Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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PREPARE O VOSSO CORAÇÃO

 

11 de dezembro de 2001, terça-feira

 

Mc 1,3: “… preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas”.

 

Prezado católico, estamos aproximando do Santo Natal, dia em que celebramos o nascimento do Menino Jesus, isto é, do Nosso Deus e Salvador, como está em Lc 2, 6-7: “Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala”.

 

Hoje, infelizmente, o povo católico, nem todos, mas grande maioria, se prepara para o Santo Natal, como se o mesmo fosse uma festa pagã e totalmente voltada para o materialismo.

Encontramos pessoas preocupadas, correndo de um lado para outro, fazendo compras para toda a família, queimando o décimo terceiro com bugigangas, torrando com ninharias o dinheiro conseguido com tanto sacrifício. Presente para todos: para a esposa, esposo, filhos, amigos, para a vovó, para o vovô, etc. E o pior de tudo, é que o aniversariante do dia, que é o Menino Jesus, não recebe nenhum presente; para esses católicos,, amantes da vida material cabe muito bem essas palavras de Jo 1, 10: “Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu”, e no mesmo evangelho 1,11 diz: “Veio para o que era seu e os seus não receberam”.

Encontramos também, pessoas preocupadíssimas em comprar caixas de cerveja e de vinho, em encher a geladeira e o freezer de carnes de vaca, de porco e de frango, até parece que o seu Deus é o bucho, como está em Fl 3,19: “Seu fim é a destruição, seu Deus é o ventre, sua gloria está no que é vergonhoso, e seus pensamentos no que está sobre a terra”. É realmente algo assustador e digno de nojo.

Contemplamos também donas de casa preocupadas com a limpeza da prataria e das panelas, tudo deve estar cem por cento limpo; também a casa deve passar por uma faxina geral, inclusive por uma pintura; as teias de aranha que estavam no teto há mais de dez meses, e a poeiras nas mobílias são tiradas com máximo de zelo. Tudo deve estar impecável, muito limpo. Se você perguntar o porquê daquela limpeza, a resposta é clara: É porque estou esperando a “comadre Chica”, que vem do Ceará, ou então a “Tia Querosina” que vai chegar do Piauí, ou é “mainha” que vem da Bahia, etc., ninguém fala em Menino Jesus, que é para esperá-lO. Tudo é exterioridade, mas por detrás está o pecado.

Prezado católico! Não é errado limpar a casa ou preparar uma ceia moderada, isto é, sem bebedeira e farra. Mas primeiro, deve preparar o seu coração. Jesus pretende nascer nele, na manjedoura do seu coração, por isso, é preciso prepará-lo bem; a preparação espiritual deve ser a principal.

O caminho pelo qual o Senhor deve vir ao nosso coração no próximo Natal, talvez esteja agora impedido pelas colinas do pecado, pelos males que simbolizam a ausência das boas almas, pelas sendas tortuosas que, em vez de visarem direito ao fim, pendem-se nos prazeres e nas lisonjas do mundo, como está em Is 40,3-4: “Uma voz clama: ‘no deserto, abri um caminho para Deus, na estepe, aplanai uma vereda para o nosso Deus. Seja entulhado todo vale, todo monte e toda colina sejam nivelados; transformam-se os lugares escarpados em planície, e as elevações, em largos vales”.

É realmente necessário preparar o nosso coração para o Santo Natal.

A primeira atitude deve ser a seguinte: derrubar as colinas do pecado com uma sincera confissão. Caríssimo católico, é para ilusão festejar a vinda do salvador enquanto o coração está ocupada pelo demônio. É um engano esperar a luz do mundo, com o coração mergulhado nas trevas. Infeliz da alma que não possui Jesus Cristo, a mesma não receberá a alegria que vem do alto.

Prezado católico, veja o que São Marcário escreve sobre a alma que não possui Deus, isto é, que vive no pecado mortal: “Se uma casa não for habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra e desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia… Ai da alma, se nela não passeia Deus e com sua voz afugenta as feras espirituais da maldade. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios”.

A Segunda atitude é praticar boas obras. Não basta a confissão, se depois, com as boas obras, não se continua a caminhar pelo caminho empreendido. Não adianta confessar e depois cruzar os braços, é preciso trabalhar com perseverança e com fervor. As boas obras que melhor nos preparam para o Santo Natal são a oração e a esmola: a oração, porque sem ela, somos uma cidade sem defesa; e esmola, porque no céu ela é preferida a qualquer penitência corporal, como está em Is 58,6-8: “Não sabes qual é o jejum que eu prefiro? Diz o Senhor: reparte o teu pão com o faminto. Abriga os pobres sem asilo, veste quem se acha nu. Não te subtraias às necessidades de teu irmão, então a tua luz despontará como a aurora…”.

A terceira atitude, é vivermos um pouco retirados, amando o deserto, isto é, o silêncio, a exemplo de São João Batista. Devemos nos afastar dos divertimentos perigosos, fugir das reuniões numerosas, afastar das companhias corruptoras, etc., somente assim, poderemos viver cristamente, entre a nossa casa e a igreja. Sem esta vontade de isolamento, os antigos maus hábitos retornarão facilmente.

Prezado católico! Santo Antão disse ao governador do Egito, que queria que ele ficasse com ele durante um tempo: “Dá-se com o monge o que se dá com o peixe: um morre se deixa a água, o outro morre se deixa a sua solidão”.

Ao cristão também sucede o que sucede ao peixe: um morre se deixa a água, o outro morre para a graça se deixa à solidão da sua casa e da sua igreja, e se expõe aos perigos e às seduções do mundo.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Prepare o vosso coração”

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MÁS COMPANHIAS

 

12 de dezembro de 2001, quarta-feira

 

1 Cor 15,33: “Não vos deixeis iludir: ‘As más companhias corrompem os bons costumes”.

 

Prezado católico, é preciso tomar muito cuidado com as más companhias, porque, como está na Palavra de Deus, em 1 Cor 15,33: “As más companhias corrompem os bons costumes”. A Bíblia nos ensina que a convivência com os maus não é aconselhável, a pessoa acaba se pervertendo, como está no Sl 17,27: “Vivendo com santos, santo será, no meio dos maus perverter-te-ás”.

Caríssimo católico, é preciso fugir das más companhias como se fossem cobras; porque são pessoas perigosas que carregam o demônio no coração, como escreve o Pe. Orlando Gambi: “Os falsos amigos não envenenam os pratos, mas as palavras”.

Os pais têm o dever de proibir os filhos de andarem com pessoas perigosas, com más companhias, com esses rapazes ou moças que não possuem Deus. Os pais devem aconselhar os filhos a exemplo de Tobias, que dizia ao seu filho Tobit, como está em Tobias 4, 5-12: “Meu filho, lembra-te do Senhor todos os dias e não queiras pecar e nem transgredir seus mandamentos...guarda-te, meu filho, de toda impureza”. Realmente caros pais, é preciso chamar a atenção dos seus filhos e proibir que andem com certas amizades, porque eles correm risco de cair no vício, isto é, de perder a inocência e também de se condenarem eternamente. Em 2 Ts 3,6 ordena que fujamos das más companhias: “Associai-vos como irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, e ficai longe de qualquer irmão, que tem sua vida em desordem”.

Prezado Católico! Um tomate podre apodrece toda a caixa, isto é, estraga todos os tomates; o mesmo acontece com uma amizade perigosa, ela estraga as pessoas que dela se aproximam; essa pessoa em pouco tempo acaba desgraçando a vida de seus filhos, levando-os para o caminho da prostituição, das drogas, da bebedeira, do roubo, etc.

Quantos pais estão chorando e sofrendo por causa dos filhos que antes eram dóceis e obedientes, e agora por causa das más companhias, estão mergulhados na lama do pecado e do vício, como está em Eclo 13,1: “Quem lida com piche, suja a sua mão”, e por incrível que pareça, eles preferem seguir o mau exemplo, deixando de lado os amigos santos, como escreve São Gregório Nazianzeno: “Mais fácil é contrair uma doença do que dela se curar. Assim acontece que menos nos custa imitar o mau exemplo que outros nos dão, do que deixar nos arrastar pelo seu bom exemplo”. É próprio da nossa natureza corrompida, mais se deixar impressionar pelo mal do que pelo bem.

Os filhos devem seguir os conselhos dos pais que imploram dizendo: “Meu filho, se pecadores quiserem te seduzir, não consintas! Se disserem: “Vem conosco, façamos emboscadas mortais, gratuitamente, prendamos o inocente;... Meus filhos, não os acompanhem em seu caminho, afasta os teus pés dos seus trilhos, porque os teus pés correm para o mal, apressam-se para derramar sangue” (Pr 1,10-11.15-16).

Infelizmente, não são somente os jovens que caem no buraco por causa da má amizade, que deixam o caminho da luz para seguirem o caminho das trevas, também as pessoas casadas caem nessa armadilha.

Quantos homens casados, que hoje estão na cadeia, por causa de crime, roubo, bebedeiras e outras loucuras. São pessoas que antes eram responsáveis, verdadeiros pais de família, cuidavam bem das esposas e dos filhos, trabalhavam com empenho para sustentar a família, praticava a religião com fervor e rezava sem respeito humano. Mas, depois que fizera amizade com homens perigosos, isto é, homens que vivem longe de Deus e que não cuidam da família, que passam boa parte do dia e da noite alimentando da lama do mundo, então tudo se desabou, já não é mais aquele bom pai de família, porque as más amizades o colocaram no caminho da perdição, é por isso que em 1 Cor 15, 33 diz: “As más companhias corrompem os bons costumes”, é isso mesmo, as más companhias apodrecem, pervertem os bons homens.

A má companhia é como um verme que vai corroendo os bons costumes, infeliz daquele que aceita esse tipo de amizade.

O mesmo acontece também com as mulheres casadas. Muitas mulheres, mães de família deixam se seduzirem pelas falsas amizades e pelas más companhias. Antes eram pessoas responsáveis, que cuidavam com zelo da casa, se vestiam com pudor, etc., mas assim que iniciaram a amizade com mulheres desocupadas e vaidosas, tudo foi por água abaixo, perderam o amor pela família e também o temor de Deus.

Aconselhadas pelas más companhias, isto é, pelas amigas do demônio, deixaram de usar roupas decentes para andarem seminuas; não rezam mais o terço, porque no lugar do terço assistem às novelas imorais, não vão mais à igreja. porque o lugar predileto das mesmas agora é o boteco, onde vão adorar a “deusa” pinga.

Elas deixaram as famílias de lado, já não educam mais os filhos e nem respeitam mais os maridos. Deus também foi deixado de lado, Ele não tem mais lugar em seus corações, elas ouvem e obedecem somente as más companhias, quer dizer, vivem cegas.

