-á dele”
(Eclo
30, 2).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
53 |
FALSA EDUCAÇÃO
25 de fevereiro de 2002, segunda-feira
Eclo 30, 9:
“Mima teu filho e ele
te aterrorizará…”.
Prezado católico, o casal é deve educar seu filho na verdade e na
disciplina, no rigor e também na caridade, mas nunca com mimo.
Não é correto tratar o filho com meiguice, com mimo e com
delicadeza, como se o mesmo fosse um ursinho de pelúcia ou gelatina;
essa maneira erra ajuda a criança a se tornar manhosa.
Em Eclo 30, 7 diz: “Aquele que mima o filho
cuidará de suas feridas, e a cada grito suas entranhas se comoverão”.
Essas feridas são as do próprio filho, porque a criança que não é
educada, com o passar do tempo, se torna o horror da família, dando
muito trabalho para o casal: com brigas, drogas, roubos,
prostituição, etc, e pode ser também as feridas do próprio casal,
que sofrerá muito com as atitudes ingratas de um filho rebelde e
atrevido.
Em muitas famílias, existem meninos que são tratados com mimo, até
parecem mocinhas, não fazem nenhum tipo de trabalho, não estudam,
não rezam, etc., ficam encostados, até parecem uma vaquinha de
presépio. E a menina que é mimada, parece manteiga derretida, com o
passar do tempo, essas crianças, serão o terror da família, como
está em Eclo 30, 9: “Mima teu filho e ele te
aterrorizará”. A casa do casal não será mais aquele lugar de
paz e de diálogo, e sim, de terror e de medo; aquele ‘anjinho’, que
dormia no colo da ‘mamãezinha’ e do ‘papaizinho’, agora é um terror
na família: Chega tarde da rua, com a cara cheia de pinga e de
drogas, vive corrido da polícia, etc.; e o casal chora amargamente,
porque tem que conviver com esse monstrinho fabricado por ele.
Católico, é preciso acordar enquanto é tempo, a Bíblia diz em Eclo
30, 8: “Um cavalo não domado torna-se
intratável, um filho entregue a si mesmo torna-se atrevido”.
O casal que não educa o filho, tem dentro de casa um menino
petulante, arrogante e atrevido.
É preciso levar a educação do filho a sério, não pode fazer corpo
mole, nem agir com omissão, e muito menos dar-lhe a liberdade. O
casal precisa agir com prudência em relação à amizade com o filho;
ser amigo dele, mas uma amizade que vai ajudá-lo a crescer na
responsabilidade e se amadurecer para a vida; mas, jamais relaxar na
formação e nunca levá-la com brincadeira e mimo:
“… brinca com ele e ele te entristecerá”
(Eclo 30, 9).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
54 |
VERDADEIRA EDUCAÇÃO
26 de fevereiro de 2006,
terça-feira
Eclo 30, 12:
“Educa teu filho e
forma-o bem…”.
Prezado católico, o casal precisa educar o filho para o bem, visando
principalmente a formação espiritual. O pai deve ser o professor e o
coração da mãe deve a sala de aula: “Porque
deram vida aos filhos, contraem os pais o dever gravíssimo de educar
a prole. Por isso, hão de considerar-se como seus primeiros e
principais educadores. Essa tarefa educacional se revela de tanta
importância, que onde quer que falhe dificilmente poderá ser
suprida” (Declaração “Gavissimum Educationis”, n.º 3).
Está claro que o casal tem o dever grave de formar e educar os
filhos, não é algo leve ou insignificante. E os primeiros e
principais educadores, não são os vizinhos ou parentes, e sim, os
pais. E se o casal falhar na educação, dificilmente conseguirá
consertar essa falha.
Hoje, infelizmente, muitos homens casados empurram a formação
somente para as esposas, dizendo que isso é coisa para mulher; esses
homens são irresponsáveis e estão agindo erroneamente.
O casal deve trabalhar junto na educação do filho; o homem deve
apoiar e ajudar a esposa, e ela deve fazer o mesmo.
A família é a imagem da Santíssima Trindade; Brieux escreve:
“O pai, a mãe e o filho, vede que trindade
sagrada! Aceitamos tudo, menos a sua desunião”.
A mãe representa o amor; o pai, a autoridade; e os dois participam
dessa clarividência que é “… a companheira
da força e do amor, e que eternamente os iluminas”
(Dupanloup).
Está claro que não pode existir divisão do casal em relação à
educação do filho.
