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NÃO SEJAS AVARO
07 de maio de 2002, terça-feira
1 Cor 6, 10:
“… nem os avarentos… herdarão o Reino de Deus”.
Prezado católico, o que é a avareza? É o amor desordenado dos bens
da terra. Há certo amor aos bens da terra que é legítimo; é um
estímulo para o trabalho, uma previdência para o futuro, amparo para
o futuro. Agora, o que ofende a Deus, e que torna o avarento forte
candidato ao inferno, é desejar as riquezas, não para usá-las
licitamente, senão pelo mero gosto de as possuir e pôr nas mesmas
todo o afeto, é uma idolatria baixa e cheia de perigos, como está em
Cl 3, 5-6: “Mortificai, pois, os vossos
membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a
cupidez, que é idolatria. Essas coisas provocam a ira de Deus sobre
os desobedientes”, é importante lembrar de que cupidez é o
mesmo que cobiça.
A avareza é um vício horrível, ela gera:
1. A dureza para com os pobres e com a própria família.
O avarento é o famoso “mão de vaca”, é aquele que dá tchau e depois
conta os dedos, é aquele que não dá esmola, que deixa a família
passar fome para não gastar; esse tipo de gente jamais herdará o
Reino de Deus.
Existe família que come arroz puro somente para não gastar. Os
filhos são amarelos e com os olhos na nuca, não vão ao médico,
somente para não gastar o dinheiro.
Muitos fazendeiros vêem o filho do vaqueiro chorar por causa de um
copo de leite, os mesmos preferem dar o leite para os porcos do
que para a criança.
Muitas senhoras possuem roupa e mais roupa, e quando doam,
escolhem as rasgadas e velhas.
2. O desassossego perpétuo, o esquecimento dos bens eternos.
O avarento fica preocupado o tempo todo com medo de ficar pobre,corre de um lado para outro e não sobra tempo para pensar em Deus e
nas coisas do alto. Deixa a oração e a salvação da própria alma de
lado.
3. A injustiça para com o próximo, pois não há boa fé e nem
consciência no avarento.
O avarento luta continuamente para dar o golpe no próximo, porque já
perdeu a consciência.
Caríssimo, o avarento terá um triste fim: “A
terra de um rico produziu muito. Ele, então, refletia: ‘Que hei de
fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Depois pensou: ‘Eis o
que vou fazer: vou demolir meus celeiros, construir maiores, e lá
hei de recolher todo o meu trigo e os meus bens. E direi à minha
alma: Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos
anos; repousa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus lhe diz: ‘Insensato,
nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que
acumulaste, de quem serão?’ Assim acontece àquele que ajunta
tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus”
(Lc 12, 16-21).
Esse avarento se esqueceu de que era mortal, de que fosse morrer um
dia.
E você, está tranqüilo? Você adora a Deus ou o dinheiro? O seu coração
está cheio de Deus ou de cobiça?
Se você morresse hoje, compareceria tranqüilo diante de Deus?
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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NÃO SEJAS AVARO
(continuação I)
08 de maio de 2002, quarta-feira
1 Cor 6, 10:
“… nem os avarentos… herdarão o Reino de
Deus”.
Caríssimo católico, a avareza é um sinal de desconfiança de Deus,
que prometeu velar sobre nós com paternal solicitude, não nos
deixando jamais passar falta do necessário, contanto que tenhamos
confiança n’Ele, como está em Lc 12, 28:
“Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã
será lançada no forno, quanto mais a vós, homens fracos na fé!”
Cristo Jesus convida-nos a olharmos para as aves do céu, que não
trabalham nem fiam, não certamente para nos incitar à preguiça,
senão para acalmar as nossas preocupações e nos estimular à
confiança em nosso Pai celestial.
Com o avarento acontece justamente o contrário, em lugar de pôr a
sua confiança em Deus, coloca-a na multidão das suas riquezas
dizendo: “Minha alma, tens uma quantidade de
bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te”.
(Lc 12, 19), e o avarento faz injúria a Deus desconfiando d’Ele,
como está no Sl 51, 9:
“Eis o homem que não
colocou Deus como sua fortaleza, mas confiava em sua grande riqueza
e se fortificava com ciladas!”
Esta desconfiança é acompanhada de excessiva confiança em si mesmo,
na sua atividade pessoal; quer o homem ser a sua providência, e
assim, cai numa espécie de idolatria, fazendo do dinheiro o seu
Deus. Sabemos que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e à
riqueza: “Não podeis servir a Deus e ao
dinheiro” (Mt 6, 24).
Prezado católico, para abandonar a avareza, é preciso usar dos
remédios necessários:
1. O melhor remédio é a convicção profunda, fundada na razão e na
fé, que as riquezas não são fim, senão meios que nos dá a
Providência, para acudirmos as nossas necessidades e às de nossos
irmãos; que Deus nunca deixa de ser o soberano Senhor delas; que
nós, a bem dizer, não passamos de meros administradores, e que um
dia havemos de dar conta delas ao Juiz Supremo.
2. Para melhor desapegar o coração, não há meio mais
eficaz que depositar os seus bens no banco do céu, consagrando uma
parte generosa aos pobres e às boas obras. Dar aos pobres é
emprestar a Deus, é receber o cêntuplo, ainda mesmo neste mundo,
tendo a consolação de fazer ditosos à roda de si, mas sobretudo no
céu, onde Jesus, que considera como dado a Si mesmo o que foi dado
ao menor dos seus, se encarregará de restituir em riquezas
imperecíveis os bens temporais que sacrificarmos por Ele.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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LEIA
09 de maio de 2002, quinta-feira
1 Tm 4, 13:
“… aplica-te à
leitura…”
Prezado católico, como é importante a leitura espiritual, assim como
o alimento material faz bem para o nosso corpo, o bom livro faz bem
para a nossa alma; feliz daquele que possui bons livros.
Ler um bom livro é entrar num arsenal que fornece ao cristão as
armas de que precisa para se defender dos ataques contra a verdade
católica.
Se houvesse mais leitores dos bons livros, com certeza, o
comportamento do povo seria outro; a religião seria mais praticada,
o caminho da virtude e de Deus seria mais trilhado.
Mas, desgraçadamente, não é assim! O povo em geral gosta de ler
jornais, fotonovelas, revistas pornográficas, romances, etc.; perdem
o tempo com leituras inúteis que prejudicam a sua vida espiritual e
que compromete a vida da graça em sua alma.
Católico, é preciso acordar, é preciso ler somente bons livros que
te orientarão no caminho da santidade.
O católico deve ler em primeiro lugar a Bíblia, mas lê-la com
atenção e com o máximo de respeito. Aquele que lê a Palavra de Deus,
sente profunda alegria e segurança.