Prezado católico, é preciso tomar muito cuidado com as amizades, porque essas estão cheias de falsidade. Em Eclo 37, 1 diz: “Todo amigo diz: eu também sou teu amigo, mas há amigo que o é só de nome”, e o Pe. Orlando Gambi, diz: “Os inimigos, em geral, ficam longe, mas às vezes, o pior deles esta bem perto em nome da amizade”. Realmente é preciso tomar muito cuidado com a amizade. Existem pessoas que são amigas só quando precisam de você, quando precisam de um favor, isto é, por interesse, como está em Eclo 6, 10: “Há amigo que é companheiro de mesa, mas que não será fiel no dia de tua tribulação”.

Caríssimo católico, para você confiar em uma pessoa, em uma amizade, é preciso antes prová-la, é preciso dar um tempo, como está em Eclo 6, 7: “Se queres um amigo, adquire-o pela prova e não te apresses em confiar nele”.

 

Pe, Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Más companhias”

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NÃO RENEGUE A CRISTO JESUS

 

13 de dezembro de 2001, quinta-feira

 

Mt 10,33: “Aquele porem que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu pai que estas nos céus”.

 

Prezado católico, o respeito humano é o mal da nossa sociedade. É a vergonha de manifestar externamente a nossa fé. Jesus Cristo não fica feliz quando alguém age dessa forma, por isso, Ele fala com rigor: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 33).

Caríssimo católico, somente de uma coisa você deve ter vergonha: de praticar o mal. Entretanto te envergonhas, às vezes, do contrário: de praticar o bem.

Você não tem medo, prezado católico, de agir dessa maneira? Nós, católicos, não podemos negar e rejeitar a Jesus Cristo; pelo contrario, devemos professar a nossa fé abertamente e com convicção.

Jesus Cristo é o nosso Deus, como está em Jo 20,28: “Respondeu-lhe Tomé: ‘Meu Senhor e meu Deus!”, e também em Rm 9,5 diz: “Aos quais pertencem os patriarcas, e dos quais descende o Cristo, segundo a carne, que é acima de tudo, Deus bendito pelos séculos! Amem”.

Jesus Cristo é o nosso salvador, como está em Fl 3, 20: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos ansiosamente como salvador o Senhor Jesus Cristo”. Ele é também o nosso Rei, como está em Jo 18,37: “… eu sou rei”. Porque, prezado católico, você se envergonhar do nosso Deus, desse Deus maravilhoso que morreu na Cruz para te salvar? Que derramou o seu Sangue no Calvário para te libertar das mãos do demônio? Desse Deus que ter protege, ampara e que cuida de você? Cuidado católico! Se você não for amigo d’Ele agora, depois da morte Ele não será seu amigo. Se você quiser que Cristo seja o seu amigo na hora da morte, seja amigo d’Ele agora. Ele, o nosso Deus, fala com rigor: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10,33). Será que você faz parte desse grupo de pessoas que abraça o mundo, e que vira as costas para Jesus Cristo? Você que abandonou Jesus Cristo por vergonha e respeito humano, volte para Ele enquanto e tempo, volte para o teu primeiro amor, como está em Ap 2,4-5: “Devo reprovar-te, contudo, por teres abandonado teu primeiro amor. Recorda-te, pois, de onde caíste, converte-te e retoma a conduta de outrora”.

O respeito humano é uma covardia, uma falta de caráter. É preciso pregar a verdade, mas, infelizmente, por medo de ofender os ouvintes, a maioria dos sacerdotes deixa de pregá-la. Caríssimos católicos, precisamos tirar do coração o respeito humano; na Carta aos Gálatas 1,10 diz: “É porventura o favor dos homens que agora eu busco, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo” .

A Igreja Católica é atacada, a Virgem Maria é criticada, a Bíblia é ridicularizada, etc., e você, católico, fica calado e com medo de desmascarar os inimigos?

Enquanto milhares de pessoas usam roupas imorais, você se envergonha de vestir como uma verdadeira cristã? Muitos não têm vergonha de passar horas e horas nos botecos, e você tem vergonha de entrar na igreja para adorar a Deus? Milhares olham revistas imorais, e você sente vergonha de ler publicamente a Bíblia ou a vida dos Santos? Prezado Católico, será que você é realmente um seguidor de Cristo Jesus? Leia o que escreve São Paulo aos Rm 1,21: “Pois, tendo conhecido a Deus, não o honraram como Deus nem lhe renderam graças; pelo contrário, eles se perderam em vãos arrazoados, seu coração insensato ficou nas trevas”.

O respeito humano é também uma escravidão. Você, caríssimo católico, que tanto fala em liberdade, que tanto apego lhe tem; que se propôs viver de princípios e verdades, deixa-se pouco a pouco governar pelo capricho dos outros e pela dissimulação. Você que para evitar críticas e censuras dos homens, sujeita-se a condenar a verdade, com o seu silêncio, e assim vai aprovando as máximas do mundo, e essa escravidão pode levar-te ao inferno.

O respeito humano é também uma apostasia. O que deve triunfar em nós é o amor de Deus. Ora, pelo respeito humano, nós o sacrificamos. Foi o pecado, em que caiu São Pedro, quando enfrentado por uma mulher do povo, que indagava sobre suas relações como o Mestre, como está Mt 26,74: “Então, ele começou a praguejar e a jurar, dizendo: não conheço o homem!”.

Prezado católico, toda a vida de Jesus Cristo esta cheia de unidade e de firmeza. Nunca o vemos vacilar. Diz Karl Adam: “Durante todo o seu ministério, nunca foi visto a calcular, hesitar, voltar atrás”.

E Ele, o Senhor forte e corajoso, pede a você católico, que o siga com vontade firme em qualquer situação. Prezado católico, deixar-se levar pelo respeito humano é próprio de pessoas que possuem uma formação superficial, sem critérios claros, sem convicções profundas, ou de caráter débil, isto é, fraco.

Caríssimo católico, é melhor ouvir uma zombaria por parte dos homens, por estar seguindo a lei de Deus, do que, por não cumpri-la, ter de ouvir dos lábios divino as terríveis palavras: “Apartai-vos de mim, maldito, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos” (Mt 25,41).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não renegue a Cristo Jesus”

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24

 

O CIGARRO

 

17 de dezembro de 2001, segunda-feira

 

1 Cor 9,27: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o a servidão”.

 

Nesse trecho da palavra de Deus, o grande Apóstolo São Paulo lembra a luta ascética, o esforço que cada pessoa deve fazer e travar para eliminar os vícios que a escraviza. São Paulo Apóstolo fala da necessidade da mortificação do próprio corpo e das más inclinações.

Caríssimo católico, o suicida sabe perfeitamente que com o cano de um revólver apontado para a sua cabeça, o simples apertar do gatilho provocará a sua morte imediata; na mesma medida o fumante, isto é, aquele que usa do cigarro, sabe que está destruindo lenta e progressivamente a sua própria vida cada vez que acende um cigarro. O cigarro é a chupeta do demônio.

Sabemos que milhares e milhares de fumantes continuam com o cigarro preso aos lábios, diminuindo cada dia a sua vida, esperando o doloroso e talvez, longo sofrimento, que antecipa a morte causada pelo câncer pulmonar. Existe uma definição humorística de um inimigo do cigarro, do hábito de fumar: “O cigarro é um bastãozinho branco com uma brasa numa ponta e um idiota na outra”. Veja que definição espetacular! Ele tem toda razão; aquele que queima dinheiro e compra o câncer, é realmente um idiota.

Você que é fumante, abandone o cigarro enquanto é tempo, enquanto está vivo, enquanto o câncer ainda não chegou até você. Na crise financeira que o Brasil está passando, deixar de comprar arroz, feijão, carne, etc., para a sua família, e comprar cigarro, isto é, queimar dinheiro, é uma loucura. Comprar cigarro é o mesmo que jogar dinheiro fora, é comprar o câncer.

Não é correto trabalhar e depois queimar o dinheiro.

Prezado católico, em 1 Cor 9,27 diz: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o a servidão”. Devemos tratar duramente o nosso corpo com mortificações, penitências e renúncias; abandonando todos os vícios, principalmente o de fumar. O cigarro escraviza o fumante, é um veneno, por isso, é preciso tratar duramente o corpo através da renúncia.

É estranho um cristão fumar. Enquanto, professa que crê em Deus, na sua Santa Palavra, etc., dá lugar ao vício de fumar. O cristão convicto sabe muito bem que é pecado prejudicar a saúde, pois é uma forma de suicídio lento, e sabemos que é dever conservar a saúde, como está no Catecismo da Igreja Católica, no nº 2288: “A vida e a saúde física são bens preciosos doados por Deus. Devemos cuidar delas com equilíbrio, levando em conta as necessidades, alheias e o bem comum”, e o mesmo Catecismo no nº 2290, diz: “A virtude da temperança manda evitar toda espécie de excesso, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos…”.

Infelizmente, os que se dizem cristãos, não querem saber de renúncias ou preceitos que põem restrições aos seus apetites. São pessoas fracas para disciplinar seus hábitos, e assim, vão se suicidando lenta e conscientemente, porque, cada cigarro que se coloca na boca, você tem mais ou menos trinta minutos a menos em sua vida.  Fumante, você não é um dragão para soltar fumaça pela boca ou pelo nariz, é sim, um seguidor de cristo. Como cristãos, devemos ter em nossa mente, que os órgãos e faculdades de que somos dotados, nos foram dados pelo Criador do Universo, a fim de serem usados exclusivamente para os fins que nos foram dados. Se depois envenenamos voluntária e conscientemente nosso corpo e entorpecemos nossa mente, não cumprimos o propósito com que Deus nos criou, como está em Rm 8,14: “Todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus”. Sabemos que o Espírito de Deus não guia nenhuma pessoa para cometer suicídio lento, como faz o fumante. Fumar é suicidar-se lentamente.

Os pais que fumam, dão mau exemplo aos filhos, e assim, eles não possuem força moral para proibi-los de fumar.

Prezado católico, o fumo encurta a vida. O indivíduo que fuma um maço de cigarro por dia, encurta sua vida numa proporção de 34 minutos por cigarro, ou seja, 12:45 minutos, por maço. Um cigarro custa, portanto, pouco mais de meia hora de vida.

Será que vale a pena beber desse veneno? Destruir a sua vida usando desse bastãozinho que tem uma brasa na ponta e um idiota na outra? Sabemos também que o fumo causa falta de higiene. O vício de fumar é uma praga muito generalizada: na loja, o balconista atende os fregueses fumando, isso é ridículo e mal educado; o barbeiro fuma enquanto atende o seu cliente e não pergunta se está atrapalhando; em certos restaurantes, o garçom serve a comida fumando; o padeiro fuma enquanto assa o pão; fuma o cozinheiro enquanto prepara a comida; fuma o professor lecionando, fuma o médico atendendo o paciente, etc. E se o fumante é grosseiro, isto é, sem educação, a situação se complica; ele escarra e joga no chão, começa a cuspir em toda parte: no ônibus, no metrô, no trem, etc., causando nojo nas pessoas. A roupa do fumante fede cigarro devido aos fragmentos do tabaco que ficam nos bolsos, e também devido a fumaça. A cama do fumante, especialmente o travesseiro, exala o mau cheiro do cigarro, as unhas e os dedos ficam amarelados. O bigode do fumante fica amarelo e exala um mau cheiro terrível. Quando o fumante pega no telefone, ali fica a sua marca, marca que causa vômito.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O cigarro”

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25

 

REZAR SEMPRE

 

18 de dezembro de 2001, terça-feira

 

Lc 18,1: “Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”.

