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            PREPARE O VOSSO CORAÇÃO 
            
            
             
            
            11 de 
            dezembro de 2001, terça-feira 
            
              
            
            
            Mc 1,3: “… preparai o caminho do Senhor, 
            tornai retas suas veredas”. 
            
              
            
            Prezado católico, estamos 
            aproximando do Santo Natal, dia em que celebramos o nascimento do 
            Menino Jesus, isto é, do Nosso Deus e Salvador, como está em Lc 2, 
            6-7: “Enquanto lá estavam, completaram-se os 
            dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogênito, 
            envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia 
            um lugar para eles na sala”.  
            
              
            
            Hoje, infelizmente, o povo católico, 
            nem todos, mas grande maioria, se prepara para o Santo Natal, como 
            se o mesmo fosse uma festa pagã e totalmente voltada 
            para o materialismo. 
            
            Encontramos pessoas preocupadas, 
            correndo de um lado para outro, fazendo compras para toda a família, 
            queimando o décimo terceiro com bugigangas, torrando com ninharias o 
            dinheiro conseguido com tanto sacrifício. Presente para todos: para 
            a esposa, esposo, filhos, amigos, para a vovó, para o vovô, etc. E o 
            pior de tudo, é que o aniversariante do dia, que é o Menino Jesus, 
            não recebe nenhum presente; para esses católicos,, amantes da vida 
            material cabe muito bem essas palavras de Jo 1, 10:
            “Ele estava no mundo e o mundo foi feito por 
            meio dele, mas o mundo não o reconheceu”, e no mesmo 
            evangelho 1,11 diz: “Veio para o que era seu 
            e os seus não receberam”. 
            
            Encontramos também, pessoas 
            preocupadíssimas em comprar caixas de cerveja e de vinho, em encher 
            a geladeira e o freezer de carnes de vaca, de porco e de frango, até 
            parece que o seu Deus é o bucho, como está em Fl 3,19:
            “Seu fim é a destruição, seu Deus é o 
            ventre, sua gloria está no que é vergonhoso, e seus pensamentos no 
            que está sobre a terra”. É realmente algo assustador e digno 
            de nojo. 
            
            Contemplamos também donas de casa 
            preocupadas com a limpeza da prataria e das panelas, tudo deve estar 
            cem por cento limpo; também a casa deve passar por uma faxina geral, 
            inclusive por uma pintura; as teias de aranha que estavam no teto há 
            mais de dez meses, e a poeiras nas mobílias são tiradas com máximo 
            de zelo. Tudo deve estar impecável, muito limpo. Se você perguntar o 
            porquê daquela limpeza, a resposta é clara: É porque estou esperando 
            a “comadre Chica”, que vem do Ceará, ou então a “Tia 
            Querosina” que vai chegar do Piauí, ou é “mainha” que vem 
            da Bahia, etc., ninguém fala em Menino Jesus, que é para esperá-lO. 
            Tudo é exterioridade, mas por detrás está o pecado. 
            
            Prezado católico! Não é errado 
            limpar a casa ou preparar uma ceia moderada, isto é, sem bebedeira e 
            farra. Mas primeiro, deve preparar o seu coração. Jesus pretende 
            nascer nele, na manjedoura do seu coração, por isso, é preciso 
            prepará-lo bem; a preparação espiritual deve ser a principal. 
            
            O caminho pelo qual o Senhor deve 
            vir ao nosso coração no próximo Natal, talvez esteja agora impedido 
            pelas colinas do pecado, pelos males que simbolizam a ausência das 
            boas almas, pelas sendas tortuosas que, em vez de visarem direito ao 
            fim, pendem-se nos prazeres e nas lisonjas do mundo, como está em Is 
            40,3-4: “Uma voz clama: ‘no deserto, abri um 
            caminho para Deus, na estepe, aplanai uma vereda para o nosso Deus. 
            Seja entulhado todo vale, todo monte e toda colina sejam nivelados; 
            transformam-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em 
            largos vales”. 
            
            É realmente necessário preparar o 
            nosso coração para o Santo Natal. 
            
            A primeira atitude deve ser a 
            seguinte: derrubar as colinas do pecado com uma sincera confissão. 
            Caríssimo católico, é para ilusão festejar a vinda do salvador 
            enquanto o coração está ocupada pelo demônio. É um engano esperar a 
            luz do mundo, com o coração mergulhado nas trevas. Infeliz da alma 
            que não possui Jesus Cristo, a mesma não receberá a alegria que vem 
            do alto.  
            
            Prezado católico, veja o que São 
            Marcário escreve sobre a alma que não possui Deus, isto é, que vive 
            no pecado mortal: “Se uma casa não for 
            habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra e 
            desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a 
            presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as 
            trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa 
            ignomínia… Ai da alma, se nela não passeia Deus e com sua voz 
            afugenta as feras espirituais da maldade. Ai da alma, se seu Senhor, 
            o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro 
            das paixões, virará moradia dos vícios”. 
            
            A Segunda atitude é praticar boas 
            obras. Não basta a confissão, se depois, com as boas obras, não se 
            continua a caminhar pelo caminho empreendido. Não adianta confessar 
            e depois cruzar os braços, é preciso trabalhar com perseverança e 
            com fervor. As boas obras que melhor nos preparam para o Santo Natal 
            são a oração e a esmola: a oração, porque sem ela, somos uma cidade 
            sem defesa; e esmola, porque no céu ela é preferida a qualquer 
            penitência corporal, como está em Is 58,6-8: 
            “Não sabes qual é o jejum que eu prefiro? Diz o Senhor: reparte o 
            teu pão com o faminto. Abriga os pobres sem asilo, veste quem se 
            acha nu. Não te subtraias às necessidades de teu irmão, então a tua 
            luz despontará como a aurora…”. 
            
            A terceira atitude, é vivermos um 
            pouco retirados, amando o deserto, isto é, o silêncio, a exemplo de 
            São João Batista. Devemos nos afastar dos divertimentos perigosos, 
            fugir das reuniões numerosas, afastar das companhias corruptoras, 
            etc., somente assim, poderemos viver cristamente, entre a nossa casa 
            e a igreja. Sem esta vontade de isolamento, os antigos maus hábitos 
            retornarão facilmente. 
            
            Prezado católico! Santo Antão disse 
            ao governador do Egito, que queria que ele ficasse com ele durante 
            um tempo: “Dá-se com o monge
            o que se dá com o peixe: um morre se deixa a 
            água, o outro morre se deixa a sua solidão”. 
            
            Ao 
            cristão também sucede o que sucede ao peixe: um morre se deixa a 
            água, o outro morre para a graça se deixa à solidão da sua casa e da 
            sua igreja, e se expõe aos perigos e às seduções do mundo. 
            
              
            
            Pe. 
            Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            MÁS COMPANHIAS 
            
              
            
            12 de dezembro de 2001, quarta-feira 
            
              
            
            
            1 Cor 15,33: “Não vos deixeis iludir: ‘As 
            más companhias corrompem os bons costumes”. 
            
              
            
            Prezado católico, é preciso tomar 
            muito cuidado com as más companhias, porque, como está na Palavra de 
            Deus, em 1 Cor 15,33: “As más companhias 
            corrompem os bons costumes”. A Bíblia nos ensina que a 
            convivência com os maus não é aconselhável, a pessoa acaba se 
            pervertendo, como está no Sl 17,27: “Vivendo 
            com santos, santo será, no meio dos maus perverter-te-ás”. 
            
            Caríssimo católico, é preciso fugir 
            das más companhias como se fossem cobras; porque são pessoas 
            perigosas que carregam o demônio no coração, como escreve o Pe. 
            Orlando Gambi: “Os falsos amigos não 
            envenenam os pratos, mas as palavras”. 
            
            Os pais têm o dever de proibir os 
            filhos de andarem com pessoas perigosas, com más companhias, com 
            esses rapazes ou moças que não possuem Deus. Os pais devem 
            aconselhar os filhos a exemplo de Tobias, que dizia ao seu filho 
            Tobit, como está em Tobias 4, 5-12: “Meu 
            filho, lembra-te do Senhor todos os dias e não queiras pecar e nem 
            transgredir seus mandamentos...guarda-te, meu filho, de toda 
            impureza”. Realmente caros pais, é preciso chamar a atenção 
            dos seus filhos e proibir que andem com certas amizades, porque eles 
            correm risco de cair no vício, isto é, de perder a inocência e 
            também de se condenarem eternamente. Em 2 Ts 3,6 ordena que fujamos 
            das más companhias: “Associai-vos como 
            irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, e ficai longe de qualquer 
            irmão, que tem sua vida em desordem”. 
            
            Prezado Católico! Um tomate podre 
            apodrece toda a caixa, isto é, estraga todos os tomates; o mesmo 
            acontece com uma amizade perigosa, ela estraga as pessoas que dela 
            se aproximam; essa pessoa em pouco tempo acaba desgraçando a vida de 
            seus filhos, levando-os para o caminho da prostituição, das drogas, 
            da bebedeira, do roubo, etc. 
            
            Quantos pais estão chorando e 
            sofrendo por causa dos filhos que antes eram dóceis e obedientes, e 
            agora por causa das más companhias, estão mergulhados na lama do 
            pecado e do vício, como está em Eclo 13,1: 
            “Quem lida com piche, suja a sua mão”, e por incrível que 
            pareça, eles preferem seguir o mau exemplo, deixando de lado os 
            amigos santos, como escreve São Gregório Nazianzeno:
            “Mais fácil é contrair uma doença do que dela se curar. Assim acontece que 
            menos nos custa imitar o mau exemplo que outros nos dão, do que 
            deixar nos arrastar pelo seu bom exemplo”. É próprio da nossa 
            natureza corrompida, mais se deixar impressionar pelo mal do que 
            pelo bem. 
            
            Os filhos devem seguir os conselhos 
            dos pais que imploram dizendo: “Meu filho, 
            se pecadores quiserem te seduzir, não consintas! Se disserem: “Vem 
            conosco, façamos emboscadas mortais, gratuitamente, prendamos o 
            inocente;... Meus filhos, não os acompanhem em seu caminho, afasta 
            os teus pés dos seus trilhos, porque os teus pés correm para o mal, 
            apressam-se para derramar sangue” (Pr 1,10-11.15-16). 
            
            Infelizmente, não são somente os 
            jovens que caem no buraco por causa da má amizade, que deixam o 
            caminho da luz para seguirem o caminho das trevas, também as pessoas 
            casadas caem nessa armadilha. 
            
            Quantos homens casados, que hoje 
            estão na cadeia, por causa de crime, roubo, bebedeiras e outras 
            loucuras. São pessoas que antes eram responsáveis, verdadeiros pais 
            de família, cuidavam bem das esposas e dos filhos, trabalhavam com 
            empenho para sustentar a família, praticava a religião com fervor e 
            rezava sem respeito humano. Mas, depois que fizera amizade com 
            homens perigosos, isto é, homens que vivem longe de Deus e que não 
            cuidam da família, que passam boa parte do dia e da noite 
            alimentando da lama do mundo, então tudo se desabou, já não é mais 
            aquele bom pai de família, porque as más amizades o colocaram no 
            caminho da perdição, é por isso que em 1 Cor 15, 33 diz:
            “As más companhias corrompem os bons 
            costumes”, é isso mesmo, as más companhias apodrecem, 
            pervertem os bons homens. 
            
            A má companhia é como um verme que 
            vai corroendo os bons costumes, infeliz daquele que aceita esse tipo 
            de amizade. 
            
            O mesmo acontece também com as 
            mulheres casadas. Muitas mulheres, mães de família deixam se 
            seduzirem pelas falsas amizades e pelas más companhias. Antes eram 
            pessoas responsáveis, que cuidavam com zelo da casa, se vestiam com 
            pudor, etc., mas assim que iniciaram a amizade com mulheres 
            desocupadas e vaidosas, tudo foi por água abaixo, perderam o amor 
            pela família e também o temor de Deus. 
            
            Aconselhadas pelas más companhias, 
            isto é, pelas amigas do demônio, deixaram de usar roupas decentes 
            para andarem seminuas; não rezam mais o terço, porque no lugar do 
            terço assistem às novelas imorais, não vão mais à igreja. porque o 
            lugar predileto das mesmas agora é o boteco, onde vão adorar a 
            “deusa” pinga. 
            
            Elas deixaram as famílias de lado, 
            já não educam mais os filhos e nem respeitam mais os maridos. Deus 
            também foi deixado de lado, Ele não tem mais lugar em seus corações, 
            elas ouvem e obedecem somente as más companhias, quer dizer, vivem 
            cegas. 
            