É ridículo quando o pai dá uma ordem ou uma punição para o filho, e
a mãe não concorda. Essa família com certeza está se desmoronando,
mas desses escombros sairá um monstro que é o próprio filho.
O casal que educa o filho terá um futuro feliz, e o filho educado
será o orgulho da família: “Aquele que educa
seu filho terá nele motivo de satisfação e entre os conhecidos
gloriar-se-á dele” (Eclo 30, 2), e:
“O pai morre, é como se não morresse porque deixa depois de si
alguém semelhante a ele” (Eclo 30, 3), e:
“Corrige o teu filho, e ele te dará
descanso, trará delícias para ti” (Pr 29, 17).
Está claro que o casal deve fazer o filho abaixar a cabeça, isto é,
deve educá-lo para a vida, como está em Eclo 30, 12:
“Obriga-o a curvar a espinha na sua
juventude, bate-lhe nos flancos enquanto é menino”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
55 |
PAIS: BRILHEM COM O EXEMPLO
27 de fevereiro de 2002,
quarta-feira
Ef 6, 4:
“E vós, pais, não deis a
vossos filhos motivo de revolta contra vós…”.
Prezado católico, são vários os motivos que fazem um filho se
revoltar contra os pais; falarei apenas dois:
1.
Não convencê-los com o exemplo
Muitos pais dão ordem o tempo todo para o filho, sobrecarregam-no de
muitas obrigações e deveres, mas não fazem nada; como por exemplo:
a. Mandam o filho ir à igreja, mas eles próprios vão ao boteco ou
ficam em casa olhando televisão.
b. Proíbem o filho de sair de casa, mas o ficam o tempo todo na rua
ou nas casas dos vizinhos.
c. A mãe proíbe a filha de usar roupa escandalosa, mas ela anda
pelada.
d. O pai proíbe o filho de beber de fumar, mas o mesmo não sai dos
botecos e fuma o tempo todo.
e. O casal proíbe o filho de freqüentar bailes e carnaval, mas não
perde um.
O filho acaba se revoltando diante de tamanha contradição, porque
não vê o casal colocar em prática aquilo que exige; quer dizer, é um
casal hipócrita. Santo Antônio de Pádua diz:
“É viva a palavra quando são as obras que falam, cessem, peço, os
discursos, falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios
de obras e por isto amaldiçoados pelo Senhor, porque ele amaldiçoou
a figueira em que não encontrava frutos, apenas folhas”, e
Santo Inácio de Antioquia escreve:
“Melhor é
calar-se e ser do que falar e não ser. Coisa boa é ensinar, se quem
diz o faz”.
Existe casal que é ótimo conselheiro, dá conselho o tempo todo para
o filho, mas não vive nada.
2. Gritaria e falta de respeito
A educação cristã há de basear-se, pois, na caridade, no carinho e
no respeito delicado dos pais pela liberdade dos filhos; é
importante lembrar que essa caridade, carinho e respeito, não tem
nada a ver com mimo com relaxamento.
O Bem-aventurado Josemaría Escrivá diz: “Os
pais são os principais educadores dos seus filhos, tanto no aspecto
humano como no sobrenatural, e hão de sentir a responsabilidade
dessa missão, que exige deles compreensão, prudência, saber ensinar
e sobretudo saber amar; e que se preocupem por dar bom exemplo. A
imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a
educação. O ideal dos pais concretiza-se antes em tornarem-se amigos
dos filhos: amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se
consulta nos problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável”
(Cristo que passa, n.º 27).
O casal que grita com o filho e que o educa com violência, ao invés
de ajudá-lo, o ofende e deixa-o revoltado.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
56 |
A VIÚVA DE NAIM
28 de fevereiro de 2002,
quinta-feira
Lc 7, 11-17:
“Ele foi em seguida a
uma cidade chamada Naim. Seus discípulos e numerosa multidão
caminhavam com ele. Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu
que levavam a enterrar um morto, filho único de mãe viúva; e grande
multidão da cidade estava com ela. O Senhor, ao vê-la, ficou
comovido e disse-lhe ‘Não chores! ’ Depois, aproximando-se, tocou o
esquife, e os que o carregavam pararam. Disse ele, então: ‘Jovem, eu
te ordeno, levanta-te! ’ E o morto sentou-se e começou a falar. E
Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e
glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta surgiu entre nós e
Deus visitou o seu povo’. E essa notícia difundiu-se pela Judéia e
por toda a redondeza”.
