Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

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NÃO SEJAS AVARO

 

07 de maio de 2002, terça-feira

 

1 Cor 6, 10: “… nem os avarentos… herdarão o Reino de Deus”.

 

Prezado católico, o que é a avareza? É o amor desordenado dos bens da terra. Há certo amor aos bens da terra que é legítimo; é um estímulo para o trabalho, uma previdência para o futuro, amparo para o futuro. Agora, o que ofende a Deus, e que torna o avarento forte candidato ao inferno, é desejar as riquezas, não para usá-las licitamente, senão pelo mero gosto de as possuir e pôr nas mesmas todo o afeto, é uma idolatria baixa e cheia de perigos, como está em Cl 3, 5-6: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez, que é idolatria. Essas coisas provocam a ira de Deus sobre os desobedientes”, é importante lembrar de que cupidez é o mesmo que cobiça.

A avareza é um vício horrível, ela gera:

1. A dureza para com os pobres e com a própria família.

O avarento é o famoso  “mão de vaca”, é aquele que dá tchau e depois conta os dedos, é aquele que não dá esmola, que deixa a família passar fome para não gastar; esse tipo  de gente jamais herdará o Reino de Deus.

Existe família que come arroz puro somente para não gastar. Os filhos são amarelos e com os olhos na nuca, não vão ao médico, somente para não gastar o dinheiro.

Muitos fazendeiros vêem o filho do vaqueiro chorar por causa de um copo de leite, os mesmos  preferem dar o leite para os porcos do que para a criança.

Muitas senhoras possuem roupa e mais roupa, e quando doam, escolhem as rasgadas e velhas.

2. O desassossego perpétuo, o esquecimento dos bens eternos.

O avarento fica preocupado o tempo todo com medo de ficar pobre,corre de um lado para outro e não sobra tempo para pensar em Deus e nas coisas do alto. Deixa a oração e a salvação da própria alma de lado.

3. A injustiça para com o próximo, pois não há boa fé e nem consciência no avarento.

O avarento luta continuamente para dar o golpe no próximo, porque já perdeu a consciência.

Caríssimo, o avarento terá um triste fim: “A terra de um rico produziu muito. Ele, então, refletia: ‘Que hei de fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Depois pensou: ‘Eis o que vou fazer: vou demolir meus celeiros, construir maiores, e lá hei de recolher todo o meu trigo e os meus bens. E direi à minha alma: Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus lhe diz: ‘Insensato, nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão?’ Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus” (Lc 12, 16-21).

Esse avarento se esqueceu de que era mortal, de que fosse morrer um dia.

E você, está tranqüilo? Você adora a Deus ou o dinheiro? O seu coração está cheio de Deus ou de cobiça?

Se você morresse hoje, compareceria tranqüilo diante de Deus?

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não sejas avaro”

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NÃO SEJAS AVARO

(continuação I)

 

08 de maio de 2002, quarta-feira

 

1 Cor 6, 10: “… nem os avarentos… herdarão o Reino de Deus”.

 

Caríssimo católico, a avareza é um sinal de desconfiança de Deus, que prometeu velar sobre nós com paternal solicitude, não nos deixando jamais passar falta do necessário, contanto que tenhamos confiança n’Ele, como está em Lc 12, 28: “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada no forno, quanto mais a vós, homens fracos na fé!” Cristo Jesus convida-nos a olharmos para as aves do céu, que não trabalham nem fiam, não certamente para nos incitar à preguiça, senão para acalmar as nossas preocupações e nos estimular à confiança em nosso Pai celestial.

Com o avarento acontece justamente o contrário, em lugar de pôr a sua confiança em Deus, coloca-a na multidão das suas riquezas dizendo: “Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te”. (Lc 12, 19), e o avarento faz injúria a Deus desconfiando d’Ele, como está no Sl 51, 9: “Eis o homem que não colocou Deus como sua fortaleza, mas confiava em sua grande riqueza e se fortificava com ciladas!”

Esta desconfiança é acompanhada de excessiva confiança em si mesmo, na sua atividade pessoal; quer o homem ser a sua providência, e assim, cai numa espécie de idolatria, fazendo do dinheiro o seu Deus. Sabemos que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e à riqueza: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24).

Prezado católico, para abandonar a avareza, é preciso usar dos remédios necessários:

1. O melhor remédio é a convicção profunda, fundada na razão e na fé, que as riquezas não são fim, senão meios que nos dá a Providência, para acudirmos as nossas necessidades e às de nossos irmãos; que Deus nunca deixa de ser o soberano Senhor delas; que nós, a bem dizer, não passamos de meros administradores, e que um dia havemos de dar conta delas ao Juiz Supremo.

2. Para melhor desapegar o coração, não há meio mais eficaz que depositar os seus bens no banco do céu, consagrando uma parte generosa aos pobres e às boas obras. Dar aos pobres é emprestar a Deus, é receber o cêntuplo, ainda mesmo neste mundo, tendo a consolação de fazer ditosos à roda de si, mas sobretudo no céu, onde Jesus, que considera como dado a Si mesmo o que foi dado ao menor dos seus, se encarregará de restituir em riquezas imperecíveis os bens temporais que sacrificarmos por Ele.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Não sejas avaro (continuação)”

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LEIA

 

09 de maio de 2002, quinta-feira

 

1 Tm 4, 13: “… aplica-te à leitura…”

 

Prezado católico, como é importante a leitura espiritual, assim como o alimento material faz bem para o nosso corpo, o bom livro faz bem para a nossa alma; feliz daquele que possui bons livros.

 Ler um bom livro é entrar num arsenal que fornece ao cristão as armas de que precisa para se defender dos ataques contra a verdade católica.

Se houvesse mais leitores dos bons livros, com certeza, o comportamento do povo seria outro; a religião seria mais praticada, o caminho da virtude e de Deus seria mais trilhado.

Mas, desgraçadamente, não é assim! O povo em geral gosta de ler jornais, fotonovelas, revistas pornográficas, romances, etc.; perdem o tempo com leituras inúteis que prejudicam a sua vida espiritual e que compromete a vida da graça em sua alma.

Católico, é preciso acordar, é preciso ler somente bons livros que te orientarão no caminho da santidade.

O católico deve ler em primeiro lugar a Bíblia, mas lê-la com atenção e com o máximo de respeito. Aquele que lê a Palavra de Deus, sente profunda alegria e segurança.