            Prezado católico, é preciso tomar 
            muito cuidado com as amizades, porque essas estão cheias de 
            falsidade. Em Eclo 37, 1 diz: “Todo amigo 
            diz: eu também sou teu amigo, mas há amigo que o é só de nome”, 
            e o Pe. Orlando Gambi, diz: “Os inimigos, em 
            geral, ficam longe, mas às vezes, o pior deles esta bem perto em 
            nome da amizade”. Realmente é preciso tomar muito cuidado com 
            a amizade. Existem pessoas que são amigas só quando precisam de 
            você, quando precisam de um favor, isto é, por interesse, como está 
            em Eclo 6, 10: “Há amigo que é companheiro 
            de mesa, mas que não será fiel no dia de tua tribulação”. 
            
            Caríssimo católico, para você 
            confiar em uma pessoa, em uma amizade, é preciso antes prová-la, é 
            preciso dar um tempo, como está em Eclo 6, 7:
            “Se queres um amigo, adquire-o pela prova e 
            não te apresses em confiar nele”. 
            
              
            
            Pe, Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO RENEGUE A CRISTO JESUS 
              
            
            13 de dezembro de 2001, quinta-feira 
            
              
            
            
            Mt 10,33: “Aquele porem que me renegar 
            diante dos homens, também o renegarei diante de meu pai que estas 
            nos céus”. 
            
              
            
            Prezado católico, o respeito humano 
            é o mal da nossa sociedade. É a vergonha de manifestar externamente 
            a nossa fé. Jesus Cristo não fica feliz quando alguém age dessa 
            forma, por isso, Ele fala com rigor: 
            “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei 
            diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 33). 
            
            Caríssimo católico, somente de uma coisa você deve ter vergonha: de 
            praticar o mal. Entretanto te envergonhas, às vezes, do contrário: 
            de praticar o bem. 
            
            Você 
            não tem medo, prezado católico, de agir dessa maneira? Nós, 
            católicos, não podemos negar e rejeitar a Jesus Cristo; pelo 
            contrario, devemos professar a nossa fé abertamente e com convicção. 
            
            Jesus Cristo é o nosso Deus, como 
            está em Jo 20,28: “Respondeu-lhe Tomé: ‘Meu 
            Senhor e meu Deus!”, e também em Rm 9,5 diz:
            “Aos quais pertencem os patriarcas, e dos 
            quais descende o Cristo, segundo a carne, que é acima de tudo, Deus 
            bendito pelos séculos! Amem”. 
            
            Jesus Cristo é o nosso salvador, 
            como está em Fl 3, 20: “Mas a nossa cidade 
            está nos céus, de onde também esperamos ansiosamente como salvador o 
            Senhor Jesus Cristo”. Ele é também o nosso Rei, como está em 
            Jo 18,37: “… eu sou rei”. Porque, 
            prezado católico, você se envergonhar do nosso Deus, desse Deus 
            maravilhoso que morreu na Cruz para te salvar? Que derramou o seu 
            Sangue no Calvário para te libertar das mãos do demônio? Desse Deus 
            que ter protege, ampara e que cuida de você? Cuidado católico! Se 
            você não for amigo d’Ele agora, depois da morte Ele não será seu 
            amigo. Se você quiser que Cristo seja o seu amigo na hora da morte, 
            seja amigo d’Ele agora. Ele, o nosso Deus, fala com rigor:
            “Aquele, porém, que me renegar diante dos 
            homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus”
            (Mt 10,33). Será que você faz parte desse grupo de pessoas 
            que abraça o mundo, e que vira as costas para Jesus Cristo? Você que 
            abandonou Jesus Cristo por vergonha e respeito humano, volte para 
            Ele enquanto e tempo, volte para o teu primeiro amor, como está em 
            Ap 2,4-5: “Devo reprovar-te, contudo, por 
            teres abandonado teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde 
            caíste, converte-te e retoma a conduta de outrora”. 
            
            O respeito humano é uma covardia, 
            uma falta de caráter. É preciso pregar a verdade, mas, infelizmente, 
            por medo de ofender os ouvintes, a maioria dos sacerdotes deixa de 
            pregá-la. Caríssimos católicos, precisamos tirar do coração o 
            respeito humano; na Carta aos Gálatas 1,10 diz:
            “É porventura o favor dos homens que agora 
            eu busco, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu 
            quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo” 
            . 
            
            A Igreja Católica é atacada, a 
            Virgem Maria é criticada, a Bíblia é ridicularizada, etc., e você, 
            católico, fica calado e com medo de desmascarar os inimigos? 
            
            Enquanto milhares de pessoas usam 
            roupas imorais, você se envergonha de vestir como uma verdadeira 
            cristã? Muitos não têm vergonha de passar horas e horas nos botecos, 
            e você tem vergonha de entrar na igreja para adorar a Deus? Milhares 
            olham revistas imorais, e você sente vergonha de ler publicamente a 
            Bíblia ou a vida dos Santos? Prezado Católico, será que você é 
            realmente um seguidor de Cristo Jesus? Leia o que escreve São Paulo 
            aos Rm 1,21: “Pois, tendo conhecido a Deus, 
            não o honraram como Deus nem lhe renderam graças; pelo contrário, 
            eles se perderam em vãos arrazoados, seu coração insensato ficou nas 
            trevas”. 
            
            O respeito humano é também uma 
            escravidão. Você, caríssimo católico, que tanto fala em liberdade, 
            que tanto apego lhe tem; que se propôs viver de princípios e 
            verdades, deixa-se pouco a pouco governar pelo capricho dos outros e 
            pela dissimulação. Você que para evitar críticas e censuras dos 
            homens, sujeita-se a condenar a verdade, com o seu silêncio, e assim 
            vai aprovando as máximas do mundo, e essa escravidão pode levar-te 
            ao inferno. 
            
            O respeito humano é também uma 
            apostasia. O que deve triunfar em nós é o amor de Deus. Ora, pelo 
            respeito humano, nós o sacrificamos. Foi o pecado, em que caiu São 
            Pedro, quando enfrentado por uma mulher do povo, que indagava sobre 
            suas relações como o Mestre, como está Mt 26,74:
            “Então, ele começou a praguejar e a jurar, 
            dizendo: não conheço o homem!”. 
            
            Prezado católico, toda a vida de 
            Jesus Cristo esta cheia de unidade e de firmeza. Nunca o vemos 
            vacilar. Diz Karl Adam: “Durante todo o seu 
            ministério, nunca foi visto a calcular, hesitar, voltar atrás”. 
            
            E Ele, o Senhor forte e corajoso, 
            pede a você católico, que o siga com vontade firme em qualquer 
            situação. Prezado católico, deixar-se levar pelo respeito humano é 
            próprio de pessoas que possuem uma formação superficial, sem 
            critérios claros, sem convicções profundas, ou de caráter débil, 
            isto é, fraco. 
            
            Caríssimo católico, é melhor ouvir 
            uma zombaria por parte dos homens, por estar seguindo a lei de Deus, 
            do que, por não cumpri-la, ter de ouvir dos lábios divino as 
            terríveis palavras: “Apartai-vos de mim, 
            maldito, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus 
            anjos” (Mt 25,41). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            O CIGARRO 
              
            
            17 de dezembro de 2001, 
            segunda-feira 
            
              
            
            
            1 Cor 9,27: “Trato duramente o meu corpo e 
            reduzo-o a servidão”. 
            
              
            
            Nesse trecho da palavra de Deus, o 
            grande Apóstolo São Paulo lembra a luta ascética, o esforço que cada 
            pessoa deve fazer e travar para eliminar os vícios que a escraviza. 
            São Paulo Apóstolo fala da necessidade da mortificação do próprio 
            corpo e das más inclinações. 
            
            Caríssimo católico, o suicida sabe 
            perfeitamente que com o cano de um revólver apontado para a sua 
            cabeça, o simples apertar do gatilho provocará a sua morte imediata; 
            na mesma medida o fumante, isto é, aquele que usa do cigarro, sabe 
            que está destruindo lenta e progressivamente a sua própria vida cada 
            vez que acende um cigarro. O cigarro é a chupeta do demônio. 
            
            Sabemos que milhares e milhares de 
            fumantes continuam com o cigarro preso aos lábios, diminuindo cada 
            dia a sua vida, esperando o doloroso e talvez, longo sofrimento, que 
            antecipa a morte causada pelo câncer pulmonar. Existe uma definição 
            humorística de um inimigo do cigarro, do hábito de fumar:
            “O cigarro é um bastãozinho branco com uma 
            brasa numa ponta e um idiota na outra”. Veja que definição 
            espetacular! Ele tem toda razão; aquele que queima dinheiro e compra 
            o câncer, é realmente um idiota. 
            
            Você que é fumante, abandone o 
            cigarro enquanto é tempo, enquanto está vivo, enquanto o câncer 
            ainda não chegou até você. Na crise financeira que o Brasil está 
            passando, deixar de comprar arroz, feijão, carne, etc., para a sua 
            família, e comprar cigarro, isto é, queimar dinheiro, é uma loucura. 
            Comprar cigarro é o mesmo que jogar dinheiro fora, é comprar o 
            câncer. 
            
            Não é correto trabalhar e depois 
            queimar o dinheiro. 
            
            Prezado católico, em 1 Cor 9,27 diz:
            “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o a 
            servidão”. Devemos tratar duramente o nosso corpo com 
            mortificações, penitências e renúncias; abandonando todos os vícios, 
            principalmente o de fumar. O cigarro escraviza o fumante, é um 
            veneno, por isso, é preciso tratar duramente o corpo através da 
            renúncia. 
            
            É estranho um cristão fumar. 
            Enquanto, professa que crê em Deus, na sua Santa Palavra, etc., dá 
            lugar ao vício de fumar. O cristão convicto sabe muito bem que é 
            pecado prejudicar a saúde, pois é uma forma de suicídio lento, e 
            sabemos que é dever conservar a saúde, como está no Catecismo da 
            Igreja Católica, no nº 2288: “A vida e a 
            saúde física são bens preciosos doados por Deus. Devemos cuidar 
            delas com equilíbrio, levando em conta as necessidades, alheias e o 
            bem comum”, e o mesmo Catecismo no nº 2290, diz:
            “A virtude da temperança manda evitar toda 
            espécie de excesso, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos 
            medicamentos…”. 
            
            Infelizmente, os que se dizem 
            cristãos, não querem saber de renúncias ou preceitos que põem 
            restrições aos seus apetites. São pessoas fracas para disciplinar 
            seus hábitos, e assim, vão se suicidando lenta e conscientemente, 
            porque, cada cigarro que se coloca na boca, você tem mais ou menos 
            trinta minutos a menos em sua vida.  Fumante, você não é um dragão 
            para soltar fumaça pela boca ou pelo nariz, é sim, um seguidor de 
            cristo. Como cristãos, devemos ter em nossa mente, que os órgãos e 
            faculdades de que somos dotados, nos foram dados pelo Criador do 
            Universo, a fim de serem usados exclusivamente para os fins que nos 
            foram dados. Se depois envenenamos voluntária e conscientemente 
            nosso corpo e entorpecemos nossa mente, não cumprimos o propósito 
            com que Deus nos criou, como está em Rm 8,14:
            “Todos que são conduzidos pelo Espírito de 
            Deus, são filhos de Deus”. Sabemos que o Espírito de Deus não 
            guia nenhuma pessoa para cometer suicídio lento, como faz o fumante. 
            Fumar é suicidar-se lentamente. 
            
            Os pais que fumam, dão mau exemplo 
            aos filhos, e assim, eles não possuem força moral para proibi-los de 
            fumar. 
            
            Prezado católico, o fumo encurta a 
            vida. O indivíduo que fuma um maço de cigarro por dia, encurta sua 
            vida numa proporção de 34 minutos por cigarro, ou seja, 12:45 
            minutos, por maço. Um cigarro custa, portanto, pouco mais de meia 
            hora de vida. 
            
            Será que vale a pena beber desse 
            veneno? Destruir a sua vida usando desse bastãozinho que tem uma 
            brasa na ponta e um idiota na outra? Sabemos também que o fumo causa 
            falta de higiene. O vício de fumar é uma praga muito generalizada: 
            na loja, o balconista atende os fregueses fumando, isso é ridículo e 
            mal educado; o barbeiro fuma enquanto atende o seu cliente e não 
            pergunta se está atrapalhando; em certos restaurantes, o garçom 
            serve a comida fumando; o padeiro fuma enquanto assa o pão; fuma o 
            cozinheiro enquanto prepara a comida; fuma o professor lecionando, 
            fuma o médico atendendo o paciente, etc. E se o fumante é grosseiro, 
            isto é, sem educação, a situação se complica; ele escarra e joga no 
            chão, começa a cuspir em toda parte: no ônibus, no metrô, no trem, 
            etc., causando nojo nas pessoas. A roupa do fumante fede cigarro 
            devido aos fragmentos do tabaco que ficam nos bolsos, e também 
            devido a fumaça. A cama do fumante, especialmente o travesseiro, 
            exala o mau cheiro do cigarro, as unhas e os dedos ficam amarelados. 
            O bigode do fumante fica amarelo e exala um mau cheiro terrível. 
            Quando o fumante pega no telefone, ali fica a sua marca, marca que 
            causa vômito. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            REZAR SEMPRE 
            
              
            
            18 de dezembro de 2001, terça-feira 
            
              
            
            
            Lc 18,1: “Contou-lhes ainda uma parábola 
            para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”. 
            