Santo Agostinho diz: “A Bíblia é a fazenda
de Deus”. É verdade, porque nela encontramos todas as
riquezas para a nossa alma.
Aquele que segue a Palavra de Deus viverá santamente, porque no Sl
33, 4 diz: “Pois a
palavra de Deus é reta”.
Quem obedece a Palavra de Deus vive na luz, porque no Sl 118, 105
diz: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho”.
Aquele que vive a Palavra de Deus anda no caminho da verdade,
porque no Sl 118, 160 diz:
“O princípio da
tua palavra é a verdade…”
Caríssimo, mas não basta você ler a Bíblia, é preciso colocá-la em
prática, é preciso viver aquilo que a mesma exige, como está
em Tg 1, 22-25:
“Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos! Com efeito, aquele que ouve a Palavra e
não a pratica assemelha-se a um homem que, observando o seu rosto no
espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo
da sua aparência. Mas aquele que considera atentamente a Lei
perfeita da liberdade e nela persevera, não sendo um ouvinte
esquecido, antes, praticando o que ela ordena, esse é bem-aventurado
naquilo que faz”.
Aquele que ouve a Palavra de Deus e não vive o que aprendeu,
engana-se a si mesmo. A Igreja Católica está cheia desses
hipócritas.
Depois da Bíblia, leia a vida dos Santos, eles foram pessoas que
seguiram os passos de Cristo Jesus. São Francisco de Sales escreve:
“Lê também as vidas dos Santos, onde verás,
como em um espelho, o verdadeiro retrato da vida devota, acomodando
os seus exemplos aos deveres do teu estado”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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PÉROLA
10 de maio de 2002, sexta-feira
Pr 31, 10:
“Quem encontrará a mulher
talentosa? Vale muito mais do que pérolas”.
A Palavra de Deus fala abertamente, que a mulher talentosa e forte,
vale mais do que pérolas, muito mais do que o ouro e a prata.
Em Pr 31, 11 diz: “Nela confia o seu
marido…” O marido ama e valoriza a mulher que enfrenta as
dificuldades, que o ajuda a lutar e a vencer, que é o seu braço
direito, isto é, aquela mulher cheia de talentos, viva, que está
sempre do seu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
na pobreza e na riqueza, etc. A mulher forte vale mais do que ouro e
prata, é a felicidade do marido.
Em Pr 31, 12 diz:
“Traz-lhe a felicidade,
não a desgraça, todos os dias de sua vida”.
A Bíblia diz que a mulher talentosa e forte, traz muita felicidade
para o marido, e não a desgraça, não somente uma vez na vida, mas
todos os dias.
Muitos maridos sentem nojo de chegar em casa, porque a mulher só lhe
causa tristeza e angústia; a mesma não é capaz de limpar uma casa,
de lavar sua roupa, de banhar as crianças; é aquela coisa que fica o
tempo todo nas casas dos vizinhos.
Em Pr 31, 13 diz: “Adquire a lã e o linho, e
trabalha com mãos hábeis”. A mulher verdadeira, aquela que
honra o nome e que ama a família, não vive na preguiça, mas ocupa
bem o seu tempo.
Existe mulher que não faz nada para agradar ao marido, tem o olho
cozido de tanto dormir, vê o marido no sufoco e só quer gastar.
A Bíblia diz em Pr 31, 23: “Na praça o seu
marido é respeitado…” O marido que possui uma mulher santa é
respeitado pelos outros homens; mas aquele que possui uma mulher
fofoqueira e preguiçosa, sofre com a zombaria dos amigos.
Feliz do homem que possui uma mulher que teme a Deus, esse vive
tranqüilo. Em Pr 31, 30 diz: “A mulher que teme
a Deus merece louvor!” A beleza física e a inteligência não
valem nada se falta esse temor, como está em Pr 31, 30:
“Enganosa é a graça, fugaz a formosura!”
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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SEDE TEMPLO DIGNO DO ESPÍRITO SANTO
13 de maio de 2002, segunda-feira
Jo 16, 7:
“… pois, se eu não for, o
Paráclito não virá a vós”.
Prezado católico, meditemos sobre o Espírito Santo. Infelizmente, a
maioria dos católicos não conhecem o Espírito Santo; a Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade é desconhecida pela maioria.
Quem é o Espírito Santo?
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que
procede do Pai e do Filho.
O Espírito Santo não deve ser entendido como uma idéia ou bom
pensamento, boa inteligência ou como um bom espírito que reina numa
casa ou num encontro.
O Espírito Santo é pessoa, igual em tudo ao Pai e ao Filho. O Credo
Niceno-Constantinopolitano reza: Creio no Espírito Santo, Senhor que
dá vida, que procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é
adorado e glorificado. Foi Ele quem falou pelos profetas.
O Espírito Santo é o amor entre Pai e Filho; é o Paráclito, o
Consolador. Ele é a fonte de toda ciência e ensina toda a verdade,
ajuda em tudo e opera as boas obras na vida dos homens.
O Espírito Santo é Deus?
É importante lembrar de que o Espírito Santo é Deus, Ele não é uma
criatura. E a Palavra de Deus mostra que Ele é Deus.
At 5, 3-4:
“Ananias, por que encheu Satanás
o teu coração para mentires ao Espírito Santo, retendo parte do
preço do terreno? Porventura, mantendo-o não permaneceria teu e,
vendido, não continuaria em teu poder? Por que, pois, concebeste em
teu coração este projeto? Não foi a homens que mentiste, mas a
Deus”.
At 28, 25-26:
“Estando assim discordantes
entre si, eles se foram, enquanto Paulo dizia uma só palavra: ‘Bem
falou o Espírito Santo a vossos pais, por meio do profeta Isaías,
quando disse: ‘Vai ter com este povo e dize-lhe: em vão escutareis,
pois não compreendereis; em vão olhareis, pois não vereis”.
1 Cor 2, 10-11:
“A nós, porém, Deus o
revelou pelo Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até
mesmo as profundidades de Deus. Quem, pois, dentre os homens conhece
o que é do homem, senão o espírito do homem que nele está? Da mesma
forma, o que está em Deus, ninguém o conhece senão o Espírito de
Deus”.
1 Cor 6, 19-20:
“Ou não sabeis que o vosso
corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes
de Deus?… e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou
alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto, a Deus em vosso
corpo”.
Prezado católico, está claro que o Espírito Santo é
Deus, por isso, é preciso respeitá-lO e não transformar a sua festa numa babilônia.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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SETE DONS
16 de maio de 2002, quinta-feira
Is 11, 2:
“Sobre ele repousará o espírito de Deus, espírito de sabedoria e de
inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de
conhecimento e de temor a Deus”.
Prezado católico, meditemos sobre os sete dons do Espírito Santo.
1. O dom da Sabedoria faz-nos conhecer claramente o nosso fim
e os meios de o alcançarmos.
