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NÃO FIQUE NA SOLEIRA
19 de novembro de 2002,
terça-feira
Mt 7, 13-14:
“Entrai pela porta estreita, porque largo é o caminho que conduz à
perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a
porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o
encontram”.
Caríssimo, Jesus nos convida a entrarmos pela porta
estreita, isto é, a vivermos uma vida de sacrifício, de renúncia, de
penitência, etc., porque o caminho do céu é o da cruz, como está em
Mt 16, 24: “Se alguém
quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Entrar pela porta estreita significa abandonar a vida
de oba oba, de vaidades, de moleza, etc., e viver a penitência
virtude com amor e convicção, como escreve São João da Cruz:
“Se em algum tempo, meu
Irmão, alguém, seja ou não prelado, quiser persuadi-lo de doutrina
larga e de mais alívio, não acredite, nem a abrace, ainda que lha
confirmem com milagres.
Penitência e mais penitência
e desprendimento de todas as coisas, e jamais, se quer chegar a
possuir a Cristo, O busque sem cruz…”
Entrar pela porta estreita é desapegar-se de tudo
aquilo que atrapalha o nosso vôo para Deus, que atrapalha o nosso
progresso espiritual, como escreve São João da Cruz:
“Pouco importa ser fino ou
grosso o fio que amarra o passarinho, porque, em ambos os casos,
está igualmente preso, enquanto não romper. Verdade é ser mais fácil
romper o fino, todavia, se não o romper, não poderá o pássaro voar”.
Católico, um dia Jesus atravessava cidades e
povoados, ensinando e encaminhando-se para Jerusalém. Alguém
aproximou d’Ele e perguntou: “Senhor, é pequeno o número dos que se
salvam?” Ele respondeu: “Esforçai-vos por
entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão
entrar e não conseguirão” (Lc 13, 24).
Aquele que gosta de uma vida cômoda, de um
cristianismo sem cruz, de uma doutrina fácil, com certeza não
entrará na glória eterna se não mudar de vida. Jesus o convida a
entrar pela porta estreita: “Entrai pela
porta estreita…” (Mt 7, 13).
Em Mt 11, 12 diz: “O
Reino dos Céus sofre violência, e os violentos arrebatam-no”. Sem
luta é impossível entrar no Céu; e sem um esforço perseverante
jamais entraremos pela porta estreita. São Josemaría Escrivá diz:
“Essa força não se manifesta na violência contra os outros; é
fortaleza para combater as nossas debilidades e misérias, valentia
para não mascarar as nossas infidelidades, audácia para confessar a
fé, mesmo quando o ambiente é contrário”, e Clemente de
Alexandria escreve também:
“O Reino dos Céus não pertence aos que dormem e vivem dando-se todos
os gostos, mas aos que lutam contra si mesmos”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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NÃO FIQUE NA SOLEIRA
(continuação I)
20 de novembro de 2002,
quarta-feira
Mt 7, 13:
“… porque largo é o caminho que conduz à perdição”.
Prezado católico, a Palavra de Deus diz que o caminho
largo conduz à perdição.
O caminho largo é aquele que o mundo oferece aos seus
seguidores; vida fácil, sem sacrifício e renúncia, apego às coisas
perecíveis da terra, esquecimento de Deus e da vida espiritual,
uso exagerado das roupas imorais, consumo de bebida alcoólica e do
cigarro, sede pelas músicas profanas e satânicas, acompanhamento
rigoroso das novelas e o mergulhar no mundo das drogas e do sexo
antes do casamento.
O caminho largo conduz à perdição, porque o seu deus
é o demônio, como está em 2 Cor 4, 4:
“Para os incrédulos, dos quais o deus deste
mundo obscureceu a inteligência, a fim de que não vejam brilhar a
luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem Deus”.
O caminho largo é o da mentira; quem percorre esse
caminho vive na cegueira espiritual, como está em Sb 5, 6-7:
“Sim, extraviamo-nos do
caminho da verdade; a luz da justiça não brilhou para nós, para nós
não nasceu o sol. Cansamo-nos nas veredas da iniqüidade e perdição,
percorremos desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do
Senhor!”
O caminho largo cega as pessoas que o percorre.
Cega a mãe de família, e a mesma já não consegue mais
ver maldade nas conversas imorais da sua filha, nem os divertimentos
perigosos que a mesma freqüenta.
Cega o homem casado que não consegue ver o crime de
adultério, e assim, destrói aos poucos o seu casamento.