              
            
            Prezado católico, Jesus Cristo nos 
            convida a rezar sempre, a rezar continuamente sem jamais 
            esmorecermos. 
            
            A oração é a elevação da alma a 
            Deus, para adorá-lO, agradecer-Lhe os benefícios e pedir as graças 
            de que necessitamos. 
            
            Caríssimo católico, é necessário 
            fazer oração freqüentemente, porque Jesus Cristo o ordena, e o nosso 
            bem, temporal e eterno, o exige. 
            
            Existem pessoas preguiçosas que não 
            gostam de rezar, que passam boa parte do dia olhando televisão ou 
            conversando coisas vazias, e não reservam nenhum minuto para Deus. 
            Essas pessoas afirmam continuamente que não é preciso rezar muito, 
            que isso é exagero; mostrarei em seguida que é necessário rezar 
            muito, porque é vontade de Deus e está na Bíblia. Além da passagem 
            de Lc 18,1: “Contou-lhes ainda uma parábola 
            para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”, 
            temos outras: em 1 Ts 5,17 diz: “Orai sem 
            cessar”, na mesma Carta 2,13 diz: 
            “Por esta razão é que sem cessar agradecemos a Deus…”, em Rm 
            1,9-10 diz: “… É testemunha de como me 
            lembro continuamente de vós em minhas orações…”, na mesma 
            Carta, 12,12 diz: “Alegrando-vos na 
            esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração”, 
            em Ef 6,18 diz: “… orai em todo tempo…”, 
            em Cl 4, 2 diz: “Perseverai na oração…”, 
            em 1 Tm 2, 8: “Quero, portanto, que os 
            homens orem em todo lugar…”, e na mesma Carta 5,5 diz:
            “Aquela que é verdadeiramente viúva, que 
            permaneceu sozinha, põe a sua confiança em Deus e persevera em 
            súplicas e orações dia e noite”, e em 2 Tm 1,3 diz:
            “Dou graças a Deus, a quem sirvo em 
            continuidade com meus antepassados, com consciência pura, quando sem 
            cessar, noite e dia, me recordo de ti em minhas orações”. 
            
            Caríssimo católico, essas passagens 
            da Bíblia derrubam por terra os argumentos dos preguiçosos que não 
            gostam de rezar, que não gostam de dialogar com Deus. 
            
            E agora, para calar ainda mais a 
            boca desses preguiçosos, para arrolhar para sempre a boca desses 
            amigos da vida vazia e cômoda, desses inimigos da oração, citarei 
            algumas passagens bíblicas onde mostram que Jesus Cristo, sendo 
            Deus, passava noites inteiras em oração: em Mt 14,23 diz:
            “Tendo-as despedido, subiu ao monte, a fim 
            de orar a sós. Ao chegar a tarde, estava ali sozinho”, em Mc 
            1, 35 diz: “De madrugada, estando ainda 
            escuro, ele se levantou e retirou-se para um lugar deserto e ali 
            orava”, e em Lc 5,16 diz: “Ele, 
            porém, permanecia retirado em lugares desertos e orava”, em 
            Lc 6,12 diz: “Naqueles dias, ele foi à 
            montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus”, 
            em Mc 6,46 diz: “E, deixando-os, ele foi à 
            montanha para orar”. 
            
            Alguém poderia perguntar: Como Jesus 
            Cristo, sendo Deus, faz oração? Em Cristo há duas vontades, uma 
            divina e outra humana (cfr. Catecismo Maior nº 91), e ainda que pela 
            Sua vontade divina era onipotente, não assim pela Sua vontade 
            humana. O que fazemos na oração de petição é manifestar a nossa 
            vontade diante de Deus, e por isso Cristo, semelhante em tudo a nós, 
            menos no pecado (Hb 4, 15), devia rezar também como homem
            (cfr. Suma 
            Teológica, III, q.21, ar.1). Ao contemplar Jesus em oração, Santo 
            Ambrósio comenta: “O senhor ora não para 
            pedir por Ele, mas para interceder em meu favor; pois ainda que o 
            Pai tenha posto todas as coisas à disposição do Filho, contudo o 
            Filho, para realizar plenamente a Sua condição de homem, julga 
            oportuno implorar ao Pai por nós, pois Ele é o nosso Advogado (…) 
            Mestre de obediência, instrui-nos como seu exemplo nos preceitos da 
            virtude”. 
            
            Prezado católico, é preciso rezar 
            muito e com o máximo de piedade, porque, como escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligório: “Sem o socorro da graça, 
            nada de bom podemos fazer”, e Jesus Cristo diz em Jo 15, 5:
            “Sem mim nada podeis fazer”. 
            Santo Agostinho nota sobre essas palavras que Jesus Cristo, não 
            disse “nada pode cumprir”, 
            mas, “nada podeis fazer”. Está claro 
            que sem a graça, nem mesmo podemos começar a fazer o bem. 
            
            Caríssimo católico, na planura de 
            Rafidim, um poderoso exército de amalecitas assentava acampamento 
            contra Israel, e um grande pavor difundira-se no povo do Senhor. 
            
            Então Moisés disse:
            “não temais”. 
            
            E, no dia da batalha, ele, velho, 
            subiu ao monte, e, tendo na mão a vara de Deus, estendia os braços 
            ao céu, orando. 
            
            Em baixo, nesse ínterim, Josué com 
            seus homens exterminava o inimigo.  
            
            Mas, apenas Moisés, cansado, não 
            podendo mais suster os braços naquela posição, os abaixava, eis que 
            os amalecidas, com berros de selvagem alegria, levavam a melhor, 
            como está em Ex 17,11: “E enquanto Moisés 
            ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia, quando porém, 
            abaixada as mãos, prevalecia Amalec”. 
            
            Foi necessário que Aarão e Hur 
            sustentassem no alto as mãos trêmulas de Moisés, e ele rezasse ate o 
            pôr do sol. Só assim saiu vencedor, como está em Ex 17,12-13:
            “Ora, as mãos de Moisés estavam pesadas, 
            tomando então uma pedra puseram-na debaixo dele e ele se sentou; 
            Aarão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado e o outro do 
            outro. Assim as suas mãos ficaram firmes até o pôr do sol. E Josué 
            pôs em fuga Amalec e seu povo ao fio da espada”. 
            
            Prezado católico, também a nossa 
            vida é um combate. Por toda parte estamos cercados de amalecitas, os 
            inimigos da nossa alma; o mundo e as suas três concupiscências, o 
            demônio com as suas seduções e as nossas paixões rebeldes. 
            
            A natureza humana é fraca, e, por 
            causa da ferida do pecado original, ficou como uma convalescente. O 
            único meio de nos salvar é subirmos o monte e rezarmos com a fé e 
            com a constância de Moisés. 
            
            O próprio Jesus no-lo inculca:
            “Vigiai e orai, para que não entreis em 
            tentação…” (Mt 26,41). E, em Lc 18,1 se lê:
            “É preciso orar sempre”. 
            
            Não é um conselho, não é uma coisa 
            útil, mas é uma ordem, uma necessidade: “É 
            necessário orar sempre” (Lc 18, 1). 
            
            Eis o porquê São Francisco de Assis 
            rezava noites inteiras, gemendo: “Meus Deus! 
            Meu Tudo!” E Santo Afonso Maria de Ligorio dizia com 
            convicção: “Quem reza se salva,  quem não 
            reza se condena”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            VIGIAI E ORAI 
            
              
            
            19 de dezembro de 2001, quarta-feira 
            
              
            
            
            
            Mt 26,41:
            
            “Vigiai e orai para que não entreis em 
            tentação…” 
            
              
            
            Prezado católico, é necessário rezar 
            muito, assim como o alimento material é necessário para o corpo, a 
            oração é necessária para a alma. São João Maria Vianney escreve:
            “A oração é para a nossa alma o que a chuva 
            é para a terra. Podeis adubar uma terra quanto quiserdes, mas, se 
            falta a chuva, tudo o que fizerdes não servirá para nada. Assim, 
            podeis fazer as boas obras que quiserdes, mas jamais sereis salvos 
            se não rezardes com freqüência e como se deve; porque a oração abre 
            os olhos de nossa alma e faz que ela sinta a grandeza de sua 
            miséria, a necessidade de recorrer a Deus; faz que tema a sua 
            fraqueza”. 
            
            Católico, São Basílio Magno, São 
            João Crisóstomo, Clemente de Alexandria e outros, como o próprio 
            Santo Agostinho, ensinam que a oração para os adultos é necessária, 
            não somente por ser um mandamento de Deus, como também por ser um 
            meio necessário para a salvação, por isso, escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligorio: “… é impossível que um 
            cristão se salve sem pedir as graças necessárias para a salvação”, 
            e Santo Tomás de Aquino escreve: “Depois do 
            batismo, a oração contínua é necessária ao homem para poder entrar 
            no céu”, e Santo Afonso Maria de Ligório também ensina:
            “Sem o auxilio de Deus, não podemos resistir 
            a tantos e tais inimigos. Ora, este auxilio divino só se consegue 
            pela oração. Logo, sem oração, não há salvação”, e o 
            catecismo da Igreja Católica, no nº 2744 diz:
            “Orar é uma necessidade vital. A prova 
            contrária não é menos convincente: se não nos deixarmos levar pelo 
            Espírito, cairemos de novo na escravidão do pecado. Como o espírito 
            santo, pode ser ‘nossa Vida’, se nosso coração esta  longe dele?” 
            e São João Crisóstomo ensina: “Nada se 
            compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, 
            fácil o que é difícil. É impossível que caia em pecado o homem que 
            reza”. 
            
            Infeliz de quem não reza, a sua alma 
            fica mais seca que um deserto; a mesma torna-se árida, e assemelha a 
            um jardim sem flores. Quem não reza vive mergulhado na infelicidade, 
            e sua alma se assemelha-a um paralítico.  
            
            Caríssimo católico, é importante 
            saber, que a oração é o único meio para se receber as graças 
            divinas, como escreve Santo Tomás de Aquino: 
            “… todas as graças que o Senhor, desde toda eternidade, determinou 
            conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração”. 
            O mesmo ensina São Gregrio Magno: “Pela 
            oração, merecem os homens receber o que Deus, desde a eternidade, 
            determinou conceder-lhes”. 
            
            Somos pobres e mendigos, que tanto 
            temos, quanto recebemos de Deus como esmola, como está no Sl 40,18:
            “Quanto a mim, sou pobre e indigente, mas o 
            Senhor cuida de mim”. E Santo Agostinho escreve:
            “O Senhor bem deseja e quer dispensar-nos as 
            suas graças. Contudo não quer dispensá-las, senão a quem lhe pedir”, 
            e o próprio Jesus Cristo ensina: “Pedi e 
            dar-se-vos-á” (Mt 7, 7), e Santa Tereza d’Avila diz:
            “Quem não pede não recebe”. 
            
            São João Crisóstomo ensina:
            “Assim como a umidade é necessária às 
            plantas para não secarem, assim nos é necessária à oração para nos 
            salvarmos”, e o mesmo Santo ainda diz:
            “Assim como a alma dá a vida ao corpo, assim 
            também a oração mantém a vida da alma”. 
            
            Prezado católico, o grande São João 
            Crisóstomo diz também: “Assim como o corpo 
            não pode viver sem a alma, assim a alma sem a oração esta morta e 
            exala mal cheiro”. Sabe por quê? Exala mal cheiro, porque 
            quem deixa de recomendar-se a Deus, logo começa a corromper-se. A 
            oração é ainda o alimento da alma, porque assim como o corpo não se 
            pode sustentar sem alimento, assim, sem a oração, não se pode 
            conservar a vida da alma. Como o corpo, pela comida, assim a alma do 
            homem é conservada pela oração. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            ORAÇÃO CONSTANTE 
            
              
            
            20 de dezembro de 2001, quinta-feira 
            
              
            
            
            1 Ts  5,17: “Orai sem cessar”. 
            
              
            
            Prezado católico, é preciso rezar 
            muito e com perseverança, como está em 1 Ts 5,17:
            “Orai sem cessar”. São Jerônimo 
            escreve: “O Apóstolo manda-nos orar sempre. 
            Para os santos, o próprio sono é a oração. Todavia, devemos ter umas 
            horas de oração bem repartidas de modo que, se estamos absorvidos 
            por algum trabalho, o mesmo horário nos admoeste a cumprir o nosso 
            dever” (Epístola 22,37). 
            