O dom da Sabedoria não se baseia no estudo, mas se funda no
amor e, através da riqueza do amor, leva a conhecer e experimentar a
Deus.
O dom da Sabedoria enriquece imensamente a vida de oração: o
orante mergulha em Deus e nos seus mistérios, experimenta-os e os
saboreia não só através da luz da fé, mas também através do amor. O
influxo da sabedoria, porém, não pára aqui, mas envolve toda a vida
do cristão, ensinando-o a ver Deus em todas as coisas e todas as
coisas em Deus. É um saber, um julgar, todo segundo Deus; portanto,
não segundo os critérios humanos, mas segundo os critérios divinos.
É a sabedoria anunciada pelo Apóstolo São Paulo:
“Uma sabedoria não deste mundo… uma
sabedoria envolta em mistério”, revelada “mediante o Espírito”,
fruto de seus “ensinamentos” interiores; sabedoria que “o homem
natural não compreende porque as coisas de Deus se julgam só por
meio do Espírito” (1 Cor 2, 6-14).
Santa Maria Madalena de Pazzi escreve o seguinte sobre a sabedoria:
“Vossa sabedoria, ó Verbo, é como aquela sarça que mostrastes a Moisés, que
arde e não se consome… Aborrece esta sabedoria os que procuram e vão
atrás da sabedoria humana, que perante Deus é estultícia… Aborrece
também esta sabedoria quem se priva da união convosco, pois quem vos
ofende vos perde e se perde…”
Será que as pessoas que transformam a festa do Espírito Santo em
babilônia, com danças, bebedeira, barulho, etc., possuem o dom da
sabedoria? Claro que não.
2. O dom do Entendimento faz-nos conhecer as verdades
reveladas e nos persuade delas profundamente.
Ao Espírito Santo é atribuído, de modo particular, o papel de
iluminar os fiéis no sentido profundo do Evangelho, de toda a
Revelação, dos mistérios divinos; verdades todas que transcendem a
mente humana.
Quanto mais vive o cristão, por meio da caridade, em comunhão com o
Espírito Santo que nele habita, tanto mais apto está a receber suas
preciosas comunicações. Então se cumprirá a palavra de Jesus:
“Ele vos ensinará todas as coisas”
(Jo
14, 26).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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SETE DONS
(continuação I)
20 de maio de 2002, segunda-feira
Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo.
Meditaremos sobre o terceiro e o quarto dons.
3. O dom do Conselho ensina-nos o melhor partido que devemos
tomar para nossa santificação e o que mais contribui para a glória
de Deus.
O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“Que homem pode conhecer os desígnios de
Deus? Quem pode penetrar nas determinações do Senhor?”
(Sb 9, 13).
Seus desígnios são insondáveis e seus caminhos inacessíveis
(Rm 11,
33). Não pode o homem conhecê-los nem compreendê-los. Mas
bem-sabidos são pelo Espírito Santo e, embora não os descobrindo
completamente, pode guiar o fiel pelos caminhos de Deus e fazê-los
perceber a sabedoria infinita oculta em cada acontecimento. É a dor
sempre mistério para o homem; só o Espírito Santo pode nos fazer
entrever seu valor, infundir em nós a ciência da cruz, inspirar que
atitude tomar perante o sofrimento. Em outras circunstâncias também
é difícil enxergar qual seja o querer divino, qual a solução ou
escolha mais agradável a Deus, como poderemos harmonizar deveres
contrastantes e a qual deles dar a precedência. Até mesmo os
conselhos de pessoas prudentes não conseguem resolver certas
perplexidades. Cumpre então invocar, com mais insistência, o
Espírito Santo. Não pode falhar seu conselho, pois é o próprio
conselho de Deus. Foi dado aos fiéis, justamente para iluminá-los e
guiá-los pelos caminhos do Altíssimo”.
4. O dom da Fortaleza sustenta-nos nos perigos, nos temores e
tentações, e faz-nos triunfar das dificuldades que se opõem à nossa
salvação.
Católico, é o dom da Fortaleza que nos sustenta diante dos
perigos, é ele que nos ajuda e que nos enche de força para vencer os
temores e as tentações, é ele que nos empurra para frente e que nos
ajuda vencermos e triunfarmos sobre os obstáculos que se opõem à
nossa santificação.
O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“O Espírito Santo, ao mesmo tempo que
instrui o cristão sobre seus deveres de filho de Deus, dá-lhe também
a força de cumpri-los. “Recebereis a força do Espírito Santo, que
descerá sobre vós, e dareis testemunho de mim”
(At 1, 8), disse
Jesus aos seus discípulos, momentos antes de subir ao céu. Não se
trata da virtude da fortaleza outorgada ao batismo, junto com as
demais virtudes infusas, mas de um dom particular do Espírito Santo,
que supera o modo humano de agir, ultrapassando as limitações e
debilidades que persistem até no homem mais virtuoso.
Depois de Pentecostes, os Apóstolos,
revestidos desse dom, apareceram completamente transformados. Quando
Jesus foi preso, haviam fugido; e depois de sua morte, encerraram-se
em casa “com medo dos judeus”
(Jo 20,
19). Mas após terem
recebido o
Espírito Santo, apresentaram-se ao povo e, sem nenhum temor,
iniciaram a pregação. Nada os conteve: nem a força moral da
autoridade pública, que os queria obrigar a calar, nem a força dos
sofrimentos físicos com que foram ameaçados e castigados.
Tornaram-se testemunhas, mensageiros e mártires. A força do Espírito
Santo agia neles”.
E você católico, que sente vergonha de usar uma roupa longa, de
rezar em praça pública, em chamar a atenção de alguém que olha
revista pornográfica, etc; será que você possui o dom da fortaleza?
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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SETE DONS
(continuação II)
21 de maio de 2002,
terça-feira
Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo.
Falaremos sobre os dons da Ciência, Piedade e do Santo
Temor de Deus.
5. O dom da Ciência mostra-nos o nada das coisas criadas,
nossas obrigações e o caminho mais seguro para chegarmos ao céu.
O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“Tal ciência dá o Espírito Santo de bom
grado aos humildes, aos simples de coração, aos que não confiam no
próprio saber. Sob a luz dessa ciência divina, torna-se o cristão
capaz de libertar-se do fascínio das criaturas, de avaliá-las pelo
que são perante Deus e, por conseguinte, capaz de não se deixar
deter por elas no caminho para o céu”.
Com certeza, São Francisco de Assis, iluminado por esta ciência,
abandonou a amizade com pessoas vaidosas, para viver na mais
rigorosa pobreza.
Sob o impulso desta Ciência, escreve Santa Teresa de Ávila:
“Tudo passa – Deus não muda… Quem a Deus
tem, nada lhe falta. Só Deus basta”.