Santo Agostinho diz: “A Bíblia é a fazenda de Deus”. É verdade, porque nela encontramos todas as riquezas para a nossa alma.

Aquele que segue a Palavra de Deus viverá santamente, porque no Sl 33, 4 diz: “Pois a palavra de Deus é reta”.

Quem obedece a Palavra de Deus vive na luz, porque no Sl 118, 105 diz: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho”.

Aquele que vive a Palavra de Deus anda no caminho da verdade, porque no Sl 118, 160 diz: “O princípio da tua palavra é a verdade…”

Caríssimo, mas não basta você ler a Bíblia, é preciso colocá-la em prática, é preciso viver aquilo que a mesma exige, como está em Tg 1, 22-25: “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos! Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a pratica assemelha-se a um homem que, observando o seu rosto no espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo da sua aparência. Mas aquele que considera atentamente a Lei perfeita da liberdade e nela persevera, não sendo um ouvinte esquecido, antes, praticando o que ela ordena, esse é bem-aventurado naquilo que faz”.

Aquele que ouve a Palavra de Deus e não vive o que aprendeu, engana-se a si mesmo. A Igreja Católica está cheia desses hipócritas.

Depois da Bíblia, leia a vida dos Santos, eles foram pessoas que seguiram os passos de Cristo Jesus. São Francisco de Sales escreve: “Lê também as vidas dos Santos, onde verás, como em um espelho, o verdadeiro retrato da vida devota, acomodando os seus exemplos aos deveres do teu estado”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Leia”

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PÉROLA

 

10 de maio de 2002, sexta-feira

 

Pr 31, 10: “Quem encontrará a mulher talentosa? Vale muito mais do que pérolas”.

 

A Palavra de Deus fala abertamente, que a mulher talentosa e forte, vale mais do que pérolas, muito mais do que o ouro e a prata.

Em Pr 31, 11 diz: “Nela confia o seu marido…” O marido ama e valoriza a mulher que enfrenta as dificuldades, que o ajuda a lutar e a vencer, que é o seu braço direito, isto é, aquela mulher cheia de talentos, viva, que está sempre do seu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, etc. A mulher forte vale mais do que ouro e prata, é a felicidade do marido.

Em Pr 31, 12 diz: “Traz-lhe a felicidade, não a desgraça, todos os dias de sua vida”.

A Bíblia diz que a mulher talentosa e forte, traz muita felicidade para o marido, e não a desgraça, não somente uma vez na vida, mas todos os dias.

Muitos maridos sentem nojo de chegar em casa, porque a mulher só lhe causa tristeza e angústia; a mesma não é capaz de limpar uma casa, de lavar sua roupa, de banhar as crianças; é aquela coisa que fica o tempo todo nas casas dos vizinhos.

Em Pr 31, 13 diz: “Adquire a lã e o linho, e trabalha com mãos hábeis”. A mulher verdadeira, aquela que honra o nome e que ama a família, não vive na preguiça, mas ocupa bem o seu tempo.

Existe mulher que não faz nada para agradar ao marido, tem o olho cozido de tanto dormir, vê o marido no sufoco e só quer gastar.

A Bíblia diz em Pr 31, 23: “Na praça o seu marido é respeitado…” O marido que possui uma mulher santa é respeitado pelos outros homens; mas aquele que possui uma mulher fofoqueira e preguiçosa, sofre com a zombaria dos amigos.

Feliz do homem que possui uma mulher que teme a Deus, esse vive tranqüilo. Em Pr 31, 30 diz: “A mulher que teme a Deus merece louvor!” A beleza física e a inteligência não valem nada se falta esse temor, como está em Pr 31, 30: “Enganosa é a graça, fugaz a formosura!”

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Pérola”

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SEDE TEMPLO DIGNO DO ESPÍRITO SANTO

 

13 de maio de 2002, segunda-feira

 

Jo 16, 7: “… pois, se eu não for, o Paráclito não virá a vós”.

 

Prezado católico, meditemos sobre o Espírito Santo. Infelizmente, a maioria dos católicos não conhecem o Espírito Santo; a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é desconhecida pela maioria.

Quem é o Espírito Santo?

O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho.

O Espírito Santo não deve ser entendido como uma idéia ou bom pensamento, boa inteligência ou como um bom espírito que reina numa casa ou num encontro.

O Espírito Santo é pessoa, igual em tudo ao Pai e ao Filho. O Credo Niceno-Constantinopolitano reza: Creio no Espírito Santo, Senhor que dá vida, que procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Foi Ele quem falou pelos profetas.

O Espírito Santo é o amor entre Pai e Filho; é o Paráclito, o Consolador. Ele é a fonte de toda ciência e ensina toda a verdade, ajuda em tudo e opera as boas obras na vida dos homens.

O Espírito Santo é Deus?

É importante lembrar de que o Espírito Santo é Deus, Ele não é uma criatura. E a Palavra de Deus mostra que Ele é Deus.

 

At 5, 3-4: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração para mentires ao Espírito Santo, retendo parte do preço do terreno? Porventura, mantendo-o não permaneceria teu e, vendido, não continuaria em teu poder? Por que, pois, concebeste em teu coração este projeto? Não foi a homens que mentiste, mas a Deus”.

 

At 28, 25-26: “Estando assim discordantes entre si, eles se foram, enquanto Paulo dizia uma só palavra: ‘Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por meio do profeta Isaías, quando disse: ‘Vai ter com este povo e dize-lhe: em vão escutareis, pois não compreendereis; em vão olhareis, pois não vereis”.

 

1 Cor 2, 10-11: “A nós, porém, Deus o revelou pelo Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus. Quem, pois, dentre os homens conhece o que é do homem, senão o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, o que está em Deus, ninguém o conhece senão o Espírito de Deus”.

 

1 Cor 6, 19-20: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus?… e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo”.

 

Prezado católico, está claro que o Espírito Santo é Deus, por isso, é preciso respeitá-lO e não transformar a sua festa numa babilônia.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sede templo vivo do Espírito Santo”

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SETE DONS

 

16 de maio de 2002, quinta-feira

 

Is 11, 2: “Sobre ele repousará o espírito de Deus, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento  e de temor a Deus”.

 

Prezado católico, meditemos sobre os sete dons do Espírito Santo.

 

1. O dom da Sabedoria faz-nos conhecer claramente o nosso fim e os meios de o alcançarmos.

O dom da Sabedoria não se baseia no estudo, mas se funda no amor e, através da riqueza do amor, leva a conhecer e experimentar a Deus.

