Escolha o tema 
      
       
       
      
        
      
        
        
          
            | 81 | 
           
          
            | 
              
             
            
            NÃO SEJAS AVARO 
             
             
            
            07 de maio de 2002, terça-feira 
             
             
            
            1 Cor 6, 10:  
            
            “… nem os avarentos… herdarão o Reino de Deus”. 
             
             
            
            Prezado católico, o que é a avareza? É o amor desordenado dos bens 
            da terra. Há certo amor aos bens da terra que é legítimo; é um 
            estímulo para o trabalho, uma previdência para o futuro, amparo para 
            o futuro. Agora, o que ofende a Deus, e que torna o avarento forte 
            candidato ao inferno, é desejar as riquezas, não para usá-las 
            licitamente, senão pelo mero gosto de as possuir e pôr nas mesmas 
            todo o afeto, é uma idolatria baixa e cheia de perigos, como está em 
            Cl 3, 5-6: “Mortificai, pois, os vossos 
            membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a 
            cupidez, que é idolatria. Essas coisas provocam a ira de Deus sobre 
            os desobedientes”, é importante lembrar de que cupidez é o 
            mesmo que cobiça. 
            
            A avareza é um vício horrível, ela gera: 
            
            1. A dureza para com os pobres e com a própria família. 
            
            O avarento é o famoso  “mão de vaca”, é aquele que dá tchau e depois 
            conta os dedos, é aquele que não dá esmola, que deixa a família 
            passar fome para não gastar; esse tipo  de gente jamais herdará o 
            Reino de Deus. 
            
            Existe família que come arroz puro somente para não gastar. Os 
            filhos são amarelos e com os olhos na nuca, não vão ao médico, 
            somente para não gastar o dinheiro. 
            
            Muitos fazendeiros vêem o filho do vaqueiro chorar por causa de um 
            copo de leite, os mesmos  preferem dar o leite para os porcos do 
            que para a criança. 
            
            Muitas senhoras possuem roupa e mais roupa, e quando doam, 
            escolhem as rasgadas e velhas. 
            
            2. O desassossego perpétuo, o esquecimento dos bens eternos. 
            
            O avarento fica preocupado o tempo todo com medo de ficar pobre,corre de um lado para outro e não sobra tempo para pensar em Deus e 
            nas coisas do alto. Deixa a oração e a salvação da própria alma de 
            lado. 
            
            3. A injustiça para com o próximo, pois não há boa fé e nem 
            consciência no avarento. 
            
            O avarento luta continuamente para dar o golpe no próximo, porque já 
            perdeu a consciência. 
            
            Caríssimo, o avarento terá um triste fim: “A 
            terra de um rico produziu muito. Ele, então, refletia: ‘Que hei de 
            fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Depois pensou: ‘Eis o 
            que vou fazer: vou demolir meus celeiros, construir maiores, e lá 
            hei de recolher todo o meu trigo e os meus bens. E direi à minha 
            alma: Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos 
            anos; repousa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus lhe diz: ‘Insensato, 
            nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que 
            acumulaste, de quem serão?’ Assim acontece àquele que ajunta 
            tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus” 
            
            (Lc 12, 16-21). 
            
            Esse avarento se esqueceu de que era mortal, de que fosse morrer um 
            dia. 
            
            E você, está tranqüilo? Você adora a Deus ou o dinheiro? O seu coração 
            está cheio de Deus ou de cobiça? 
            
            Se você morresse hoje, compareceria tranqüilo diante de Deus? 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 82 | 
           
          
            | 
              
             
            
            NÃO SEJAS AVARO 
            
            (continuação I) 
            
              
            
            08 de maio de 2002, quarta-feira 
             
             
            
            1 Cor 6, 10: 
            “… nem os avarentos… herdarão o Reino de 
            Deus”. 
            
              
            
            Caríssimo católico, a avareza é um sinal de desconfiança de Deus, 
            que prometeu velar sobre nós com paternal solicitude, não nos 
            deixando jamais passar falta do necessário, contanto que tenhamos 
            confiança n’Ele, como está em Lc 12, 28: 
            “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã 
            será lançada no forno, quanto mais a vós, homens fracos na fé!” 
            Cristo Jesus convida-nos a olharmos para as aves do céu, que não 
            trabalham nem fiam, não certamente para nos incitar à preguiça, 
            senão para acalmar as nossas preocupações e nos estimular à 
            confiança em nosso Pai celestial. 
            
            Com o avarento acontece justamente o contrário, em lugar de pôr a 
            sua confiança em Deus, coloca-a na multidão das suas riquezas 
            dizendo: “Minha alma, tens uma quantidade de 
            bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te”.
            (Lc 12, 19), e o avarento faz injúria a Deus desconfiando d’Ele, 
            como está no Sl 51, 9:  
            “Eis o homem que não 
            colocou Deus como sua fortaleza, mas confiava em sua grande riqueza 
            e se fortificava com ciladas!” 
            
            Esta desconfiança é acompanhada de excessiva confiança em si mesmo, 
            na sua atividade pessoal; quer o homem ser a sua providência, e 
            assim, cai numa espécie de idolatria, fazendo do dinheiro o seu 
            Deus. Sabemos que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e à 
            riqueza: “Não podeis servir a Deus e ao 
            dinheiro” (Mt 6, 24). 
            
            Prezado católico, para abandonar a avareza, é preciso usar dos 
            remédios necessários: 
            
            1. O melhor remédio é a convicção profunda, fundada na razão e na 
            fé, que as riquezas não são fim, senão meios que nos dá a 
            Providência, para acudirmos as nossas necessidades e às de nossos 
            irmãos; que Deus nunca deixa de ser o soberano Senhor delas; que 
            nós, a bem dizer, não passamos de meros administradores, e que um 
            dia havemos de dar conta delas ao Juiz Supremo. 
            
            2. Para melhor desapegar o coração, não há meio mais 
            eficaz que depositar os seus bens no banco do céu, consagrando uma 
            parte generosa aos pobres e às boas obras. Dar aos pobres é 
            emprestar a Deus, é receber o cêntuplo, ainda mesmo neste mundo, 
            tendo a consolação de fazer ditosos à roda de si, mas sobretudo no 
            céu, onde Jesus, que considera como dado a Si mesmo o que foi dado 
            ao menor dos seus, se encarregará de restituir em riquezas 
            imperecíveis os bens temporais que sacrificarmos por Ele. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 83 | 
           
          
            | 
              
             
            
            LEIA 
             
             
            
            09 de maio de 2002, quinta-feira 
             
             
            
            1 Tm 4, 13:  
            “… aplica-te à 
            leitura…” 
             
             
            
            Prezado católico, como é importante a leitura espiritual, assim como 
            o alimento material faz bem para o nosso corpo, o bom livro faz bem 
            para a nossa alma; feliz daquele que possui bons livros. 
            
             Ler um bom livro é entrar num arsenal que fornece ao cristão as 
            armas de que precisa para se defender dos ataques contra a verdade 
            católica. 
            
            Se houvesse mais leitores dos bons livros, com certeza, o 
            comportamento do povo seria outro; a religião seria mais praticada, 
            o caminho da virtude e de Deus seria mais trilhado. 
            
            Mas, desgraçadamente, não é assim! O povo em geral gosta de ler 
            jornais, fotonovelas, revistas pornográficas, romances, etc.; perdem 
            o tempo com leituras inúteis que prejudicam a sua vida espiritual e 
            que compromete a vida da graça em sua alma. 
            
            Católico, é preciso acordar, é preciso ler somente bons livros que 
            te orientarão no caminho da santidade. 
            
            O católico deve ler em primeiro lugar a Bíblia, mas lê-la com 
            atenção e com o máximo de respeito. Aquele que lê a Palavra de Deus, 
            sente profunda alegria e segurança. 
            