Santa Maria Bertilla morreu dizendo:
“Cumpre
trabalhar por Jesus só. Tudo o mais nada é”.
6. O dom da Piedade é uma disposição religiosa, que nos faz
cumprir com prontidão e fervor nossas obrigações para com Deus.
O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“A oração profunda é uma comunicação íntima
com Deus; mas quem poderá ensinar ao homem, tão grosseiro e
material, as finezas requeridas para tratar intimamente com o Rei do
Céu e da terra? Jamais haverá cerimonial nem livro devoto capaz de
regular, de modo digno, as íntimas relações de amizade entre a
criatura e o Criador. Há, porém, um mestre cuja capacidade é
plenamente adequada à finalidade e cujo ensinamento está ao alcance
de qualquer cristão. É o Espírito Santo”.
7. O dom do Temor de Deus é o receio constante de
desagradar-Lhe, que nos faz fugir de todo o pecado, ainda dos
veniais, para não desgostarmos a Nosso Senhor.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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EDUQUE COM FIRMEZA
22 de maio de 2002, quarta-feira
Eclo 42, 11:
“Fortifica a vigilância
sobre uma filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de
irrisão para teus inimigos”.
Prezado católico, reflitamos atentamente sobre a educação e formação
de uma moça.
O casal deve tomar muito cuidado com a formação de sua filha, se
essa não for bem orientada no caminho de Deus, com certeza causará
muito sofrimento para os pais, e fará o casal perder o sono, como
está em Eclo 42, 9: “Sem
o saber, uma filha causa a seu pai inquietações, o cuidado por ela
tira-lhe o sono”.
O casal não pode dar liberdade para a filha, porque a mesma deseja
ser livre somente com a intenção de fazer bagunça, de transformar a
liberdade em libertinagem. É preciso governá-la com rédeas curtas e
com firmeza, sem fazer a sua vontade e os seus caprichos.
A Palavra de Deus manda o casal vigiar com cuidado a filha
audaciosa, isto é, aquela filha insolente e arrogante; que está
sempre desafiando os pais e trocando-os pelos “amigos”.
Se o casal der liberdade para a filha arrogante e insolente, logo, a
mesma arranjará uma barriga ou então envolverá com drogas e outras
coisas perigosas. Dar liberdade para uma moça arrogante é o mesmo
que empurrá-la ladeira abaixo.
Você, casal, que possui esse tipo de moça, cuidado! A Bíblia manda
cuidar da mesma com rigor, porque senão ela acabará se perdendo,
como está em Eclo 42, 10: “Se virgem, que
ela não seja profanada e não fique grávida na casa paterna”;
e depois, os vizinhos, principalmente aqueles que não gostam de
você, zombarão de ti juntamente e toda a cidade, como está em Eclo
42, 11: “Fortifica a vigilância sobre uma
filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de irrisão
para teus inimigos, o assunto da cidade, a chacota do povo, e não te
desonre aos olhos de todos”.
O casal tem o dever de abaixar a crista da filha, não é certo
deixá-la gritar dentro de casa como se fosse uma cabrita berrando; e
muito menos fazer os seus gostos.
E também, caríssimo casal, se uma moça chegou na idade de se casar,
e a sua vocação é o matrimônio, o certo é namorar e casar, e não
ficar “chocando” dentro de casa, como está em Eclo 42, 9:
“… se jovem, que ela não passe do tempo de
se cassar…”
Muitos casais agora sofrem porque não usaram de rigor no passado.
Deram liberdade à filha, e agora, dentro de casa, tem uma bandida.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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RESPEITEM OS PAIS
23 de maio de 2002, quinta-feira
Eclo 3, 4-5:
“O que honra a sua mãe é como quem ajunta um tesouro. Aquele que
respeita o pai encontrará alegria nos filhos”.
A Palavra de Deus em Dt 5, 16 diz:
“Honra teu pai e tua mãe, conforme te ordenou o Senhor teu Deus,
para que os teus dias se prolonguem e tudo corra bem na terra que o
Senhor teu Deus te dá”.
Caríssimo católico, dos pais os filhos receberam a vida, bem que
maior não há. Por isto, devem cercar os pais de grande respeito, de uma honra quase divina, porque eles lhes representam Deus, que é
só de quem deriva toda paternidade no céu e na terra, como está em Ef 3, 14-15:
“Por essa razão eu dobro os joelhos diante do Pai – de quem toma o
nome toda família no céu e na terra”.
Dos pais, os filhos receberam o alimento pelo qual viveram e
cresceram. Mas, para fazer crescer os filhos, os pais consumiram as
próprias forças e envelheceram. Compete, pois, aos filhos ajudá-los
e sustentá-los até o fim, como está em Eclo 3, 12:
“Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida”.
E, quando Deus os chamar, e os amados pais desaparecerem do cenário
visível deste mundo, é uma sacrossanta obrigação de justiça a que
tem os filhos de rezar, de sufragar com Missas e orações as almas de
seus pais.
Dos pais receberam a educação, em compensação, deverão prestar-lhes
obediência.
O filho deve fazer de tudo para não ser pesado aos pais, e muito
menos causar-lhes desgosto.
É preciso inclinar a cabeça diante de uma ordem, e falar-lhes com
educação.
É necessário também ajudá-los prestando algum serviço dentro de
casa, principalmente com o dinheiro recebido no trabalho.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO?
27 de maio de 2002, segunda-feira
Mt 16, 26:
“De fato, que aproveitará ao
homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?”
Prezado católico, reflitamos sobre a vaidade do mundo, sobre o vazio
desse mundo que luta contra Deus e sua Santa Palavra; desse mundo
que não dorme e que trabalha dia e noite para arruinar as almas.
Acorde enquanto é tempo, enquanto o seu coração ainda está pulsando,
busque as coisas do alto e construa a sua morada no céu, praticando
boas obras, como está em Cl 3, 1-2: “Se,
pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde
Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e
não nas da terra”, e em Mt 6, 20 diz também:
“… ajuntai para vós tesouros nos céus, onde
nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam
nem roubam”.
Prezado católico, você precisa tomar cuidado com as máximas e com a
vaidade do mundo; aquilo que o mundo oferece, é lama e lixo,
comparando com a paz que vem do alto; as riquezas e a fama que se
adquire no mundo é um monte de ossos podres, comparando com a
felicidade do céu. Não adianta você viver apegado às vaidades do
mundo, porque com a morte deixará tudo aqui na terra, como escreve
Santo Afonso Maria de Ligório: “O dia da
morte é chamado o dia da perda, porque nele perdemos as honras, as
riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos”, e
Santo Ambrósio escreve também: “Não podemos
chamar nossos a esses bens, porque os não podemos levar conosco para
o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade”.