O dom da Sabedoria enriquece imensamente a vida de oração: o orante mergulha em Deus e nos seus mistérios, experimenta-os e os saboreia não só através da luz da fé, mas também através do amor. O influxo da sabedoria, porém, não pára aqui, mas envolve toda a vida do cristão, ensinando-o a ver Deus em todas as coisas e todas as coisas em Deus. É um saber, um julgar, todo segundo Deus; portanto, não segundo os critérios humanos, mas segundo os critérios divinos. É a sabedoria anunciada pelo Apóstolo São Paulo: “Uma sabedoria não deste mundo… uma sabedoria envolta em mistério”, revelada “mediante o Espírito”, fruto de seus “ensinamentos” interiores; sabedoria que “o homem natural não compreende porque as coisas de Deus se julgam só por meio do Espírito” (1 Cor 2, 6-14).

Santa Maria Madalena de Pazzi escreve o seguinte sobre a sabedoria: “Vossa sabedoria, ó Verbo, é como aquela sarça que mostrastes a Moisés, que arde e não se consome… Aborrece esta sabedoria os que procuram e vão atrás da sabedoria humana, que perante Deus é estultícia… Aborrece também esta sabedoria quem se priva da união convosco, pois quem vos ofende vos perde e se perde…”

Será que as pessoas que transformam a festa do Espírito Santo em babilônia, com danças, bebedeira, barulho, etc., possuem o dom da sabedoria? Claro que não.

2. O dom do Entendimento faz-nos conhecer as verdades reveladas e nos persuade delas profundamente.

Ao Espírito Santo é atribuído, de modo particular, o papel de iluminar os fiéis no sentido profundo do Evangelho, de toda a Revelação, dos mistérios divinos; verdades todas que transcendem a mente humana.

Quanto mais vive o cristão, por meio da caridade, em comunhão com o Espírito Santo que nele habita, tanto mais apto está a receber suas preciosas comunicações. Então se cumprirá a palavra de Jesus: “Ele vos ensinará todas as coisas” (Jo 14, 26).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sete dons”

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SETE DONS

(continuação I)

 

20 de maio de 2002, segunda-feira

 

Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo.

Meditaremos sobre o terceiro e o quarto dons.

 

3. O dom do Conselho ensina-nos o melhor partido que devemos tomar para nossa santificação e o que mais contribui para a glória de Deus.

O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: “Que homem pode conhecer os desígnios de Deus? Quem pode penetrar nas determinações do Senhor?” (Sb 9, 13). Seus desígnios são insondáveis e seus caminhos inacessíveis (Rm 11, 33). Não pode o homem conhecê-los nem compreendê-los. Mas bem-sabidos são pelo Espírito Santo e, embora não os descobrindo completamente, pode guiar o fiel pelos caminhos de Deus e fazê-los perceber a sabedoria infinita oculta em cada acontecimento. É a dor sempre mistério para o homem; só o Espírito Santo pode nos fazer entrever seu valor, infundir em nós a ciência da cruz, inspirar que atitude tomar perante o sofrimento. Em outras circunstâncias também é difícil enxergar qual seja o querer divino, qual a solução ou escolha mais agradável a Deus, como poderemos harmonizar deveres contrastantes e a qual deles dar a precedência. Até mesmo os conselhos de pessoas prudentes não conseguem resolver certas perplexidades. Cumpre então invocar, com mais insistência, o Espírito Santo. Não pode falhar seu conselho, pois é o próprio conselho de Deus. Foi dado aos fiéis, justamente para iluminá-los e guiá-los pelos caminhos do Altíssimo”.

4. O dom da Fortaleza sustenta-nos nos perigos, nos temores e tentações, e faz-nos triunfar das dificuldades que se opõem à nossa salvação.

Católico, é o dom da Fortaleza que nos sustenta diante dos perigos, é ele que nos ajuda e que nos enche de força para vencer os temores e as tentações, é ele que nos empurra para frente e que nos ajuda vencermos e triunfarmos sobre os obstáculos que se opõem à nossa santificação.

O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: “O Espírito Santo, ao mesmo tempo que instrui o cristão sobre seus deveres de filho de Deus, dá-lhe também a força de cumpri-los. “Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e dareis testemunho de mim” (At 1, 8), disse Jesus aos seus discípulos, momentos antes de subir ao céu. Não se trata da virtude da fortaleza outorgada ao batismo, junto com as demais virtudes infusas, mas de um dom particular do Espírito Santo, que supera o modo humano de agir, ultrapassando as limitações e debilidades que persistem até no homem mais virtuoso.

Depois de Pentecostes, os Apóstolos, revestidos desse dom, apareceram completamente transformados. Quando Jesus foi preso, haviam fugido; e depois de sua morte, encerraram-se em casa “com medo dos judeus” (Jo 20, 19). Mas após terem recebido o Espírito Santo, apresentaram-se ao povo e, sem nenhum temor, iniciaram a pregação. Nada os conteve: nem a força moral da autoridade pública, que os queria obrigar a calar, nem a força dos sofrimentos físicos com que foram ameaçados e castigados. Tornaram-se testemunhas, mensageiros e mártires. A força do Espírito Santo agia neles”.

E você católico, que sente vergonha de usar uma roupa longa, de rezar em praça pública, em chamar a atenção de alguém que olha revista pornográfica, etc; será que você possui o dom da fortaleza?

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sete dons (continuação I)”

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SETE DONS

(continuação II)

 

21 de maio de 2002, terça-feira

 

Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo.

Falaremos sobre os dons da Ciência, Piedade e do Santo Temor de Deus.

 

5. O dom da Ciência mostra-nos o nada das coisas criadas, nossas obrigações e o caminho mais seguro para chegarmos ao céu.

O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: “Tal ciência dá o Espírito Santo de bom grado aos humildes, aos simples de coração, aos que não confiam no próprio saber. Sob a luz dessa ciência divina, torna-se o cristão capaz de libertar-se do fascínio das criaturas, de avaliá-las pelo que são perante Deus e, por conseguinte, capaz de não se deixar deter por elas no caminho para o céu”.

Com certeza, São Francisco de Assis, iluminado por esta ciência, abandonou a amizade com pessoas vaidosas, para viver na mais rigorosa pobreza.

Sob o impulso desta Ciência, escreve Santa Teresa de Ávila: “Tudo passa – Deus não muda… Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta”.