 

Prezado católico, Jesus Cristo nos convida a rezar sempre, a rezar continuamente sem jamais esmorecermos.

A oração é a elevação da alma a Deus, para adorá-lO, agradecer-Lhe os benefícios e pedir as graças de que necessitamos.

Caríssimo católico, é necessário fazer oração freqüentemente, porque Jesus Cristo o ordena, e o nosso bem, temporal e eterno, o exige.

Existem pessoas preguiçosas que não gostam de rezar, que passam boa parte do dia olhando televisão ou conversando coisas vazias, e não reservam nenhum minuto para Deus. Essas pessoas afirmam continuamente que não é preciso rezar muito, que isso é exagero; mostrarei em seguida que é necessário rezar muito, porque é vontade de Deus e está na Bíblia. Além da passagem de Lc 18,1: “Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer”, temos outras: em 1 Ts 5,17 diz: “Orai sem cessar”, na mesma Carta 2,13 diz: “Por esta razão é que sem cessar agradecemos a Deus…”, em Rm 1,9-10 diz: “… É testemunha de como me lembro continuamente de vós em minhas orações…”, na mesma Carta, 12,12 diz: “Alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração”, em Ef 6,18 diz: “… orai em todo tempo…”, em Cl 4, 2 diz: “Perseverai na oração…”, em 1 Tm 2, 8: “Quero, portanto, que os homens orem em todo lugar…”, e na mesma Carta 5,5 diz: “Aquela que é verdadeiramente viúva, que permaneceu sozinha, põe a sua confiança em Deus e persevera em súplicas e orações dia e noite”, e em 2 Tm 1,3 diz: “Dou graças a Deus, a quem sirvo em continuidade com meus antepassados, com consciência pura, quando sem cessar, noite e dia, me recordo de ti em minhas orações”.

Caríssimo católico, essas passagens da Bíblia derrubam por terra os argumentos dos preguiçosos que não gostam de rezar, que não gostam de dialogar com Deus.

E agora, para calar ainda mais a boca desses preguiçosos, para arrolhar para sempre a boca desses amigos da vida vazia e cômoda, desses inimigos da oração, citarei algumas passagens bíblicas onde mostram que Jesus Cristo, sendo Deus, passava noites inteiras em oração: em Mt 14,23 diz: “Tendo-as despedido, subiu ao monte, a fim de orar a sós. Ao chegar a tarde, estava ali sozinho”, em Mc 1, 35 diz: “De madrugada, estando ainda escuro, ele se levantou e retirou-se para um lugar deserto e ali orava”, e em Lc 5,16 diz: “Ele, porém, permanecia retirado em lugares desertos e orava”, em Lc 6,12 diz: “Naqueles dias, ele foi à montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus”, em Mc 6,46 diz: “E, deixando-os, ele foi à montanha para orar”.

Alguém poderia perguntar: Como Jesus Cristo, sendo Deus, faz oração? Em Cristo há duas vontades, uma divina e outra humana (cfr. Catecismo Maior nº 91), e ainda que pela Sua vontade divina era onipotente, não assim pela Sua vontade humana. O que fazemos na oração de petição é manifestar a nossa vontade diante de Deus, e por isso Cristo, semelhante em tudo a nós, menos no pecado (Hb 4, 15), devia rezar também como homem (cfr. Suma Teológica, III, q.21, ar.1). Ao contemplar Jesus em oração, Santo Ambrósio comenta: “O senhor ora não para pedir por Ele, mas para interceder em meu favor; pois ainda que o Pai tenha posto todas as coisas à disposição do Filho, contudo o Filho, para realizar plenamente a Sua condição de homem, julga oportuno implorar ao Pai por nós, pois Ele é o nosso Advogado (…) Mestre de obediência, instrui-nos como seu exemplo nos preceitos da virtude”.

Prezado católico, é preciso rezar muito e com o máximo de piedade, porque, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Sem o socorro da graça, nada de bom podemos fazer”, e Jesus Cristo diz em Jo 15, 5: “Sem mim nada podeis fazer”. Santo Agostinho nota sobre essas palavras que Jesus Cristo, não disse “nada pode cumprir”, mas, “nada podeis fazer”. Está claro que sem a graça, nem mesmo podemos começar a fazer o bem.

Caríssimo católico, na planura de Rafidim, um poderoso exército de amalecitas assentava acampamento contra Israel, e um grande pavor difundira-se no povo do Senhor.

Então Moisés disse: “não temais”.

E, no dia da batalha, ele, velho, subiu ao monte, e, tendo na mão a vara de Deus, estendia os braços ao céu, orando.

Em baixo, nesse ínterim, Josué com seus homens exterminava o inimigo.

Mas, apenas Moisés, cansado, não podendo mais suster os braços naquela posição, os abaixava, eis que os amalecidas, com berros de selvagem alegria, levavam a melhor, como está em Ex 17,11: “E enquanto Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia, quando porém, abaixada as mãos, prevalecia Amalec”.

Foi necessário que Aarão e Hur sustentassem no alto as mãos trêmulas de Moisés, e ele rezasse ate o pôr do sol. Só assim saiu vencedor, como está em Ex 17,12-13: “Ora, as mãos de Moisés estavam pesadas, tomando então uma pedra puseram-na debaixo dele e ele se sentou; Aarão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado e o outro do outro. Assim as suas mãos ficaram firmes até o pôr do sol. E Josué pôs em fuga Amalec e seu povo ao fio da espada”.

Prezado católico, também a nossa vida é um combate. Por toda parte estamos cercados de amalecitas, os inimigos da nossa alma; o mundo e as suas três concupiscências, o demônio com as suas seduções e as nossas paixões rebeldes.

A natureza humana é fraca, e, por causa da ferida do pecado original, ficou como uma convalescente. O único meio de nos salvar é subirmos o monte e rezarmos com a fé e com a constância de Moisés.

O próprio Jesus no-lo inculca: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação…” (Mt 26,41). E, em Lc 18,1 se lê: “É preciso orar sempre”.

Não é um conselho, não é uma coisa útil, mas é uma ordem, uma necessidade: “É necessário orar sempre” (Lc 18, 1).

Eis o porquê São Francisco de Assis rezava noites inteiras, gemendo: “Meus Deus! Meu Tudo!” E Santo Afonso Maria de Ligorio dizia com convicção: “Quem reza se salva,  quem não reza se condena”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Rezar sempre”

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26

 

VIGIAI E ORAI

 

19 de dezembro de 2001, quarta-feira

 

Mt 26,41: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação…”

 

Prezado católico, é necessário rezar muito, assim como o alimento material é necessário para o corpo, a oração é necessária para a alma. São João Maria Vianney escreve: “A oração é para a nossa alma o que a chuva é para a terra. Podeis adubar uma terra quanto quiserdes, mas, se falta a chuva, tudo o que fizerdes não servirá para nada. Assim, podeis fazer as boas obras que quiserdes, mas jamais sereis salvos se não rezardes com freqüência e como se deve; porque a oração abre os olhos de nossa alma e faz que ela sinta a grandeza de sua miséria, a necessidade de recorrer a Deus; faz que tema a sua fraqueza”.

Católico, São Basílio Magno, São João Crisóstomo, Clemente de Alexandria e outros, como o próprio Santo Agostinho, ensinam que a oração para os adultos é necessária, não somente por ser um mandamento de Deus, como também por ser um meio necessário para a salvação, por isso, escreve Santo Afonso Maria de Ligorio: “… é impossível que um cristão se salve sem pedir as graças necessárias para a salvação”, e Santo Tomás de Aquino escreve: “Depois do batismo, a oração contínua é necessária ao homem para poder entrar no céu”, e Santo Afonso Maria de Ligório também ensina: “Sem o auxilio de Deus, não podemos resistir a tantos e tais inimigos. Ora, este auxilio divino só se consegue pela oração. Logo, sem oração, não há salvação”, e o catecismo da Igreja Católica, no nº 2744 diz: “Orar é uma necessidade vital. A prova contrária não é menos convincente: se não nos deixarmos levar pelo Espírito, cairemos de novo na escravidão do pecado. Como o espírito santo, pode ser ‘nossa Vida’, se nosso coração esta  longe dele?” e São João Crisóstomo ensina: “Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. É impossível que caia em pecado o homem que reza”.

Infeliz de quem não reza, a sua alma fica mais seca que um deserto; a mesma torna-se árida, e assemelha a um jardim sem flores. Quem não reza vive mergulhado na infelicidade, e sua alma se assemelha-a um paralítico.

Caríssimo católico, é importante saber, que a oração é o único meio para se receber as graças divinas, como escreve Santo Tomás de Aquino: “… todas as graças que o Senhor, desde toda eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração”. O mesmo ensina São Gregrio Magno: “Pela oração, merecem os homens receber o que Deus, desde a eternidade, determinou conceder-lhes”.

Somos pobres e mendigos, que tanto temos, quanto recebemos de Deus como esmola, como está no Sl 40,18: “Quanto a mim, sou pobre e indigente, mas o Senhor cuida de mim”. E Santo Agostinho escreve: “O Senhor bem deseja e quer dispensar-nos as suas graças. Contudo não quer dispensá-las, senão a quem lhe pedir”, e o próprio Jesus Cristo ensina: “Pedi e dar-se-vos-á” (Mt 7, 7), e Santa Tereza d’Avila diz: “Quem não pede não recebe”.

São João Crisóstomo ensina: “Assim como a umidade é necessária às plantas para não secarem, assim nos é necessária à oração para nos salvarmos”, e o mesmo Santo ainda diz: “Assim como a alma dá a vida ao corpo, assim também a oração mantém a vida da alma”.

Prezado católico, o grande São João Crisóstomo diz também: “Assim como o corpo não pode viver sem a alma, assim a alma sem a oração esta morta e exala mal cheiro”. Sabe por quê? Exala mal cheiro, porque quem deixa de recomendar-se a Deus, logo começa a corromper-se. A oração é ainda o alimento da alma, porque assim como o corpo não se pode sustentar sem alimento, assim, sem a oração, não se pode conservar a vida da alma. Como o corpo, pela comida, assim a alma do homem é conservada pela oração.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Vigiai e orai”

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27

 

ORAÇÃO CONSTANTE

 

20 de dezembro de 2001, quinta-feira

 

1 Ts  5,17: “Orai sem cessar”.

 

Prezado católico, é preciso rezar muito e com perseverança, como está em 1 Ts 5,17: “Orai sem cessar”. São Jerônimo escreve: “O Apóstolo manda-nos orar sempre. Para os santos, o próprio sono é a oração. Todavia, devemos ter umas horas de oração bem repartidas de modo que, se estamos absorvidos por algum trabalho, o mesmo horário nos admoeste a cumprir o nosso dever” (Epístola 22,37).