Quantas pessoas estão vivendo nessa ilusão, só preocupadas com as
coisas da terra; só com a intenção de entesourar tesouros aqui nesse
mundo, tudo o que fazem é para adquirir fama e bens materiais; não
se preocupam com a salvação da alma.
Jesus Cristo fala em Mt 16, 26: “De fato,
que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a
sua vida?” De que adianta a fama, os bens materiais, a
vaidade, etc., na hora da morte?
São Luiz Gonzaga quando ia de férias, andando pela casa do pai, via
luxo e mais luxo, então perguntava: “Papai,
de que valerá isso na hora da morte?” E você, está mais
preocupado com as coisas materiais ou com as espirituais? Está
entesourando tesouros no céu ou está bebendo da lama do mundo? Santo
Afonso Maria de Ligório escreve:
“Oh!
Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na
clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires
moveu a dar a vida por Cristo!”
Foi por meio dessas máximas, que Santo Inácio de Loyola conquistou
muitas almas para o céu, entre elas, a de São Francisco Xavier. O
Santo não cansava de repetir: “Pensa,
Francisco, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre;
mas, ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer
teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar
essa felicidade? Mais que tua vida?”
O jovem Francisco Xavier renunciou
ao mundo, seguiu a Inácio de Loyola e se tornou um grande santo.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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92 |
O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO?
(continuação I)
28 de maio de 2002,
terça-feira
Continuar a explicação de Mt 16, 26:
“De
fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas
arruinar a sua vida?”
Prezado católico, o mundo é um mar de vaidade e ilusão, como está em
Ecl 1, 2: “Vaidade das vaidades, tudo é
vaidade”. Assim chamou Salomão aos bens do mundo, depois de
ter experimentado, como ele mesmo confessou, todos os prazeres da
terra: “Ao que os olhos me pediam nada
recusei, nem privei meu coração de alegria alguma; sabia desfrutar
de todo o meu trabalho, e esta foi minha porção em todo o meu
trabalho” (Ecl 2, 10).
Os santos aproveitavam bem o tempo para entesourar tesouros no céu,
e trabalhavam pela salvação da alma com muito empenho, seguindo a
Palavra de Deus, que em Fl 2, 12 diz:
“… operai a vossa salvação com temor e tremor”.
Soror Margarida de Sant’Ana, carmelita descalça, filha do imperador
Rodolfo II, dizia: “Para que servem os
tronos na hora da morte?…”
Caríssimo católico, os santos tremiam ao pensar em sua salvação
eterna.
O Pe. Ségneri, todo assustado, perguntava a seu confessor:
“Que me dizeis, padre, salvar-me-ei?”
Santo André Avelino, exclamava:
“Quem sabe se
me salvarei!”
São Luiz Beltrão, levantava-se várias vezes à noite, exclamando:
“Quem sabe se me condenarei?…”
E contudo, os pecadores vivem em estado de condenação, e dormem, e
riem e se divertem!
E você, está preocupado com a sua salvação? Você perde noite de
sono pensando nela? Ou está preocupado somente com as coisas da
terra!
Os filhos do mundo trabalham continuamente, passam por dificuldades,
somente com a finalidade de adquirir honras e fortuna, como escreve
Santo Afonso Maria de Ligório:
“Causa pasmo ver quão prudentes são os mundanos no
que diz respeito às coisas da terra. Que passos não dão para
adquirir honras ou fortuna! Quantos cuidados para conservar a saúde
do corpo! Escolhem e empregam os
meios mais adequados, os médicos mais afamados, os melhores
remédios, o clima mais saudável… e, entretanto, quão descuidados são
para a alma!”
Prezado católico, use de sabedoria e viva santamente para ter uma
morte feliz, ouvindo da boca de Deus esse convite maravilhoso:
“Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco
foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu
Senhor” (Mt
25, 21).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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93 |
O CHORO DE CRISTO
01 de outubro de 2002, terça-feira
Lc 19, 41:
“E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”.
Caríssimos, reflitamos sobre o choro de Nosso Amado Senhor sobre
Jerusalém.
Ele se aproximou de Jerusalém, e depois de contemplá-la, ficou
triste e chorou.
Chorou vendo os palácios e o templo que seriam arrasados até o chão,
mas, sobretudo chorou vendo o coração de tantos homens repletos,
qual um sepulcro, de corrupção e de miséria; por isso Ele fala:
“Pois dias virão sobre ti, e os teus
inimigos te cercarão com trincheiras, te rodearão e te apertarão por
todos os lados. Deitarão por terra a ti e a teus filhos no meio de
ti, e não deixarão de ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste
o tempo em que foste visitada!” (Lc 19, 43-44).
Prezado católico, ficamos bastante comovidos com as lágrimas do
Divino Amigo, e espontaneamente nos vem do coração esta pergunta:
por que Jesus chora?
Se alguém tivesse ousado interrogar Jesus sobre a razão por que
chorava, indubitavelmente tê-lo-ia ouvido responder: “Choro porque
os homens pecaram; choro porque os homens não querem acolher o meu
amor”.
O pranto de Nosso Senhor não parou apenas sobre os judeus de coração
duro, mas desceu também sobre aquela pessoa que peca e que não quer
acolher o seu amor.
Você que vive em estado de pecado mortal, Jesus Cristo chora sobre
você, porque você carrega o demônio na sua alma; despreza o amor de
Jesus para ficar com o demônio.
Jesus Cristo chora sobre essas pessoas que perdem tempo diante da
televisão todos os dias, olhando novelas e filmes pornográficos.
Ele chora sobre a juventude que cresce longe d’Ele; que vive
mergulhada na imoralidade, usando roupas imorais e freqüentando
lugares proibidos. Chora sobre a juventude que não sabe mais rezar,
mas que sabe blasfemar; que não gosta de ler a Sagrada Escritura,
mas colecionam revistar pornográficas, que fogem da penitência, mas
que gostam de mexer com drogas. Chora sobre a juventude que não
conhece mais o sorriso inocente dos olhos divinos, mas tem os olhos
cheios de negros desejos, e o coração cheio de lama. Ele chora sobre
esses jovens que transformou o namoro numa verdadeira babilônia.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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94 |
O CHORO DE CRISTO
(continuação I)
02 de outubro de 2002, quarta-feira
Lc 19, 41:
“E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”.
Jesus Cristo chorou sobre os homens que perderam o caminho da igreja
e só conhecem o caminho das salas de divertimento, que têm nos lábios
piadas imorais e na alma o ódio e a discórdia.
Ele chorou sobre os homens casados que não respeitam mais a
família, que comete adultério, e que não aproxima do Sacramento do
perdão. Ele chorou sobre esses senhores que vivem bêbados e que
gasta tudo o que possui em jogos.