Santa Maria Bertilla morreu dizendo: “Cumpre trabalhar por Jesus só. Tudo o mais nada é”.

6. O dom da Piedade é uma disposição religiosa, que nos faz cumprir com prontidão e fervor nossas obrigações para com Deus.

O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: “A oração profunda é uma comunicação íntima com Deus; mas quem poderá ensinar ao homem, tão grosseiro e material, as finezas requeridas para tratar intimamente com o Rei do Céu e da terra? Jamais haverá cerimonial nem livro devoto capaz de regular, de modo digno, as íntimas relações de amizade entre a criatura e o Criador. Há, porém, um mestre cuja capacidade é plenamente adequada à finalidade e cujo ensinamento está ao alcance de qualquer cristão. É o Espírito Santo”.

7. O dom do Temor de Deus é o receio constante de desagradar-Lhe, que nos faz fugir de todo o pecado, ainda dos veniais, para não desgostarmos a Nosso Senhor.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sete dons (continuação II)”

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EDUQUE COM FIRMEZA

 

22 de maio de 2002, quarta-feira

 

Eclo 42, 11: “Fortifica a vigilância sobre uma filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de irrisão para teus inimigos”.

 

Prezado católico, reflitamos atentamente sobre a educação e formação de uma moça.

O casal deve tomar muito cuidado com a formação de sua filha, se essa não for bem orientada no caminho de Deus, com certeza causará muito sofrimento para os pais, e fará o casal perder o sono, como está em Eclo 42, 9: Sem o saber, uma filha causa a seu pai inquietações, o cuidado por ela tira-lhe o sono”.

O casal não pode dar liberdade para a filha, porque a mesma deseja ser livre somente com a intenção de fazer bagunça, de transformar a liberdade em libertinagem. É preciso governá-la com rédeas curtas e com firmeza, sem fazer a sua vontade e os seus caprichos.

A Palavra de Deus manda o casal vigiar com cuidado a filha audaciosa, isto é, aquela filha insolente e arrogante; que está sempre desafiando os pais e trocando-os pelos “amigos”.

Se o casal der liberdade para a filha arrogante e insolente, logo, a mesma arranjará uma barriga ou então envolverá com drogas e outras coisas perigosas. Dar liberdade para uma moça arrogante é o mesmo que empurrá-la ladeira abaixo.

Você, casal, que possui esse tipo de moça, cuidado! A Bíblia manda cuidar da mesma com rigor, porque senão ela acabará se perdendo, como está em Eclo 42, 10: “Se virgem, que ela não seja profanada e não fique grávida na casa paterna”; e depois, os vizinhos, principalmente aqueles que não gostam de você, zombarão de ti juntamente e toda a cidade, como está em Eclo 42, 11: “Fortifica a vigilância sobre uma filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de irrisão para teus inimigos, o assunto da cidade, a chacota do povo, e não te desonre aos olhos de todos”.

O casal tem o dever de abaixar a crista da filha, não é certo deixá-la gritar dentro de casa como se fosse uma cabrita berrando; e muito menos fazer os seus gostos.

E também, caríssimo casal, se uma moça chegou na idade de se casar, e a sua vocação é o matrimônio, o certo é namorar e casar, e não ficar “chocando” dentro de casa, como está em Eclo 42, 9: “… se jovem, que ela não passe do tempo de se cassar…”

Muitos casais agora sofrem porque não usaram de rigor no passado. Deram liberdade à filha, e agora, dentro de casa, tem uma bandida.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Eduque com firmeza”

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RESPEITEM OS PAIS

 

23 de maio de 2002, quinta-feira

 

Eclo 3, 4-5: “O que honra a sua mãe é como quem ajunta um tesouro. Aquele que respeita o pai encontrará alegria nos filhos”.

 

A Palavra de Deus em Dt 5, 16 diz: “Honra teu pai e tua mãe, conforme te ordenou o Senhor teu Deus, para que os teus dias se prolonguem e tudo corra bem na terra que o Senhor teu Deus te dá”.

Caríssimo católico, dos pais os filhos receberam a vida, bem que maior não há. Por isto, devem cercar os pais de grande respeito, de uma honra quase divina, porque eles lhes representam Deus, que é só de quem deriva toda paternidade no céu e na terra, como está em Ef 3, 14-15: “Por essa razão eu dobro os joelhos diante do Pai – de quem toma o nome toda família no céu e na terra”.

Dos pais, os filhos receberam o alimento pelo qual viveram e cresceram. Mas, para fazer crescer os filhos, os pais consumiram as próprias forças e envelheceram. Compete, pois, aos filhos ajudá-los e sustentá-los até o fim, como está em Eclo 3, 12: “Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida”. E, quando Deus os chamar, e os amados pais desaparecerem do cenário visível deste mundo, é uma sacrossanta obrigação de justiça a que tem os filhos de rezar, de sufragar com Missas e orações as almas de seus pais.

Dos pais receberam a educação, em compensação, deverão prestar-lhes obediência.

O filho deve fazer de tudo para não ser pesado aos pais, e muito menos causar-lhes desgosto.

É preciso inclinar a cabeça diante de uma ordem, e falar-lhes com educação.

É necessário também ajudá-los prestando algum serviço dentro de casa, principalmente com o dinheiro recebido no trabalho.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Respeitem os pais”

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O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO?

 

27 de maio de 2002, segunda-feira

 

Mt 16, 26: “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?”

 

Prezado católico, reflitamos sobre a vaidade do mundo, sobre o vazio desse mundo que luta contra Deus e sua Santa Palavra; desse mundo que não dorme e que trabalha dia e noite para arruinar as almas.

Acorde enquanto é tempo, enquanto o seu coração ainda está pulsando, busque as coisas do alto e construa a sua morada no céu, praticando boas obras, como está em Cl 3, 1-2: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra”, e em Mt 6, 20 diz também: “… ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam”.

Prezado católico, você precisa tomar cuidado com as máximas e com a vaidade do mundo; aquilo que o mundo oferece, é lama e lixo, comparando com a paz que vem do alto; as riquezas e a fama que se adquire no mundo é um monte de ossos podres, comparando com a felicidade do céu. Não adianta você viver apegado às vaidades do mundo, porque com a morte deixará tudo aqui na terra, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “O dia da morte é chamado o dia da perda, porque nele perdemos as honras, as riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos”, e Santo Ambrósio escreve também: “Não podemos chamar nossos a esses bens, porque os não podemos levar conosco para o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade”.