Católico, você deve conversar mais com Deus, porque, rezar é dialogar como o nosso Bom Pai. É importante viver em contínua união com Ele, isto é, viver mergulhado no seu amor. O Bem–aventurado Josemaría Escrivá diz: “A vida cristã deve ser vida de oração constante, que procura estar na presença do Senhor da manhã até a noite e da noite até a manhã. O cristão nunca é um homem solitário, posto que vive numa conversa contínua com Deus, que está junto de nós e nos céus (…). No meio das ocupações de cada jornada, no momento de vencer a tendência para o egoísmo, ao sentir a alegria da amizade com os outros homens, em todos esses instantes o cristão deve reencontrar Deus” (Cristo que passa, nº 116).

Prezado católico, realmente é preciso rezar em todo o tempo e não desfalecer, como está em Ef 6, 18: “… orai em todo tempo…”.

Por que rezamos?

1º. Devemos rezar, antes de mais, porque cremos em Deus. Com efeito, a oração é o reconhecimento dos nossos limites e da nossa dependência: Vimos de Deus, somos de Deus e retornamos a Deus. Portanto, não podemos deixar de nos abandonarmos n’Ele, nosso Criador e Senhor, com plena e total confiança, como está no Sl 40,18: “Quanto a mim, sou pobre e indigente, mas o Senhor cuida de mim. Tu és, meu auxilio e salvação; Deus meu, não demoreis!”, e no Sl 39,5 diz: “Feliz é este homem cuja confiança é Deus”, e no Sl 37,5 diz: “Entrega teu caminho a Deus, confia nele e ele agirá”. Católico, a oração e, antes de mais, um ato de inteligência, um sentimento de humildade e de reconhecimento, uma atitude de confiança e de abandono n’Aquele que nos deu a vida por amor. A oração é um dialogo misterioso, mas real, com Deus, um diálogo de confiança e de amor.

2º. Somos cristãos e por isto devemos rezar como cristãos. Efetivamente, a oração para o cristão adquire uma característica particular que muda totalmente a sua natureza íntima e seu valor íntimo. O cristão é discípulo de Jesus; é o que crê verdadeiramente que Jesus é o Verbo Encarnado; o Filho de Deus, vindo entre nós a esta terra.

Como homem, a vida de Jesus foi uma oração contínua, um ato contínuo de adoração e de amor ao Pai, e porque a expressão máxima da oração é o sacrifício, o apogeu da oração de Jesus é o sacrifício da cruz, antecipado com a Eucaristia na Última Ceia e transmitido a todos os séculos com a Santa Missa.

O Papa João Paulo II escreve: “Por isto o cristão sabe que a sua oração é Jesus; toda a sua oração parte de Jesus; é Ele quem ora em nós, conosco e por nós. Todos os que crêem em Deus, oram; mas o cristão ora em Jesus Cristo: Cristo é a nossa oração”.

3º. Finalmente, devemos rezar também porque somos frágeis e culpáveis. É preciso reconhecer com humildade que somos pobres criaturas, com idéias confusas, frágeis e débeis, com necessidade contínua de força interior e de consolação.

Prezado católico, a oração dá força para os grandes ideais, para manter a fé, a caridade, a pureza, a generosidade; a oração dá ânimo para sair da indiferença e da culpa, se por desgraça se cedeu à tentação e à debilidade; a oração dá luz para ver e julgar os acontecimentos da própria vida e da própria historia na perspectiva salvífica de Deus e da eternidade. Por isto, não deixeis de rezar! Não passe um dia sem que tenhais rezado! A oração é um dever, mas também é uma grande alegria, porque é um diálogo com Deus por meio de Jesus Cristo!

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Oração constante”

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28

 

PRESENTEIE O MENINO JESUS

 

24 de dezembro de 2001, segunda-feira

 

Sl 73, 25: “Contigo, nada mais me agrada na terra”.

 

Prezado católico, estamos na véspera do Santo Natal, e a nossa preocupação única deve ser: presentear o Menino Jesus, buscando a santidade continuamente, não aceitar outro amor fora d’Ele, porque, somente ele é capaz de preencher o vazio do nosso coração.

O Menino Jesus quer que você seja santo, que faça um propósito firme de buscar a santidade de vida, de unir-se a Ele, ao ponto de dizer com sinceridade: “Contigo, nada mais me agrada na terra” (Sl 73, 25).

Aquele que busca a santidade, trabalha continuamente para possuir Jesus Cristo, como está em Fl 3, 8: “Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo”. Abandona também tudo aquilo que o mundo oferece, para ficar com Jesus Cristo que é a verdadeira riqueza, aquela que não acabará nunca, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Quem só quer Deus, é rico de todos os bens”.

O católico que luta para ser santo, foge do mundo, porque sabe muito bem que o mundo odeia os santos, e também é inimigo dos seguidores de Jesus Cristo, como está em Tg 4, 4: “Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que quiser ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus”, e em 1 Jo 2, 15 diz: “Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai”.

O maior presente que você pode oferecer para o Menino Jesus, é essa decisão de santificar-se, isso é, de viver de acordo com a vontade Deus, levando Deus e o Santo Evangelho a sério.

A santidade, não é um privilégio de um grupo de pessoas, mas é o dever de todos, e é o próprio Deus que ordena que sejamos santos, como podemos conferir nas seguintes passagens: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19, 2), em Mt 5, 48 diz: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”, 1Ts 4, 3 também diz: “Porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação”, na mesma Carta 4, 7 diz: “Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas sim para a santidade”, e na Carta aos Hebreus 12, 14 está escrito: “Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

O Decreto Lumen Gentium, n.º 39 diz: “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer sejam por ela dirigidos, são chamados à santidade… O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda perfeição, a todos e a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição, pregou a Santidade de vida, de que ele mesmo é o autor e consumador”.

O Santo é amigo íntimo de Jesus Cristo, ele não busca a alegria passageira do mundo, porque, Deus está no seu coração; Deus é alegria eterna e a verdadeira riqueza. Os Santos estão no céu, porque foram pessoas resolutas, decididas, se entregaram de corpo e alma a Deus, não dividiram o coração com o mundo e muito menos com o pecado.

Prezado católico, muitas pessoas já tomaram as suas resoluções: vão fazer faculdade, montar uma confecção, jogar futebol no exterior, etc. São boas resoluções, mas falta uma, sem essa não adianta estudo, nem confecção, nem esporte: A decisão de ser santo! É essa decisão que o Menino Jesus espera de você na véspera desse Santo Natal.

Caríssimo católico, a vida é breve; não deixe para tomar essa decisão depois ou no ano que vem; o que o mundo oferece é tudo vaidade e vazio, como escreve Tomás de Kempis: “Vaidade das vaidades e tudo vaidade; exceto amar a Deus, e só a ele servir”.

 Seja sábio, faça hoje o propósito de ser santo, de viver só para Deus, de amá-lO sobre todas as coisas, confiar n’Ele, ser o seu amigo íntimo; somente assim você será uma pessoa sábia, como escreve Tomás de Kempis: “A suprema sabedoria consiste em procurar o reino dos céus pelo desprezo do mundo”.

Prezado católico, os santos diziam com alegria:

Por que buscar a riqueza no mundo, sendo que Cristo Jesus é a nossa maior riqueza?

Por que se apoiar nos homens, criaturas falsas e perigosas, sendo que Cristo, o Deus sincero, nos sustenta dia e noite?

Por que buscar os banquetes das grandes festas pagãs, sendo que Jesus Eucarístico, o pão dos Anjos, mata a nossa fome espiritual?

Por que conversar tanto com as criaturas, sendo que Jesus Cristo, o melhor Amigo, está sempre conosco, convidando-nos para um diálogo de amor e de santidade?

Por que buscar o barulho do mundo, sendo que o Deus do silêncio reina em nossas almas?

Caríssimo católico, ser santo não é um conselho, uma conveniência, é uma necessidade. Ser santo é um dever, é uma lei divina, um dos muitos preceitos que Jesus Cristo nos deixou no Evangelho: “Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5, 48).

Católico, tome essa decisão, porque ela realmente agrada ao Menino Jesus: ser santo, viver somente para Jesus Cristo, ao ponto de dizer com sinceridade, isto é, com a boca e com a vida: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Presenteie o Menino Jesus”

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29

 

NÃO HAVIA LUGAR

 

25 de dezembro de 2001, terça-feira

 

Lc 2, 7: “… envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala”.

 

Prezado católico, quando um rei ou um governante de nome, isto é, importante, vai visitar uma cidade ou região, o povo daquele lugar se prepara com o máximo de zelo, e gasta grande soma em dinheiro para que o governante possa receber o melhor. Para o mesmo é preparada a melhor comida, a melhor casa, o melhor carro, etc.

Com Jesus não foi assim, com o Nosso Amado Senhor e Salvador foi totalmente o contrário.

São José e a Santíssima Virgem entraram em Belém; a Mãe Puríssima trazia em seu ventre o Salvador do mundo, não um simples rei, mas o Rei dos reis, não um simples Senhor, mas o Senhor dos senhores. O casal puríssimo entra na cidade; mas quem os reconhece? Quem lhes vai ao encontro? Quem lhes oferece agasalho? Ninguém!  Em Jo 1, 11: “Veio para o que era seu e os seus não o receberam”. Esse humilde casal era pobre, e como pobres foram desprezados, ou melhor, foram tratados ainda pior do que os outros pobres.

Quando chegaram em Belém, a Santíssima Virgem entendeu que se aproximava a hora de seu parto. Ela avisou o seu puríssimo esposo São José, e ele, saiu de casa em casa, procurando um lugar onde a Bendita Esposa pudesse dar a luz, mas foi em vão, ninguém quis oferecer-lhe um abrigo, e quem sabe, ele, o esposo da Santíssima Virgem, teve que sofrer algumas humilhações por parte dos duros de coração.

E São José, para não passar a noite no meio da rua, viu-se obrigado a levar a Virgem Maria à hospedaria pública, onde já muitos pobres se tinham abrigado para a noite. Mas para a surpresa do Bendito casal, ali também não foram aceitos, como está em Lc 2, 7: “Não havia lugar para eles na estalagem”. Havia sim, lugar para todos, menos para Jesus Cristo. Realmente, prezado católico, foi um acontecimento muito triste.

A estalagem de Belém é figura daqueles corações ingratos e indiferentes que dão acolhida a tantas criaturas miseráveis e não a Deus, daqueles corações que estão abertos para o mundo e fechados para Deus. Quantos amam os parentes, os amigos, até os animais, mas não amam a Jesus Cristo e nenhum caso fazem de sua graça e de seu amor, essas pessoas jamais serão felizes, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Tudo o que não se faz para Deus, transforma-se em sofrimento”.

E você caríssimo católico, como está sendo o seu Natal? Você aceitou Jesus Cristo em seu coração? Você fez uma boa confissão? Você fez o propósito de pertencer somente a Ele? Ou ainda está com o coração cheio dos espinhos do pecado e das pedras da ingratidão.