            Católico, você deve conversar mais 
            com Deus, porque, rezar é dialogar como o nosso Bom Pai. É 
            importante viver em contínua união com Ele, isto é, viver mergulhado 
            no seu amor. O Bem–aventurado Josemaría Escrivá diz:
            “A vida cristã deve ser vida de oração 
            constante, que procura estar na presença do Senhor da manhã até a 
            noite e da noite até a manhã. O cristão nunca é um homem solitário, 
            posto que vive numa conversa contínua com Deus, que está junto de 
            nós e nos céus (…). No meio das ocupações de cada jornada, no 
            momento de vencer a tendência para o egoísmo, ao sentir a alegria da 
            amizade com os outros homens, em todos esses instantes o cristão 
            deve reencontrar Deus” (Cristo que passa, nº 116). 
            
            Prezado católico, realmente é 
            preciso rezar em todo o tempo e não desfalecer, como está em Ef 6, 
            18:  “… orai em todo tempo…”. 
            
            Por que rezamos? 
            
            1º. Devemos rezar, antes de mais, 
            porque cremos em Deus. Com efeito, a oração é o reconhecimento dos 
            nossos limites e da nossa dependência: Vimos de Deus, somos de Deus 
            e retornamos a Deus. Portanto, não podemos deixar de nos 
            abandonarmos n’Ele, nosso Criador e Senhor, com plena e total 
            confiança, como está no Sl 40,18: “Quanto a 
            mim, sou pobre e indigente, mas o Senhor cuida de mim. Tu és, meu 
            auxilio e salvação; Deus meu, não demoreis!”, e no Sl 39,5 
            diz: “Feliz é este homem cuja confiança é 
            Deus”, e no Sl 37,5 diz: “Entrega teu 
            caminho a Deus, confia nele e ele agirá”. Católico, a oração 
            e, antes de mais, um ato de inteligência, um sentimento de humildade 
            e de reconhecimento, uma atitude de confiança e de abandono n’Aquele 
            que nos deu a vida por amor. A oração é um dialogo misterioso, mas 
            real, com Deus, um diálogo de confiança e de amor. 
            
            2º. Somos cristãos e por isto 
            devemos rezar como cristãos. Efetivamente, a oração para o cristão 
            adquire uma característica particular que muda totalmente a sua 
            natureza íntima e seu valor íntimo. O cristão é discípulo de Jesus; 
            é o que crê verdadeiramente que Jesus é o Verbo Encarnado; o Filho 
            de Deus, vindo entre nós a esta terra. 
            
            Como homem, a vida de Jesus foi uma 
            oração contínua, um ato contínuo de adoração e de amor ao Pai, e 
            porque a expressão máxima da oração é o sacrifício, o apogeu da 
            oração de Jesus é o sacrifício da cruz, antecipado com a Eucaristia 
            na Última Ceia e transmitido a todos os séculos com a Santa Missa. 
            
            O Papa João Paulo II escreve:
            “Por isto o cristão sabe que a sua oração é 
            Jesus; toda a sua oração parte de Jesus; é Ele quem ora em nós, 
            conosco e por nós. Todos os que crêem em Deus, oram; mas o cristão 
            ora em Jesus Cristo: Cristo é a nossa oração”. 
            
            3º. Finalmente, devemos rezar também 
            porque somos frágeis e culpáveis. É preciso reconhecer com humildade 
            que somos pobres criaturas, com idéias confusas, frágeis e débeis, 
            com necessidade contínua de força interior e de consolação. 
            
            Prezado católico, a oração dá força 
            para os grandes ideais, para manter a fé, a caridade, a pureza, a 
            generosidade; a oração dá ânimo para sair da indiferença e da culpa, 
            se por desgraça se cedeu à tentação e à debilidade; a oração dá luz 
            para ver e julgar os acontecimentos da própria vida e da própria 
            historia na perspectiva salvífica de Deus e da eternidade. Por isto, 
            não deixeis de rezar! Não passe um dia sem que tenhais rezado! A 
            oração é um dever, mas também é uma grande alegria, porque é um 
            diálogo com Deus por meio de Jesus Cristo! 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            PRESENTEIE O MENINO 
            JESUS 
              
            
            24 de dezembro 
            de 2001, segunda-feira 
             
             
            
            Sl 73, 25:  
            
            “Contigo, nada mais me agrada na terra”. 
             
             
            
            Prezado católico, estamos na véspera 
            do Santo Natal, e a nossa preocupação única deve ser: presentear o 
            Menino Jesus, buscando a santidade continuamente, não aceitar outro 
            amor fora d’Ele, porque, somente ele é capaz de preencher o vazio do 
            nosso coração. 
            
            O Menino Jesus quer que você seja 
            santo, que faça um propósito firme de buscar a santidade de vida, de 
            unir-se a Ele, ao ponto de dizer com sinceridade:
            “Contigo, nada mais me agrada na terra”
            (Sl 73, 25). 
            
            Aquele que busca a santidade, 
            trabalha continuamente para possuir Jesus Cristo, como está em Fl 3, 
            8: “Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como 
            esterco, para ganhar a Cristo”. Abandona também tudo aquilo 
            que o mundo oferece, para ficar com Jesus Cristo que é a verdadeira 
            riqueza, aquela que não acabará nunca, como escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligório: “Quem só quer Deus, é rico 
            de todos os bens”. 
            
            O católico que luta para ser santo, 
            foge do mundo, porque sabe muito bem que o mundo odeia os santos, e 
            também é inimigo dos seguidores de Jesus Cristo, como está em Tg 4, 
            4: “Adúlteros, não sabeis que a amizade com 
            o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que quiser ser 
            amigo do mundo torna-se inimigo de Deus”, e em 1 Jo 2, 15 
            diz: “Não ameis o mundo nem o que há no 
            mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai”. 
            
            O maior 
            presente que você pode oferecer para o Menino Jesus, é essa decisão 
            de santificar-se, isso é, de viver de acordo com a vontade Deus, 
            levando Deus e o Santo Evangelho a sério. 
            
            A santidade, não é um privilégio de 
            um grupo de pessoas, mas é o dever de todos, e é o próprio Deus que 
            ordena que sejamos santos, como podemos conferir nas seguintes 
            passagens: “Sede santos, porque eu, o Senhor 
            vosso Deus, sou santo” (Lv 19, 2), em Mt 5, 48 diz:
            “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso 
            Pai celeste é perfeito”, 1Ts 4, 3 também diz:
            “Porquanto, é esta a vontade de Deus: a 
            vossa santificação”, na mesma Carta 4, 7 diz:
            “Pois Deus não nos chamou para a impureza, 
            mas sim para a santidade”, e na Carta aos Hebreus 12, 14 está 
            escrito: 
            “Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá 
            o Senhor”. 
            
            O Decreto Lumen Gentium, n.º 39 diz:
            “Todos na Igreja, quer pertençam à 
            hierarquia, quer sejam por ela dirigidos, são chamados à santidade… 
            O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda perfeição, a todos e 
            a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição, pregou a 
            Santidade de vida, de que ele mesmo é o autor e consumador”. 
            
            O Santo é amigo íntimo de Jesus 
            Cristo, ele não busca a alegria passageira do mundo, porque, Deus 
            está no seu coração; Deus é alegria eterna e a verdadeira riqueza. 
            Os Santos estão no céu, porque foram pessoas resolutas, decididas, 
            se entregaram de corpo e alma a Deus, não dividiram o coração com o 
            mundo e muito menos com o pecado. 
            
            Prezado católico, muitas pessoas já 
            tomaram as suas resoluções: vão fazer faculdade, montar uma 
            confecção, jogar futebol no exterior, etc. São boas resoluções, mas 
            falta uma, sem essa não adianta estudo, nem confecção, nem esporte: 
            A decisão de ser santo! É essa decisão que o Menino Jesus espera de 
            você na véspera desse Santo Natal. 
            
            Caríssimo católico, a vida é breve; 
            não deixe para tomar essa decisão depois ou no ano que vem; o que o 
            mundo oferece é tudo vaidade e vazio, como escreve Tomás de Kempis:
            “Vaidade das vaidades e tudo vaidade; exceto 
            amar a Deus, e só a ele servir”. 
            
             Seja sábio, faça hoje o propósito de 
            ser santo, de viver só para Deus, de amá-lO sobre todas as coisas, 
            confiar n’Ele, ser o seu amigo íntimo; somente assim você será uma 
            pessoa sábia, como escreve Tomás de Kempis: 
            “A suprema sabedoria consiste em procurar o reino dos céus pelo 
            desprezo do mundo”. 
            
            Prezado católico, os santos diziam 
            com alegria:  
            
            Por que buscar a riqueza no mundo, 
            sendo que Cristo Jesus é a nossa maior riqueza? 
            
            Por que se apoiar nos homens, 
            criaturas falsas e perigosas, sendo que Cristo, o Deus sincero, nos 
            sustenta dia e noite? 
            
            Por que 
            buscar os banquetes das grandes festas pagãs, sendo que Jesus 
            Eucarístico, o pão dos Anjos, mata a nossa fome espiritual? 
            
            Por que conversar tanto com as 
            criaturas, sendo que Jesus Cristo, o melhor Amigo, está sempre 
            conosco, convidando-nos para um diálogo de amor e de santidade? 
            
            Por que buscar o barulho do mundo, 
            sendo que o Deus do silêncio reina em nossas almas? 
            
            Caríssimo católico, ser santo não é 
            um conselho, uma conveniência, é uma necessidade. Ser santo é um 
            dever, é uma lei divina, um dos muitos preceitos que Jesus Cristo 
            nos deixou no Evangelho: “Sede perfeitos 
            como o vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5, 48). 
            
            Católico, tome essa decisão, porque 
            ela realmente agrada ao Menino Jesus: ser santo, viver somente para 
            Jesus Cristo, ao ponto de dizer com sinceridade, isto é, com a boca 
            e com a vida: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” 
            (Gl 2, 20). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO HAVIA LUGAR 
             
             
            
            25 de dezembro de 2001, terça-feira 
             
             
            
            Lc 2, 7:
            “… envolveu-o com faixas e reclinou-o 
            numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala”. 
            
              
            
            Prezado católico, quando um rei ou um 
            governante de nome, isto é, importante, vai visitar uma cidade ou 
            região, o povo daquele lugar se prepara com o máximo de zelo, e 
            gasta grande soma em dinheiro para que o governante possa receber o 
            melhor. Para o mesmo é preparada a melhor comida, a melhor casa, o 
            melhor carro, etc. 
            
            Com Jesus não foi assim, com o Nosso 
            Amado Senhor e Salvador foi totalmente o contrário. 
            
            São José e a Santíssima Virgem 
            entraram em Belém; a Mãe Puríssima trazia em seu ventre o Salvador 
            do mundo, não um simples rei, mas o Rei dos reis, não um simples 
            Senhor, mas o Senhor dos senhores. O casal puríssimo entra na 
            cidade; mas quem os reconhece? Quem lhes vai ao encontro? Quem lhes 
            oferece agasalho? Ninguém!  Em Jo 1, 11: 
            “Veio para o que era seu e os seus não o receberam”. Esse 
            humilde casal era pobre, e como pobres foram desprezados, ou melhor, 
            foram tratados ainda pior do que os outros pobres. 
            
            Quando chegaram em Belém, a 
            Santíssima Virgem entendeu que se aproximava a hora de seu parto. 
            Ela avisou o seu puríssimo esposo São José, e ele, saiu de casa em 
            casa, procurando um lugar onde a Bendita Esposa pudesse dar a luz, 
            mas foi em vão, ninguém quis oferecer-lhe um abrigo, e quem sabe, 
            ele, o esposo da Santíssima Virgem, teve que sofrer algumas 
            humilhações por parte dos duros de coração. 
            
            E São José, para não passar a noite 
            no meio da rua, viu-se obrigado a levar a Virgem Maria à hospedaria 
            pública, onde já muitos pobres se tinham abrigado para a noite. Mas 
            para a surpresa do Bendito casal, ali também não foram aceitos, como 
            está em Lc 2, 7: “Não havia lugar para eles 
            na estalagem”. Havia sim, lugar para todos, menos para Jesus 
            Cristo. Realmente, prezado católico, foi um acontecimento muito 
            triste. 
            
            A estalagem de Belém é figura 
            daqueles corações ingratos e indiferentes que dão acolhida a tantas 
            criaturas miseráveis e não a Deus, daqueles corações que estão 
            abertos para o mundo e fechados para Deus. Quantos amam os parentes, 
            os amigos, até os animais, mas não amam a Jesus Cristo e nenhum caso 
            fazem de sua graça e de seu amor, essas pessoas jamais serão 
            felizes, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Tudo o que não se faz para Deus, 
            transforma-se em sofrimento”. 
            
            E você caríssimo católico, como está 
            sendo o seu Natal? Você aceitou Jesus Cristo em seu coração? Você 
            fez uma boa confissão? Você fez o propósito de pertencer somente a 
            Ele? Ou ainda está com o coração cheio dos espinhos do pecado e das 
            pedras da ingratidão. 
            
             Se Cristo não nasceu no seu coração, 
            a sua alma é uma barca sem piloto, em resumo, ela é um mar agitado, 
            como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: 
            “Sem Deus não se pode ter verdadeira paz”. 
            