Cega o jovem que coleciona revistas pornográficas e
que namora escandalosamente, achando que tudo é normal.
Prezado católico, para se salvar é preciso sair do
caminho largo, porque este conduz ao inferno eterno; é preciso
voltar para o Senhor enquanto é tempo.
De que adianta ganhar o aplauso do mundo e ser
condenado ao inferno? De que adianta ser famoso, rico, culto, etc.,
se não alcançar a salvação eterna? Em Mt 16, 26 diz:
“De fato, que aproveitará ao
homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?”
Prezado católico, o fim do homem não é ganhar os bens
temporais deste mundo, que são apenas meios ou instrumentos; o fim
último do homem é o próprio Deus, que é possuído como antecipação
aqui na terra pela graça, e plenamente e para sempre na glória.
Jesus indica o caminho para conseguir esse fim: negar-se a si
mesmo, isto é, tudo o que é comodidade, egoísmo, apego aos bens
temporais e levar a cruz. Porque nenhum bem terreno, que é caduco, é
comparável à salvação eterna da alma.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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NÃO FIQUE NA SOLEIRA
(continuação II)
21 de novembro de 2002,
quinta-feira
Mt 7, 13:
“E muitos são os que entram por ele”.
São milhares de pessoas que entram pelo caminho
largo, que se dizem cristãs, mas que infelizmente levam uma vida
totalmente contrária ao Evangelho, buscando uma vida fácil e cômoda,
longe do sacrifício e da penitência.
Santo Anselmo viu um dia, um imenso rio que arrastava
todas as imundícies da terra, de modo que nenhuma cloaca se achou
mais nojenta do que aquela. Sobre as negras e espumosas águas da
caudal, transportados em rapina, alvejavam muitos cadáveres de
homens, mulheres, rapazes, ricos, pobres, com os ventres túmidos de
lodo. Tendo o Santo perguntado o que significava aquilo, assim lhe
foi respondido: “O rio é o mundo, e os afogados são os seus
amadores”.
Prezado católico, as pessoas que seguem o caminho
largo, vivem de acordo com a carne, e sentem nojo daquilo que é
espiritual.
É muito fácil reconhecer quem percorre o caminho
largo. Em Mt 7, 13 diz que não são poucas as pessoas que o
percorrem, mas muitas são as que entram por ele; são palavras do
próprio Jesus Cristo.
As mulheres que andam semi-nuas e que usam roupas
escandalosas, percorrem esse caminho largo, e são muitas, de
trezentas mulheres, encontra-se uma que se veste como autêntica
cristã.
Os jovens que namoram escandalosamente também trilham
esse caminho, e são muitos, de quinhentos casais de namorados,
encontra-se um que namora como Deus deseja.
O homem casado que trai a esposa faz parte desse
grupo que percorre o caminho largo, e são milhares.
Prezado católico, o mundo está dividido; existe um
grupo pequeno que ainda permanece fiel a Nosso Senhor, que luta
fervorosamente para viver o Evangelho e para agradar a Deus; e um
exército muito grande que segue o caminho largo, mas isso não é
novidade, porque o próprio Cristo disse: “E
muitos são os que entram por ele” (Mt
7, 13).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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NÃO FIQUE NA SOLEIRA
(continuação III)
25 de novembro de 2002,
segunda-feira
Mt 7, 14:
“Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida”.
Prezado católico, o Pe. Francisco Fernández–Carvajal
escreve: “A vida é
como um caminho que termina em Deus, um caminho curto. Importa acima
de tudo que, ao chegarmos, a porta nos seja aberta e possamos
entrar”.
A Palavra de Deus em Mt 7, 14 diz que a porta
estreita e o caminho apertado conduz ao céu; é pura ilusão buscar a
salvação fora da cruz, como escreve São João da Cruz:
“Penitência e mais penitência e desprendimento de todas as coisas, e
jamais, se quer chegar a possuir a Cristo, O busque sem cruz…”
Católico, Deus não criou o homem para a felicidade
passageira, e sim, para a felicidade eterna.
A quem deseja chegar à plenitude da vida de Deus e em plena sintonia como o Evangelho, que se
habitue gradualmente à renúncia:
“A qualquer prazer sensível que não seja puramente
para a honra e glória de Deus… por amor de Jesus Cristo, que nesta
vida não teve e não quis ter outro gozo senão o de fazer a vontade
do Pai, a que chamava sua comida e manjar”(São
João da Cruz).