            Santo Agostinho diz: “A Bíblia é a fazenda 
            de Deus”. É verdade, porque nela encontramos todas as 
            riquezas para a nossa alma. 
            
            Aquele que segue a Palavra de Deus viverá santamente, porque no Sl 
            33, 4 diz:   “Pois a 
            palavra de Deus é reta”. 
            
            Quem obedece a Palavra de Deus vive na luz, porque no Sl 118, 105 
            diz:   “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho”. 
            
            Aquele que vive a Palavra de Deus anda no caminho da verdade, 
            porque no Sl 118, 160 diz:  
            “O princípio da 
            tua palavra é a verdade…” 
            
            Caríssimo, mas não basta você ler a Bíblia, é preciso colocá-la em 
            prática, é preciso viver aquilo que a mesma exige, como está 
            em Tg 1, 22-25:   
            “Tornai-vos praticantes da Palavra e não simples ouvintes, 
            enganando-vos a vós mesmos! Com efeito, aquele que ouve a Palavra e 
            não a pratica assemelha-se a um homem que, observando o seu rosto no 
            espelho, se limita a observar-se e vai-se embora, esquecendo-se logo 
            da sua aparência. Mas aquele que considera atentamente a Lei 
            perfeita da liberdade e nela persevera, não sendo um ouvinte 
            esquecido, antes, praticando o que ela ordena, esse é bem-aventurado 
            naquilo que faz”. 
            
            Aquele que ouve a Palavra de Deus e não vive o que aprendeu, 
            engana-se a si mesmo. A Igreja Católica está cheia desses 
            hipócritas. 
            
            Depois da Bíblia, leia a vida dos Santos, eles foram pessoas que 
            seguiram os passos de Cristo Jesus. São Francisco de Sales escreve:
            
            “Lê também as vidas dos Santos, onde verás, 
            como em um espelho, o verdadeiro retrato da vida devota, acomodando 
            os seus exemplos aos deveres do teu estado”. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 84 | 
           
          
            | 
              
             
            
            PÉROLA 
             
             
            
            10 de maio de 2002, sexta-feira 
             
             
            
            Pr 31, 10:  
            “Quem encontrará a mulher 
            talentosa? Vale muito mais do que pérolas”. 
             
             
            
            A Palavra de Deus fala abertamente, que a mulher talentosa e forte, 
            vale mais do que pérolas, muito mais do que o ouro e a prata. 
            
            Em Pr 31, 11 diz: “Nela confia o seu 
            marido…” O marido ama e valoriza a mulher que enfrenta as 
            dificuldades, que o ajuda a lutar e a vencer, que é o seu braço 
            direito, isto é, aquela mulher cheia de talentos, viva, que está 
            sempre do seu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, 
            na pobreza e na riqueza, etc. A mulher forte vale mais do que ouro e 
            prata, é a felicidade do marido. 
            
            Em Pr 31, 12 diz:  
            “Traz-lhe a felicidade, 
            não a desgraça, todos os dias de sua vida”. 
            
            A Bíblia diz que a mulher talentosa e forte, traz muita felicidade 
            para o marido, e não a desgraça,  não somente uma vez na vida, mas 
            todos os dias. 
            
            Muitos maridos sentem nojo de chegar em casa, porque a mulher só lhe 
            causa tristeza e angústia; a mesma não é capaz de limpar uma casa, 
            de lavar sua roupa, de banhar as crianças; é aquela coisa que fica o 
            tempo todo nas casas dos vizinhos. 
            
            Em Pr 31, 13 diz: “Adquire a lã e o linho, e 
            trabalha com mãos hábeis”. A mulher verdadeira, aquela que 
            honra o nome e que ama a família, não vive na preguiça, mas ocupa 
            bem o seu tempo. 
            
            Existe mulher que não faz nada para agradar ao marido, tem o olho 
            cozido de tanto dormir, vê o marido no sufoco e só quer gastar. 
            
            A Bíblia diz em Pr 31, 23: “Na praça o seu 
            marido é respeitado…” O marido que possui uma mulher santa é 
            respeitado pelos outros homens; mas aquele que possui uma mulher 
            fofoqueira e preguiçosa, sofre com a zombaria dos amigos. 
            
            Feliz do homem que possui uma mulher que teme a Deus, esse vive 
            tranqüilo. Em Pr 31, 30 diz: “A mulher que teme 
            a Deus merece louvor!” A beleza física e a inteligência não 
            valem nada se falta esse temor, como está em Pr 31, 30: 
            “Enganosa é a graça, fugaz a formosura!” 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 85 | 
           
          
            | 
              
             
            
            SEDE TEMPLO DIGNO DO ESPÍRITO SANTO 
             
             
            
            13 de maio de 2002, segunda-feira 
             
             
            
            Jo 16, 7:  
            “… pois, se eu não for, o 
            Paráclito não virá a vós”. 
             
             
            
            Prezado católico, meditemos sobre o Espírito Santo. Infelizmente, a 
            maioria dos católicos não conhecem o Espírito Santo; a Terceira 
            Pessoa da Santíssima Trindade é desconhecida pela maioria. 
            
            Quem é o Espírito Santo? 
            
            O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que 
            procede do Pai e do Filho. 
            
            O Espírito Santo não deve ser entendido como uma idéia ou bom 
            pensamento, boa inteligência ou como um bom espírito que reina numa 
            casa ou num encontro. 
            
            O Espírito Santo é pessoa, igual em tudo ao Pai e ao Filho. O Credo 
            Niceno-Constantinopolitano reza: Creio no Espírito Santo, Senhor que 
            dá vida, que procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é 
            adorado e glorificado. Foi Ele quem falou pelos profetas. 
            
            O Espírito Santo é o amor entre Pai e Filho; é o Paráclito, o 
            Consolador. Ele é a fonte de toda ciência e ensina toda a verdade, 
            ajuda em tudo e opera as boas obras na vida dos homens. 
            
            O Espírito Santo é Deus? 
            
            É importante lembrar de que o Espírito Santo é Deus, Ele não é uma 
            criatura. E a Palavra de Deus mostra que Ele é Deus. 
             
             
            
            At 5, 3-4:  
            “Ananias, por que encheu Satanás 
            o teu coração para mentires ao Espírito Santo, retendo parte do 
            preço do terreno? Porventura, mantendo-o não permaneceria teu e, 
            vendido, não continuaria em teu poder? Por que, pois, concebeste em 
            teu coração este projeto? Não foi a homens que mentiste, mas a 
            Deus”. 
             
             
            
            At 28, 25-26:  
            “Estando assim discordantes 
            entre si, eles se foram, enquanto Paulo dizia uma só palavra: ‘Bem 
            falou o Espírito Santo a vossos pais, por meio do profeta Isaías, 
            quando disse: ‘Vai ter com este povo e dize-lhe: em vão escutareis, 
            pois não compreendereis; em vão olhareis, pois não vereis”. 
             
             
            
            1 Cor 2, 10-11:  
            “A nós, porém, Deus o 
            revelou pelo Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até 
            mesmo as profundidades de Deus. Quem, pois, dentre os homens conhece 
            o que é do homem, senão o espírito do homem que nele está? Da mesma 
            forma, o que está em Deus, ninguém o conhece senão o Espírito de 
            Deus”. 
             
             
            
            1 Cor 6, 19-20:  
            “Ou não sabeis que o vosso 
            corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes 
            de Deus?… e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou 
            alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto, a Deus em vosso 
            corpo”. 
             
             
            
            Prezado católico, está claro que o Espírito Santo é 
            Deus, por isso, é preciso respeitá-lO e não transformar a sua festa numa babilônia. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 86 | 
           
          
            | 
              
             
            
            SETE DONS 
             
             
            
            16 de maio de 2002, quinta-feira
             
             
             
             
            
            Is 11, 2:  
             
            “Sobre ele repousará o espírito de Deus, espírito de sabedoria e de 
            inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de 
            conhecimento  e de temor a Deus”. 
             