            Nossa Senhora disse a uma alma 
            devota: Foi uma disposição divina que a mim e a meu Filho nos 
            faltasse agasalho da parte dos homens, a fim de que as almas 
            cativadas pelo amor de Jesus, se oferecessem a si próprias para o 
            acolherem e o convidassem amorosamente a tornar morada em seus 
            corações. 
            
            Prezado católico, o santo casal não 
            encontrou lugar nas casas de Belém e muito menos na estalagem; 
            então, a Santíssima Virgem e São José saíram da cidade a fim de 
            achar fora dela ao menos algum abrigo. Eles caminharam na escuridão, 
            errando e espreitando; afinal, encontraram ao pé dos muros de Belém 
            uma rocha escavada em forma de gruta, que servia de estábulo para os 
            animais. E foi nessa gruta que a Santíssima Virgem deu à luz ao 
            Menino Jesus. Foi nessa gruta tão fria e úmida que Jesus Cristo 
            nasceu. 
            
            Católico, que terão dito os anjos 
            vendo a divina Mãe entrar naquela gruta para dar à luz! Os filhos 
            dos príncipes nascem em quartos adornados de ouro; preparam-se-lhes 
            berços enfeitados com pedras preciosas e outras ornamentações caras, 
            e fazem-lhe cortejo os primeiros senhores do reino. 
            
            E ao Amado Menino, ao Rei do céu, 
            prepara-se uma gruta fria e sem luz para nela nascer; uns pobres 
            paninhos para cobri-lO, um pouco de palha para leito, e uma simples 
            manjedoura para O colocar. São Bernardo de Claraval diz:
            “Meu Deus, onde está a corte, onde está o 
            trono real deste Rei do céu? Porquanto não vejo senão dois animais 
            para lhe fazerem companhia, e uma manjedoura de irracionais, na qual 
            deve ser posto”. 
            
            Prezado católico, Jesus Cristo nasceu 
            como homem! Com lágrimas nos olhos, com dores no seu corpinho, com 
            frio em todos os membros, com falta de tudo! Nasceu como servo e não 
            como rei, nasceu na humilhação. 
            
            Ele nasceu pobre porque deseja que 
            nós O recebamos em nossa casa, que O vistamos, que O abriguemos do 
            frio, que Lhe preparemos um berço. 
            
            Ele nasceu à noite, quando todos 
            dormiam, quando ninguém O esperava; quando os homens, cansados uns 
            do trabalho e outros dos divertimentos, se entregavam ao sono. 
            
            Não esperou que fosse dia para 
            nascer, a fim de não ser visto e conhecido. Nasceu de noite para 
            que, despertando a humanidade com o raiar da aurora, encontrasse já 
            nascido o sol de Israel, que lhe vinha trazer a salvação. 
            
            Nasceu nas trevas, porque vinha ser a 
            luz do mundo, o Sol esplendoroso que vinha dissipar as sombras que 
            pesava sobre os homens, desde que o paraíso se fechou! 
            
            Nasce na humilhação, para que 
            aprendamos a calcar aos pés o orgulho. 
            
            Prezado católico, ainda é tempo de 
            presentear o Menino Jesus, abra o seu coração enquanto é tempo, 
            deixe-O nascer na sua vida. Ele é Luz que ilumina, é a verdade que 
            liberta, é o fogo que queima, é o caminho verdadeiro. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes PF. 
              
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            O TEMPO PASSA COMO UM RELÂMPAGO 
             
             
            
            26 de dezembro de 2001, quarta-feira 
             
             
            
            Jó 16, 22:
            “Porque passarão os anos que me foram 
            contados e empreenderei a viagem sem retorno”. 
            
              
            
            Prezado católico, o tempo é a duração 
            de nossa vida. O tempo é o preço com que se compra a eternidade 
            feliz. Sabemos que o tempo é a ruína e a salvação de muitos. Ele é 
            um bem para aquele católico que o emprega no exercício da virtude, e 
            um mal para quem o desperdiça no vício. 
            
            Caríssimo católico, o tempo é uma bênção que dá ao homem o céu, ou 
            uma maldição que o leva ao inferno. O tempo vale muito!… 
            
            Estamos aqui na terra para aproveitar 
            bem o tempo, para trabalhar pela nossa salvação, como está em Gl 6, 
            10: “Por conseguinte, enquanto temos tempo, 
            pratiquemos o bem para com todos…” 
            Assim como o avarento corre atrás do dinheiro, precisamos correr 
            atrás do tempo, porque como escreve São Bernardo de Claraval:
            “O tempo vale tanto como o céu, como o 
            Sangue de Jesus Cristo, como o mesmo Deus, porque, bem empregado, 
            põe-nos na posse d’Ele”. 
            
            Prezado católico, a vida é breve, 
            como está em 1Cor 7, 29: “O tempo se fez 
            curto”. Seja sábio e aja como verdadeiro seguidor de Jesus 
            Cristo. Aproveite o tempo para confessar, para participar da Santa 
            Missa, para rezar o Santo Rosário, para dar esmola, etc. Para 
            conquistar o céu é preciso usar bem o tempo. 
            
             O tempo de merecer termina com a 
            morte. Por isto, é preciso lutar seriamente por levar uma conduta 
            justa, porque como está em Gl 6, 7-8: “O que 
            o homem semear, isso colherá: quem semear na sua carne, da carne 
            colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a 
            vida eterna”. 
            
            Prezado católico, o tempo é precioso, 
            porque é um tesouro que só neste mundo se acha. O tempo é uma 
            preciosa mina, que, sendo bem explorada, oferece riquezas, que a 
            traça não rói, nem a ferrugem come, como está em Mt 6, 20:
            “Mas ajuntai para vós tesouros nos céus, 
            onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não 
            arrombam nem roubam”. 
            
            Como é triste ver católicos perder 
            horas e horas diante da televisão, ou então nas portas dos botecos, 
            etc. E segundo eles, não sobra tempo para rezar nem participar da 
            Santa Missa. Tenho certeza absoluta que Deus, na hora do juízo, não 
            aceitará essa desculpa esfarrapada. 
            
            Uns choram pelo tempo, porque não 
            lhes chega para as suas boas obras; outros não sabem o que fazer 
            dele, porque não lhe conhecem o valor. 
            
            E você, caríssimo católico, em que 
            empregas o teu tempo? Deus te concedeu a graça de teres chegado até 
            ao dia de hoje, com preferência a tantos milhares e milhões de 
            pessoas, talvez da tua idade, ou até mais novas, talvez fortes como 
            tu ou ainda mais robustas, com a mesma compleição que você, ou 
            talvez mais sadia. 
            
            Católico, seja sábio, aproveite bem o 
            seu tempo. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO MATE O TEMPO 
             
             
            
            31 de dezembro de 2001, segunda-feira 
             
             
            
            1 Cor 7, 29: 
            “O tempo se fez curto”. 
            
              
            
            Prezado católico, hoje é o último dia 
            de 2001, dia propício para refletirmos sobre o tempo, sobre a 
            duração da nossa vida, e principalmente sobre o que fazemos do tempo 
            que Deus nos concedeu. É preciso empregar bem o tempo, porque ele é 
            precioso, riquíssimo dom que Deus concedeu ao homem mortal. 
            
            Aquele que perde tempo com as coisas 
            passageiras do mundo, joga fora algo mais precioso do que todo o 
            ouro do mundo, porque com o ouro você compra os bens materiais, 
            enquanto que com o tempo você compra o céu, como escreve o Pe. 
            Alexandrino Monteiro: “O tempo é uma bênção 
            que dá ao homem o céu, ou uma maldição que o leva ao inferno”. 
            
            É preciso usar do tempo enquanto 
            ainda estamos nesse mundo, porque depois da morte ele não existirá 
            mais, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “O tempo é um tesouro que só se acha nesta 
            vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno”. 
            
            Aquela pessoa que joga o tempo fora, 
            e que não trabalha para salvar a sua alma irá para o inferno, e 
            segundo Santo Afonso Maria de Ligório, essa pessoa dirá no meio das 
            chamas eternas: “Oh! Se eu tivesse uma 
            hora!” É verdade, esse é o grito dos condenados. 
            
            E você? 
            Usa bem o seu tempo? Se você morresse hoje, morreria tranqüilo? 
            Quanto tempo você passa diante da televisão? Quanto tempo reserva 
            para ficar conversando com os amigos, nos botecos ou na porta de 
            casa? E para a sua alma, quanto tempo você reserva? Quanto tempo 
            reserva para a oração e para a leitura espiritual? 
            
            Cuidado, prezado católico, mude de 
            vida enquanto está vivo, use melhor o tempo que Deus lhe reservou, 
            para que na hora da morte não seja repreendido pelo Divino Juiz. 
            Santo Afonso escreve sobre as almas que se condenaram por perder 
            tempo: “Por todo o preço comprariam uma hora 
            a fim de reparar sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será dada”.
             
            
            E você, caríssimo católico, que está 
            sempre adiando a sua mudança de vida, que marca e desmarca a sua 
            confissão, etc., é precisa acordar enquanto é tempo. São Bernardo de 
            Claraval diz para essas pessoas que vivem adiando a conversão:
            “Ó infeliz, porque ousas contar com o 
            vindouro, como se Deus tivesse posto o tempo em seu poder?” E 
            o grande Santo Agostinho disse: “Como te 
            podes prometer o dia de amanhã, se não dispões de uma hora de vida?”. 
            
            Prezado católico, o tempo é uma mina 
            de ouro, é uma mina que bem explorada lhe ajuda a entrar no céu. 
            Mas, infelizmente, a maioria das pessoas desprezam esse tesouro, 
            como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: 
            “Nada há mais precioso que o tempo e não há coisa menos estimada nem 
            mais desprezada pelos mundanos”, e São Bernardo de Claraval 
            escreve: “Passam rapidamente os dias de 
            salvação, e ninguém reflete que esses dias desaparecem e jamais 
            voltam”. 
            
            O tempo passa, e depois dele vem a 
            eternidade! E o que no tempo não fizemos, havemos de chorar para 
            sempre! 
            
            Se o tempo passa e vale tanto, o que 
            precisamos fazer? É preciso empregá-lo no bem. 
            
            O tempo consta de anos, meses, 
            semanas, dias, horas, minutos e segundos. De todas estas partes do 
            tempo, somente de uma podemos dispor, que é o momento presente. 
            
            O momento presente. Só este é meu, só 
            dele posso dispor; só este devo empregar bem. 
            
            Prezado católico, se continuar 
            perdendo o tempo com as coisas do mundo, com certeza você irá para o 
            Inferno Eterno. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            VIVER PARA DEUS 
            
              
            
            01 de janeiro de 
            2002, terça-feira 
             
             
            
            Rm 14, 8:
            “Pois, se vivemos, é para o Senhor que 
            vivemos, e se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos 
            quer morramos, pertencemos ao Senhor”. 
            
              
            
            Prezado católico, estamos iniciando 
            um Ano Novo, e assim como você viveu unido a Nosso Senhor no ano que 
            passou, também deverá andar na presença d’Ele nesse ano que estamos 
            iniciando. 
            
             Não nos pertencemos nem somos donos 
            da nossa própria vida. Deus, Uno e Trino, criou-nos, e Jesus Cristo 
            livrou-nos do pecado redimindo-nos com o Seu Sangue. Por tudo isso, 
            Ele é o nosso Senhor, e nós os seus servos, entregues a Ele em corpo 
            e alma. Tal como o escravo não era dono de si mesmo, mas toda a sua 
            pessoa e atividade redundava em benefício do Seu Senhor, assim tudo 
            o que somos e temos não está destinado, em última instância, para o 
            nosso uso e proveito, mas vivemos e morremos para a glória de Deus. 
            Ele é Senhor da nossa vida e da nossa morte. Escreve São Gregório 
            Magno: “Os santos, pois, não vivem nem 
            morrem para si. Não vivem para si porque em tudo o que fazem buscam 
            lucros espirituais, pois orando, pregando e perseverando nas boas 
            obras, desejam aumentar os cidadãos da pátria celestial. Nem morrem 
            para si, porque, diante dos homens, glorificam com a sua morte a 
            Deus, junto de Quem se apressam a chegar quando morrem”
            (In 
            Ezechielem homiliae, II, 10). 
            
            Prezado católico, precisamos entrar 
            no Ano Novo unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo. 
            
            Precisamos iniciar esse ano novo COM FÉ FIRME EM JESUS CRISTO. 
            