Quantas pessoas estão vivendo nessa ilusão, só preocupadas com as coisas da terra; só com a intenção de entesourar tesouros aqui nesse mundo, tudo o que fazem é para adquirir fama e bens materiais; não se preocupam com a salvação da alma.

Jesus Cristo fala em Mt 16, 26: “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?” De que adianta a fama, os bens materiais, a vaidade, etc., na hora da morte?

São Luiz Gonzaga quando ia de férias, andando pela casa do pai, via luxo e mais luxo, então perguntava: “Papai, de que valerá isso na hora da morte?” E você, está mais preocupado com as coisas materiais ou com as espirituais? Está entesourando tesouros no céu ou está bebendo da lama do mundo? Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Oh! Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires moveu a dar a vida por Cristo!”

Foi por meio dessas máximas, que Santo Inácio de Loyola conquistou muitas almas para o céu, entre elas, a de São Francisco Xavier. O Santo não cansava de repetir: Pensa, Francisco, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre; mas, ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar essa felicidade? Mais que tua vida?” O jovem Francisco Xavier renunciou ao mundo, seguiu a Inácio de Loyola e se tornou um grande santo.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O que ganha quem ganha o mundo?”

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92

 

O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO?

(continuação I)

 

28 de maio de 2002, terça-feira

 

Continuar a explicação de Mt 16, 26: “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?”

 

Prezado católico, o mundo é um mar de vaidade e ilusão, como está em Ecl 1, 2: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Assim chamou Salomão aos bens do mundo, depois de ter experimentado, como ele mesmo confessou, todos os prazeres da terra: “Ao que os olhos me pediam nada recusei, nem privei meu coração de alegria alguma; sabia desfrutar de todo o meu trabalho, e esta foi minha porção em todo o meu trabalho” (Ecl 2, 10).

Os santos aproveitavam bem o tempo para entesourar tesouros no céu, e trabalhavam pela salvação da alma com muito empenho, seguindo a Palavra de Deus, que em Fl 2, 12 diz: “… operai a vossa salvação com temor e tremor”.

 Soror Margarida de Sant’Ana, carmelita descalça, filha do imperador Rodolfo II, dizia: “Para que servem os tronos na hora da morte?…”

Caríssimo católico, os santos tremiam ao pensar em sua salvação eterna.

 O Pe. Ségneri, todo assustado, perguntava a seu confessor: “Que me dizeis, padre, salvar-me-ei?”

 Santo André Avelino, exclamava: “Quem sabe se me salvarei!”

 São Luiz Beltrão, levantava-se várias vezes à noite, exclamando: “Quem sabe se me condenarei?…”

E contudo, os pecadores vivem em estado de condenação, e dormem, e riem e se divertem!

E você,  está preocupado com a sua salvação? Você perde noite de sono pensando nela? Ou está preocupado somente com as coisas da terra!

Os filhos do mundo trabalham continuamente, passam por dificuldades, somente com a finalidade de adquirir honras e fortuna, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Causa pasmo ver quão prudentes são os mundanos no que diz respeito às coisas da terra. Que passos não dão para adquirir honras ou fortuna! Quantos cuidados para conservar a saúde do corpo! Escolhem e empregam os meios mais adequados, os médicos mais afamados, os melhores remédios, o clima mais saudável… e, entretanto, quão descuidados são para a alma!”

Prezado católico, use de sabedoria e viva santamente para ter uma morte feliz,  ouvindo da boca de Deus esse convite maravilhoso: “Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu Senhor” (Mt 25, 21).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O que ganha quem ganha o mundo? (continuação)”

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O CHORO DE CRISTO

 

01 de outubro de 2002, terça-feira

 

Lc 19, 41: “E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”.

 

Caríssimos, reflitamos sobre o choro de Nosso Amado Senhor sobre Jerusalém.

Ele se aproximou de Jerusalém, e depois de contemplá-la, ficou triste e chorou.

Chorou vendo os palácios e o templo que seriam arrasados até o chão, mas, sobretudo chorou vendo o coração de tantos homens repletos, qual um sepulcro, de corrupção e de miséria; por isso Ele fala: “Pois dias virão sobre ti, e os teus inimigos te cercarão com trincheiras, te rodearão e te apertarão por todos os lados. Deitarão por terra a ti e a teus filhos no meio de ti, e não deixarão de ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada!” (Lc 19, 43-44).

Prezado católico, ficamos bastante comovidos com as lágrimas do Divino Amigo, e espontaneamente nos vem do coração esta pergunta: por que Jesus chora?

Se alguém tivesse ousado interrogar Jesus sobre a razão por que chorava, indubitavelmente tê-lo-ia ouvido responder: “Choro porque os homens pecaram; choro porque os homens não querem acolher o meu amor”.

O pranto de Nosso Senhor não parou apenas sobre os judeus de coração duro, mas desceu também sobre aquela pessoa que peca e que não quer acolher o seu amor.

Você que vive em estado de pecado mortal, Jesus Cristo chora sobre você, porque você carrega o demônio na sua alma; despreza o amor de Jesus para ficar com o demônio.

Jesus Cristo chora sobre essas pessoas que perdem tempo diante da televisão todos os dias, olhando novelas e filmes pornográficos.

Ele chora sobre a juventude que cresce longe d’Ele; que vive mergulhada na imoralidade, usando roupas imorais e freqüentando lugares proibidos. Chora sobre a juventude que não sabe mais rezar, mas que sabe blasfemar; que não gosta de ler a Sagrada Escritura, mas colecionam revistar pornográficas, que fogem da penitência, mas que gostam de mexer com drogas. Chora sobre a juventude que não conhece mais o sorriso inocente dos olhos divinos, mas tem os olhos cheios de negros desejos, e o coração cheio de lama. Ele chora sobre esses jovens que transformou o namoro numa verdadeira babilônia.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O choro de Cristo”

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O CHORO DE CRISTO

(continuação I)

 

02 de outubro de 2002, quarta-feira

 

Lc 19, 41: “E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”.

 

Jesus Cristo chorou sobre os homens que perderam o caminho da igreja e só conhecem o caminho das salas de divertimento, que têm nos lábios piadas imorais e  na alma o ódio e a discórdia.

Ele chorou sobre os homens casados que não respeitam mais a família, que comete adultério, e que não aproxima do Sacramento do perdão. Ele chorou sobre esses senhores que vivem bêbados e que gasta tudo o que possui em jogos.