             
            
            Prezado católico, meditemos sobre os sete dons do Espírito Santo. 
             
             
            
            1. O dom da Sabedoria faz-nos conhecer claramente o nosso fim 
            e os meios de o alcançarmos. 
            
            O dom da Sabedoria não se baseia no estudo, mas se funda no 
            amor e, através da riqueza do amor, leva a conhecer e experimentar a 
            Deus. 
            
            O dom da Sabedoria enriquece imensamente a vida de oração: o 
            orante mergulha em Deus e nos seus mistérios, experimenta-os e os 
            saboreia não só através da luz da fé, mas também através do amor. O 
            influxo da sabedoria, porém, não pára aqui, mas envolve toda a vida 
            do cristão, ensinando-o a ver Deus em todas as coisas e todas as 
            coisas em Deus. É um saber, um julgar, todo segundo Deus; portanto, 
            não segundo os critérios humanos, mas segundo os critérios divinos. 
            É a sabedoria anunciada pelo Apóstolo São Paulo:
            “Uma sabedoria não deste mundo… uma 
            sabedoria envolta em mistério”, revelada “mediante o Espírito”, 
            fruto de seus “ensinamentos” interiores; sabedoria que “o homem 
            natural não compreende porque as coisas de Deus se julgam só por 
            meio do Espírito” (1 Cor 2, 6-14). 
            
            Santa Maria Madalena de Pazzi escreve o seguinte sobre a sabedoria:
            
            “Vossa sabedoria, ó Verbo, é como aquela sarça que mostrastes a Moisés, que 
            arde e não se consome… Aborrece esta sabedoria os que procuram e vão 
            atrás da sabedoria humana, que perante Deus é estultícia… Aborrece 
            também esta sabedoria quem se priva da união convosco, pois quem vos 
            ofende vos perde e se perde…” 
            
            Será que as pessoas que transformam a festa do Espírito Santo em 
            babilônia, com danças, bebedeira, barulho, etc., possuem o dom da 
            sabedoria? Claro que não. 
            
            2. O dom do Entendimento faz-nos conhecer as verdades 
            reveladas e nos persuade delas profundamente. 
            
            Ao Espírito Santo é atribuído, de modo particular, o papel de 
            iluminar os fiéis no sentido profundo do Evangelho, de toda a 
            Revelação, dos mistérios divinos; verdades todas que transcendem a 
            mente humana. 
            
            Quanto mais vive o cristão, por meio da caridade, em comunhão com o 
            Espírito Santo que nele habita, tanto mais apto está a receber suas 
            preciosas comunicações. Então se cumprirá a palavra de Jesus:
            “Ele vos ensinará todas as coisas”
            (Jo 
            14, 26). 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 87 | 
           
          
            | 
              
             
            
            SETE DONS 
            
            (continuação I) 
             
             
            
            20 de maio de 2002, segunda-feira 
             
             
            
            Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo. 
            
            Meditaremos sobre o terceiro e o quarto dons. 
             
             
            
            3. O dom do Conselho ensina-nos o melhor partido que devemos 
            tomar para nossa santificação e o que mais contribui para a glória 
            de Deus. 
            
            O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: 
            “Que homem pode conhecer os desígnios de 
            Deus? Quem pode penetrar nas determinações do Senhor?” 
            (Sb 9, 13). 
            Seus desígnios são insondáveis e seus caminhos inacessíveis 
            (Rm 11, 
            33). Não pode o homem conhecê-los nem compreendê-los. Mas 
            bem-sabidos são pelo Espírito Santo e, embora não os descobrindo 
            completamente, pode guiar o fiel pelos caminhos de Deus e fazê-los 
            perceber a sabedoria infinita oculta em cada acontecimento. É a dor 
            sempre mistério para o homem; só o Espírito Santo pode nos fazer 
            entrever seu valor, infundir em nós a ciência da cruz, inspirar que 
            atitude tomar perante o sofrimento. Em outras circunstâncias também 
            é difícil enxergar qual seja o querer divino, qual a solução ou 
            escolha mais agradável a Deus, como poderemos harmonizar deveres 
            contrastantes e a qual deles dar a precedência. Até mesmo os 
            conselhos de pessoas prudentes não conseguem resolver certas 
            perplexidades. Cumpre então invocar, com mais insistência, o 
            Espírito Santo. Não pode falhar seu conselho, pois é o próprio 
            conselho de Deus. Foi dado aos fiéis, justamente para iluminá-los e 
            guiá-los pelos caminhos do Altíssimo”. 
            
            4. O dom da Fortaleza sustenta-nos nos perigos, nos temores e 
            tentações, e faz-nos triunfar das dificuldades que se opõem à nossa 
            salvação. 
            
            Católico, é o dom da Fortaleza que nos sustenta diante dos 
            perigos, é ele que nos ajuda e que nos enche de força para vencer os 
            temores e as tentações, é ele que nos empurra para frente e que nos 
            ajuda vencermos e triunfarmos sobre os obstáculos que se opõem à 
            nossa santificação. 
            
            O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: 
            “O Espírito Santo, ao mesmo tempo que 
            instrui o cristão sobre seus deveres de filho de Deus, dá-lhe também 
            a força de cumpri-los. “Recebereis a força do Espírito Santo, que 
            descerá sobre vós, e dareis testemunho de mim” 
            (At 1, 8), disse 
            Jesus aos seus discípulos, momentos antes de subir ao céu. Não se 
            trata da virtude da fortaleza outorgada ao batismo, junto com as 
            demais virtudes infusas, mas de um dom particular do Espírito Santo, 
            que supera o modo humano de agir, ultrapassando as limitações e 
            debilidades que persistem até no homem mais virtuoso. 
            
            Depois de Pentecostes, os Apóstolos, 
            revestidos desse dom, apareceram completamente transformados. Quando 
            Jesus foi preso, haviam fugido; e depois de sua morte, encerraram-se 
            em casa “com medo dos judeus”  
            (Jo 20, 
            19). Mas após terem
             recebido o 
            Espírito Santo, apresentaram-se ao povo e, sem nenhum temor, 
            iniciaram a pregação. Nada os conteve: nem a força moral da 
            autoridade pública, que os queria obrigar a calar, nem a força dos 
            sofrimentos físicos com que foram ameaçados e castigados. 
            Tornaram-se testemunhas, mensageiros e mártires. A força do Espírito 
            Santo agia neles”. 
            
            E você católico, que sente vergonha de usar uma roupa longa, de 
            rezar em praça pública, em chamar a atenção de alguém que olha 
            revista pornográfica, etc; será que você possui o dom da fortaleza? 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 88 | 
           
          
            | 
              
             
            
            SETE DONS 
            
            (continuação II) 
             
             
            
            21 de maio de 2002, 
            terça-feira 
             
             
            
            Continuemos com a explicação sobre os dons do Espírito Santo. 
            
            Falaremos sobre os dons da Ciência, Piedade e do Santo 
            Temor de Deus. 
             
             
            
            5. O dom da Ciência mostra-nos o nada das coisas criadas, 
            nossas obrigações e o caminho mais seguro para chegarmos ao céu. 
            
            O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: 
            “Tal ciência dá o Espírito Santo de bom 
            grado aos humildes, aos simples de coração, aos que não confiam no 
            próprio saber. Sob a luz dessa ciência divina, torna-se o cristão 
            capaz de libertar-se do fascínio das criaturas, de avaliá-las pelo 
            que são perante Deus e, por conseguinte, capaz de não se deixar 
            deter por elas no caminho para o céu”. 
            
            Com certeza, São Francisco de Assis, iluminado por esta ciência, 
            abandonou a amizade com pessoas vaidosas, para viver na mais 
            rigorosa pobreza. 
            