            Nós que rezamos no ano que passou:
            “Creio em Deus… e em Jesus Cristo, um só seu 
            Filho, Nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu 
            de Maria Virgem…”. Assim devemos confessar também no Ano 
            Novo! E precisamos professar a nossa fé em Cristo com mais firmeza e 
            coragem. Cristo é o mesmo, por isso Ele deve ser amado de todo o 
            coração, como está em Hb 13, 8: “Jesus 
            Cristo ontem e hoje é o mesmo também pelos séculos”. Tudo 
            passa, mas Nosso Senhor permanece eternamente, como está em Hb 1, 
            11-12: “Eles perecerão; tu, porém, permaneces; todos, como uma roupa, 
            envelhecerão. Tu os enrolarás como um manto e como roupa serão 
            mudados. Tu, porém, permaneces o mesmo e teus anos não acabarão”. 
            Esse é o Senhor a quem devemos nos apoiar nesse ano que estamos 
            iniciando. 
            
            Sem a fé em Cristo Jesus, sem a 
            amizade com esse Senhor que nos protege, o ano novo não seria um ano 
            feliz, mas infeliz, porque viver longe de Cristo Jesus é um 
            verdadeiro tormento, e caminhar unido ao nosso Querido Amigo é a 
            maior felicidade, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Quem só quer Deus, é rico de todos os bens”, 
            e o mesmo santo também diz: “Feliz de quem 
            pode dizer de coração: Jesus, eu quero só a vós e nada mais”. 
            
            Prezado católico, na bênção divina se 
            baseia tudo, como está no Sl 126, 1: “Se o 
            Senhor não construir a casa, inútil será o trabalho dos 
            construtores; se o Senhor não guardar a cidade, inútil será a 
            vigilância da sentinela”. 
            
            Católico, com certeza o mundo inimigo 
            de Deus esbravejará contra Cristo Jesus, e lutará também contra a 
            Igreja Católica Apostólica Romana nesse Ano que está iniciando, como 
            está em Jo 15, 18-19: “Se o mundo vos odeia, 
            sabei que me odiou a mim, antes de vós. Se fôsseis do mundo, o mundo 
            vos amaria como seus. Como não sois do mundo, mas eu vos escolhi do 
            mundo, por isso o mundo vos odeia”, e Santo Inácio de Loiola 
            escreve: “Aquele que teme o mundo jamais 
            cumprirá coisa digna de Deus: porque a obra de Deus não se pode 
            fazer sem que o mundo se revolte!” Nós, amigos e seguidores 
            de Jesus Cristo, precisamos permanecer firmes na fé, e seguir o Deus 
            da Luz, e não deixar que as trevas atrapalhe a nossa caminhada. 
            Precisamos permanecer fortes e inabaláveis como rochedos diante dos 
            ataques e das perseguições, lembrando de que Cristo Jesus nos 
            protege continuamente, como está em Fl 4, 13:
            “Tudo posso naquele que me fortalece”. 
            
            Prezado católico, estamos aqui na 
            terra para conhecer, amar e servir a Deus, e depois viver com Ele 
            para sempre no céu. Ninguém deve nos impedir de conquistar a 
            verdadeira pátria, como escreve São Cipriano:
            “A nossa pátria é o céu”. 
            
            Caríssimo católico, entremos, pois, 
            no Ano Novo com fé em Cristo Jesus. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            CORAÇÃO DE JESUS, 
            CONSOLO PARA OS ANGUSTIADOS 
            
              
            
            02 de janeiro de 
            2002, quarta-feira 
            
              
            
            Mt 11, 28: 
            “Vinde a mim todos os que estais 
            cansados…” 
            
              
            
            Prezado católico, entremos no Ano 
            Novo com confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo. 
            
            Para uma 
            pessoa passar com êxito por uma região perigosa, é preciso um guia, 
            isto é, de alguém que conheça daquela região, e assim, ela chegará 
            ao local desejado. 
            
            O mesmo acontece com você. Para 
            vencer os obstáculos e dificuldades desse ano de 2002, e chegar no 
            final com sucesso, é preciso confiar em Jesus Cristo, caminhar unido 
            a Ele, ouvir e aceitar o convite do Mestre do Amor que diz:
            “Vinde a mim todos os que estais cansados…”
            (Mt 11, 28). 
            
            Católico, não tenha medo de nada, 
            porque Deus lhe protegerá, como está em Is 12, 2:
            “Ei-lo, o Deus da minha salvação: sinto-me 
            inteiramente confiante, de nada tenho medo, porque Deus é a minha 
            força e o meu canto. Ele é a minha salvação”. 
            
             Cristo Jesus te convida a aproximar 
            d’Ele, a buscar força n’Ele e não nas criaturas, porque o homem é 
            fraco e covarde, e aquele que abandona Jesus Cristo para contar com 
            os homens sofrerá decepções, porque o homem vacila continuamente, 
            como está em Jr 17, 5: “Maldito o homem que 
            se fia no homem, que faz da carne a sua força, mas afasta o seu 
            coração de Deus!”, e no mesmo livro 17, 9 diz:
            “O coração é falso como ninguém, ele é 
            incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” 
            
            . 
            
            Prezado católico, nas horas de 
            dificuldades e sofrimentos, aproxime-se de Jesus Cristo, entra no 
            Vosso Coração Santíssimo, e essa Fornalha de Amor e de Caridade te 
            ajudará a vencer as provações da vida. Você não pode tapar os 
            ouvidos diante do Mestre que te convida com insistência:
            “Vinde a mim…” (Mt 11, 28). 
            
            Para viver bem o Ano Novo, isto é, o 
            ano de 2002, é preciso caminhar com Cristo e confiar n’Ele, 
            lembrando de que somente Ele lhe dará a vitória, como está em Jo 6, 
            68: “Senhor, a quem iremos? Tens palavra de 
            vida eterna”. Aquele que deixa de andar com a Luz Eterna, que 
            é Nosso Senhor, para seguir as criaturas limitadas e vacilantes, 
            transformará a sua vida num mar de sofrimento e de angústia, como 
            escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Tudo 
            o que não se faz para Deus, transforma-se em sofrimento”. 
            
            Prezado católico, sem a confiança em 
            Deus você será sempre um derrotado, mas se contar com a Sua ajuda, 
            Ele que é poderoso te ajudará, como está em Eclo 2, 6:
            “Confia no Senhor, ele te ajudará”. 
            
            Santa Maria Madalena era uma 
            prostituta, vivia mergulhada nas trevas do pecado; mas um dia 
            encontrou a Luz Eterna, que é Jesus Cristo, e assim, abandonou as 
            trevas para seguir a Luz; a mesma confiou no poder do Salvador e 
            decidiu segui-lO. Ela abandonou os senhores do mundo, homens 
            carregados de pecado, para seguir o Senhor que é caminho, verdade e 
            vida. 
            
            Santa Maria Madalena confiou tanto em 
            Jesus Cristo, que não mais O abandonou. Quando o seu Senhor foi 
            crucificado, ela permaneceu firme ao Seu lado no Calvário, como está 
            em Jo 19, 25: “Perto da Cruz de Jesus , 
            permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de 
            Cleopas, e Maria Madalena”, e no dia da ressurreição, a mesma 
            levantou cedo para ir ao túmulo, para ficar perto do Senhor da sua 
            vida, como está em Jo 20, 1: “No primeiro 
            dia da semana, Maria Madalena vai ao sepulcro, de madrugada, quando 
            ainda estava escuro…” Ela amava tanto a Jesus Cristo , que 
            disse chorando: “Levaram o meu Senhor…”
            (Jo 20, 13). Feliz dela que confiou em Jesus Cristo, porque hoje 
            está no céu mergulhada no Amor Eterno. 
            
            E você, católico, que vive longe de 
            Deus, nem tudo está perdido. Basta abandonar a vida de pecado e 
            confiar em Nosso Senhor a exemplo de Santa Maria Madalena, e com 
            certeza Ele te ajudará, como está em Pr 3, 5:
            “Confia em Deus com todo o teu coração”, 
            e em Pr 16, 20 diz: “… quem confia em Deus é 
            feliz”. 
            
            Prezado católico, Deus só 
            recompensará aquele que n’Ele confiou, como está em Eclo 2, 8: 
            “Vós que temeis ao Senhor, tende confiança nele e a recompensa não 
            vos faltará”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO PROGREDIR É REGREDIR 
            
              
            
            03 de janeiro de 2002, quinta-feira 
             
             
            
            Ap 22, 11:  
            “… que 
            o santo continue a santificar-se”. 
             
             
            
            Prezado católico, precisamos no 
            início desse ano novo, prometer a Nosso Senhor que faremos progresso 
            nas virtudes, que abandonaremos os vícios e buscaremos com 
            perseverança as coisas do alto, isto é, somente aquilo que Lhe 
            agrada , como está em Cl 3, 1-2: “Se, pois, 
            ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo 
            está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas 
            da terra”. 
            
            Se você é uma pessoa virtuosa, já 
            vive unida a Deus, obedece os mandamentos, recebe dignamente os 
            sacramentos; não se acomode, pelo contrário, busque com fervor a 
            perfeição, como está em Ap 22, 11: “… que o 
            santo continue a santificar-se”. E você que está longe de 
            Deus, volte para Ele enquanto é tempo, abandone essa vida vazia e a 
            vaidade do mundo, e comece a partir de hoje a praticar somente 
            aquilo que é da vontade de Deus, como está em Fl 4, 8:
            “… ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, 
            nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer 
            modo mereça louvor”. 
            
            Caríssimo católico, a vida é breve, 
            não deixe para amanhã o bem que você pode fazer hoje, não fique 
            adiando a sua mudança de vida; e você que já é bom, não fique 
            acomodado e satisfeito com o que já possui de espiritual, porque 
            Deus quer que você seja perfeito, como está em Mt 5, 48:
            “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso 
            Pai celeste é perfeito”. 
            
            Católico, é um perigo ficar sem 
            progredir na vida espiritual, porque, aquele que não progride, acaba 
            se regredindo, como escreve São João da Cruz:
            “No caminho da perfeição; não ir adiante é 
            recuar; e não ir ganhando é ir perdendo”. 
            
            Nesse ano novo precisamos tornar-nos 
            melhores, mais virtuosos. Precisamos progredir no bem! Diante de nós 
            está Jesus Cristo, modelo de toda virtude, como escreve Tomás de 
            Kempis: “Tens bastante motivo para corar de 
            vergonha, se fizeres da vida de Jesus o teu espelho. Corar de seres 
            ainda tão diferente d’Ele, embora já há tanto tempo trilhes o 
            caminho para Deus”, e em Ef 5, 1 diz: 
            “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus”. 
            
            Um fazendeiro não fica feliz quando 
            um pé de laranja produz somente uma vez, e depois fica ocupando 
            lugar no espaço. Deus também não fica feliz quando uma pessoa luta e 
            faz progresso somente durante um ano, Ele, o Deus Santo e Poderoso 
            quer que você faça progresso todos os dias, e Ele ameaça aqueles que 
            vivem acomodados: “Todo ramo em mim que não 
            produz fruto ele o corta…” (Lc 15, 2). 
            
            Caríssimo católico, para progredir na 
            perfeição é preciso: 
            
            1 – Evitar o pecado mortal, porque 
            ele é a desgraça de todas a pior. Ele expulsa Deus do seu coração. 
            
            2- Lutar continuamente contra o 
            pecado venial, ele não expulsa Deus, mas atrapalha no progresso 
            espiritual, como está no Catecismo da Igreja Católica, n.º 1863:
            “O pecado venial enfraquece a caridade; 
            traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o 
            progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem 
            moral…” . 
            
            3- Confessar com freqüência. A 
            confissão é o sacramento da alegria, e ela fortalece a alma para o 
            combate contra os inimigos da mesma. 
            
            4- Receber o Corpo de Cristo com 
            freqüência. 
            
            5- Rezar o Santo Rosário. 
            
            6- Fazer leitura espiritual. 
            
            7- Examinar a consciência todos os 
            dias. 
            
            8- Buscar o silêncio. 
            
            9- Fazer meditação e outras obras de 
            piedade e de caridade. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            AO PÓ TORNARÁS 
            
              
            
            14 de janeiro de 
            2002, segunda-feira 
             
             
            
            Eclo 14, 12:
            “Lembra-te de que a morte não tarda”. 
            
              
            
            Prezado católico, o que é a morte? A 
            morte é o fim da vida, a separação da alma do corpo. A morte é um 
            adeus para sempre a tudo que nos cerca; é um separar, sem remédio, 
            de amigos, de irmãos, de pai e mãe, de bens da fortuna, de 
            dignidades, de ofícios… de tudo! Em Gn 3, 19 diz:
            “Pois tu és pó e ao pó tornarás”, e 
            Santo Afonso Maria de Ligório escreve: 
            “Considera que és pó e que em pó te hás de converter. Virá o dia em 
            que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto 
            de vermes, a todos, nobres e plebeus, príncipes ou vassalos, estará 
            reservada a mesma sorte. Logo que a alma, com o último suspiro, sair 
            do corpo, passará à eternidade, e o corpo se reduzirá a pó”. 
            