 Se Cristo não nasceu no seu coração, a sua alma é uma barca sem piloto, em resumo, ela é um mar agitado, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Sem Deus não se pode ter verdadeira paz”.

Nossa Senhora disse a uma alma devota: Foi uma disposição divina que a mim e a meu Filho nos faltasse agasalho da parte dos homens, a fim de que as almas cativadas pelo amor de Jesus, se oferecessem a si próprias para o acolherem e o convidassem amorosamente a tornar morada em seus corações.

Prezado católico, o santo casal não encontrou lugar nas casas de Belém e muito menos na estalagem; então, a Santíssima Virgem e São José saíram da cidade a fim de achar fora dela ao menos algum abrigo. Eles caminharam na escuridão, errando e espreitando; afinal, encontraram ao pé dos muros de Belém uma rocha escavada em forma de gruta, que servia de estábulo para os animais. E foi nessa gruta que a Santíssima Virgem deu à luz ao Menino Jesus. Foi nessa gruta tão fria e úmida que Jesus Cristo nasceu.

Católico, que terão dito os anjos vendo a divina Mãe entrar naquela gruta para dar à luz! Os filhos dos príncipes nascem em quartos adornados de ouro; preparam-se-lhes berços enfeitados com pedras preciosas e outras ornamentações caras, e fazem-lhe cortejo os primeiros senhores do reino.

E ao Amado Menino, ao Rei do céu, prepara-se uma gruta fria e sem luz para nela nascer; uns pobres paninhos para cobri-lO, um pouco de palha para leito, e uma simples manjedoura para O colocar. São Bernardo de Claraval diz: “Meu Deus, onde está a corte, onde está o trono real deste Rei do céu? Porquanto não vejo senão dois animais para lhe fazerem companhia, e uma manjedoura de irracionais, na qual deve ser posto”.

Prezado católico, Jesus Cristo nasceu como homem! Com lágrimas nos olhos, com dores no seu corpinho, com frio em todos os membros, com falta de tudo! Nasceu como servo e não como rei, nasceu na humilhação.

Ele nasceu pobre porque deseja que nós O recebamos em nossa casa, que O vistamos, que O abriguemos do frio, que Lhe preparemos um berço.

Ele nasceu à noite, quando todos dormiam, quando ninguém O esperava; quando os homens, cansados uns do trabalho e outros dos divertimentos, se entregavam ao sono.

Não esperou que fosse dia para nascer, a fim de não ser visto e conhecido. Nasceu de noite para que, despertando a humanidade com o raiar da aurora, encontrasse já nascido o sol de Israel, que lhe vinha trazer a salvação.

Nasceu nas trevas, porque vinha ser a luz do mundo, o Sol esplendoroso que vinha dissipar as sombras que pesava sobre os homens, desde que o paraíso se fechou!

Nasce na humilhação, para que aprendamos a calcar aos pés o orgulho.

Prezado católico, ainda é tempo de presentear o Menino Jesus, abra o seu coração enquanto é tempo, deixe-O nascer na sua vida. Ele é Luz que ilumina, é a verdade que liberta, é o fogo que queima, é o caminho verdadeiro.

 

Pe. Divino Antônio Lopes PF.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não havia lugar”

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30

 

O TEMPO PASSA COMO UM RELÂMPAGO

 

26 de dezembro de 2001, quarta-feira

 

Jó 16, 22: “Porque passarão os anos que me foram contados e empreenderei a viagem sem retorno”.

 

Prezado católico, o tempo é a duração de nossa vida. O tempo é o preço com que se compra a eternidade feliz. Sabemos que o tempo é a ruína e a salvação de muitos. Ele é um bem para aquele católico que o emprega no exercício da virtude, e um mal para quem o desperdiça no vício.

Caríssimo católico, o tempo é uma bênção que dá ao homem o céu, ou uma maldição que o leva ao inferno. O tempo vale muito!…

Estamos aqui na terra para aproveitar bem o tempo, para trabalhar pela nossa salvação, como está em Gl 6, 10: “Por conseguinte, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos…” Assim como o avarento corre atrás do dinheiro, precisamos correr atrás do tempo, porque como escreve São Bernardo de Claraval: “O tempo vale tanto como o céu, como o Sangue de Jesus Cristo, como o mesmo Deus, porque, bem empregado, põe-nos na posse d’Ele”.

Prezado católico, a vida é breve, como está em 1Cor 7, 29: “O tempo se fez curto”. Seja sábio e aja como verdadeiro seguidor de Jesus Cristo. Aproveite o tempo para confessar, para participar da Santa Missa, para rezar o Santo Rosário, para dar esmola, etc. Para conquistar o céu é preciso usar bem o tempo.

 O tempo de merecer termina com a morte. Por isto, é preciso lutar seriamente por levar uma conduta justa, porque como está em Gl 6, 7-8: “O que o homem semear, isso colherá: quem semear na sua carne, da carne colherá corrupção; quem semear no espírito, do espírito colherá a vida eterna”.

Prezado católico, o tempo é precioso, porque é um tesouro que só neste mundo se acha. O tempo é uma preciosa mina, que, sendo bem explorada, oferece riquezas, que a traça não rói, nem a ferrugem come, como está em Mt 6, 20: “Mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam”.

Como é triste ver católicos perder horas e horas diante da televisão, ou então nas portas dos botecos, etc. E segundo eles, não sobra tempo para rezar nem participar da Santa Missa. Tenho certeza absoluta que Deus, na hora do juízo, não aceitará essa desculpa esfarrapada.

Uns choram pelo tempo, porque não lhes chega para as suas boas obras; outros não sabem o que fazer dele, porque não lhe conhecem o valor.

E você, caríssimo católico, em que empregas o teu tempo? Deus te concedeu a graça de teres chegado até ao dia de hoje, com preferência a tantos milhares e milhões de pessoas, talvez da tua idade, ou até mais novas, talvez fortes como tu ou ainda mais robustas, com a mesma compleição que você, ou talvez mais sadia.

Católico, seja sábio, aproveite bem o seu tempo.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O tempo passa como um relâmpago”

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31

 

NÃO MATE O TEMPO

 

31 de dezembro de 2001, segunda-feira

 

1 Cor 7, 29: “O tempo se fez curto”.

 

Prezado católico, hoje é o último dia de 2001, dia propício para refletirmos sobre o tempo, sobre a duração da nossa vida, e principalmente sobre o que fazemos do tempo que Deus nos concedeu. É preciso empregar bem o tempo, porque ele é precioso, riquíssimo dom que Deus concedeu ao homem mortal.

Aquele que perde tempo com as coisas passageiras do mundo, joga fora algo mais precioso do que todo o ouro do mundo, porque com o ouro você compra os bens materiais, enquanto que com o tempo você compra o céu, como escreve o Pe. Alexandrino Monteiro: “O tempo é uma bênção que dá ao homem o céu, ou uma maldição que o leva ao inferno”.

É preciso usar do tempo enquanto ainda estamos nesse mundo, porque depois da morte ele não existirá mais, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno”.

Aquela pessoa que joga o tempo fora, e que não trabalha para salvar a sua alma irá para o inferno, e segundo Santo Afonso Maria de Ligório, essa pessoa dirá no meio das chamas eternas: “Oh! Se eu tivesse uma hora!” É verdade, esse é o grito dos condenados.

E você? Usa bem o seu tempo? Se você morresse hoje, morreria tranqüilo? Quanto tempo você passa diante da televisão? Quanto tempo reserva para ficar conversando com os amigos, nos botecos ou na porta de casa? E para a sua alma, quanto tempo você reserva? Quanto tempo reserva para a oração e para a leitura espiritual?

Cuidado, prezado católico, mude de vida enquanto está vivo, use melhor o tempo que Deus lhe reservou, para que na hora da morte não seja repreendido pelo Divino Juiz. Santo Afonso escreve sobre as almas que se condenaram por perder tempo: “Por todo o preço comprariam uma hora a fim de reparar sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será dada”.

E você, caríssimo católico, que está sempre adiando a sua mudança de vida, que marca e desmarca a sua confissão, etc., é precisa acordar enquanto é tempo. São Bernardo de Claraval diz para essas pessoas que vivem adiando a conversão: “Ó infeliz, porque ousas contar com o vindouro, como se Deus tivesse posto o tempo em seu poder?” E o grande Santo Agostinho disse: “Como te podes prometer o dia de amanhã, se não dispões de uma hora de vida?”.

Prezado católico, o tempo é uma mina de ouro, é uma mina que bem explorada lhe ajuda a entrar no céu. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas desprezam esse tesouro, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Nada há mais precioso que o tempo e não há coisa menos estimada nem mais desprezada pelos mundanos”, e São Bernardo de Claraval escreve: “Passam rapidamente os dias de salvação, e ninguém reflete que esses dias desaparecem e jamais voltam”.

O tempo passa, e depois dele vem a eternidade! E o que no tempo não fizemos, havemos de chorar para sempre!

Se o tempo passa e vale tanto, o que precisamos fazer? É preciso empregá-lo no bem.

O tempo consta de anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos. De todas estas partes do tempo, somente de uma podemos dispor, que é o momento presente.

O momento presente. Só este é meu, só dele posso dispor; só este devo empregar bem.

Prezado católico, se continuar perdendo o tempo com as coisas do mundo, com certeza você irá para o Inferno Eterno.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não mate o tempo”

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32

 

VIVER PARA DEUS

 

01 de janeiro de 2002, terça-feira

 

Rm 14, 8: “Pois, se vivemos, é para o Senhor que vivemos, e se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor”.

 

Prezado católico, estamos iniciando um Ano Novo, e assim como você viveu unido a Nosso Senhor no ano que passou, também deverá andar na presença d’Ele nesse ano que estamos iniciando.

 Não nos pertencemos nem somos donos da nossa própria vida. Deus, Uno e Trino, criou-nos, e Jesus Cristo livrou-nos do pecado redimindo-nos com o Seu Sangue. Por tudo isso, Ele é o nosso Senhor, e nós os seus servos, entregues a Ele em corpo e alma. Tal como o escravo não era dono de si mesmo, mas toda a sua pessoa e atividade redundava em benefício do Seu Senhor, assim tudo o que somos e temos não está destinado, em última instância, para o nosso uso e proveito, mas vivemos e morremos para a glória de Deus. Ele é Senhor da nossa vida e da nossa morte. Escreve São Gregório Magno: “Os santos, pois, não vivem nem morrem para si. Não vivem para si porque em tudo o que fazem buscam lucros espirituais, pois orando, pregando e perseverando nas boas obras, desejam aumentar os cidadãos da pátria celestial. Nem morrem para si, porque, diante dos homens, glorificam com a sua morte a Deus, junto de Quem se apressam a chegar quando morrem” (In Ezechielem homiliae, II, 10).

Prezado católico, precisamos entrar no Ano Novo unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Precisamos iniciar esse ano novo COM FÉ FIRME EM JESUS CRISTO.