Nosso Querido Senhor chorou sobre as mulheres que esqueceram d’Ele,
que se rebelam contra a sua missão materna e não sabem mais carregar
a cruz sem xingar a Deus. Ele chorou sobre aquela mulher casada que
trai o marido; que compra roupa escandalosa para as suas filhas e
que aconselha as filhas a se prostituírem. Ele chorou sobre a mãe de
família que matou o seu filhinho cometendo o aborto; sobre aquela
que toma remédio para evitar filho, que não segue os mandamentos da
Lei de Deus para seguir as máximas do mundo.
Diante das lágrimas do Salvador, qual é a reação da humanidade? A
reação é de frieza e indiferença. O coração do homem ficou e fica
duro, a ponto de nunca conhecer o tempo da visita do Salvador. Jesus
Cristo visita-nos com freqüência, passa perto de nós; e estamos tão
distraídos pelo rumor da terra que não o percebemos. O homem anda
tão voltado para o material, para as vaidades do mundo, que não
percebe mais a presença de Cristo em sua vida.
Cristo visita-nos com as carícias, quando abençoa o trabalho da
terra e o trabalho da confecção; quando envia chuva para molhar as
plantas e o sol para aquecer a terra, etc., e o homem nem sequer
Lhe agradece. Ele visita-nos pelo remorso da consciência, quando
ouvimos uma boa pregação ou uma leitura edificante; e nós abusamos.
Caríssimo católico, esse abuso custará caro. Aquele que abusa da
misericórdia de Deus sofrerá terrível castigo, como escreve Santo
Afonso Maria de Ligório: “A clemência foi
prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela”, e em
Eclo 5, 6 diz também:
“Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros
pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará
sobre os pecadores”.
Você que abandonou o caminho de Deus e que agora vive seguindo o
mundo, você está pisando nas lágrimas de Cristo, está zombando do
choro do Salvador, se você não mudar de vida, com certeza irá para o
inferno, não ficando pedra sobre pedra, como escreve Santo Afonso
Maria de Ligório: “Desgraçado daquele que
abusa da bondade de Deus para ofendê-Lo mais!”,
e São João Crisóstomo escreve também: “Judas
se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de
Jesus Cristo”, e Santo Agostinho diz ainda:
“Quem ofende a Deus, fiado na esperança de
ser perdoado, é um escarnecedor e não um penitente”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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95 |
VERGONHA? POR QUÊ?
03 de outubro de 2002, quinta-feira
Mt 10, 33: “Aquele, porém, que me renegar
diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos
Céus”.
Caríssimos, estamos vivendo num mundo onde as pessoas sentem
vergonha de servir a Nosso Senhor e de manifestarem a sua fé. Jesus
Cristo fala com rigor sobre essa vergonha que chega ao ponto de
abandoná-lO: “Aquele, porém, que me renegar
diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos
céus” (Mt 10, 33).
O grande fantasma que intimida muitos católicos é o seguinte: “Que
dirão os homens?” Hoje, infelizmente, as pessoas não estão
preocupadas com o que Deus pensa delas, e sim, com o que pensam os
homens; e para agradá-los, abandonam o caminho de Deus, seguem o
caminho da mentira e da perversidade.
O respeito humano, essa vergonha de seguir a Cristo de coração, é
uma verdadeira escravidão. Muitos jovens deixam de viver santamente,
de agradar a Deus, de viver os mandamento por vergonha de seus
companheiros. Nas suas cabeça vem sempre essa pergunta: “Que dirão
de mim os meus companheiros?” Jovem, esse é um laço com que o
demônio prende a muitos de vocês, impedindo-os de caminharem
livremente na virtude, com perigo de se perderem eternamente.
Porque será que as pessoas servem o mundo e o demônio com a maior
tranqüilidade? Com certeza, porque não possuem Deus na alma e também
não encontraram a verdadeira Face de Jesus Cristo.
As moças sentem vergonha de usar uma roupa longa, mas estão prontas
e animadas em andarem peladas, ofendendo a Deus e comprando a
condenação eterna.
Muitos rapazes sentem vergonha em serem pessoas de bem, isto é, de se
comportarem como gente civilizada, principalmente como cristãos
autênticos; mas não sentem vergonha de usarem brincos na orelha, no
nariz, etc., de usarem cabelos longos, de andarem com a calça caindo,
mostrando a peça íntima, isto é, de se comportarem como “malas”.
Prezado católico, “…deixar de fazer o bem
por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde. É
ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo”
(Pe. Alexandrino Monteiro). E essa
covardia custará a sua salvação, caso você não mude de vida e de
comportamento.
É grande covardia deixar de seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo para
seguir o demônio; é ridículo abandonar os mandamentos da Lei de
Deus e da Igreja Católica, para seguir e obedecer as máximas do
mundo; é escandaloso deixar de ser luz e agradar a Deus, para ser
trevas, com a intenção de agradar aos homens.
Você é chamado a seguir a Cristo e a obedecer ao que Ele diz:
“Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo, ouvi-o!” (Mt 17, 5).
Você foi criado para seguir a
Luz Eterna que é o Cristo Jesus: “Eu sou a
luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da
vida” (Jo 8, 12).
Não abandone a Cristo por causa do respeito humano; o que dizem os
homens são palavras que o vento leva; porém a virtude, que você, por
medo do que eles dirão não pratica, é o ouro que desperdiça, e com
certeza o prejuízo será grande.
Se você deixa de fazer o bem, de trabalhar pela sua
salvação por
medo das críticas dos homens, você é realmente um tolo e estúpido.
Uma pessoa pode até zombar de ti, vendo-o praticar a sua fé; mas é
melhor sofrer aqui na terra gozação por parte dos homens, do que ser
escarnecido por Deus na hora do julgamento, porque Cristo diz:
“… também o renegarei diante de meu Pai que
está nos céus” (Mt 10, 33). É melhor sofrer desprezo por
parte dos homens, por estar servindo a Cristo, do que não servi-lO,
e ter que ouvir essas palavras na hora do juízo:
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno preparado para o diabo e para os seus anjos”
(Mt 25,
41).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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96 |
VERGONHA? POR QUÊ?
(continuação I)
04 de outubro de 2002, sexta-feira
Mt 10, 33:
“Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei
diante de meu Pai que está nos céus”.
Prezado católico, é importante lembrar de que o respeito humano é
uma escravidão, e aquele que nega a Nosso Senhor Jesus Cristo, com a
intenção de agradar aos homens, é um covarde.
O católico deve ser uma pessoa decidida e convicta; é preciso temer
o dia do terrível juízo e jogar fora esse pensamento: “Que dirão os
homens?” O católico que possui o respeito humano, não merece o nome
de cristão, porque, ser cristão, é ser um outro Cristo, e aquele que
nega Jesus Cristo, além de não ser um outro Cristo, é um frouxo,
covarde e traidor.