Jesus Cristo não engana ninguém, não mente; Ele fala
para todos que o caminho para o céu é apertado e a porta é estreita,
isto é,vida de renúncia, de penitência e de desapego total das
coisas da terra.
O caminho que Jesus nos indica é alegre e cheio de
paz, mas, ao mesmo tempo, é caminho de cruz e de renúncia, de
penitência e de total desapego. A condição que Cristo coloca para
segui-lO não é de vida fácil e cômoda, como estão buscando, mas, é
vida de sacrifício total, como está em Mt 16, 24:
“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me".
Caríssimo, a vida sem sacrifício que o mundo oferece,
vida de oba oba, etc., não encherá o seu coração de paz; pelo
contrário, o mergulhará no vazio.
Abra o seu coração para a verdade, não adianta fugir
da realidade, Jesus fala abertamente que o único caminho que leva ao
céu é o do sacrifício, da renúncia, da penitência, da oração, etc. O
caminho do céu é carpetado de pedras e espinhos, mas o prêmio é
eterno, por isso escreve São Paulo aos Rm 8, 18:
“Penso, com efeito, que os sofrimentos do
tempo presente não têm proporção com a glória que deverá revelar-se
em nós”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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NÃO FIQUE NA SOLEIRA
(continuação IV)
29 de novembro de 2002,
sexta-feira
Mt 7, 14:
“E poucos são os que o encontram”.
Prezado católico, a Palavra de Deus em Mt 7, 14 diz
que a porta estreita e o caminho apertado conduz ao céu, mas são
poucos os que o encontram, isto é, são poucos os que entram pelo
caminho do sacrifício e da renúncia.
O homem busca sempre o mais fácil, aquilo que é mais
cômodo e menos exigente; ele está sempre à procura do caminho largo
e da porta espaçosa, adorando o próprio corpo, e sente nojo de tudo
aquilo que exige renúncia e sacrifício, por isso, em Mt 7, 14 diz:
“E poucos são os que o
encontram”.
Prezado católico, são poucos aqueles que perseveram
nesse caminho, porque não querem uma vida de sacrifício e de
desapego, e diante de qualquer obstáculo abandonam tudo para viverem
de acordo com as máximas do mundo.
As pessoas são relaxadas na vida espiritual, preferem viver no pecado do que santamente.
O beberrão acha melhor beber até morrer, do
que renunciar a bebida alcoólica, que é a urina do demônio. Ele não
entra pela porta estreita, justamente porque a porta larga o agrada
mais; mesmo sabendo que a conseqüência é amarga e triste.
As mulheres preferem usar roupas imorais do que
cobrirem decentemente o corpo, como ordena a Palavra de Deus e a
Santa Igreja Católica; elas mostram que não desejam caminhar pelo
caminho apertado.
O jovem foge de tudo aquilo que é sacrifício, mas
está com o coração aberto para o cigarro, drogas, namoro
escandaloso, prostituição, etc., o mesmo não aceita a vida de
renúncia.
E agindo como rebeldes, se perdem eternamente.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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TREMER? JAMAIS
02 de dezembro de 2002,
segunda-feira
Em Mt 10, 26 diz:
“Não tenhais medo deles…”
Prezado católico, Jesus Cristo é o Deus Forte e
Vencedor, Ele ordena que os seus amigos sejam fortes e corajosos,
que não tenham medo das calúnias e murmurações, porque virá um dia
em que chegará ao conhecimento de todos quem é quem; as suas
verdadeiras intenções e a disposição exata de sua alma.
O católico não pode ter medo de mostrar com a sua
vida, que é um autêntico seguidor de Jesus Cristo e da sua santa
Doutrina; o mesmo deve brilhar com o seu exemplo em todos os
lugares, e mostrar que é amigo da Luz Eterna.
O católico deve caminhar com a cabeça erguida e com o
coração cheio de convicção no meio desse mundo voltado para o mal,
como está em Fl 2, 14-16: “Fazei tudo sem
murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e
puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e
pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo,
mensageiros da Palavra de vida”. As trevas do mundo lutam
continuamente para sufocar e apagar a luz da verdade, para sepultar
as virtudes, para fazer o homem esquecer a existência de Deus, para
agir com indiferença em relação à vida eterna e a salvação da alma;
mas diante desse vento contrário, o católico deve agir com coragem,
isto é, sem medo, e mostrar a todos que Deus existe e que somente
Ele é o Senhor do universo e que fora d’Ele tudo é ilusão.