Nosso Querido Senhor chorou sobre as mulheres que esqueceram d’Ele, que se rebelam contra a sua missão materna e não sabem mais carregar a cruz sem xingar a Deus. Ele chorou sobre aquela mulher casada que trai o marido; que compra roupa escandalosa para as suas filhas e que aconselha as filhas a se prostituírem. Ele chorou sobre a mãe de família que matou o seu filhinho cometendo o aborto; sobre aquela que toma remédio para evitar filho, que não segue os mandamentos da Lei de Deus para seguir as máximas do mundo.

Diante das lágrimas do Salvador, qual é a reação da humanidade? A reação é de frieza e indiferença. O coração do homem ficou e fica duro, a ponto de nunca conhecer o tempo da visita do Salvador. Jesus Cristo visita-nos com freqüência, passa perto de nós; e estamos tão distraídos pelo rumor da terra que não o percebemos. O homem anda tão voltado para o material, para as vaidades do mundo, que não percebe mais a presença de Cristo em sua vida.

Cristo visita-nos com as carícias, quando abençoa o trabalho da terra e o trabalho da confecção; quando envia chuva para molhar as plantas e o sol para aquecer a terra, etc., e o homem nem sequer Lhe agradece. Ele visita-nos pelo remorso da consciência, quando ouvimos uma boa pregação ou uma leitura edificante; e nós abusamos.

Caríssimo católico, esse abuso custará caro. Aquele que abusa da misericórdia de Deus sofrerá terrível castigo, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “A clemência foi prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela”, e em Eclo 5, 6 diz também: “Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores”.

Você que abandonou o caminho de Deus e que agora vive seguindo o mundo, você está pisando nas lágrimas de Cristo, está zombando do choro do Salvador, se você não mudar de vida, com certeza irá para o inferno, não ficando pedra sobre pedra, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Desgraçado daquele que abusa da bondade de Deus para ofendê-Lo mais!”, e São João Crisóstomo escreve também: “Judas se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de Jesus Cristo”, e Santo Agostinho diz ainda: “Quem ofende a Deus, fiado na esperança de ser perdoado, é um escarnecedor e não um penitente”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O choro de Cristo (continuação)”

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VERGONHA? POR QUÊ?

 

03 de outubro de 2002, quinta-feira

 

Mt 10, 33: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos Céus”.

 

Caríssimos, estamos vivendo num mundo onde as pessoas sentem vergonha de servir a Nosso Senhor e de manifestarem a sua fé. Jesus Cristo fala com rigor sobre essa vergonha que chega ao ponto de abandoná-lO: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 33).

O grande fantasma que intimida muitos católicos é o seguinte: “Que dirão os homens?” Hoje, infelizmente, as pessoas não estão preocupadas com o que Deus pensa delas, e sim, com o que pensam os homens; e para agradá-los, abandonam o caminho de Deus, seguem o caminho da mentira e da perversidade.

O respeito humano, essa vergonha de seguir a Cristo de coração, é uma verdadeira escravidão. Muitos jovens deixam de viver santamente, de agradar a Deus, de viver os mandamento por vergonha de seus companheiros. Nas suas cabeça vem sempre essa pergunta: “Que dirão de mim os meus companheiros?” Jovem, esse é um laço com que o demônio prende a muitos de vocês, impedindo-os de caminharem livremente na virtude, com perigo de se perderem eternamente.

Porque será que as pessoas servem o mundo e o demônio com a maior tranqüilidade? Com certeza, porque não possuem Deus na alma e também não encontraram a verdadeira Face de Jesus Cristo.

As moças sentem vergonha de usar uma roupa longa, mas estão prontas e animadas em andarem peladas, ofendendo a Deus e comprando a condenação eterna.

Muitos rapazes sentem vergonha em serem pessoas de bem, isto é, de se comportarem como gente civilizada, principalmente como cristãos autênticos; mas não sentem vergonha de usarem brincos na orelha, no nariz, etc., de usarem cabelos longos, de andarem com a calça caindo, mostrando a peça íntima, isto é, de se comportarem como “malas”.

Prezado católico, “…deixar de fazer o bem por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde. É ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo” (Pe. Alexandrino Monteiro). E essa covardia custará a sua salvação, caso você não mude de vida e de comportamento.

É grande covardia deixar de seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo para seguir o demônio; é ridículo abandonar os mandamentos da Lei de Deus e da Igreja Católica, para seguir e obedecer as máximas do mundo; é escandaloso deixar de ser luz e agradar a Deus, para ser trevas, com a intenção de agradar aos homens.

Você é chamado a seguir a Cristo e a obedecer ao que Ele diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, ouvi-o!” (Mt 17, 5). Você foi criado para seguir a Luz Eterna que é o Cristo Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).

Não abandone a Cristo por causa do respeito humano; o que dizem os homens são palavras que o vento leva; porém a virtude, que você, por medo do que eles dirão não pratica, é o ouro que desperdiça, e com certeza o prejuízo será grande.

Se você deixa de fazer o bem, de trabalhar pela sua salvação por medo das críticas dos homens, você é realmente um tolo e estúpido. Uma pessoa pode até zombar de ti, vendo-o praticar a sua fé; mas é melhor sofrer aqui na terra gozação por parte dos homens, do que ser escarnecido por Deus na hora do julgamento, porque Cristo diz: “… também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 33). É melhor sofrer desprezo por parte dos homens, por estar servindo a Cristo, do que não servi-lO, e ter que ouvir essas palavras na hora do juízo: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos” (Mt 25, 41).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Vergonha? por quê?”

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VERGONHA? POR QUÊ?

(continuação I)

 

04 de outubro de 2002, sexta-feira

 

Mt 10, 33: “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus”.

 

Prezado católico, é importante lembrar de que o respeito humano é uma escravidão, e aquele que nega a Nosso Senhor Jesus Cristo, com a intenção de agradar aos homens, é um covarde.

O católico deve ser uma pessoa decidida e convicta; é preciso temer o dia do terrível juízo e jogar fora esse pensamento: “Que dirão os homens?” O católico que possui o respeito humano, não merece o nome de cristão, porque, ser cristão, é ser um outro Cristo, e aquele que nega Jesus Cristo, além de não ser um outro Cristo, é um frouxo, covarde e traidor.