            Sob o impulso desta Ciência, escreve Santa Teresa de Ávila:
            
            “Tudo passa – Deus não muda… Quem a Deus 
            tem, nada lhe falta. Só Deus basta”. 
            
            Santa Maria Bertilla morreu dizendo:  
            “Cumpre 
            trabalhar por Jesus só. Tudo o mais nada é”. 
            
            6. O dom da Piedade é uma disposição religiosa, que nos faz 
            cumprir com prontidão e fervor nossas obrigações para com Deus. 
            
            O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve: 
            “A oração profunda é uma comunicação íntima 
            com Deus; mas quem poderá ensinar ao homem, tão grosseiro e 
            material, as finezas requeridas para tratar intimamente com o Rei do 
            Céu e da terra? Jamais haverá cerimonial nem livro devoto capaz de 
            regular, de modo digno, as íntimas relações de amizade entre a 
            criatura e o Criador. Há, porém, um mestre cuja capacidade é 
            plenamente adequada à finalidade e cujo ensinamento está ao alcance 
            de qualquer cristão. É o Espírito Santo”. 
            
            7. O dom do Temor de Deus é o receio constante de 
            desagradar-Lhe, que nos faz fugir de todo o pecado, ainda dos 
            veniais, para não desgostarmos a Nosso Senhor. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 89 | 
           
          
            | 
              
             
            
            EDUQUE COM FIRMEZA 
            
              
            
            22 de maio de 2002, quarta-feira 
             
             
            
            Eclo 42, 11:  
            “Fortifica a vigilância 
            sobre uma filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de 
            irrisão para teus inimigos”. 
            
              
            
            Prezado católico, reflitamos atentamente sobre a educação e formação 
            de uma moça. 
            
            O casal deve tomar muito cuidado com a formação de sua filha, se 
            essa não for bem orientada no caminho de Deus, com certeza causará 
            muito sofrimento para os pais, e fará o casal perder o sono, como 
            está em Eclo 42, 9: “Sem 
            o saber, uma filha causa a seu pai inquietações, o cuidado por ela 
            tira-lhe o sono”. 
            
            O casal não pode dar liberdade para a filha, porque a mesma deseja 
            ser livre somente com a intenção de fazer bagunça, de transformar a 
            liberdade em libertinagem. É preciso governá-la com rédeas curtas e 
            com firmeza, sem fazer a sua vontade e os seus caprichos. 
            
            A Palavra de Deus manda o casal vigiar com cuidado a filha 
            audaciosa, isto é, aquela filha insolente e arrogante; que está 
            sempre desafiando os pais e trocando-os pelos “amigos”. 
            
            Se o casal der liberdade para a filha arrogante e insolente, logo, a 
            mesma arranjará uma barriga ou então envolverá com drogas e outras 
            coisas perigosas. Dar liberdade para uma moça arrogante é o mesmo 
            que empurrá-la ladeira abaixo. 
            
            Você, casal, que possui esse tipo de moça, cuidado! A Bíblia manda 
            cuidar da mesma com rigor, porque senão ela acabará se perdendo, 
            como está em Eclo 42, 10: “Se virgem, que 
            ela não seja profanada e não fique grávida na casa paterna”; 
            e depois, os vizinhos, principalmente aqueles que não gostam de 
            você, zombarão de ti juntamente e toda a cidade, como está em Eclo 
            42, 11: “Fortifica a vigilância sobre uma 
            filha audaciosa, a fim de que ela não faça de ti motivo de irrisão 
            para teus inimigos, o assunto da cidade, a chacota do povo, e não te 
            desonre aos olhos de todos”. 
            
            O casal tem o dever de abaixar a crista da filha, não é certo 
            deixá-la gritar dentro de casa como se fosse uma cabrita berrando; e 
            muito menos fazer os seus gostos. 
            
            E também, caríssimo casal, se uma moça chegou na idade de se casar, 
            e a sua vocação é o matrimônio, o certo é namorar e casar, e não 
            ficar “chocando” dentro de casa, como está em Eclo 42, 9: 
            “… se jovem, que ela não passe do tempo de 
            se cassar…” 
            
            Muitos casais agora sofrem porque não usaram de rigor no passado. 
            Deram liberdade à filha, e agora, dentro de casa, tem uma bandida. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 90 | 
           
          
            | 
              
             
            
            RESPEITEM OS PAIS 
             
             
            
            23 de maio de 2002, quinta-feira 
             
             
            
            Eclo 3, 4-5:  
             
            “O que honra a sua mãe é como quem ajunta um tesouro. Aquele que 
            respeita o pai encontrará alegria nos filhos”. 
             
             
            
            A Palavra de Deus em Dt 5, 16 diz:  
             
            “Honra teu pai e tua mãe, conforme te ordenou o Senhor teu Deus, 
            para que os teus dias se prolonguem e tudo corra bem na terra que o 
            Senhor teu Deus te dá”. 
            
            Caríssimo católico, dos pais os filhos receberam a vida, bem que 
            maior não há. Por isto, devem cercar os pais de grande respeito,  de uma honra quase divina, porque eles lhes representam Deus, que é 
            só de quem deriva toda paternidade no céu e na terra, como está em Ef 3, 14-15: 
            “Por essa razão eu dobro os joelhos diante do Pai – de quem toma o 
            nome toda família no céu e na terra”. 
            
            Dos pais, os filhos receberam o alimento pelo qual viveram e 
            cresceram. Mas, para fazer crescer os filhos, os pais consumiram as 
            próprias forças e envelheceram. Compete, pois, aos filhos ajudá-los 
            e sustentá-los até o fim, como está em Eclo 3, 12: 
            “Filho, cuida de teu pai na velhice, não o desgostes em vida”. 
            E, quando Deus os chamar, e os amados pais desaparecerem do cenário 
            visível deste mundo, é uma sacrossanta obrigação de justiça a que 
            tem os filhos de rezar, de sufragar com Missas e orações as almas de 
            seus pais. 
            
            Dos pais receberam a educação, em compensação, deverão prestar-lhes 
             
            obediência. 
            
            O filho deve fazer de tudo para não ser pesado aos pais, e muito 
            menos causar-lhes desgosto. 
            
            É preciso inclinar a cabeça diante de uma ordem, e falar-lhes com 
            educação. 
            
            É necessário também ajudá-los prestando algum serviço dentro de 
            casa, principalmente com o dinheiro recebido no trabalho. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 91 | 
           
          
            | 
              
             
            
            O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO? 
             
             
            
            27 de maio de 2002, segunda-feira 
             
             
            
            Mt 16, 26:  
            “De fato, que aproveitará ao 
            homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?” 
             
             
            
            Prezado católico, reflitamos sobre a vaidade do mundo, sobre o vazio 
            desse mundo que luta contra Deus e sua Santa Palavra; desse mundo 
            que não dorme e que trabalha dia e noite para arruinar as almas. 
            
            Acorde enquanto é tempo, enquanto o seu coração ainda está pulsando, 
            busque as coisas do alto e construa a sua morada no céu, praticando 
            boas obras, como está em Cl 3, 1-2: “Se, 
            pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde 
            Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e 
            não nas da terra”, e em Mt 6, 20 diz também: 
            
            “… ajuntai para vós tesouros nos céus, onde 
            nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam 
            nem roubam”. 
            
            Prezado católico, você precisa tomar cuidado com as máximas e com a 
            vaidade do mundo; aquilo que o mundo oferece, é lama e lixo, 
            comparando com a paz que vem do alto; as riquezas e a fama que se 
            adquire no mundo é um monte de ossos podres, comparando com a 
            felicidade do céu. Não adianta você viver apegado às vaidades do 
            mundo, porque com a morte deixará tudo aqui na terra, como escreve 
            Santo Afonso Maria de Ligório: “O dia da 
            morte é chamado o dia da perda, porque nele perdemos as honras, as 
            riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos”, e 
            Santo Ambrósio escreve também: “Não podemos 
            chamar nossos a esses bens, porque os não podemos levar conosco para 
            o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade”. 
            