Jesus Cristo fala com rigor para aqueles que
abandonam o caminho da luz por medo ou vergonha, para os que O
ofendem para agradar o mundo: “Aquele,
porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante
de meu Pai que está nos Céus” (Mt 10,
33).
O católico deve imitar em primeiro lugar a coragem de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele sempre agiu com coragem e fortaleza,
jamais agiu com covardia e duplicidade.
Jesus enfrentou o demônio com coragem e lhe disse: “Vai-te,
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele
prestarás culto” (Mt 4, 10).
E você, qual é a sua atitude diante da serpente
enganadora? Você aceita o diálogo com o demônio?
Jesus Cristo nunca teve medo de pregar a verdade,
nunca se intimidou diante das ameaças dos inimigos, mas agiu sempre
com coragem e ordenou aos apóstolos que fizessem o mesmo:
“Tende confiança. Sou eu. Não tenhais medo”
(Mt 6, 50).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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TREMER? JAMAIS
(continuação I)
03 de dezembro de 2002,
terça-feira
Mt 10, 26 diz:
“Não tenhais medo deles…”
Prezado católico, Jesus Cristo é modelo de fortaleza
e coragem, Ele nunca sentiu medo de enfrentar os seus perseguidores.
O católico deve seguir os passos de Nosso Senhor,
deve imitar a sua fortaleza diante dos amigos das trevas.
Jesus Cristo disse em Mt 10, 26:
“Não tenhais medo deles…”, Ele nos
aconselha a não ter medo dos perseguidores; Nosso Senhor foi o
primeiro a viver esse conselho.
O católico não pode assustar-se ou encolher-se diante
das dificuldades que Deus permite na sua vida; pelo contrário, deve
vê-las como provas sucessivas que com a ajuda divina há de superar
para receber o prêmio do céu. São João de Ávila escreve:
“Não deixa o Senhor vir estas
guerras e tentações aos seus senão para maior bem. Ele assim o quis,
que a paciência nos trabalhos e o estar em pé por sua honra nas
tentações, fosse o toque com que os seus amigos fossem provados.
Porque não é sinal de amigo verdadeiro acompanhar no descanso, ficar
parado em relação ao amigo no tempo da tribulação (…). Companheiros
nos trabalhos e depois no Reino, deveis esforçar-vos em lutar
virilmente nas guerras que contra vós se levantam para afastar-vos
de Deus, pois que Ele é vosso auxílio na terra e vosso galardão no
céu” (Audi, filia, cap.29).
Jesus Cristo jamais tremeu diante dos seus
perseguidores, mas desmascarou a todos com palavras severas e
verdadeiras.
Para os fariseus que O perseguiam Ele disse:
“Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas, porque bloqueais o Reino dos Céus diante dos
homens! Pois vós mesmos não entrais, nem deixais entrar os que
querem fazê-lo!”
(Mt 23, 13).
“Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um
prosélito, mas, quando conseguis conquistá-lo, vós o tornais duas
vezes mais digno da geena do que vós!”
(Mt 23, 15).
“Ai de vós, condutores cegos,
que dizeis: Se alguém jurar pelo santuário, o seu juramento não
obriga, mas se jurar pelo ouro do santuário, o seu juramento o
obriga, insensatos e cegos!”
(Mt 23, 16-17).
“Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas, que limpais o exterior do copo e do prato, mas
por dentro estais cheios de rapina e de intemperança! Fariseu cego,
limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique
limpo!” (Mt 23,
25-26).
“Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por
fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos
e de toda podridão”
(Mt 23, 27).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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TREMER? JAMAIS
(continuação II)
04 de dezembro de 2002,
quarta-feira
Em Mt 10, 26 diz:
“Não tenhais medo deles…”
Você que treme e que fica desanimado diante de
críticas e calúnias, aproxime de Jesus Cristo para beber do Seu
exemplo. A vida de Nosso Senhor é o melhor remédio para fortalecer
os fracos e desanimados.
Em Mt 15, 1-9, Jesus discute com os fariseus sobre as
suas tradições: “Nesse
tempo, chegaram-se a Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e
disseram: ‘Por que os teus discípulos violam a tradição dos antigos?