Prezado católico, podemos tirar várias mensagens para a nossa vida
desse trecho do Evangelho de Lc 7, 11-17. A Bíblia é:
“… lâmpada para os meus pés e luz para o meu
caminho” (Sl 118, 105).
Meditemos versículo por versículo; é saboroso conhecer a Palavra de
Deus: “Quando se apresentavam palavras tuas,
eu as devorava: tuas palavras eram para mim contentamento e alegria
de meu coração” (Jr 15, 16).
Lc 7, 11:
“Ele foi em seguida a
uma cidade chamada Naim. Seus discípulos e numerosa multidão
caminhavam com ele”.
Caríssimo católico, em Lc 7, 11 mostra Nosso Senhor Jesus Cristo no
trabalho apostolar, fala do incansável missionário entrando em mais
uma cidade, a cidade de Naim. Jesus não pára, Ele é o missionário de
fogo, que veio para salvar os homens e iluminar os que estavam nas
trevas: “Eu sou a luz do mundo. Quem me
segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”
(Jo 8,
12).
Em Mt 9, 35 diz: “Jesus percorria todas as
cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o
Evangelho do Reino, enquanto curava toda sorte de doenças e
enfermidades”.
Cristo nos ensina a trabalharmos para conquistar almas para o céu. O
católico, batizado e crismado, tem o dever de imitar o exemplo de
Nosso Senhor, e reservar um tempo para evangelizar, para levar
Cristo às pessoas que vivem nas trevas do pecado, isto é, escravas
do demônio.
A Igreja Católica pede que cada católico seja um missionário; na
Carta Encíclica de João Paulo II, Redemptoris Missio, n.º 03 diz:
“Nenhum crente, nenhuma instituição da
Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos
os povos”, e o mesmo, na visita ad limina Apostolorum
1995-1996, escreveu aos bispos do Brasil:
“Deveis ser uma Igreja que procure as pessoas, que as convide não
somente no chamado geral dos meios de comunicação, mas no convite
pessoal, de casa em casa, de rua em rua, num trabalho permanente,
respeitoso mas presente em todos os lugares e ambientes”.
Uma multidão acompanhava a Nosso Senhor, para ouvir de sua boca,
palavras de conforto e de ânimo.
Cristo Jesus é luz que ilumina com palavras e exemplo, por isso,
atraía multidões, como está em Mc 7, 37:
“Ele tem feito tudo bem; faz tanto os surdos ouvirem como os mudos
falarem”, em Mc 3, 7-8 diz: “Jesus
retirou-se com os seus discípulos a caminho do mar, e uma grande
multidão vinda da Galiléia o seguiu. E da Judéia, de Jerusalém, da
Iduméia, da Transjordânia, dos arredores de Tiro e de Sidônia, uma
grande multidão, ao saber de tudo o que fazia, foi até ele”,
e em Mc 12, 37 diz: “E a numerosa multidão o
escutava com prazer!”.
O leigo deve ser exemplo, mas o padre ainda mais; somente assim ele
estará cumprindo a sua missão, como está no Diretório para o
ministério e a vida do presbítero, n.º 39:
“O cuidado da vida espiritual deve ser considerado pelo sacerdote
como um dever que infunde alegria e ainda com um direito dos fiéis
que procuram nele, consciente ou inconscientemente, o homem de Deus,
o conselheiro, o mediador de paz, o amigo fiel e prudente, o guia
seguro em que as pessoas confiam nos momentos duros da vida para
encontrar conforto e segurança”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
57 |
VIÚVA DE NAIM
(continuação I)
04 de março de 2002,
segunda-feira
Lc 7, 12-13:
“Ao se aproximar da
porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho
único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. O
Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe ‘Não chores!".
Prezado católico, Jesus com o seu Coração cheio de Amor e de
atenção, não ficou indiferente diante daquele acontecimento, isto é,
do enterro do filho único de uma pobre viúva. Ele que veio para
consolar os aflitos e dar força aos desesperados, parou e ficou
comovido diante da dor da viúva.
Nosso Amado Senhor nos ensina a dar mais atenção para as pessoas que
sofrem, e que precisam da nossa ajuda.
Nosso Senhor não age com indiferença, vê a angústia daquelas pessoas
com quem e cruza; não espera que venham pedir-Lhe ajuda, Ele mesmo
vai ao encontro delas.