            Caríssimo católico, todos havemos de 
            morrer, como está em Hb 9, 27: “E como é um 
            fato que os homens devem morrer uma só vez”. Não adianta você 
            fugir da morte ou se esconder um uma caverna, cedo ou mais tarde ela 
            te visitará, como está em Jó 7, 7: 
            “Lembra-te que minha vida é um sopro”, e em Mt 25, 13 diz:
            “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o 
            dia nem a hora”. 
            
            Todos 
            havemos de morrer. É esta a sentença a que todos vivemos condenados 
            neste mundo. 
            
            Esta sentença, ou melhor, esta lei de 
            morte nos é intimada pela natureza da nossa vida. Este decorrer 
            acelerado dos anos, dos dias e das horas, denota que há de haver um 
            termo de passagem, como está em Jó 9, 25-26: 
            “Meus dias correm mais depressa que um atleta e se esvaem sem terem 
            provado a felicidade; deslizam como barcas de papiro, como a águia 
            que se precipita sobre a presa”, e São Jerônimo escreve:
            “Este momento em que escrevo faz-me caminhar 
            para a morte. Todos temos de morrer, e nós deslizamos como a água 
            sobre a terra, a qual não volta para trás”, e no livro de Jó 
            14, 1-2 diz também: “O homem, nascido de 
            mulher, tem a vida curta e cheia de tormentos. É como a flor que se 
            abre e logo murcha, foge como sombra sem parar”, 
            em Sb 2, 1 diz: 
            “Breve e triste é nossa vida”. 
            
            Prezado católico, o aviso de que 
            havemos de morrer nos é dado por toda a criação. Olha como tudo na 
            criação tem fim! Vê como as árvores, chegando a uma certa idade, 
            enfraquecem, perdem a folha e a seiva que as alimentava e aí ficam 
            no meio dos campos, no fundo dos vales, no viso dos montes, como 
            esqueletos sem vida, como despidos mastros do navio a quem a 
            tempestade rasgou as velas. Vê os animais, como se vão uns após 
            outros despedindo da vida! Vê como os homens se vão uns após outros; 
            hoje um, amanhã outro, vão deixando a tua companhia para se irem 
            associar aos que dormem o sono da morte, como escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligório: “Vê como corre o regato 
            para o mar; suas águas não retrocedem: assim, meu irmão, passam teus 
            dias e cada vez mais te acercas da morte”. 
            
            Prezado católico, o mesmo se passará 
            contigo! Um dia virá em que se há de desmoronar a casa do teu corpo, 
            não ficando pedra sobre pedra. Hão de fechar-se teus olhos, hão de 
            gelar-se as tuas mãos, hão de, enfim, desatar-se os teus ossos dos 
            liames da carne!… 
            
            Católico, ou queiramos ou não, 
            teremos de receber um dia a visita da morte! 
            
            Que dia esse, que angústias, quando 
            ouvirmos os seus passos, quando a virmos abeirar-se do nosso leito, 
            quando sentirmos a sua mão gelada pousar sobre a nossa fronte! 
            
            Prezado católico, que momento 
            terrível! Que hora de consternação! É o momento do desenlace fatal, 
            é a hora mais solene da vida humana! Somos, então, chegados ao 
            último capítulo dessas memórias, que todos temos de escrever no 
            decurso da nossa viagem! Vai pôr-se o selo a todas as nossas obras, 
            vai consumar-se a carreira, vai terminar o combate! Ou vitorioso ou 
            vencido, o homem vai ser citado perante o tribunal divino e receber 
            o prêmio ou castigo de seus atos! 
            
            E você? 
            Está preparado para a viagem para a eternidade? Está com a mala 
            pronta? Se a morte chegasse hoje, você morreria tranqüilo? 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório 
            escreve: “O que aconteceu a teus 
            antepassados, sucederá também a ti. Entrega-te, pois, a Deus, meu 
            caro irmão, antes que chegue a morte. Não deixes para amanhã o que 
            podes fazer hoje; porque o dia presente passa e não volta; e amanhã 
            a morte poderia apresentar-se e nada te permitiria fazer”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            ÉS PÓ 
             
             
            
            15 de janeiro de 
            2002, terça-feira 
             
             
            
            Gn 3, 19: “És 
            pó e em pó te hás de tornar”. 
            
              
            
            Prezado católico, escreve Santo 
            Afonso Maria de Ligório: “Virá o dia em que 
            será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de 
            vermes”. Esse corpo que é tratado com tanta vaidade e cuidado 
            será pasto dos vermes, como está em Is 14, 11:
            “Sob o teu corpo os vermes formam como um 
            colchão, os bichos te cobrem como um cobertor”, e no livro de 
            Jó 17, 14 diz: “Digo à cova: ‘Tu és meu 
            pai!’, ao verme: ‘tu é minha mãe e minha irmã!”. 
            
            Caríssimo católico, infeliz daquela 
            pessoa que trata o seu corpo como se fosse um “deus”, isto é, que 
            esquece da mesma para ornamentar o seu corpo. Esse tipo de gente 
            precisa meditar mais sobre a morte e lembrar de que o seu corpo será 
            devorado pelos vermes. 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório nos 
            convida a imaginar uma pessoa que acaba de morrer. Ele diz: 
            “Imagina que estás em presença de uma pessoa que acaba de expirar. 
            Contempla aquele cadáver, estendido ainda em seu leito mortuário: a 
            cabeça inclinada sobre o peito; o cabelo em desalinho e banhado 
            ainda em suores da morte, os olhos encovados, as faces descarnadas, 
            o rosto acinzentado, os lábios e a língua cor de chumbo; hirto e 
            pesado o corpo… Treme e empalidece quem o vê… Quantas pessoas, à 
            vista de um parente ou amigo morto, mudaram de vida e abandonaram o 
            mundo”. 
            
            Contarei dos exemplos sobre pessoas 
            que mudaram de vida contemplando uma pessoa morta: 
            
            São Francisco Borja: Um fato incidiu 
            profundamente na conversão radical de São Francisco Borja, embora já 
            fosse um cristão honesto e praticante. Foi a morte da imperatriz 
            Isabel, mulher de extraordinária formosura. São Francisco Borja foi 
            encarregado pelo rei de acompanhar o corpo até ao mausoléu em 
            Granada. Antes de colocar o corpo no túmulo definitivo, foi 
            novamente aberto o caixão. Aquele corpo em estado de putrefação 
            impressionou profundamente o espírito do santo, levando-o a desejar 
            uma consagração total na vida religiosa. 
            
            Santa Margarida de Cortona: A vida 
            desta santa é um dos fenômenos mais comoventes de conversão na 
            biografia cristã. Órfã de mãe desde pequena, Margarida, jovem bonita 
            e de temperamento jovial e expansivo, deixou-se, por falta de 
            educação, cortejar pelos jovens até se juntar com um homem de certa 
            fortuna, com o qual conviveu por nove anos; ao cabo dos quais chegou 
            inesperadamente a hora da graça. 
            
            Seu companheiro de vida, numa viagem, 
            foi assaltado e morto. Ao deparar-se com o cadáver em putrefação, 
            Margarida foi tomada por uma força misteriosa: constatou a vaidade 
            do mundo, a fugacidade da vida, a insegurança dos amores terrenos, e 
            decidiu-se por uma conversão radical. 
            
            Dirigiu-se então à vizinha cidade de 
            Cortona, no centro da Itália, procurou um confessor e, entre 
            lágrimas amargas, fez a confissão geral de sua vida, decidindo-se 
            por uma vida de oração e penitência.  
            
            Católico, seria muito bom se você 
            fosse em alguns velórios para contemplar os defuntos; quem sabe você 
            mudaria de vida. 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório 
            escreve: “É ainda mais horrível o aspecto do 
            cadáver quando começa a corromper-se… Nem um dia se passou após o 
            falecimento daquele jovem e já se percebe o mau cheiro. É preciso 
            abrir as janelas e queimar incenso; é mister que prontamente levem o 
            defunto à igreja ou ao cemitério, e o entreguem à terra para que não 
            infeccione toda a casa… Mesmo que aquele corpo tenha pertencido a um 
            nobre ou potentado, não servirá senão para que exale ainda fetidez 
            mais insuportável”. 
            
            Prezado católico, medite sobre a 
            morte, e assim, você desapegará das coisas da terra. 
            
            Com a morte, você deixa tudo! 
            
            O que no mundo tinha, aí fica para os 
            herdeiros. Só lhe resta um adeus final à terra onde nasceu, à 
            habitação que lhe serviu de abrigo, aos parentes e amigos que o 
            rodeiam. 
            
            Católico, é terrível o momento da 
            morte! Momento de dúvidas e de agonias, de perplexidades e 
            incertezas: - Se me salvarei… Se me condenarei!… Para que isso não 
            aconteça com você, esteja sempre preparado. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            ESTEJA COM A “MALA” PREPARADA 
             
             
            
            17 de janeiro de 
            2002, quinta-feira 
            
              
            
            Mt 25, 13:
            “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem 
            o dia nem a hora”. 
            
              
            
            Prezado 
            católico, é preciso estar sempre com a “mala” pronta para a viagem 
            para a eternidade; porque não sabemos o dia, nem a hora, nem onde e 
            nem como vamos morrer. Aquele que não vive preparado para essa 
            viagem, é realmente um estúpido. 
            
            Católico, quando vamos morrer? 
            
            Nesta terra tudo passa, e nós também 
            passaremos, ninguém ficará para semente, como está no Sl 103, 15-16:
            “O homem!… seus dias são como a relva: ele 
            floresce como a flor do campo; roça-lhe o vento e já desaparece, e 
            ninguém mais reconhece seu lugar”, e em Jó 7, 16 diz:
            “Eu pereço, não viverei para sempre; 
            deixa-me, pois os meus dias são um sopro!” 
            
            . 
            
             Uns vivem mais tempo, outros menos; 
            porém, mais cedo ou mais tarde, para cada um chegará o fim da vida:
            “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o 
            dia nem a hora” (Mt 25, 13). 
            
            Será que morreremos na primavera ou 
            no verão? Não sabemos. Desceremos à sepultura no outono ou no 
            inverno? Não sabemos! não sabemos! Diz Santo Agostinho:
            “A vida não é mais que uma morte lenta; cada 
            dia morremos; cada dia a morte leva-nos parte da nossa vida”. 
            
            Morre o velho que vê e sente a morte 
            portas adentro; morre o jovem que a tem pelas costas 
            traiçoeiramente: “Como as folhas numa árvore 
            frondosa tanto caem como brotam, assim a geração de carne e sangue: 
            esta morre, aquela nasce” (Eclo 14, 18), e:
            “A morte vos espera em toda a parte; se 
            fores prudentes, esperai vós por ela em todo o lugar” 
            (São 
            Bernardo de Claraval). 
            
            Caríssimo católico, você sabe que um 
            dia a morte baterá na porta da sua casa para te buscar, e você vive 
            como se ela não existisse. Cuidado! Se você quiser ter uma morte 
            feliz, morra antes para tudo aquilo que é mundano e que ofende a 
            Deus: “Por isso está sempre prevenido e vive 
            de tal modo, que a morte nunca te encontre despercebido”
            (Tomás de Kempis). 
            
            Prezado católico, onde vamos morrer?  
            
            Conta-se dum negociante que fez estas 
            perguntas a um marinheiro: 
            
            - Onde morreu o teu pai? 
            
            - Afogou-se no mar. 
            
            - E o teu avô? 
            
            - Também. 
            
            - E não 
            tens medo do mar?  
            
            O marinheiro, por sua vez, pergunta? 
            
            - E o teu pai, onde morreu? 
            
            - Na cama. 
            
            - E o teu avô? 
            
            - também. 
            
            - E não tens medo de te deitares 
            todas as noites na cama onde morreram o teu pai e o teu avô? 
            
            Está claro, que para cada pessoa está 
            reservado um lugar onde ela morrerá. 
            
            E você, onde morrerá? Em um quarto 
            dormindo? 
            “Morrem de repente em plena noite” (Jó 34, 20), ou na rua, 
            deitado à beira da sarjeta? Em casa, ou no hospital? Em terra firme, 
            ou no mar? No meio de uma floresta ou no fundo de uma cloaca? 
            Certamente você não saberá. 
            
            Católico, como vamos morrer? 
            
            Morreremos depois de longo e doloroso 
            sofrimento ou repentinamente? Em um desastre automobilístico, onde 
            ficaremos todos quebrados, ou em um desastre aéreo, em que os nossos 
            corpos ficarão carbonizados? Com o nosso coração transpassado por um 
            agudo punhal ou com um tiro na cabeça? Com o corpo carcomido pelo 
            câncer ou pela lepra? Fulminado por um raio ou afogado no fundo de 
            um lago? Não sabemos.  
            
            Rodeado de parentes, de amigos, num 
            ambiente estranho ou abandonado por todos? Não sabemos! Não sabemos! 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            ASSIM MORRE O PECADOR 
             
             
            
            21 de janeiro de 
            2002, segunda-feira 
             
             
            
            Ez 
            7, 25-26:  “Sobrevindo a aflição, procurarão 
            a paz e a não encontrarão; virá confusão sobre confusão”. 
            