            Quantas pessoas estão vivendo nessa ilusão, só preocupadas com as 
            coisas da terra; só com a intenção de entesourar tesouros aqui nesse 
            mundo, tudo o que fazem é para adquirir fama e bens materiais; não 
            se preocupam com a salvação da alma. 
            
            Jesus Cristo fala em Mt 16, 26: “De fato, 
            que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a 
            sua vida?” De que adianta a fama, os bens materiais, a 
            vaidade, etc., na hora da morte? 
            
            São Luiz Gonzaga quando ia de férias, andando pela casa do pai, via 
            luxo e mais luxo, então perguntava: “Papai, 
            de que valerá isso na hora da morte?” E você, está mais 
            preocupado com as coisas materiais ou com as espirituais? Está 
            entesourando tesouros no céu ou está bebendo da lama do mundo? Santo 
            Afonso Maria de Ligório escreve:  
            “Oh! 
            Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na 
            clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires 
            moveu a dar a vida por Cristo!” 
            
            Foi por meio dessas máximas, que Santo Inácio de Loyola conquistou 
            muitas almas para o céu, entre elas, a de São Francisco Xavier. O 
            Santo não cansava de repetir: “Pensa, 
            Francisco, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre; 
            mas, ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer 
            teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar 
            essa felicidade? Mais que tua vida?” 
            O jovem Francisco Xavier renunciou 
            ao mundo, seguiu a Inácio de Loyola e se tornou um grande santo. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 
            92 | 
           
          
            | 
              
             
            
            O QUE GANHA QUEM GANHA O MUNDO? 
            
            (continuação I) 
             
             
            
            28 de maio de 2002, 
            terça-feira 
             
             
            
            Continuar a explicação de Mt 16, 26:  
            “De 
            fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas 
            arruinar a sua vida?” 
            
              
            
            Prezado católico, o mundo é um mar de vaidade e ilusão, como está em 
            Ecl 1, 2: “Vaidade das vaidades, tudo é 
            vaidade”. Assim chamou Salomão aos bens do mundo, depois de 
            ter experimentado, como ele mesmo confessou, todos os prazeres da 
            terra: “Ao que os olhos me pediam nada 
            recusei, nem privei meu coração de alegria alguma; sabia desfrutar 
            de todo o meu trabalho, e esta foi minha porção em todo o meu 
            trabalho” (Ecl 2, 10). 
            
            Os santos aproveitavam bem o tempo para entesourar tesouros no céu, 
            e trabalhavam pela salvação da alma com muito empenho, seguindo a 
            Palavra de Deus, que em Fl 2, 12 diz:  
             
            “… operai a vossa salvação com temor e tremor”. 
            
             Soror Margarida de Sant’Ana, carmelita descalça, filha do imperador 
            Rodolfo II, dizia:  “Para que servem os 
            tronos na hora da morte?…” 
            
            Caríssimo católico, os santos tremiam ao pensar em sua salvação 
            eterna. 
            
             O Pe. Ségneri, todo assustado, perguntava a seu confessor:
            
            “Que me dizeis, padre, salvar-me-ei?” 
            
             Santo André Avelino, exclamava: 
            “Quem sabe se 
            me salvarei!” 
            
             São Luiz Beltrão, levantava-se várias vezes à noite, exclamando:
            
            “Quem sabe se me condenarei?…” 
            
            E contudo, os pecadores vivem em estado de condenação, e dormem, e 
            riem e se divertem! 
            
            E você,  está preocupado com a sua salvação? Você perde noite de 
            sono pensando nela? Ou está preocupado somente com as coisas da 
            terra! 
            
            Os filhos do mundo trabalham continuamente, passam por dificuldades, 
            somente com a finalidade de adquirir honras e fortuna, como escreve 
            Santo Afonso Maria de Ligório:  
            “Causa pasmo ver quão prudentes são os mundanos no 
            que diz respeito às coisas da terra. Que passos não dão para 
            adquirir honras ou fortuna! Quantos cuidados para conservar a saúde 
            do corpo! Escolhem e empregam os 
            meios mais adequados, os médicos mais afamados, os melhores 
            remédios, o clima mais saudável… e, entretanto, quão descuidados são 
            para a alma!” 
            
            Prezado católico, use de sabedoria e viva santamente para ter uma 
            morte feliz,  ouvindo da boca de Deus esse convite maravilhoso:
            “Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco 
            foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu 
            Senhor” (Mt 
            25, 21). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 93 | 
           
          
            | 
              
             
            
            O CHORO DE CRISTO 
            
              
            
            01 de outubro de 2002, terça-feira 
             
             
            
            Lc 19, 41:  
             
            “E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”. 
             
             
            
            Caríssimos, reflitamos sobre o choro de Nosso Amado Senhor sobre 
            Jerusalém. 
            
            Ele se aproximou de Jerusalém, e depois de contemplá-la, ficou 
            triste e chorou. 
            
            Chorou vendo os palácios e o templo que seriam arrasados até o chão, 
            mas, sobretudo chorou vendo o coração de tantos homens repletos, 
            qual um sepulcro, de corrupção e de miséria; por isso Ele fala:
            “Pois dias virão sobre ti, e os teus 
            inimigos te cercarão com trincheiras, te rodearão e te apertarão por 
            todos os lados. Deitarão por terra a ti e a teus filhos no meio de 
            ti, e não deixarão de ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste 
            o tempo em que foste visitada!” (Lc 19, 43-44). 
            
            Prezado católico, ficamos bastante comovidos com as lágrimas do 
            Divino Amigo, e espontaneamente nos vem do coração esta pergunta: 
            por que Jesus chora? 
            
            Se alguém tivesse ousado interrogar Jesus sobre a razão por que 
            chorava, indubitavelmente tê-lo-ia ouvido responder: “Choro porque 
            os homens pecaram; choro porque os homens não querem acolher o meu 
            amor”. 
            
            O pranto de Nosso Senhor não parou apenas sobre os judeus de coração 
            duro, mas desceu também sobre aquela pessoa que peca e que não quer 
            acolher o seu amor. 
            
            Você que vive em estado de pecado mortal, Jesus Cristo chora sobre 
            você, porque você carrega o demônio na sua alma; despreza o amor de 
            Jesus para ficar com o demônio. 
            
            Jesus Cristo chora sobre essas pessoas que perdem tempo diante da 
            televisão todos os dias, olhando novelas e filmes pornográficos. 
            
            Ele chora sobre a juventude que cresce longe d’Ele; que vive 
            mergulhada na imoralidade, usando roupas imorais e freqüentando 
            lugares proibidos. Chora sobre a juventude que não sabe mais rezar, 
            mas que sabe blasfemar; que não gosta de ler a Sagrada Escritura, 
            mas colecionam revistar pornográficas, que fogem da penitência, mas 
            que gostam de mexer com drogas. Chora sobre a juventude que não 
            conhece mais o sorriso inocente dos olhos divinos, mas tem os olhos 
            cheios de negros desejos, e o coração cheio de lama. Ele chora sobre 
            esses jovens que transformou o namoro numa verdadeira babilônia. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 94 | 
           
          
            | 
             
            O CHORO DE CRISTO 
            
            (continuação I) 
             
             
            
            02 de outubro de 2002, quarta-feira 
             
             
            
            Lc 19, 41:  
             
            “E, como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela”. 
             
             
            
            Jesus Cristo chorou sobre os homens que perderam o caminho da igreja 
            e só conhecem o caminho das salas de divertimento, que têm nos lábios 
            piadas imorais e  na alma o ódio e a discórdia. 
            