Nós que rezamos no ano que passou: “Creio em Deus… e em Jesus Cristo, um só seu Filho, Nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem…”. Assim devemos confessar também no Ano Novo! E precisamos professar a nossa fé em Cristo com mais firmeza e coragem. Cristo é o mesmo, por isso Ele deve ser amado de todo o coração, como está em Hb 13, 8: “Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo também pelos séculos”. Tudo passa, mas Nosso Senhor permanece eternamente, como está em Hb 1, 11-12: “Eles perecerão; tu, porém, permaneces; todos, como uma roupa, envelhecerão. Tu os enrolarás como um manto e como roupa serão mudados. Tu, porém, permaneces o mesmo e teus anos não acabarão”. Esse é o Senhor a quem devemos nos apoiar nesse ano que estamos iniciando.

Sem a fé em Cristo Jesus, sem a amizade com esse Senhor que nos protege, o ano novo não seria um ano feliz, mas infeliz, porque viver longe de Cristo Jesus é um verdadeiro tormento, e caminhar unido ao nosso Querido Amigo é a maior felicidade, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Quem só quer Deus, é rico de todos os bens”, e o mesmo santo também diz: “Feliz de quem pode dizer de coração: Jesus, eu quero só a vós e nada mais”.

Prezado católico, na bênção divina se baseia tudo, como está no Sl 126, 1: “Se o Senhor não construir a casa, inútil será o trabalho dos construtores; se o Senhor não guardar a cidade, inútil será a vigilância da sentinela”.

Católico, com certeza o mundo inimigo de Deus esbravejará contra Cristo Jesus, e lutará também contra a Igreja Católica Apostólica Romana nesse Ano que está iniciando, como está em Jo 15, 18-19: “Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim, antes de vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como seus. Como não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia”, e Santo Inácio de Loiola escreve: “Aquele que teme o mundo jamais cumprirá coisa digna de Deus: porque a obra de Deus não se pode fazer sem que o mundo se revolte!” Nós, amigos e seguidores de Jesus Cristo, precisamos permanecer firmes na fé, e seguir o Deus da Luz, e não deixar que as trevas atrapalhe a nossa caminhada. Precisamos permanecer fortes e inabaláveis como rochedos diante dos ataques e das perseguições, lembrando de que Cristo Jesus nos protege continuamente, como está em Fl 4, 13: “Tudo posso naquele que me fortalece”.

Prezado católico, estamos aqui na terra para conhecer, amar e servir a Deus, e depois viver com Ele para sempre no céu. Ninguém deve nos impedir de conquistar a verdadeira pátria, como escreve São Cipriano: “A nossa pátria é o céu”.

Caríssimo católico, entremos, pois, no Ano Novo com fé em Cristo Jesus.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Viver para Deus”

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33

 

CORAÇÃO DE JESUS, CONSOLO PARA OS ANGUSTIADOS

 

02 de janeiro de 2002, quarta-feira

 

Mt 11, 28: “Vinde a mim todos os que estais cansados…”

 

Prezado católico, entremos no Ano Novo com confiança em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para uma pessoa passar com êxito por uma região perigosa, é preciso um guia, isto é, de alguém que conheça daquela região, e assim, ela chegará ao local desejado.

O mesmo acontece com você. Para vencer os obstáculos e dificuldades desse ano de 2002, e chegar no final com sucesso, é preciso confiar em Jesus Cristo, caminhar unido a Ele, ouvir e aceitar o convite do Mestre do Amor que diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados…” (Mt 11, 28).

Católico, não tenha medo de nada, porque Deus lhe protegerá, como está em Is 12, 2: “Ei-lo, o Deus da minha salvação: sinto-me inteiramente confiante, de nada tenho medo, porque Deus é a minha força e o meu canto. Ele é a minha salvação”.

 Cristo Jesus te convida a aproximar d’Ele, a buscar força n’Ele e não nas criaturas, porque o homem é fraco e covarde, e aquele que abandona Jesus Cristo para contar com os homens sofrerá decepções, porque o homem vacila continuamente, como está em Jr 17, 5: “Maldito o homem que se fia no homem, que faz da carne a sua força, mas afasta o seu coração de Deus!”, e no mesmo livro 17, 9 diz: “O coração é falso como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” .

Prezado católico, nas horas de dificuldades e sofrimentos, aproxime-se de Jesus Cristo, entra no Vosso Coração Santíssimo, e essa Fornalha de Amor e de Caridade te ajudará a vencer as provações da vida. Você não pode tapar os ouvidos diante do Mestre que te convida com insistência: “Vinde a mim…” (Mt 11, 28).

Para viver bem o Ano Novo, isto é, o ano de 2002, é preciso caminhar com Cristo e confiar n’Ele, lembrando de que somente Ele lhe dará a vitória, como está em Jo 6, 68: “Senhor, a quem iremos? Tens palavra de vida eterna”. Aquele que deixa de andar com a Luz Eterna, que é Nosso Senhor, para seguir as criaturas limitadas e vacilantes, transformará a sua vida num mar de sofrimento e de angústia, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Tudo o que não se faz para Deus, transforma-se em sofrimento”.

Prezado católico, sem a confiança em Deus você será sempre um derrotado, mas se contar com a Sua ajuda, Ele que é poderoso te ajudará, como está em Eclo 2, 6: “Confia no Senhor, ele te ajudará”.

Santa Maria Madalena era uma prostituta, vivia mergulhada nas trevas do pecado; mas um dia encontrou a Luz Eterna, que é Jesus Cristo, e assim, abandonou as trevas para seguir a Luz; a mesma confiou no poder do Salvador e decidiu segui-lO. Ela abandonou os senhores do mundo, homens carregados de pecado, para seguir o Senhor que é caminho, verdade e vida.

Santa Maria Madalena confiou tanto em Jesus Cristo, que não mais O abandonou. Quando o seu Senhor foi crucificado, ela permaneceu firme ao Seu lado no Calvário, como está em Jo 19, 25: “Perto da Cruz de Jesus , permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleopas, e Maria Madalena”, e no dia da ressurreição, a mesma levantou cedo para ir ao túmulo, para ficar perto do Senhor da sua vida, como está em Jo 20, 1: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena vai ao sepulcro, de madrugada, quando ainda estava escuro…” Ela amava tanto a Jesus Cristo , que disse chorando: “Levaram o meu Senhor…” (Jo 20, 13). Feliz dela que confiou em Jesus Cristo, porque hoje está no céu mergulhada no Amor Eterno.

E você, católico, que vive longe de Deus, nem tudo está perdido. Basta abandonar a vida de pecado e confiar em Nosso Senhor a exemplo de Santa Maria Madalena, e com certeza Ele te ajudará, como está em Pr 3, 5: “Confia em Deus com todo o teu coração”, e em Pr 16, 20 diz: “… quem confia em Deus é feliz”.

Prezado católico, Deus só recompensará aquele que n’Ele confiou, como está em Eclo 2, 8: “Vós que temeis ao Senhor, tende confiança nele e a recompensa não vos faltará”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Coração de Jesus, consolo para os angustiados”

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NÃO PROGREDIR É REGREDIR

 

03 de janeiro de 2002, quinta-feira

 

Ap 22, 11: “… que o santo continue a santificar-se”.

 

Prezado católico, precisamos no início desse ano novo, prometer a Nosso Senhor que faremos progresso nas virtudes, que abandonaremos os vícios e buscaremos com perseverança as coisas do alto, isto é, somente aquilo que Lhe agrada , como está em Cl 3, 1-2: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra”.

Se você é uma pessoa virtuosa, já vive unida a Deus, obedece os mandamentos, recebe dignamente os sacramentos; não se acomode, pelo contrário, busque com fervor a perfeição, como está em Ap 22, 11: “… que o santo continue a santificar-se”. E você que está longe de Deus, volte para Ele enquanto é tempo, abandone essa vida vazia e a vaidade do mundo, e comece a partir de hoje a praticar somente aquilo que é da vontade de Deus, como está em Fl 4, 8: “… ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor”.

Caríssimo católico, a vida é breve, não deixe para amanhã o bem que você pode fazer hoje, não fique adiando a sua mudança de vida; e você que já é bom, não fique acomodado e satisfeito com o que já possui de espiritual, porque Deus quer que você seja perfeito, como está em Mt 5, 48: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

Católico, é um perigo ficar sem progredir na vida espiritual, porque, aquele que não progride, acaba se regredindo, como escreve São João da Cruz: “No caminho da perfeição; não ir adiante é recuar; e não ir ganhando é ir perdendo”.

Nesse ano novo precisamos tornar-nos melhores, mais virtuosos. Precisamos progredir no bem! Diante de nós está Jesus Cristo, modelo de toda virtude, como escreve Tomás de Kempis: “Tens bastante motivo para corar de vergonha, se fizeres da vida de Jesus o teu espelho. Corar de seres ainda tão diferente d’Ele, embora já há tanto tempo trilhes o caminho para Deus”, e em Ef 5, 1 diz: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus”.

Um fazendeiro não fica feliz quando um pé de laranja produz somente uma vez, e depois fica ocupando lugar no espaço. Deus também não fica feliz quando uma pessoa luta e faz progresso somente durante um ano, Ele, o Deus Santo e Poderoso quer que você faça progresso todos os dias, e Ele ameaça aqueles que vivem acomodados: “Todo ramo em mim que não produz fruto ele o corta…” (Lc 15, 2).

Caríssimo católico, para progredir na perfeição é preciso:

1 – Evitar o pecado mortal, porque ele é a desgraça de todas a pior. Ele expulsa Deus do seu coração.

2- Lutar continuamente contra o pecado venial, ele não expulsa Deus, mas atrapalha no progresso espiritual, como está no Catecismo da Igreja Católica, n.º 1863: “O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral…” .

3- Confessar com freqüência. A confissão é o sacramento da alegria, e ela fortalece a alma para o combate contra os inimigos da mesma.

4- Receber o Corpo de Cristo com freqüência.

5- Rezar o Santo Rosário.

6- Fazer leitura espiritual.

7- Examinar a consciência todos os dias.

8- Buscar o silêncio.

9- Fazer meditação e outras obras de piedade e de caridade.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não progredir é regredir”

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35

 

AO PÓ TORNARÁS

 

14 de janeiro de 2002, segunda-feira

 

Eclo 14, 12: “Lembra-te de que a morte não tarda”.

 

Prezado católico, o que é a morte? A morte é o fim da vida, a separação da alma do corpo. A morte é um adeus para sempre a tudo que nos cerca; é um separar, sem remédio, de amigos, de irmãos, de pai e mãe, de bens da fortuna, de dignidades, de ofícios… de tudo! Em Gn 3, 19 diz: “Pois tu és pó e ao pó tornarás”, e Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Considera que és pó e que em pó te hás de converter. Virá o dia em que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de vermes, a todos, nobres e plebeus, príncipes ou vassalos, estará reservada a mesma sorte. Logo que a alma, com o último suspiro, sair do corpo, passará à eternidade, e o corpo se reduzirá a pó”.

Caríssimo católico, todos havemos de morrer, como está em Hb 9, 27: “E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez”. Não adianta você fugir da morte ou se esconder um uma caverna, cedo ou mais tarde ela te visitará, como está em Jó 7, 7: “Lembra-te que minha vida é um sopro”, e em Mt 25, 13 diz: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.