Prezado católico, a diferença dos católicos de hoje, com aqueles da Igreja Primitiva é muito grande. Eles enfrentavam as espadas afiadas, as fogueiras, as prisões e leões, não tremendo, mas  com a cabeça erguida. Nada os desanimava, pois, colocaram em prática esse trecho da Sagrada Escritura: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?… Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8, 35.38-39).

Hoje, infelizmente, diante de uma palavra de zombaria, diante de um sorriso crítico ou de um olhar de desprezo, muitos abandonam a Jesus Cristo e negam a Sua Santa Doutrina. Para afastar milhares do confessionário e da mesa da Comunhão, basta  um dito mordaz, um gesto de zombaria ou então uma crítica.

Caríssimo católico, você não pode se intimidar diante dos ataques das pessoas que estão servindo ao demônio. Calque aos pés o respeito humano que te afasta de Deus, desse Deus maravilhoso que te criou e que te sustenta; calque esse respeito humano que te escraviza, que não deixa você fazer progresso na vida espiritual.

Prezado católico, é preciso valentia para seguir o Senhor em qualquer ambiente e em todas as circunstâncias, é preciso caminhar com a cabeça erguida e lutar com força, porque Cristo Jesus ama a alma generosa, como escreve a Bem-aventurada Elisabete da Santíssima Trindade: “Deus ama aquele que possui um coração generoso”, e em 2 Tm 1, 7-8 diz: “Pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sobriedade. Não te envergonhes, pois, de  dar testemunho de nosso Senhor”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Vergonha? por quê? (continuação)”

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FELIZ DAQUELE QUE CONFIA

 

07 de outubro de 2002, segunda-feira

 

Mt 14, 27: “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”.

 

Prezado católico, reflitamos sobre a amizade com Jesus Cristo.

O homem gosta de fazer amizade, de ter amigos, mas se esquece de que o coração do homem é falso, como está em Jr 17, 5: “Maldito o homem que se fia no homem, que faz da carne a sua força…”, e em Jr 17, 9 diz ainda: “O coração é falso como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” É muito perigoso colocar a confiança no homem. Quantas pessoas já perderam a fortuna por causa dos falsos amigos! Quantos casais já se separaram por causa do golpe dos amigos! Quantos assassinatos já aconteceram por causa da traição dos amigos! Quantas pessoas estão em depressão por causa da falsidade dos amigos! O coração do homem muda continuamente, o coração do homem é um abismo, por isso, aquele que encontrou um amigo verdadeiro, encontrou um tesouro, como está em Eclo 6, 14: “Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro”.

É triste ver pessoas abandonarem a amizade com Jesus Cristo para se apoiarem no homem; com certeza elas cairão, porque o homem é um sopro, como está no Sl 144, 4: “O homem é como um sopro, seus dias como a sombra que passa”.

Caríssimo católico, é preciso acordar, isto é, confiar somente em Jesus Cristo. Nosso Senhor é o Amigo fiel e verdadeiro, aquele Amigo que está sempre te apoiando e te consolando, aquele Amigo que jamais te trairá.

Você diz que tal pessoa é realmente amiga, amiga do peito. Será que ela seria capaz de doar um órgão para você, caso necessitasse? Já parou para pensar nisso?

Você diz que o vizinho é o seu apoio, é tudo para você. Será que ele seria capaz de morrer para te defender?

É preciso descer das nuvens e deixar de ilusão; Cristo Jesus é o Amigo verdadeiro, Ele sofreu terríveis perseguições e morreu numa cruz para te salvar, Ele derramou o seu Preciosíssimo Sangue por amor à sua alma. E você ainda tem coragem de trocar a amizade do Amigo Jesus pela amizade do homem; que hoje está de pé e amanhã estará no cemitério?

Católico, será que algum amigo seu já morreu numa cruz para te salvar? Claro que não; não morreu  nem morrerá, porque o coração do homem é falso.

Cristo Jesus é o Amigo fiel que lhe diz: “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo” (Mt 14, 27). Ele fala assim, porque a Sua amizade é verdadeira e sem interesse. Cristo é o Amigo que ama de verdade, Ele estende a mão para nos ajudar, tudo por amor; enquanto que o homem possui uma amizade interesseira, é amigo enquanto pode tirar algum proveito dessa amizade, enquanto você serve como burro de carga, mas depois, você é jogado fora. Com Deus não é assim, Ele é Amigo fiel, como está em Dt 7, 9: “Deus é o único Deus, o Deus fiel…”

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Feliz daquele que confia”

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FELIZ DAQUELE QUE CONFIA

(continuação I)

 

08 de outubro de 2002, terça-feira

 

Mt 14, 27: “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”.

 

Você que gosta de fazer amizade, de ter amigos, quero apresentar-lhe um amigo verdadeiro, um amigo fiel e sincero: Nosso Senhor Jesus Cristo.

O católico que escolheu Jesus Cristo por Amigo é sábio e inteligente, porque o seu coração viverá sempre mergulhado na paz, naquela paz que somente o nosso Salvador pode dar, como está em Jo 14, 27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá”. Aquele que foge do Amigo Jesus para buscar a amizade do mundo, viverá sempre angustiado e mergulhado no vazio: “Que te pode dar o mundo sem Jesus?”, pergunta Tomás de Kempis.

Católico, o que você encontra de bom fora da amizade com Jesus? Nada! Simplesmente nada! Somente um vazio que invade a alma, porque a alma que não possui Jesus Cristo, que não O ama de verdade, que não aceita a Sua amizade, é uma alma suja e cheia de inquietação. A que vive longe da Amizade de Jesus Cristo, se assemelha à uma casa velha não habitada, que está sempre desorganizada, ou à uma estrada sem movimento, abandonada, onde cresce o mato e a erosão a destrói.

São Macário escreve: “Se uma casa não for habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra e desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a presença de Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia”. A alma que não aceita a amizade de Jesus Cristo é adúltera; deixa de viver unida ao seu Esposo Celeste para servir ao seu inimigo, que é Satanás, e assim, viverá na escuridão, se transformando num depósito de lixo.

Quem escolheu a Jesus por Amigo, pôs-se à sombra de boa árvore, pois, em Jesus, terá um Amigo protetor, que o defenderá dia e noite contra os assaltos de seus inimigos. Em Jesus,  terá um braço forte que pelejará por você e lhe dará a vitória na tentação.