            Ele chorou sobre os homens casados que não respeitam mais a  
            família, que comete adultério, e que não aproxima do Sacramento do 
            perdão. Ele chorou sobre esses senhores que vivem bêbados e que 
            gasta tudo o que possui em jogos. 
            
            Nosso Querido Senhor chorou sobre as mulheres que esqueceram d’Ele, 
            que se rebelam contra a sua missão materna e não sabem mais carregar 
            a cruz sem xingar a Deus. Ele chorou sobre aquela mulher casada que 
            trai o  marido; que compra roupa escandalosa para as suas filhas e 
            que aconselha as filhas a se prostituírem. Ele chorou sobre a mãe de 
            família que matou o seu filhinho cometendo o aborto; sobre aquela 
            que toma remédio para evitar filho, que não segue os mandamentos da 
            Lei de Deus para seguir as máximas do mundo. 
            
            Diante das lágrimas do Salvador, qual é a reação da humanidade? A 
            reação é de frieza e indiferença. O coração do homem ficou e fica 
            duro, a ponto de nunca conhecer o tempo da visita do Salvador. Jesus 
            Cristo visita-nos com freqüência, passa perto de nós; e estamos tão 
            distraídos pelo rumor da terra que não o percebemos. O homem anda 
            tão voltado para o material, para as vaidades do mundo, que não 
            percebe mais a presença de Cristo em sua vida. 
            
            Cristo visita-nos com as carícias, quando abençoa o trabalho da 
            terra e o trabalho da confecção; quando envia chuva para molhar as 
            plantas e o sol para aquecer a terra, etc., e o homem nem sequer 
            Lhe agradece. Ele visita-nos pelo remorso da consciência, quando 
            ouvimos uma boa pregação ou uma leitura edificante; e nós abusamos. 
            
            Caríssimo católico, esse abuso custará caro. Aquele que abusa da 
            misericórdia de Deus sofrerá terrível castigo, como escreve Santo 
            Afonso Maria de Ligório: “A clemência foi 
            prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela”, e em 
            Eclo 5, 6 diz também:  
             
            “Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros 
            pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará 
            sobre os pecadores”. 
            
            Você que abandonou o caminho de Deus e que agora vive seguindo o 
            mundo, você está pisando nas lágrimas de Cristo, está zombando do 
            choro do Salvador, se você não mudar de vida, com certeza irá para o 
            inferno, não ficando pedra sobre pedra, como escreve Santo Afonso 
            Maria de Ligório: “Desgraçado daquele que 
            abusa da bondade de Deus para ofendê-Lo mais!”, 
            e São João Crisóstomo escreve também: “Judas 
            se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de 
            Jesus Cristo”, e Santo Agostinho diz ainda:
            “Quem ofende a Deus, fiado na esperança de 
            ser perdoado, é um escarnecedor e não um penitente”. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 95 | 
           
          
            | 
              
             
            
            VERGONHA? POR QUÊ? 
             
             
            
            03 de outubro de 2002, quinta-feira 
             
             
            
            Mt 10, 33: “Aquele, porém, que me renegar 
            diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos 
            Céus”. 
             
             
            
            Caríssimos, estamos vivendo num mundo onde as pessoas sentem 
            vergonha de servir a Nosso Senhor e de manifestarem a sua fé. Jesus 
            Cristo fala com rigor sobre essa vergonha que chega ao ponto de 
            abandoná-lO: “Aquele, porém, que me renegar 
            diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos 
            céus” (Mt 10, 33). 
            
            O grande fantasma que intimida muitos católicos é o seguinte: “Que 
            dirão os homens?” Hoje, infelizmente, as pessoas não estão 
            preocupadas com o que Deus pensa delas, e sim, com o que pensam os 
            homens; e para agradá-los, abandonam o caminho de Deus, seguem o 
            caminho da mentira e da perversidade. 
            
            O respeito humano, essa vergonha de seguir a Cristo de coração, é 
            uma verdadeira escravidão. Muitos jovens deixam de viver santamente, 
            de agradar a Deus, de viver os mandamento por vergonha de seus 
            companheiros. Nas suas cabeça vem sempre essa pergunta: “Que dirão 
            de mim os meus companheiros?” Jovem, esse é um laço com que o 
            demônio prende a muitos de vocês, impedindo-os de caminharem 
            livremente na virtude, com perigo de se perderem eternamente. 
            
            Porque será que as pessoas servem o mundo e o demônio com a maior 
            tranqüilidade? Com certeza, porque não possuem Deus na alma e também 
            não encontraram a verdadeira Face de Jesus Cristo. 
            
            As moças sentem vergonha de usar uma roupa longa, mas estão prontas 
            e animadas em andarem peladas, ofendendo a Deus e comprando a 
            condenação eterna. 
            
            Muitos rapazes sentem vergonha em serem pessoas de bem, isto é, de se 
            comportarem como gente civilizada, principalmente como cristãos 
            autênticos; mas não sentem vergonha de usarem brincos na orelha, no 
            nariz, etc., de usarem cabelos longos, de andarem com a calça caindo, 
            mostrando a peça íntima, isto é, de se comportarem como “malas”. 
            
            Prezado católico, “…deixar de fazer o bem 
            por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde. É 
            ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo” 
            
            (Pe. Alexandrino Monteiro). E essa 
            covardia custará a sua salvação, caso você não mude de vida e de 
            comportamento. 
            
            É grande covardia deixar de seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo para 
            seguir o demônio; é ridículo abandonar os mandamentos da Lei de 
            Deus e da Igreja Católica, para seguir e obedecer as máximas do 
            mundo; é escandaloso deixar de ser luz e agradar a Deus, para ser 
            trevas, com a intenção de agradar aos homens. 
            
            Você é chamado a seguir a Cristo e a obedecer ao que Ele diz:
            “Este é o meu Filho amado, em quem me 
            comprazo, ouvi-o!” (Mt 17, 5). 
            Você foi criado para seguir a 
            Luz Eterna que é o Cristo Jesus: “Eu sou a 
            luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da 
            vida” (Jo 8, 12). 
            
            Não abandone a Cristo por causa do respeito humano; o que dizem os 
            homens são palavras que o vento leva; porém a virtude, que você, por 
            medo do que eles dirão não pratica, é o ouro que desperdiça, e com 
            certeza o prejuízo será grande. 
            
            Se você deixa de fazer o bem, de trabalhar pela sua 
            salvação por 
            medo das críticas dos homens, você é realmente um tolo e estúpido. 
            Uma pessoa pode até zombar de ti, vendo-o praticar a sua fé; mas é 
            melhor sofrer aqui na terra gozação por parte dos homens, do que ser 
            escarnecido por Deus na hora do julgamento, porque Cristo diz:
            “… também o renegarei diante de meu Pai que 
            está nos céus” (Mt 10, 33). É melhor sofrer desprezo por 
            parte dos homens, por estar servindo a Cristo, do que não servi-lO, 
            e ter que ouvir essas palavras na hora do juízo:
            “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo 
            eterno preparado para o diabo e para os seus anjos” 
            (Mt 25, 
            41). 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 96 | 
           
          
            | 
              
             
            
            VERGONHA? POR QUÊ? 
            
            (continuação I) 
             
             
            
            04 de outubro de 2002, sexta-feira 
             
             
            
            Mt 10, 33:  
             
            “Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei 
            diante de meu Pai que está nos céus”. 
             
             
            
            Prezado católico, é importante lembrar de que o respeito humano é 
            uma escravidão, e aquele que nega a Nosso Senhor Jesus Cristo, com a 
            intenção de agradar aos homens, é um covarde. 
            
            O católico deve ser uma pessoa decidida e convicta; é preciso temer 
            o dia do terrível juízo e jogar fora esse pensamento: “Que dirão os 
            homens?” O católico que possui o respeito humano, não merece o nome 
            de cristão, porque, ser cristão, é ser um outro Cristo, e aquele que 
            nega Jesus Cristo, além de não ser um outro Cristo, é um frouxo, 
            covarde e traidor. 
            