É triste ver pessoas que se dizem católicas, que confessam e
comungam, mas que estão com o coração mergulhado no egoísmo, não se
preocupam com a dor do próximo, pelo contrário, fazem tudo para
prejudicar aquele que sofre.
Jesus Cristo nos ensina a aproximarmos das pessoas para ajudá-las, e
não ficarmos esperando que a pessoa venha nos pedir ajuda.
Nosso Senhor toma a iniciativa e aproxima da viúva que perdeu o seu
único filho. Ele diz à viúva: “Não chores!”
(Lc 7, 13). Quando pediu à viúva que não chorasse, foi o mesmo que
dizer: “… não te quero ver desfeita em
lágrimas, pois Eu vim trazer à terra a alegria e a paz”
(Bem-aventurado Josemaría Escrivá).
Quando você estiver precisando de uma ajuda, nas horas de grandes
dificuldades, não fique desesperado e não pense em cometer loucuras,
aproxime de Jesus e Ele que é Deus, enxugará as suas lágrimas e o
conforto.
O Coração de Jesus palpita de amor por você, e Ele quer somente o
teu bem, como está em Mt 11, 28-30:
“Vinde a
mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos
darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque
sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas
almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Você que está triste e choroso, porque perdeu um ente querido,
aproxime de Nosso Senhor, e assim como Ele consolou a viúva de Naim,
te consolará também.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
58 |
VIÚVA DE NAIM
(continuação II)
05 de março de 2002,
terça-feira
Lc 7, 12-13:
“Ao se aproximar da
porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho
único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. O
Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe ‘Não chores!".
Esse trecho mostra uma grande multidão acompanhando a viúva, mas na
verdade, ninguém fez nada por ela; simplesmente a acompanhava como
espectadores mudos. A Bíblia não fala se alguém foi consolá-la ou
confortá-la; mas somente Cristo Jesus aproximou da mesma para
confortá-la.
Isso mostra o quanto o povo é frio e indiferente. Quando você
precisa de um apoio, acaba ficando sozinho, e todos te olham de
longe; possuir um amigo verdadeiro é a coisa mais difícil:
“Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o
descobriu, descobriu um tesouro” (Eclo 6, 14).
Feliz da viúva que encontrou a Luz eterna, que encontrou a alegria
verdadeira, o Deus poderoso. Ele transformou o seu pranto em
alegria, o seu luto em festa e a sua dor em felicidade.
Prezado católico, Cristo é o Amigo Fiel, quem aproxima d’Ele não se
arrependerá.
O Cônego Duarte Leopoldo diz:
“Em sentido
místico esta viúva é a Igreja, o filho é o pecador. Jesus o
ressuscita para a vida da graça e o restitui de novo à sua Igreja.
Mãe carinhosa, a Igreja se alegra muito mais ainda com a
ressurreição de um filho pelo sacramento da Penitência, do que com o
seu nascimento pelas águas do Batismo”.
É verdade, católico, a Igreja chora a morte de seu filho que está em
pecado mortal; mas quando o mesmo se aproxima do confessionário, sai
do “tumulo”, isto é, ressuscita.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
59 |
VIÚVA DE NAIM
(continuação III)
06 de março de 2002,
quarta-feira
Lc 7, 14:
“Depois, aproximando-se, tocou
o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse ele, então: ‘Jovem,
eu te ordeno, levanta-te!”.
Prezado católico, Jesus Cristo faz tudo bem feito e completo, Ele
não faz nada pela metade, como está em Mc 7, 37:
“Ele tem feito tudo bem…” Ele
consolou a viúva dizendo: “Não chores!”
(Lc 7, 13), mas não ficou só nisso; Ele fez algo bem maior e mais
esplendoroso. O Senhor da vida, aproximou do caixão onde estava o
corpo do jovem, e o ressuscitou dizendo:
“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina a fazer a caridade completa e
com o máximo de amor. Quem faz um favor ou uma caridade resmungando
e de má vontade, certamente não agrada a Deus e não cresce
espiritualmente.
Os que carregavam o caixão com o morto pararam; está claro que a
presença de Cristo impõe respeito e confiança. Eles não estavam ali
diante de uma criatura, e sim, diante do Deus Todo-poderoso e Senhor
da vida.
Cristo Jesus disse para o morto:
“Jovem, eu
ordeno, levanta-te!”.
Quando uma pessoa está em pecado mortal, está morta espiritualmente;
e quando se aproxima do confessionário, com o coração arrependido e
faz uma boa confissão, na hora da absolvição, Cristo Jesus fala com
amor e com carinho: “… eu te ordeno,
levanta-te!” Antes estava morta pelo pecado, agora na graça
santificante, está viva.