Pois que não lavam as mãos quando comem’. Ele respondeu-lhes: ‘E
vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa
tradição? Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e Aquele que
maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. Vós, porém, dizeis:
Aquele que disser ao pai ou à mãe ‘Aquilo que de mim poderias
receber foi consagrado a Deus, esse não está obrigado a honrar pai
ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa
tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, quando
disse: Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de
mim. Em vão me prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos
humanos”.
Jesus Cristo chamou Herodes de raposa em Lc 13,
31-33: “Na mesma hora, aproximaram-se alguns
fariseus que lhe disseram: ‘Parte e vai-te daqui, porque Herodes
quer te matar’. Ele respondeu: ‘Ide dizer a essa raposa: Eis que eu
expulso demônios e
realizo curas hoje e amanhã e no terceiro dia terei
consumado! Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo prosseguir o
meu caminho, pois não convém que um profeta pereça fora de
Jerusalém”.
Em Mt 21, 12-13 mostra Jesus expulsando os vendedores
do Templo: “Então
Jesus entrou no Templo e expulsou todos os vendedores e compradores
que lá estavam. Virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que
vendiam pombas. E disse-lhes: ‘Está escrito: Minha casa será chamada
casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões!”
Em Jo 8, 44 Jesus diz para os judeus:
“Vós sois do diabo, vosso
pai… porque é mentiroso e pai da mentira”.
Em Jo 18, 4-8 Jesus Cristo enfrentou os seus
perseguidores sem medo e com a cabeça erguida:
“Sabendo Jesus tudo o que lhe
aconteceria, adiantou-se e lhes disse: ‘A quem procurais?’
Responderam: ‘Jesus, o Nazareno’. Disse-lhes: ‘Sou eu’. Judas, que o
estava traindo, estava também com eles. Quando Jesus lhe disse ‘Sou
eu’, recuaram e caíram por terra. Perguntou-lhes, então, novamente:
‘A quem procurais?’ Disseram: ‘Jesus, o Nazareno’. Jesus respondeu:
‘Eu vos disse que sou eu…”
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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129 |
TREMER? JAMAIS
(continuação III)
06 de dezembro de 2002,
sexta-feira
Em Mt 10, 26 diz:
“Não tenhais medo deles…”
Reflitamos sobre os santos, os amigos de Jesus
Cristo, que enfrentaram sem medo os seus perseguidores.
Santo Estêvão, como está
nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos, operava prodígios e
grandes sinais entre o povo. E alguns da sinagoga, cheios de inveja,
puseram-se a discutir com Estêvão. Mas não podiam resistir à
sabedoria e ao Espírito com o qual ele falava. Subornaram pessoas
para mentirem contra ele, amotinaram o povo para persegui-lo e
prendê-lo.
Diante de tantos ataques e mentiras, o santo não
sentiu medo e não se vendeu, mas continuou firme na sua missão; e o
melhor de tudo, começou a pregar para os perseguidores.
A Bíblia diz o seguinte sobre a atitude dos
perseguidores: “Ouvindo isto, tremiam de
raiva em seus corações e rangiam os dentes contra ele”
(At 7, 54). Os perseguidores de
Santo Estevão dando grandes gritos, taparam os ouvidos e
precipitaram-se à uma sobre ele. E, arrastando-o para fora da
cidade, começaram a apedrejá-lo.
Prezado católico, essa deve ser a nossa atitude
diante dos perseguidores; nada de tremer os joelhos, nada de viver
encolhido em um canto, nada de desânimo; e sim, cabeça erguida e
coração valente, confiança em Deus e trabalho constante.
O nosso mundo está precisando de almas firmes e
valentes, de pessoas corajosas e convictas, de católicos autênticos
e fortes; somente assim as trevas desaparecerão.
São Paulo Apóstolo é um
santo extraordinário que trabalhou sem medo, e que enfrentou os
perseguidores com a cabeça erguida; o seu trabalho evangelizador foi
realizado no meio de muitas perseguições e dificuldades, como está
em 1 Ts 2, 2:
“Decidimos, contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o
evangelho de Deus, no meio de grandes lutas”.
Esse grande apóstolo enfrentou tudo e todos com a
cabeça erguida, jamais se deixou intimidar diante dos ataques e
perseguições.