            Prezado católico, a diferença dos católicos de hoje, com aqueles da 
            Igreja Primitiva é muito grande. Eles enfrentavam as espadas 
            afiadas, as fogueiras, as prisões e leões, não tremendo, mas  com a 
            cabeça erguida. Nada os desanimava, pois, colocaram em prática esse 
            trecho da Sagrada Escritura: “Quem nos 
            separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, 
            a fome, a nudez, o perigo, a espada?… Pois estou convencido de que 
            nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o 
            presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a 
            profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor 
            de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” 
            (Rm 8, 
            35.38-39). 
            
            Hoje, infelizmente, diante de uma palavra de zombaria, diante de um 
            sorriso crítico ou de um olhar de desprezo, muitos abandonam a Jesus 
            Cristo e negam a Sua Santa Doutrina. Para afastar milhares do 
            confessionário e da mesa da Comunhão, basta  um dito mordaz, um 
            gesto de zombaria ou então uma crítica. 
            
            Caríssimo católico, você não pode se intimidar diante dos ataques 
            das pessoas que estão servindo ao demônio. Calque aos pés o respeito 
            humano que te afasta de Deus, desse Deus maravilhoso que te criou e 
            que te sustenta; calque esse respeito humano que te escraviza, que 
            não deixa você fazer progresso na vida espiritual. 
            
            Prezado católico, é preciso valentia para seguir o Senhor em 
            qualquer ambiente e em todas as circunstâncias, é preciso caminhar 
            com a cabeça erguida e lutar com força, porque Cristo Jesus ama a 
            alma generosa, como escreve a Bem-aventurada Elisabete da Santíssima 
            Trindade: “Deus ama aquele que possui um 
            coração generoso”, e em 2 Tm 1, 7-8 diz:  
             
            “Pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de 
            força, de amor e de sobriedade. Não te envergonhes, pois, de  
            dar testemunho de nosso Senhor”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 97 | 
           
          
            | 
              
             
            
            FELIZ DAQUELE QUE CONFIA 
             
             
            
            07 de outubro de 2002, segunda-feira 
             
             
            
            Mt 14, 27:  
             
            “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”. 
            
              
            
            Prezado católico, reflitamos sobre a amizade com Jesus Cristo.
              
            
            O homem gosta de fazer amizade, de ter amigos, mas se esquece de que 
            o coração do homem é falso, como está em Jr 17, 5: “Maldito 
            o homem que se fia no homem, que faz da carne a sua força…”, 
            e em Jr 17, 9 diz ainda: “O coração é falso 
            como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” É 
            muito perigoso colocar a confiança no homem. Quantas pessoas já 
            perderam a fortuna por causa dos falsos amigos! Quantos casais já se 
            separaram por causa do golpe dos amigos! Quantos assassinatos já 
            aconteceram por causa da traição dos amigos! Quantas pessoas estão 
            em depressão por causa da falsidade dos amigos! O coração do homem 
            muda continuamente, o coração do homem é um abismo, por isso, aquele 
            que encontrou um amigo verdadeiro, encontrou um tesouro, como está 
            em Eclo 6, 14:   “Um 
            amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um 
            tesouro”. 
            
            É triste ver pessoas abandonarem a amizade com Jesus Cristo para se 
            apoiarem no homem; com certeza elas cairão, porque o homem é um 
            sopro, como está no Sl 144, 4:  
             
            “O homem é como um sopro, seus dias como a sombra que passa”. 
            
            Caríssimo católico, é preciso acordar, isto é, confiar somente em 
            Jesus Cristo. Nosso Senhor é o Amigo fiel e verdadeiro, aquele Amigo 
            que está sempre te apoiando e te consolando, aquele Amigo que jamais 
            te trairá. 
            
            Você diz que tal pessoa é realmente amiga, amiga do peito. Será que 
            ela seria capaz de doar um órgão para você, caso  necessitasse? 
            Já parou para pensar nisso? 
            
            Você diz que o vizinho é o seu apoio, é tudo para você. Será que ele 
            seria capaz de morrer para te defender? 
            
            É preciso descer das nuvens e deixar de ilusão; Cristo Jesus é o 
            Amigo verdadeiro, Ele sofreu terríveis perseguições e morreu numa 
            cruz para te salvar, Ele derramou o seu Preciosíssimo Sangue por 
            amor à sua alma. E você ainda tem coragem de trocar a amizade do 
            Amigo Jesus pela amizade do homem; que hoje está de pé e amanhã 
            estará no cemitério? 
            
            Católico, será que algum amigo seu já morreu numa cruz para te 
            salvar? Claro que não; não morreu  nem morrerá, porque o coração do 
            homem é falso. 
            
            Cristo Jesus é o Amigo fiel que lhe diz: 
            “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo” 
            (Mt 14, 27). Ele 
            fala assim, porque a Sua amizade é verdadeira e sem interesse. Cristo 
            é o Amigo que ama de verdade, Ele estende a mão para nos ajudar, 
            tudo por amor; enquanto que o homem possui uma amizade interesseira, 
            é amigo enquanto pode tirar algum proveito dessa amizade, enquanto 
            você serve como burro de carga, mas depois, você é jogado fora. Com 
            Deus não é assim, Ele é Amigo fiel, como está em Dt 7, 9: 
            “Deus é o único Deus, o Deus fiel…” 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 98 | 
           
          
            | 
              
             
            
            FELIZ DAQUELE QUE CONFIA 
            
            (continuação I) 
             
             
            
            08 de outubro de 2002, terça-feira 
             
             
            
            Mt 14, 27:  
             
            “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”. 
             
             
            
            Você que gosta de fazer amizade, de ter amigos, quero apresentar-lhe 
            um amigo verdadeiro, um amigo fiel e sincero: Nosso Senhor Jesus 
            Cristo. 
            
            O católico que escolheu Jesus Cristo por Amigo é sábio e 
            inteligente, porque o seu coração viverá sempre mergulhado na paz, 
            naquela paz que somente o nosso Salvador pode dar, como está em Jo 
            14, 27: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos 
            dou; não vo-la dou como o mundo dá”. Aquele que foge do Amigo 
            Jesus para buscar a amizade do mundo, viverá sempre angustiado e 
            mergulhado no vazio: “Que te pode dar o 
            mundo sem Jesus?”, pergunta Tomás de Kempis. 
            
            Católico, o que você encontra de bom fora da amizade com Jesus? Nada! 
            Simplesmente nada! Somente um vazio que invade a alma, porque a alma 
            que não possui Jesus Cristo, que não O ama de verdade, que não 
            aceita a Sua amizade, é uma alma suja e cheia de inquietação. A que 
            vive longe da Amizade de Jesus Cristo, se assemelha à uma casa velha 
            não habitada, que está sempre desorganizada, ou à uma estrada sem 
            movimento, abandonada, onde cresce o mato e a erosão a destrói. 
            
            São Macário escreve: “Se uma casa 
            não for habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra e 
            desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a 
            presença de Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as 
            trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa 
            ignomínia”. A alma que não aceita a amizade de Jesus Cristo é 
            adúltera; deixa de viver unida ao seu Esposo Celeste para servir ao 
            seu inimigo, que é Satanás, e assim, viverá na escuridão, se 
            transformando num depósito de lixo. 
            
            Quem escolheu a Jesus por Amigo, pôs-se à sombra de boa árvore, 
            pois, em Jesus, terá um Amigo protetor, que o defenderá dia e noite 
            contra os assaltos de seus inimigos. Em Jesus,  terá um braço 
            forte que pelejará por você e lhe dará a vitória na tentação. 
            