Prezado católico, a diferença dos católicos de hoje, com aqueles da
Igreja Primitiva é muito grande. Eles enfrentavam as espadas
afiadas, as fogueiras, as prisões e leões, não tremendo, mas com a
cabeça erguida. Nada os desanimava, pois, colocaram em prática esse
trecho da Sagrada Escritura: “Quem nos
separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição,
a fome, a nudez, o perigo, a espada?… Pois estou convencido de que
nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o
presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a
profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor
de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor”
(Rm 8,
35.38-39).
Hoje, infelizmente, diante de uma palavra de zombaria, diante de um
sorriso crítico ou de um olhar de desprezo, muitos abandonam a Jesus
Cristo e negam a Sua Santa Doutrina. Para afastar milhares do
confessionário e da mesa da Comunhão, basta um dito mordaz, um
gesto de zombaria ou então uma crítica.
Caríssimo católico, você não pode se intimidar diante dos ataques
das pessoas que estão servindo ao demônio. Calque aos pés o respeito
humano que te afasta de Deus, desse Deus maravilhoso que te criou e
que te sustenta; calque esse respeito humano que te escraviza, que
não deixa você fazer progresso na vida espiritual.
Prezado católico, é preciso valentia para seguir o Senhor em
qualquer ambiente e em todas as circunstâncias, é preciso caminhar
com a cabeça erguida e lutar com força, porque Cristo Jesus ama a
alma generosa, como escreve a Bem-aventurada Elisabete da Santíssima
Trindade: “Deus ama aquele que possui um
coração generoso”, e em 2 Tm 1, 7-8 diz:
“Pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de
força, de amor e de sobriedade. Não te envergonhes, pois, de
dar testemunho de nosso Senhor”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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97 |
FELIZ DAQUELE QUE CONFIA
07 de outubro de 2002, segunda-feira
Mt 14, 27:
“Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”.
Prezado católico, reflitamos sobre a amizade com Jesus Cristo.
O homem gosta de fazer amizade, de ter amigos, mas se esquece de que
o coração do homem é falso, como está em Jr 17, 5: “Maldito
o homem que se fia no homem, que faz da carne a sua força…”,
e em Jr 17, 9 diz ainda: “O coração é falso
como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” É
muito perigoso colocar a confiança no homem. Quantas pessoas já
perderam a fortuna por causa dos falsos amigos! Quantos casais já se
separaram por causa do golpe dos amigos! Quantos assassinatos já
aconteceram por causa da traição dos amigos! Quantas pessoas estão
em depressão por causa da falsidade dos amigos! O coração do homem
muda continuamente, o coração do homem é um abismo, por isso, aquele
que encontrou um amigo verdadeiro, encontrou um tesouro, como está
em Eclo 6, 14: “Um
amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um
tesouro”.
É triste ver pessoas abandonarem a amizade com Jesus Cristo para se
apoiarem no homem; com certeza elas cairão, porque o homem é um
sopro, como está no Sl 144, 4:
“O homem é como um sopro, seus dias como a sombra que passa”.
Caríssimo católico, é preciso acordar, isto é, confiar somente em
Jesus Cristo. Nosso Senhor é o Amigo fiel e verdadeiro, aquele Amigo
que está sempre te apoiando e te consolando, aquele Amigo que jamais
te trairá.
Você diz que tal pessoa é realmente amiga, amiga do peito. Será que
ela seria capaz de doar um órgão para você, caso necessitasse?
Já parou para pensar nisso?
Você diz que o vizinho é o seu apoio, é tudo para você. Será que ele
seria capaz de morrer para te defender?
É preciso descer das nuvens e deixar de ilusão; Cristo Jesus é o
Amigo verdadeiro, Ele sofreu terríveis perseguições e morreu numa
cruz para te salvar, Ele derramou o seu Preciosíssimo Sangue por
amor à sua alma. E você ainda tem coragem de trocar a amizade do
Amigo Jesus pela amizade do homem; que hoje está de pé e amanhã
estará no cemitério?
Católico, será que algum amigo seu já morreu numa cruz para te
salvar? Claro que não; não morreu nem morrerá, porque o coração do
homem é falso.
Cristo Jesus é o Amigo fiel que lhe diz:
“Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”
(Mt 14, 27). Ele
fala assim, porque a Sua amizade é verdadeira e sem interesse. Cristo
é o Amigo que ama de verdade, Ele estende a mão para nos ajudar,
tudo por amor; enquanto que o homem possui uma amizade interesseira,
é amigo enquanto pode tirar algum proveito dessa amizade, enquanto
você serve como burro de carga, mas depois, você é jogado fora. Com
Deus não é assim, Ele é Amigo fiel, como está em Dt 7, 9:
“Deus é o único Deus, o Deus fiel…”
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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98 |
FELIZ DAQUELE QUE CONFIA
(continuação I)
08 de outubro de 2002, terça-feira
Mt 14, 27:
“Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”.
Você que gosta de fazer amizade, de ter amigos, quero apresentar-lhe
um amigo verdadeiro, um amigo fiel e sincero: Nosso Senhor Jesus
Cristo.
O católico que escolheu Jesus Cristo por Amigo é sábio e
inteligente, porque o seu coração viverá sempre mergulhado na paz,
naquela paz que somente o nosso Salvador pode dar, como está em Jo
14, 27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos
dou; não vo-la dou como o mundo dá”. Aquele que foge do Amigo
Jesus para buscar a amizade do mundo, viverá sempre angustiado e
mergulhado no vazio: “Que te pode dar o
mundo sem Jesus?”, pergunta Tomás de Kempis.
Católico, o que você encontra de bom fora da amizade com Jesus? Nada!
Simplesmente nada! Somente um vazio que invade a alma, porque a alma
que não possui Jesus Cristo, que não O ama de verdade, que não
aceita a Sua amizade, é uma alma suja e cheia de inquietação. A que
vive longe da Amizade de Jesus Cristo, se assemelha à uma casa velha
não habitada, que está sempre desorganizada, ou à uma estrada sem
movimento, abandonada, onde cresce o mato e a erosão a destrói.
São Macário escreve: “Se uma casa
não for habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra e
desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a
presença de Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as
trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa
ignomínia”. A alma que não aceita a amizade de Jesus Cristo é
adúltera; deixa de viver unida ao seu Esposo Celeste para servir ao
seu inimigo, que é Satanás, e assim, viverá na escuridão, se
transformando num depósito de lixo.
Quem escolheu a Jesus por Amigo, pôs-se à sombra de boa árvore,
pois, em Jesus, terá um Amigo protetor, que o defenderá dia e noite
contra os assaltos de seus inimigos. Em Jesus, terá um braço
forte que pelejará por você e lhe dará a vitória na tentação.