              
            
            Prezado católico, hoje falarei sobre 
            a morte do pecador, sobre aquela pessoa que passou a sua vida aqui 
            na terra longe de Deus, O ofendendo continuamente. Esse infeliz 
            também morrerá, e naquela hora terrível ele dirá aos seus amigos:
            “Sim, extraviamo-nos do caminho da verdade; 
            a luz da justiça não brilhou para nós, para nós não nasceu o sol. 
            Cansamo-nos nas veredas da iniqüidade e perdição, percorremos 
            desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!”
            (Sb 5, 6-7). 
            
            Católico, o pecador vive em pecado 
            como se nunca fosse morrer, ele faz tudo para afastar a lembrança e 
            o pensamento da morte, mas não adianta, a morte existe e um dia ela 
            o visitará, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Os pecadores afastam a lembrança e o 
            pensamento da morte, e procuram a paz (ainda que jamais a
            encontrem), vivendo em pecado. Quando, 
            porém, se virem em face da eternidade e nas agonias da morte, já não 
            poderão escapar aos tormentos de sua má consciência, nem encontrar a 
            paz que procuram”. 
            
            Prezado católico, o pecador finge que 
            é feliz e que é portador da paz, mas tudo isso não passa de 
            falsidade: “Pois, como pode encontrá-la numa 
            alma carregada de culpas, que, como víboras, a mordem?”
            (Santo Afonso Maria de Ligório). 
            
            Realmente não existirá paz na hora da 
            morte, para aquela pessoa que passou a sua vida aqui na terra 
            servindo ao demônio, que chutou continuamente a graça de Deus e que 
            preferiu as trevas à luz da graça: “Que paz 
            poderão gozar pensando que em breve deverão comparecer ante Cristo 
            Jesus, cuja lei e amizade desprezaram até então?” 
            (Santo 
            Afonso Maria de Ligório), é justamente o que está em Ez 7, 26:
            “Confusão sobre confusão”. 
            
             A morte do pecador é terrível, esse 
            infeliz ficará mergulhado num mar de angústias e de dúvidas, ficará 
            todo confuso quando perceber que ela está próxima:
            “O anúncio já recebido da morte próxima, a 
            idéia de se separar para sempre de todas as coisas do mundo, os 
            remorsos da consciência, o tempo perdido, o tempo que falta, o rigor 
            do juízo de Deus, a eternidade infeliz que espera o pecador, todas 
            estas coisas produzirão perturbação terrível que acabrunha e 
            confunde o espírito e aumenta a desconfiança. E neste estado de 
            confusão e desespero, o doente passará à outra vida” 
            (Santo 
            Afonso Maria de Ligório). 
            
            Prezado católico, que desculpa dará a 
            Deus na hora da morte, aquele pecador que passou a sua vida aqui na 
            terra desprezando a graça de Deus, comendo do lixo do mundo e 
            vivendo abraçado com Satanás? Aquele pecador que ao invés de rezar, 
            passava horas e horas diante da televisão e nas portas dos botecos? 
            Aquelas mulheres que ao invés de usarem roupas decentes, preferiram 
            usar roupas imorais? Aquelas pessoas que ao invés de ler a Bíblia e 
            vida dos santos, liam revistas pornográficas? 
            
            Católico, cuidado para não abusar da 
            bondade e misericórdia de Deus, por que Ele é misericordioso, mas 
            Ele é justo também, como está em Eclo 5, 4-6:
            “Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’, 
            porque o Senhor é paciente. Não sejas tão seguro do perdão para 
            acumular pecado sobre pecado. Não digas: ‘Sua misericórdia é grande 
            para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e 
            cólera e sua ira pousará sobre os pecadores”. 
            
            O pecador deve acordar enquanto é 
            tempo, buscar a Deus enquanto ainda está vivo, como está em Is 55, 
            6-7: “Procurai a Deus enquanto pode ser 
            achado, invocai-o enquanto está perto. Abandone o ímpio o seu 
            caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e volte para Deus, pois 
            terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque é rico em perdão”. 
            
            Você que vive no pecado, não vale a 
            pena viver assim, a sua vida é um mar de tristeza, volte para Deus e 
            não fique adiando a sua conversão, como está em Eclo 5, 7:
            “Não demores a voltar para o Senhor e não 
            adies de um dia para o outro, porque, de repente, a cólera do Senhor 
            virá e no dia do castigo perecerás”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            OS PECADOS: OBRAS 
            PODRES DO PECADOR 
             
             
            
            22 de janeiro de 
            2002, terça-feira 
            
              
            
            Sl 139, 12: 
            “… que o mal persiga o violento até à 
            morte!” 
            
              
            
            O pecador sofrerá muito em seu leito 
            de dor, a angústia invadirá o seu coração e ele será atormentado dia 
            e noite, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Não uma só, senão muitas serão as angústias 
            que hão de afligir o pobre pecador enfermo”. O pecador em seu 
            leito de dor será atormentado pelos demônios, porque esses inimigos 
            fazem todos os esforços para perder a alma que está prestes a sair 
            desta vida, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
            “Sabem que lhes resta pouco tempo para apoderar-se dela e que, escapando-se 
            agora, jamais será sua”.  E na verdade, não será apenas um 
            demônio que rodeará o leito do pecador enfermo, mas muitos demônios.
            
            Não estará ali apenas um só, mais muitos 
            demônios hão de rodear o enfermo para o perder. 
            
            O pecador, na hora da morte, estará 
            rodeado de seus pecados, e os pecados, segundo São Bernardo de 
            Claraval, lhe dirão: “Somos a tua obra, e 
            não te deixaremos. Acompanhar-te-emos à outra vida, e contigo nos 
            apresentaremos ao eterno Juiz”, e acrescenta o mesmo Santo:
            “Quisera então o moribundo desembaraçar-se 
            de tais inimigos, mas para consegui-lo seria preciso detestá-los e 
            converter-se a Deus de todo o coração”. O espírito, porém, 
            está coberto de trevas, e o coração endurecido: 
            “O coração duro será oprimido de males no fim; e quem ama o perigo, 
            nele perecerá” (Eclo 3, 27). 
            
            São 
            Bernardo de Claraval afirma o seguinte: “Que 
            o coração, obstinado no mal durante a vida, se esforçará, no momento 
            da morte, para sair do estado de condenação; mas não chegará a 
            livrar-se dele, e, oprimido pela sua própria malícia, terminará a 
            sua vida no mesmo estado. Tendo amado o pecado, amava também o 
            perigo da condenação. É por isso justamente que o Senhor permitira 
            que ele pereça nesse perigo, no qual quis viver até à morte”. 
            Santo Agostinho escreve: “Aquele que não 
            abandona o pecado antes que o pecado abandone a ele, dificilmente 
            poderá na hora da morte detestá-lo como é devido, pois tudo o que 
            fizer nessa emergência, o fará forçado”. 
            
            O pecador é uma pessoa infeliz, 
            porque tapa os ouvidos para não ouvir a voz de Deus e fecha o 
            coração para não deixá-lO entrar, como escreve Santo Afonso Maria de 
            Ligório: “Quão infeliz é o pecador obstinado 
            que resiste à voz divina! O ingrato, ao invés de se entregar e 
            enternecer à voz de Deus, se endurece mais e mais, à semelhança da 
            bigorna sob os golpes do martelo” 
            . 
            
            Por amor às criaturas e ao pecado, o 
            pecador vira as costas para Deus durante a sua vida aqui na terra, 
            mas na hora da morte, quando recorrer a Deus, terá uma grande 
            surpresa. Deus lhe dirá: “Agora recorreis a 
            mim? Pedi socorro às criaturas, já que foram elas os vossos deuses”
            (Jr 2, 27). Deste modo falar-lhe-á o Senhor, porque, mesmo 
            que a Ele se dirija, não será com verdadeira disposição de se 
            converter. 
            
            Deus ameaça continuamente o pecador 
            com uma morte infeliz, como está em Pr 1, 28:
            “Aí vão me chamar, e eu não responderei; vão 
            me procurar e não me encontrarão!” 
            . 
            
            Os pecadores abusam da misericórdia 
            de Deus, e vivem tranqüilos como se Deus já lhes assegurasse o 
            perdão. Essa maneira de agir é uma loucura, e a pior de todas as 
            loucuras é deixar para se converter na hora da morte, como escreve 
            Santo Afonso Maria de Ligório: “Pobres 
            pecadores! Pobres cegos que se contentam com a esperança de se 
            converter à hora da morte, quando já não o poderão fazer”, e 
            Santo Ambrósio escreve: “Os ímpios não 
            aprenderão a praticar o bem, senão quando já não é tempo”. 
            
            Prezado católico, Deus quer que todos 
            os homens se salvem; mas Ele castiga aquele que vive teimando no 
            caminho do pecado. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            FELIZ DO JUSTO NA HORA DA MORTE 
             
             
            
            23 de janeiro de 
            2002, quarta-feira 
             
             
            
            Sl 115, 15:
            “É preciosa na presença de Deus a morte 
            de seus Santos”. 
            
              
            
            Prezado 
            católico, falarei sobre a morte do justo, isto é, da pessoa santa, 
            que viveu de acordo com a Palavra de Deus, levando Deus e o 
            Evangelho a sério. Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
            “Considerada a morte à luz deste mundo, nos 
            espanta e inspira temor; mas, segundo a luz da fé, é desejável e 
            consoladora”. Para o pecador 
            a morte é realmente terrível, porque está com a consciência 
            carregada de pecados; mas para o justo, para aquele que agradou a 
            Deus durante a vida, a morte é amável e consoladora. Escreve São 
            Bernardo de Claraval: “A morte é preciosa, 
            porque é o termo dos trabalhos, a coroa da vitória, a porta da vida”. 
            
            O justo, isto é, aquela pessoa 
            temente a Deus, que luta para se santificar, não perde tempo com as 
            coisas que o mundo oferece; ele sabe muito bem que não está aqui 
            para repousar e para viver no comodismo, e sim, para trabalhar para 
            salvar a sua alma, como escreve Santo Ambrósio:
            “A vida presente não nos foi dada para 
            repousar, mas para trabalhar, e, por meio destes trabalhos, merecer 
            a vida eterna” 
            . 
            
            Aquele que morre na graça de Deus 
            será recebido no céu, e ele receberá uma grande recompensa, porque 
            saiu vitorioso e será chamado de Santo, como escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligório: “Deus chama 
            bem-aventurados aos que morrem na sua graça, porque acabam os 
            trabalhos e começam a descansar”, e em Ap 14, 13 diz:
            “… felizes os mortos, os que desde agora 
            morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, que descansem de suas 
            fadigas, pois suas obras os acompanham”. 
            
            Caríssimo católico, se você deseja 
            estar tranqüilo na hora da sua morte, abandone tudo aquilo que causa 
            desgosto a Deus, viva somente para Deus e obedeça fielmente a sua 
            Santa Palavra. Feliz daquele que vive preparado para essa hora 
            decisiva, ele não passará pelas angústias do pecador, mas ficará 
            tranqüilo, como está em Sb 3, 1: “A vida dos 
            justos está nas mãos de Deus, nenhum tormento os atingirá”, 
            em Dt 33, 3 diz: “Tu, que amas os 
            antepassados, todos os santos estão em tua mão. Eles se prostraram 
            aos seus pés e correram sob a tua direção”. 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório escreve 
            o seguinte sobre as pessoas tementes a Deus: 
            “Não temem os santos aquela ordem de sair desta vida, que tanto 
            amedronta aos mundanos, nem se afligem por terem de deixar os bens 
            da terra, porque nunca apegaram a eles o seu coração”. 
             
            
            O justo não teme a hora da morte, 
            porque viveu somente para Deus; trabalhou continuamente para fazer a 
            Santa Vontade do Senhor. O justo dirá na hora da morte com o coração 
            transbordante de felicidade: gosto de viver e de fazer o bem, mas se 
            o Senhor me chama, gosto de morrer. O pecador dirá totalmente o 
            contrário, principalmente porque está com as mãos vazias, ocupou o 
            tempo só para fazer o mal, e sua consciência está cheia de pecados. 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório 
            escreve: “Não se afligem os Santos por terem 
            de deixar honras mundanas, pois sempre as desprezaram e as tiveram 
            na conta do que são efetivamente: fumo e vaidade, e somente 
            estimaram a honra de amar a Deus e de ser por Ele amados. Não se 
            afligem por terem de deixar seus parentes, porque somente os amaram 
            em Deus, e, ao morrer, os deixam recomendados àquele Pai celestial 
            que os ama mais do que eles; e esperando salvar-se, crêem que melhor 
            lhes poderão ajudar lá no céu do que ficando na terra. Em suma: 
            todos aqueles que disseram sempre durante a vida meu Deus e meu 
            tudo, repetem-no ainda com maior consolo e ternura no momento da 
            morte”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes 
            FP. 
              
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