            Católico, se você anda angustiado e triste, é sinal de que está 
            vivendo longe do Amado Jesus, que está mais ligado às trevas do que 
            na Luz. Tomás de Kempis escreve: “Estar sem 
            Jesus é terrível inferno; estar com Jesus é doce Paraíso”. 
            Você que gosta de proteção e que anda à procura de grandeza, 
            aproxime-se de Cristo, somente Ele é Amigo fiel e verdadeiro 
            tesouro: “Quem acha a Jesus acha um tesouro 
            precioso, ou antes, um bem acima de todo o bem” 
            (Tomás de 
            Kempis). 
            
            O católico que não tem Cristo por Amigo, vive com as mãos e pés 
            amarrados, com os olhos vedados, e caminha apressadamente para o 
            abismo eterno; mas aquele que tem amizade com Jesus, vive no caminho 
            certo e cheio de felicidade, porque segue a Luz do mundo, como está 
            em  Jo 8, 12:   
            “Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas 
            terá a luz da vida”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 99 | 
           
          
            | 
              
             
            
            PROTEÇÃO SEGURA 
             
             
            
            11 de outubro de 2002, sexta-feira 
             
             
            
            Mt 11, 28:  
             
            “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo 
            e eu vos darei descanso”. 
             
             
            
            Prezado católico, nesse mundo tão agitado e cheio de barulho, a 
            nossa alma precisa repousar, ela necessita de um lugar tranqüilo e 
            silencioso; lugar assim, só existe um: o Sagrado Coração de Jesus 
            Cristo. O mesmo Senhor diz: “… porque sou 
            manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas 
            almas” (Mt 11, 29). Jesus Cristo não mente, Ele é o Deus 
            verdadeiro, se Ele disse que n’Ele encontraremos  repouso, não 
            duvidemos. 
            
            Santo Agostinho escreve: “Senhor, Tu nos 
            criastes para Ti, e o nosso coração só encontrará repouso, 
            repousando em Ti”. É pura ilusão procurar descanso nas coisas 
            do mundo, como por exemplo: nas drogas, no sexo antes do casamento, nas 
            modas imorais, nas novelas destruidoras das famílias, nas bebidas, 
            etc.; descanso verdadeiro, você só encontrará no Coração do Amado 
            Jesus Cristo. 
            
            Jesus mesmo faz o convite: “Vinde a mim”
            (Mt 11, 28), Ele não manda procurar paz e descanso nas criaturas e 
            na vaidade que o mundo oferece, mas n’Ele, somente n’Ele 
            encontraremos auxílio e proteção. 
            
            Santa Teresa dos Andes diz: “Quem pode 
            fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo”. Essa é 
            a grande verdade, em Jesus Cristo, no seu Santíssimo Coração 
            encontramos tudo. 
            
            Você que necessita de tranqüilidade e de paz, que anda com o coração 
            apertado e angustiado, aproxime do Coração de Nosso Senhor, entre na 
            chaga Santíssima do Seu Coração, e nesse Mar Infinito e cheio de 
            Amor e Doçura, se sentirá seguro e protegido. 
            
            No Coração Santíssimo de Jesus a sua alma navegará com segurança, 
            ela não afundará. Os trovões das perseguições, os raios das 
            tentações e o vento do desânimo não atingirão a sua alma, e você 
            sentirá apenas a brisa suave do Amor Eterno que acariciará a sua 
            alma. 
            
            No coração de Jesus você aprenderá verdadeiramente a amar; e verá 
            que o mundo não passa de um palhaço assassino que atrai para matar. 
            No coração do Divino Mestre você encontrará a verdadeira paz, e 
            descobrirá que o mundo é fingido e postiço. 
            
            Católico, o Mestre te convida a repousar n’Ele e a descansar no Seu 
            Santíssimo Coração. Não seja ingrato, aproxime-se do Senhor 
            enquanto é tempo. 
            
            Um dia Nosso Senhor disse para a cidade de Jerusalém:
            “… quantas vezes quis eu ajuntar os teus 
            filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo das suas 
            asas, e não o quiseste!” (Mt 23, 37). Será que você também é 
            ingrato e rebelde a exemplo de Jerusalém? Você diz não ao Eterno 
            Senhor que derramou o Seu Sangue para te salvar? Jerusalém não quis 
            receber o Senhor, mas foi punida: “Eis que a 
            vossa casa vos ficará abandonada” (Mt 23, 38). E o mesmo 
            acontecerá com você; se negar a Nosso Senhor, morrerá afogado na 
            lama do mundo. 
             
             
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
      
        
        
          
            | 100 | 
           
          
            | 
               
            
            PERMANECE NA VERDADE 
              
            
            15 de outubro de 2002, terça-feira 
              
            
            Jo 8, 31-32:  
             
            “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus 
            discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 
             
             
            
            Caríssimo católico, Jesus Cristo chama a nossa atenção sobre a 
            vivência da Palavra de Deus, Ele quer que vivamos a Sua Palavra: 
            “Se 
            permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus 
            discípulos” (Jo 8, 31). Somos chamados a viver a Palavra de 
            Deus, independente do lugar em que estejamos, somente assim seremos 
            verdadeiros seguidores e discípulos de Jesus Cristo e iluminaremos 
            com a nossa vida. 
            
            O Católico que vive alheio à Palavra de Deus, que anda sempre pela 
            esquerda, que não deixa a Luz de Cristo entrar na sua alma, 
            certamente é um câncer dentro da Igreja Católica, é um galho seco 
            que não tem mais vida. 
            
            Para o apostolado produzir bons frutos é preciso viver intensamente 
            a Palavra de Deus, caso contrário, o pregador fará apenas barulho e 
            as palavras cairão aos seus pés. É preciso viver antes de pregar, 
            como escreve São João Crisóstomo:  
             
            “… Jesus diz que devemos antes fazer e depois ensinar a fazer; ele 
            coloca a prática do bem antes do ensino, mostrando que poderemos 
            ensinar com proveito somente se antes pusermos em prática tudo o que 
            ensinamos, e jamais fazer o contrário… Aquele que é incapaz de 
            orientar bem a sua vida e procura educar os outros, corre o perigo 
            de ser ridicularizado por muitos; aliás, nem sequer poderá ensinar 
            porque as suas ações testemunharão o contrário das suas palavras”. 
            
            Aquele que não vive a Palavra de Deus, além de não ser discípulo de 
            Cristo, vive na mentira e será sempre escravo do demônio.  Os que 
            vivem na Igreja sem viver o Evangelho, acaba sendo um escândalo 
            dentro da mesma, e ao invés de levar os frios à conversão, afasta-os 
            ainda mais. É importante lembrar de que a Igreja Católica não 
            precisa de plantas ornamentais, e sim, de árvores frutíferas, isto 
            é, a Igreja não precisa de pessoas que falam da boca para fora, e 
            sim, de pessoas convertidas, porque, de palavras vazias o mundo já 
            está cheio. 
            
            São Clemente Romano escreve: 
            “Quando os pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, 
            admiram a sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as 
            nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de 
            idéia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente um 
            mito e um engano”. Isso, no tempo da Igreja Primitiva; já pensou se São 
            Clemente Romano vivesse hoje, onde a maioria dos católicos não só 
            não vive a Palavra de Deus, mas nem a conhece e não quer conhecê-la? 
            
            Em Jo 8, 31-32 diz: “Se 
            permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus 
            discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Santo Agostinho diz:
            
            
            “As suas palavras permanecem em nós quando 
            fazemos tudo o que nos ordenou e desejamos o que nos prometeu; no 
            entanto, quando as suas palavras permanecem em nossa memória, mas em 
            nossa vida e nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas, 
            então o ramo já na faz parte da videira porque não absorve mais a 
            vida da sua raiz”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
             | 
           
         
        
       
      
      Subir 
        
        
      
       
       
        
      
       |