Católico, se você anda angustiado e triste, é sinal de que está
vivendo longe do Amado Jesus, que está mais ligado às trevas do que
na Luz. Tomás de Kempis escreve: “Estar sem
Jesus é terrível inferno; estar com Jesus é doce Paraíso”.
Você que gosta de proteção e que anda à procura de grandeza,
aproxime-se de Cristo, somente Ele é Amigo fiel e verdadeiro
tesouro: “Quem acha a Jesus acha um tesouro
precioso, ou antes, um bem acima de todo o bem”
(Tomás de
Kempis).
O católico que não tem Cristo por Amigo, vive com as mãos e pés
amarrados, com os olhos vedados, e caminha apressadamente para o
abismo eterno; mas aquele que tem amizade com Jesus, vive no caminho
certo e cheio de felicidade, porque segue a Luz do mundo, como está
em Jo 8, 12:
“Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas
terá a luz da vida”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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99 |
PROTEÇÃO SEGURA
11 de outubro de 2002, sexta-feira
Mt 11, 28:
“Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo
e eu vos darei descanso”.
Prezado católico, nesse mundo tão agitado e cheio de barulho, a
nossa alma precisa repousar, ela necessita de um lugar tranqüilo e
silencioso; lugar assim, só existe um: o Sagrado Coração de Jesus
Cristo. O mesmo Senhor diz: “… porque sou
manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas
almas” (Mt 11, 29). Jesus Cristo não mente, Ele é o Deus
verdadeiro, se Ele disse que n’Ele encontraremos repouso, não
duvidemos.
Santo Agostinho escreve: “Senhor, Tu nos
criastes para Ti, e o nosso coração só encontrará repouso,
repousando em Ti”. É pura ilusão procurar descanso nas coisas
do mundo, como por exemplo: nas drogas, no sexo antes do casamento, nas
modas imorais, nas novelas destruidoras das famílias, nas bebidas,
etc.; descanso verdadeiro, você só encontrará no Coração do Amado
Jesus Cristo.
Jesus mesmo faz o convite: “Vinde a mim”
(Mt 11, 28), Ele não manda procurar paz e descanso nas criaturas e
na vaidade que o mundo oferece, mas n’Ele, somente n’Ele
encontraremos auxílio e proteção.
Santa Teresa dos Andes diz: “Quem pode
fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo”. Essa é
a grande verdade, em Jesus Cristo, no seu Santíssimo Coração
encontramos tudo.
Você que necessita de tranqüilidade e de paz, que anda com o coração
apertado e angustiado, aproxime do Coração de Nosso Senhor, entre na
chaga Santíssima do Seu Coração, e nesse Mar Infinito e cheio de
Amor e Doçura, se sentirá seguro e protegido.
No Coração Santíssimo de Jesus a sua alma navegará com segurança,
ela não afundará. Os trovões das perseguições, os raios das
tentações e o vento do desânimo não atingirão a sua alma, e você
sentirá apenas a brisa suave do Amor Eterno que acariciará a sua
alma.
No coração de Jesus você aprenderá verdadeiramente a amar; e verá
que o mundo não passa de um palhaço assassino que atrai para matar.
No coração do Divino Mestre você encontrará a verdadeira paz, e
descobrirá que o mundo é fingido e postiço.
Católico, o Mestre te convida a repousar n’Ele e a descansar no Seu
Santíssimo Coração. Não seja ingrato, aproxime-se do Senhor
enquanto é tempo.
Um dia Nosso Senhor disse para a cidade de Jerusalém:
“… quantas vezes quis eu ajuntar os teus
filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo das suas
asas, e não o quiseste!” (Mt 23, 37). Será que você também é
ingrato e rebelde a exemplo de Jerusalém? Você diz não ao Eterno
Senhor que derramou o Seu Sangue para te salvar? Jerusalém não quis
receber o Senhor, mas foi punida: “Eis que a
vossa casa vos ficará abandonada” (Mt 23, 38). E o mesmo
acontecerá com você; se negar a Nosso Senhor, morrerá afogado na
lama do mundo.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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100 |
PERMANECE NA VERDADE
15 de outubro de 2002, terça-feira
Jo 8, 31-32:
“Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus
discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Caríssimo católico, Jesus Cristo chama a nossa atenção sobre a
vivência da Palavra de Deus, Ele quer que vivamos a Sua Palavra:
“Se
permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus
discípulos” (Jo 8, 31). Somos chamados a viver a Palavra de
Deus, independente do lugar em que estejamos, somente assim seremos
verdadeiros seguidores e discípulos de Jesus Cristo e iluminaremos
com a nossa vida.
O Católico que vive alheio à Palavra de Deus, que anda sempre pela
esquerda, que não deixa a Luz de Cristo entrar na sua alma,
certamente é um câncer dentro da Igreja Católica, é um galho seco
que não tem mais vida.
Para o apostolado produzir bons frutos é preciso viver intensamente
a Palavra de Deus, caso contrário, o pregador fará apenas barulho e
as palavras cairão aos seus pés. É preciso viver antes de pregar,
como escreve São João Crisóstomo:
“… Jesus diz que devemos antes fazer e depois ensinar a fazer; ele
coloca a prática do bem antes do ensino, mostrando que poderemos
ensinar com proveito somente se antes pusermos em prática tudo o que
ensinamos, e jamais fazer o contrário… Aquele que é incapaz de
orientar bem a sua vida e procura educar os outros, corre o perigo
de ser ridicularizado por muitos; aliás, nem sequer poderá ensinar
porque as suas ações testemunharão o contrário das suas palavras”.
Aquele que não vive a Palavra de Deus, além de não ser discípulo de
Cristo, vive na mentira e será sempre escravo do demônio. Os que
vivem na Igreja sem viver o Evangelho, acaba sendo um escândalo
dentro da mesma, e ao invés de levar os frios à conversão, afasta-os
ainda mais. É importante lembrar de que a Igreja Católica não
precisa de plantas ornamentais, e sim, de árvores frutíferas, isto
é, a Igreja não precisa de pessoas que falam da boca para fora, e
sim, de pessoas convertidas, porque, de palavras vazias o mundo já
está cheio.
São Clemente Romano escreve:
“Quando os pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus,
admiram a sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as
nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de
idéia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente um
mito e um engano”. Isso, no tempo da Igreja Primitiva; já pensou se São
Clemente Romano vivesse hoje, onde a maioria dos católicos não só
não vive a Palavra de Deus, mas nem a conhece e não quer conhecê-la?
Em Jo 8, 31-32 diz: “Se
permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus
discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Santo Agostinho diz:
“As suas palavras permanecem em nós quando
fazemos tudo o que nos ordenou e desejamos o que nos prometeu; no
entanto, quando as suas palavras permanecem em nossa memória, mas em
nossa vida e nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas,
então o ramo já na faz parte da videira porque não absorve mais a
vida da sua raiz”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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