Católico, se você anda angustiado e triste, é sinal de que está vivendo longe do Amado Jesus, que está mais ligado às trevas do que na Luz. Tomás de Kempis escreve: “Estar sem Jesus é terrível inferno; estar com Jesus é doce Paraíso”. Você que gosta de proteção e que anda à procura de grandeza, aproxime-se de Cristo, somente Ele é Amigo fiel e verdadeiro tesouro: “Quem acha a Jesus acha um tesouro precioso, ou antes, um bem acima de todo o bem” (Tomás de Kempis).

O católico que não tem Cristo por Amigo, vive com as mãos e pés amarrados, com os olhos vedados, e caminha apressadamente para o abismo eterno; mas aquele que tem amizade com Jesus, vive no caminho certo e cheio de felicidade, porque segue a Luz do mundo, como está em  Jo 8, 12: “Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Feliz daquele que confia (continuação)”

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PROTEÇÃO SEGURA

 

11 de outubro de 2002, sexta-feira

 

Mt 11, 28: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso”.

 

Prezado católico, nesse mundo tão agitado e cheio de barulho, a nossa alma precisa repousar, ela necessita de um lugar tranqüilo e silencioso; lugar assim, só existe um: o Sagrado Coração de Jesus Cristo. O mesmo Senhor diz: “… porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas” (Mt 11, 29). Jesus Cristo não mente, Ele é o Deus verdadeiro, se Ele disse que n’Ele encontraremos  repouso, não duvidemos.

Santo Agostinho escreve: “Senhor, Tu nos criastes para Ti, e o nosso coração só encontrará repouso, repousando em Ti”. É pura ilusão procurar descanso nas coisas do mundo, como por exemplo: nas drogas, no sexo antes do casamento, nas modas imorais, nas novelas destruidoras das famílias, nas bebidas, etc.; descanso verdadeiro, você só encontrará no Coração do Amado Jesus Cristo.

Jesus mesmo faz o convite: “Vinde a mim” (Mt 11, 28), Ele não manda procurar paz e descanso nas criaturas e na vaidade que o mundo oferece, mas n’Ele, somente n’Ele encontraremos auxílio e proteção.

Santa Teresa dos Andes diz: “Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo”. Essa é a grande verdade, em Jesus Cristo, no seu Santíssimo Coração encontramos tudo.

Você que necessita de tranqüilidade e de paz, que anda com o coração apertado e angustiado, aproxime do Coração de Nosso Senhor, entre na chaga Santíssima do Seu Coração, e nesse Mar Infinito e cheio de Amor e Doçura, se sentirá seguro e protegido.

No Coração Santíssimo de Jesus a sua alma navegará com segurança, ela não afundará. Os trovões das perseguições, os raios das tentações e o vento do desânimo não atingirão a sua alma, e você sentirá apenas a brisa suave do Amor Eterno que acariciará a sua alma.

No coração de Jesus você aprenderá verdadeiramente a amar; e verá que o mundo não passa de um palhaço assassino que atrai para matar. No coração do Divino Mestre você encontrará a verdadeira paz, e descobrirá que o mundo é fingido e postiço.

Católico, o Mestre te convida a repousar n’Ele e a descansar no Seu Santíssimo Coração. Não seja ingrato, aproxime-se do Senhor enquanto é tempo.

Um dia Nosso Senhor disse para a cidade de Jerusalém: “… quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo das suas asas, e não o quiseste!” (Mt 23, 37). Será que você também é ingrato e rebelde a exemplo de Jerusalém? Você diz não ao Eterno Senhor que derramou o Seu Sangue para te salvar? Jerusalém não quis receber o Senhor, mas foi punida: “Eis que a vossa casa vos ficará abandonada” (Mt 23, 38). E o mesmo acontecerá com você; se negar a Nosso Senhor, morrerá afogado na lama do mundo.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Proteção segura”

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PERMANECE NA VERDADE

 

15 de outubro de 2002, terça-feira

 

Jo 8, 31-32: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

 

Caríssimo católico, Jesus Cristo chama a nossa atenção sobre a vivência da Palavra de Deus, Ele quer que vivamos a Sua Palavra: Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos” (Jo 8, 31). Somos chamados a viver a Palavra de Deus, independente do lugar em que estejamos, somente assim seremos verdadeiros seguidores e discípulos de Jesus Cristo e iluminaremos com a nossa vida.

O Católico que vive alheio à Palavra de Deus, que anda sempre pela esquerda, que não deixa a Luz de Cristo entrar na sua alma, certamente é um câncer dentro da Igreja Católica, é um galho seco que não tem mais vida.

Para o apostolado produzir bons frutos é preciso viver intensamente a Palavra de Deus, caso contrário, o pregador fará apenas barulho e as palavras cairão aos seus pés. É preciso viver antes de pregar, como escreve São João Crisóstomo: “… Jesus diz que devemos antes fazer e depois ensinar a fazer; ele coloca a prática do bem antes do ensino, mostrando que poderemos ensinar com proveito somente se antes pusermos em prática tudo o que ensinamos, e jamais fazer o contrário… Aquele que é incapaz de orientar bem a sua vida e procura educar os outros, corre o perigo de ser ridicularizado por muitos; aliás, nem sequer poderá ensinar porque as suas ações testemunharão o contrário das suas palavras”.

Aquele que não vive a Palavra de Deus, além de não ser discípulo de Cristo, vive na mentira e será sempre escravo do demônio.  Os que vivem na Igreja sem viver o Evangelho, acaba sendo um escândalo dentro da mesma, e ao invés de levar os frios à conversão, afasta-os ainda mais. É importante lembrar de que a Igreja Católica não precisa de plantas ornamentais, e sim, de árvores frutíferas, isto é, a Igreja não precisa de pessoas que falam da boca para fora, e sim, de pessoas convertidas, porque, de palavras vazias o mundo já está cheio.

São Clemente Romano escreve: “Quando os pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, admiram a sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de idéia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente um mito e um engano”. Isso, no tempo da Igreja Primitiva; já pensou se São Clemente Romano vivesse hoje, onde a maioria dos católicos não só não vive a Palavra de Deus, mas nem a conhece e não quer conhecê-la?

Em Jo 8, 31-32 diz: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Santo Agostinho diz: “As suas palavras permanecem em nós quando fazemos tudo o que nos ordenou e desejamos o que nos prometeu; no entanto, quando as suas palavras permanecem em nossa memória, mas em nossa vida e nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas, então o ramo já na faz parte da videira porque não absorve mais a vida da sua raiz”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Permanece na verdade”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_05.asp

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