Todos havemos de morrer. É esta a sentença a que todos vivemos condenados neste mundo.

Esta sentença, ou melhor, esta lei de morte nos é intimada pela natureza da nossa vida. Este decorrer acelerado dos anos, dos dias e das horas, denota que há de haver um termo de passagem, como está em Jó 9, 25-26: “Meus dias correm mais depressa que um atleta e se esvaem sem terem provado a felicidade; deslizam como barcas de papiro, como a águia que se precipita sobre a presa”, e São Jerônimo escreve: “Este momento em que escrevo faz-me caminhar para a morte. Todos temos de morrer, e nós deslizamos como a água sobre a terra, a qual não volta para trás”, e no livro de Jó 14, 1-2 diz também: “O homem, nascido de mulher, tem a vida curta e cheia de tormentos. É como a flor que se abre e logo murcha, foge como sombra sem parar”, em Sb 2, 1 diz: “Breve e triste é nossa vida”.

Prezado católico, o aviso de que havemos de morrer nos é dado por toda a criação. Olha como tudo na criação tem fim! Vê como as árvores, chegando a uma certa idade, enfraquecem, perdem a folha e a seiva que as alimentava e aí ficam no meio dos campos, no fundo dos vales, no viso dos montes, como esqueletos sem vida, como despidos mastros do navio a quem a tempestade rasgou as velas. Vê os animais, como se vão uns após outros despedindo da vida! Vê como os homens se vão uns após outros; hoje um, amanhã outro, vão deixando a tua companhia para se irem associar aos que dormem o sono da morte, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Vê como corre o regato para o mar; suas águas não retrocedem: assim, meu irmão, passam teus dias e cada vez mais te acercas da morte”.

Prezado católico, o mesmo se passará contigo! Um dia virá em que se há de desmoronar a casa do teu corpo, não ficando pedra sobre pedra. Hão de fechar-se teus olhos, hão de gelar-se as tuas mãos, hão de, enfim, desatar-se os teus ossos dos liames da carne!…

Católico, ou queiramos ou não, teremos de receber um dia a visita da morte!

Que dia esse, que angústias, quando ouvirmos os seus passos, quando a virmos abeirar-se do nosso leito, quando sentirmos a sua mão gelada pousar sobre a nossa fronte!

Prezado católico, que momento terrível! Que hora de consternação! É o momento do desenlace fatal, é a hora mais solene da vida humana! Somos, então, chegados ao último capítulo dessas memórias, que todos temos de escrever no decurso da nossa viagem! Vai pôr-se o selo a todas as nossas obras, vai consumar-se a carreira, vai terminar o combate! Ou vitorioso ou vencido, o homem vai ser citado perante o tribunal divino e receber o prêmio ou castigo de seus atos!

E você? Está preparado para a viagem para a eternidade? Está com a mala pronta? Se a morte chegasse hoje, você morreria tranqüilo?

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “O que aconteceu a teus antepassados, sucederá também a ti. Entrega-te, pois, a Deus, meu caro irmão, antes que chegue a morte. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje; porque o dia presente passa e não volta; e amanhã a morte poderia apresentar-se e nada te permitiria fazer”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A pó tornarás”

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ÉS PÓ

 

15 de janeiro de 2002, terça-feira

 

Gn 3, 19: “És pó e em pó te hás de tornar”.

 

Prezado católico, escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Virá o dia em que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de vermes”. Esse corpo que é tratado com tanta vaidade e cuidado será pasto dos vermes, como está em Is 14, 11: “Sob o teu corpo os vermes formam como um colchão, os bichos te cobrem como um cobertor”, e no livro de Jó 17, 14 diz: “Digo à cova: ‘Tu és meu pai!’, ao verme: ‘tu é minha mãe e minha irmã!”.

Caríssimo católico, infeliz daquela pessoa que trata o seu corpo como se fosse um “deus”, isto é, que esquece da mesma para ornamentar o seu corpo. Esse tipo de gente precisa meditar mais sobre a morte e lembrar de que o seu corpo será devorado pelos vermes.

Santo Afonso Maria de Ligório nos convida a imaginar uma pessoa que acaba de morrer. Ele diz: “Imagina que estás em presença de uma pessoa que acaba de expirar. Contempla aquele cadáver, estendido ainda em seu leito mortuário: a cabeça inclinada sobre o peito; o cabelo em desalinho e banhado ainda em suores da morte, os olhos encovados, as faces descarnadas, o rosto acinzentado, os lábios e a língua cor de chumbo; hirto e pesado o corpo… Treme e empalidece quem o vê… Quantas pessoas, à vista de um parente ou amigo morto, mudaram de vida e abandonaram o mundo”.

Contarei dos exemplos sobre pessoas que mudaram de vida contemplando uma pessoa morta:

São Francisco Borja: Um fato incidiu profundamente na conversão radical de São Francisco Borja, embora já fosse um cristão honesto e praticante. Foi a morte da imperatriz Isabel, mulher de extraordinária formosura. São Francisco Borja foi encarregado pelo rei de acompanhar o corpo até ao mausoléu em Granada. Antes de colocar o corpo no túmulo definitivo, foi novamente aberto o caixão. Aquele corpo em estado de putrefação impressionou profundamente o espírito do santo, levando-o a desejar uma consagração total na vida religiosa.

Santa Margarida de Cortona: A vida desta santa é um dos fenômenos mais comoventes de conversão na biografia cristã. Órfã de mãe desde pequena, Margarida, jovem bonita e de temperamento jovial e expansivo, deixou-se, por falta de educação, cortejar pelos jovens até se juntar com um homem de certa fortuna, com o qual conviveu por nove anos; ao cabo dos quais chegou inesperadamente a hora da graça.

Seu companheiro de vida, numa viagem, foi assaltado e morto. Ao deparar-se com o cadáver em putrefação, Margarida foi tomada por uma força misteriosa: constatou a vaidade do mundo, a fugacidade da vida, a insegurança dos amores terrenos, e decidiu-se por uma conversão radical.

Dirigiu-se então à vizinha cidade de Cortona, no centro da Itália, procurou um confessor e, entre lágrimas amargas, fez a confissão geral de sua vida, decidindo-se por uma vida de oração e penitência.

Católico, seria muito bom se você fosse em alguns velórios para contemplar os defuntos; quem sabe você mudaria de vida.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “É ainda mais horrível o aspecto do cadáver quando começa a corromper-se… Nem um dia se passou após o falecimento daquele jovem e já se percebe o mau cheiro. É preciso abrir as janelas e queimar incenso; é mister que prontamente levem o defunto à igreja ou ao cemitério, e o entreguem à terra para que não infeccione toda a casa… Mesmo que aquele corpo tenha pertencido a um nobre ou potentado, não servirá senão para que exale ainda fetidez mais insuportável”.

Prezado católico, medite sobre a morte, e assim, você desapegará das coisas da terra.

Com a morte, você deixa tudo!

O que no mundo tinha, aí fica para os herdeiros. Só lhe resta um adeus final à terra onde nasceu, à habitação que lhe serviu de abrigo, aos parentes e amigos que o rodeiam.

Católico, é terrível o momento da morte! Momento de dúvidas e de agonias, de perplexidades e incertezas: - Se me salvarei… Se me condenarei!… Para que isso não aconteça com você, esteja sempre preparado.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “És pó”

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ESTEJA COM A “MALA” PREPARADA

 

17 de janeiro de 2002, quinta-feira

 

Mt 25, 13: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.

 

Prezado católico, é preciso estar sempre com a “mala” pronta para a viagem para a eternidade; porque não sabemos o dia, nem a hora, nem onde e nem como vamos morrer. Aquele que não vive preparado para essa viagem, é realmente um estúpido.

Católico, quando vamos morrer?

Nesta terra tudo passa, e nós também passaremos, ninguém ficará para semente, como está no Sl 103, 15-16: “O homem!… seus dias são como a relva: ele floresce como a flor do campo; roça-lhe o vento e já desaparece, e ninguém mais reconhece seu lugar”, e em Jó 7, 16 diz: “Eu pereço, não viverei para sempre; deixa-me, pois os meus dias são um sopro!” .

 Uns vivem mais tempo, outros menos; porém, mais cedo ou mais tarde, para cada um chegará o fim da vida: “Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora” (Mt 25, 13).

Será que morreremos na primavera ou no verão? Não sabemos. Desceremos à sepultura no outono ou no inverno? Não sabemos! não sabemos! Diz Santo Agostinho: “A vida não é mais que uma morte lenta; cada dia morremos; cada dia a morte leva-nos parte da nossa vida”.

Morre o velho que vê e sente a morte portas adentro; morre o jovem que a tem pelas costas traiçoeiramente: “Como as folhas numa árvore frondosa tanto caem como brotam, assim a geração de carne e sangue: esta morre, aquela nasce” (Eclo 14, 18), e: “A morte vos espera em toda a parte; se fores prudentes, esperai vós por ela em todo o lugar” (São Bernardo de Claraval).

Caríssimo católico, você sabe que um dia a morte baterá na porta da sua casa para te buscar, e você vive como se ela não existisse. Cuidado! Se você quiser ter uma morte feliz, morra antes para tudo aquilo que é mundano e que ofende a Deus: “Por isso está sempre prevenido e vive de tal modo, que a morte nunca te encontre despercebido” (Tomás de Kempis).

Prezado católico, onde vamos morrer?

Conta-se dum negociante que fez estas perguntas a um marinheiro:

- Onde morreu o teu pai?

- Afogou-se no mar.

- E o teu avô?

- Também.

- E não tens medo do mar?

O marinheiro, por sua vez, pergunta?

- E o teu pai, onde morreu?

- Na cama.

- E o teu avô?

- também.

- E não tens medo de te deitares todas as noites na cama onde morreram o teu pai e o teu avô?

Está claro, que para cada pessoa está reservado um lugar onde ela morrerá.

E você, onde morrerá? Em um quarto dormindo? “Morrem de repente em plena noite” (Jó 34, 20), ou na rua, deitado à beira da sarjeta? Em casa, ou no hospital? Em terra firme, ou no mar? No meio de uma floresta ou no fundo de uma cloaca? Certamente você não saberá.

Católico, como vamos morrer?

Morreremos depois de longo e doloroso sofrimento ou repentinamente? Em um desastre automobilístico, onde ficaremos todos quebrados, ou em um desastre aéreo, em que os nossos corpos ficarão carbonizados? Com o nosso coração transpassado por um agudo punhal ou com um tiro na cabeça? Com o corpo carcomido pelo câncer ou pela lepra? Fulminado por um raio ou afogado no fundo de um lago? Não sabemos.

Rodeado de parentes, de amigos, num ambiente estranho ou abandonado por todos? Não sabemos! Não sabemos!

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Esteja com a 'mala' preparada”

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ASSIM MORRE O PECADOR

 

21 de janeiro de 2002, segunda-feira

 

Ez 7, 25-26: “Sobrevindo a aflição, procurarão a paz e a não encontrarão; virá confusão sobre confusão”.