Quando você está triste, com o coração amargurado, Cristo que é
alegria eterna, aproxima-se de você e diz:
“… eu ordeno, levanta-te!” Cristo manda você levantar a
cabeça e conservar o rosto sereno e alegre, porque agora, Ele
caminha contigo.
Quando você está
passando por crise financeira ou na família; está pensando em
separação ou em suicídio; Cristo que é Luz Eterna aproxima de você e
diz: “… eu te ordeno, levanta-te!”
Ele ordena que abandones esses pensamentos e desejos, e que volte
para Ele. Você que está morto para o trabalho apostolar, que vive
acomodado, levando uma vida de preguiçoso, Cristo Jesus te convida a
sair do comodismo dizendo:
“… eu te ordeno,
levanta-te!”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
60 |
VIÚVA DE NAIM
(continuação IV)
08 de março de 2002,
sexta-feira
Lc 7, 15:
“E o morto sentou-se e
começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe”.
Prezado católico, esse trecho da Palavra de Deus, mostra que a
amizade com Jesus Cristo é diferente, ela muda a vida das pessoas.
Feliz daquele que encontrou Cristo Jesus na sua vida e que entrou na
sua amizade.
Existe uma grande diferença da amizade do homem com a amizade de
Cristo Jesus. Uma grande multidão acompanhava o enterro, e o morto
continuava, ali no caixão; mas quando Cristo se aproximou, houve uma
mudança total, porque Ele é Vida e Luz, Ele ilumina aquele que vive
nas trevas e dá vida para a quem está morto.
Caríssimos católicos, tiremos duas mensagens de Lc 7, 15 para o
nosso crescimento espiritual:
“E o morto
sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe”.
Primeira mensagem: às vezes acontece que você, a exemplo do
filho da viúva de Naim, está morto, não fisicamente, mas
espiritualmente; isto é, você é “carregado” pelas pessoas que estão
à sua volta. Você vive com essas pessoas anos e anos e nunca
ressuscita espiritualmente, vive sempre no pecado e longe da graça,
está sempre mergulhado nas trevas. Mas quando Cristo aproxima, tudo
muda, é claro, se você abrir o coração para Ele e aceitar a Sua
ajuda, como está em Ap 3, 20:
“Eis que estou
à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”.
Cristo aproximou do morto, tocou o caixa e disse:
“Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” (Lc
7, 14). E a Bíblia diz que o jovem que estava morto sentou-se e
começou a falar.
Caríssimo católico, não permanece morta espiritualmente, aquela
pessoa que aceita Cristo na sua vida. Ele é Amigo fiel que a
ajudará. Somente Jesus Cristo é capaz de ressuscitá-la, de dar-lhe
vida. Sábio é aquele que aceita Jesus como Senhor da sua vida, como
escreve Tomás de Kempis:
“Quando Jesus está
presente, tudo é bom e nada parece dificultoso… Estar com Jesus é
doce Paraíso… Quem acha a Jesus acha um tesouro precioso, ou antes,
um bem acima de todo o bem”.
Segunda mensagem: Em Lc 7, 15 diz:
“E
o morto sentou-se e começou a falar…”.
Prezado católico, assim que o morto ressuscitou, ele começou a
falar. O mesmo deve acontecer com aquela pessoa que estava morta
espiritualmente, que vivia nas trevas do pecado; assim que a mesma
encontrar Cristo Jesus, deve precisa levantar do seu comodismo e da
sua preguiça, e começar a falar. Falar de quem? Falar de Deus e da
sua Santa Palavra, mostrar para todos que somente em Deus
encontraremos a verdadeira paz e a mais pura alegria.
Falar para as pessoas das maravilhas que Deus faz na nossa vida
todos os dias, das graças que recebemos continuamente.
Cristo Jesus toca no nosso coração através da Comunhão, toca na
nossa alma através da graça e da confissão bem feita, etc; e
infelizmente, muitos católicos permanecem com a boca fechada, mortos
e acomodados.
Se cada católico falasse de Deus e da Sua Santa Palavra, a nossa
Santa Igreja seria bem mais fervorosa, e com certeza, os seus
membros edificariam o povo que vive afastado.
A maneira de muitos católicos se comportarem, é de um prejuízo
incalculável para a nossa Igreja.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
Subir
|