 

Prezado católico, hoje falarei sobre a morte do pecador, sobre aquela pessoa que passou a sua vida aqui na terra longe de Deus, O ofendendo continuamente. Esse infeliz também morrerá, e naquela hora terrível ele dirá aos seus amigos: “Sim, extraviamo-nos do caminho da verdade; a luz da justiça não brilhou para nós, para nós não nasceu o sol. Cansamo-nos nas veredas da iniqüidade e perdição, percorremos desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!” (Sb 5, 6-7).

Católico, o pecador vive em pecado como se nunca fosse morrer, ele faz tudo para afastar a lembrança e o pensamento da morte, mas não adianta, a morte existe e um dia ela o visitará, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Os pecadores afastam a lembrança e o pensamento da morte, e procuram a paz (ainda que jamais a encontrem), vivendo em pecado. Quando, porém, se virem em face da eternidade e nas agonias da morte, já não poderão escapar aos tormentos de sua má consciência, nem encontrar a paz que procuram”.

Prezado católico, o pecador finge que é feliz e que é portador da paz, mas tudo isso não passa de falsidade: “Pois, como pode encontrá-la numa alma carregada de culpas, que, como víboras, a mordem?” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Realmente não existirá paz na hora da morte, para aquela pessoa que passou a sua vida aqui na terra servindo ao demônio, que chutou continuamente a graça de Deus e que preferiu as trevas à luz da graça: “Que paz poderão gozar pensando que em breve deverão comparecer ante Cristo Jesus, cuja lei e amizade desprezaram até então?” (Santo Afonso Maria de Ligório), é justamente o que está em Ez 7, 26: “Confusão sobre confusão”.

 A morte do pecador é terrível, esse infeliz ficará mergulhado num mar de angústias e de dúvidas, ficará todo confuso quando perceber que ela está próxima: “O anúncio já recebido da morte próxima, a idéia de se separar para sempre de todas as coisas do mundo, os remorsos da consciência, o tempo perdido, o tempo que falta, o rigor do juízo de Deus, a eternidade infeliz que espera o pecador, todas estas coisas produzirão perturbação terrível que acabrunha e confunde o espírito e aumenta a desconfiança. E neste estado de confusão e desespero, o doente passará à outra vida” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Prezado católico, que desculpa dará a Deus na hora da morte, aquele pecador que passou a sua vida aqui na terra desprezando a graça de Deus, comendo do lixo do mundo e vivendo abraçado com Satanás? Aquele pecador que ao invés de rezar, passava horas e horas diante da televisão e nas portas dos botecos? Aquelas mulheres que ao invés de usarem roupas decentes, preferiram usar roupas imorais? Aquelas pessoas que ao invés de ler a Bíblia e vida dos santos, liam revistas pornográficas?

Católico, cuidado para não abusar da bondade e misericórdia de Deus, por que Ele é misericordioso, mas Ele é justo também, como está em Eclo 5, 4-6: “Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’, porque o Senhor é paciente. Não sejas tão seguro do perdão para acumular pecado sobre pecado. Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores”.

O pecador deve acordar enquanto é tempo, buscar a Deus enquanto ainda está vivo, como está em Is 55, 6-7: “Procurai a Deus enquanto pode ser achado, invocai-o enquanto está perto. Abandone o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e volte para Deus, pois terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque é rico em perdão”.

Você que vive no pecado, não vale a pena viver assim, a sua vida é um mar de tristeza, volte para Deus e não fique adiando a sua conversão, como está em Eclo 5, 7: “Não demores a voltar para o Senhor e não adies de um dia para o outro, porque, de repente, a cólera do Senhor virá e no dia do castigo perecerás”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Assim morre o pecador”

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OS PECADOS: OBRAS PODRES DO PECADOR

 

22 de janeiro de 2002, terça-feira

 

Sl 139, 12: “… que o mal persiga o violento até à morte!”

 

O pecador sofrerá muito em seu leito de dor, a angústia invadirá o seu coração e ele será atormentado dia e noite, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Não uma só, senão muitas serão as angústias que hão de afligir o pobre pecador enfermo”. O pecador em seu leito de dor será atormentado pelos demônios, porque esses inimigos fazem todos os esforços para perder a alma que está prestes a sair desta vida, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Sabem que lhes resta pouco tempo para apoderar-se dela e que, escapando-se agora, jamais será sua”.  E na verdade, não será apenas um demônio que rodeará o leito do pecador enfermo, mas muitos demônios. Não estará ali apenas um só, mais muitos demônios hão de rodear o enfermo para o perder.

O pecador, na hora da morte, estará rodeado de seus pecados, e os pecados, segundo São Bernardo de Claraval, lhe dirão: “Somos a tua obra, e não te deixaremos. Acompanhar-te-emos à outra vida, e contigo nos apresentaremos ao eterno Juiz”, e acrescenta o mesmo Santo: “Quisera então o moribundo desembaraçar-se de tais inimigos, mas para consegui-lo seria preciso detestá-los e converter-se a Deus de todo o coração”. O espírito, porém, está coberto de trevas, e o coração endurecido: “O coração duro será oprimido de males no fim; e quem ama o perigo, nele perecerá” (Eclo 3, 27).

São Bernardo de Claraval afirma o seguinte: “Que o coração, obstinado no mal durante a vida, se esforçará, no momento da morte, para sair do estado de condenação; mas não chegará a livrar-se dele, e, oprimido pela sua própria malícia, terminará a sua vida no mesmo estado. Tendo amado o pecado, amava também o perigo da condenação. É por isso justamente que o Senhor permitira que ele pereça nesse perigo, no qual quis viver até à morte”. Santo Agostinho escreve: “Aquele que não abandona o pecado antes que o pecado abandone a ele, dificilmente poderá na hora da morte detestá-lo como é devido, pois tudo o que fizer nessa emergência, o fará forçado”.

O pecador é uma pessoa infeliz, porque tapa os ouvidos para não ouvir a voz de Deus e fecha o coração para não deixá-lO entrar, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Quão infeliz é o pecador obstinado que resiste à voz divina! O ingrato, ao invés de se entregar e enternecer à voz de Deus, se endurece mais e mais, à semelhança da bigorna sob os golpes do martelo” .

Por amor às criaturas e ao pecado, o pecador vira as costas para Deus durante a sua vida aqui na terra, mas na hora da morte, quando recorrer a Deus, terá uma grande surpresa. Deus lhe dirá: “Agora recorreis a mim? Pedi socorro às criaturas, já que foram elas os vossos deuses” (Jr 2, 27). Deste modo falar-lhe-á o Senhor, porque, mesmo que a Ele se dirija, não será com verdadeira disposição de se converter.

Deus ameaça continuamente o pecador com uma morte infeliz, como está em Pr 1, 28: “Aí vão me chamar, e eu não responderei; vão me procurar e não me encontrarão!” .

Os pecadores abusam da misericórdia de Deus, e vivem tranqüilos como se Deus já lhes assegurasse o perdão. Essa maneira de agir é uma loucura, e a pior de todas as loucuras é deixar para se converter na hora da morte, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Pobres pecadores! Pobres cegos que se contentam com a esperança de se converter à hora da morte, quando já não o poderão fazer”, e Santo Ambrósio escreve: “Os ímpios não aprenderão a praticar o bem, senão quando já não é tempo”.

Prezado católico, Deus quer que todos os homens se salvem; mas Ele castiga aquele que vive teimando no caminho do pecado.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Os pecados: obras podres do pecador”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_02.asp

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FELIZ DO JUSTO NA HORA DA MORTE

 

23 de janeiro de 2002, quarta-feira

 

Sl 115, 15: “É preciosa na presença de Deus a morte de seus Santos.

 

Prezado católico, falarei sobre a morte do justo, isto é, da pessoa santa, que viveu de acordo com a Palavra de Deus, levando Deus e o Evangelho a sério. Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Considerada a morte à luz deste mundo, nos espanta e inspira temor; mas, segundo a luz da fé, é desejável e consoladora”. Para o pecador a morte é realmente terrível, porque está com a consciência carregada de pecados; mas para o justo, para aquele que agradou a Deus durante a vida, a morte é amável e consoladora. Escreve São Bernardo de Claraval: “A morte é preciosa, porque é o termo dos trabalhos, a coroa da vitória, a porta da vida”.

O justo, isto é, aquela pessoa temente a Deus, que luta para se santificar, não perde tempo com as coisas que o mundo oferece; ele sabe muito bem que não está aqui para repousar e para viver no comodismo, e sim, para trabalhar para salvar a sua alma, como escreve Santo Ambrósio: “A vida presente não nos foi dada para repousar, mas para trabalhar, e, por meio destes trabalhos, merecer a vida eterna” .

Aquele que morre na graça de Deus será recebido no céu, e ele receberá uma grande recompensa, porque saiu vitorioso e será chamado de Santo, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Deus chama bem-aventurados aos que morrem na sua graça, porque acabam os trabalhos e começam a descansar”, e em Ap 14, 13 diz: “… felizes os mortos, os que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, que descansem de suas fadigas, pois suas obras os acompanham”.

Caríssimo católico, se você deseja estar tranqüilo na hora da sua morte, abandone tudo aquilo que causa desgosto a Deus, viva somente para Deus e obedeça fielmente a sua Santa Palavra. Feliz daquele que vive preparado para essa hora decisiva, ele não passará pelas angústias do pecador, mas ficará tranqüilo, como está em Sb 3, 1: “A vida dos justos está nas mãos de Deus, nenhum tormento os atingirá”, em Dt 33, 3 diz: “Tu, que amas os antepassados, todos os santos estão em tua mão. Eles se prostraram aos seus pés e correram sob a tua direção”.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve o seguinte sobre as pessoas tementes a Deus: “Não temem os santos aquela ordem de sair desta vida, que tanto amedronta aos mundanos, nem se afligem por terem de deixar os bens da terra, porque nunca apegaram a eles o seu coração”.

O justo não teme a hora da morte, porque viveu somente para Deus; trabalhou continuamente para fazer a Santa Vontade do Senhor. O justo dirá na hora da morte com o coração transbordante de felicidade: gosto de viver e de fazer o bem, mas se o Senhor me chama, gosto de morrer. O pecador dirá totalmente o contrário, principalmente porque está com as mãos vazias, ocupou o tempo só para fazer o mal, e sua consciência está cheia de pecados.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não se afligem os Santos por terem de deixar honras mundanas, pois sempre as desprezaram e as tiveram na conta do que são efetivamente: fumo e vaidade, e somente estimaram a honra de amar a Deus e de ser por Ele amados. Não se afligem por terem de deixar seus parentes, porque somente os amaram em Deus, e, ao morrer, os deixam recomendados àquele Pai celestial que os ama mais do que eles; e esperando salvar-se, crêem que melhor lhes poderão ajudar lá no céu do que ficando na terra. Em suma: todos aqueles que disseram sempre durante a vida meu Deus e meu tudo, repetem-no ainda com maior consolo e ternura no momento da morte”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Feliz do justo na hora da morte”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_02.asp

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