Em At 16, 19-24 diz:
“Vendo seus amos que findara a esperança de seus
lucros, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram à ágora, à presença
dos magistrados, apresentando-os aos estrategos, disseram: ‘Estes
homens estão perturbando nossa cidade. São judeus, e propagam
costumes que não nos é lícito acolher nem praticar, porque somos
romanos’. Amotinando-se a multidão contra eles, os estrategos,
depois de mandarem arrancar-lhes as vestes, ordenaram que fossem
batidos com varas. Depois de lhes infligirem muitos golpes,
lançaram-nos à prisão, recomendando ao carcereiro que os vigiasse
com cuidado. Recebida a ordem, este os lançou à parte mais interna
da prisão e prendeu-lhes os pés no cepo”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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130 |
TREMER? JAMAIS
(continuação IV)
09 de dezembro de 2002,
segunda-feira
Em Mt 10, 26 diz:
“Não tenhais medo deles…”
Reflitamos ainda sobre a coragem e a fortaleza de São
Paulo Apóstolo.
Em At 19, 23-31, São Paulo mostra que é forte e
convicto na fé:
“Por essa ocasião, houve um tumulto bastante grave a respeito do
Caminho. Certo Demétrio, que era ourives, era fabricante de nichos
de Ártemis, em prata, proporcionando aos artesãos não pouco lucro.
Tendo-os reunido, bem como a outros que trabalhavam no mesmo ramo,
disse: ‘Amigos, sabeis que é deste ganho que provém o nosso
bem-estar. Entretanto, vedes e ouvis que não somente em Éfeso, mas
em quase toda a Ásia, este Paulo tem desencaminhado, com suas
persuasões, uma multidão considerável: pois diz que não são deuses
os que são feitos por mãos humanas. Isto não só traz o perigo de a
nossa profissão cair em descrédito, mas também o próprio templo da
grande deusa Ártemis perderá todo o seu prestígio, sendo logo
despojada de sua majestade aquela que toda a Ásia e o mundo
veneram’. Ouvindo isto, ficaram cheios de furor e puseram-se a
gritar: ‘Grande é a Ártemis dos efésios!’ A cidade foi tomada de
confusão, e todos à uma se precipitaram para o teatro, arrastando
consigo os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de viagem de
Paulo. Este queria enfrentar o povo, mas os discípulos não lho
permitiram. Também alguns dos asiarcas, seus amigos, mandaram
rogar-lhe que não se expusesse, indo ao teatro”.
Em At 21, 27-40 fala sobre a prisão de São Paulo, e
mesmo cercado de inimigos não calou a boca:
“Os sete dias estavam
chegando ao fim, quando os judeus da Ásia, tendo-o percebido no
Templo, amotinaram toda a multidão e o agarraram, gritando: ‘Homens
de Israel, socorro! Este é o indivíduo que ensina a todos e por toda
parte contra o nosso povo, a Lei e este Lugar! Além disso, trouxe
gregos para dentro do Templo, assim profanando este santo Lugar’. De
fato, haviam visto antes a Trófimo, o efésio, com ele na cidade, e
julgavam que Paulo o houvesse introduzido no Templo.
A cidade toda se agitou e
houve aglomeração do povo, apoderavam-se de Paulo e arrastaram-no
para fora do Templo, fechando-se imediatamente as portas. Já
procuravam matá-lo, quando chegou ao tribuno da coorte a notícia:
‘Toda Jerusalém está amotinada!’ Ele imediatamente destacou soldados
e centuriões e arremeteu contra os manifestantes. Estes, à vista do
tribuno e dos soldados, cessaram de bater em Paulo. Aproximou-se
então o tribuno, deteve-o e mandou que o prendessem com duas
correntes; depois perguntou quem era e o que havia feito. Uns
gritavam uma coisa, outros outra, na multidão. Não podendo, pois,
obter uma informação segura, por causa do tumulto, ordenou que o
conduzissem para a fortaleza. Quando chegou aos degraus, Paulo teve
de ser carregado pelos soldados, por causa da violência da multidão.
Pois a massa do povo o seguia, gritando: ‘À morte com ele!’
Estando para ser recolhido à
fortaleza, disse Paulo ao tribuno: ‘É-me permitido dizer-te uma
palavra?’ Replicou o tribuno: ‘Sabes o grego? Não és tu, acaso, o
egípcio que, dias atrás, sublevou e arrastou ao deserto quatro mil
bandidos?’ Respondeu-lhe Paulo: ‘Eu sou judeu, de Tarso, da Cilícia,
cidadão de uma cidade insigne. Agora, porém, peço-te: permite-me
falar ao povo’. Dando-lhe ele a permissão, Paulo, de pé sobre os
degraus, fez sinal com a mão ao povo. Fazendo-se grande silêncio,
dirigiu-lhes a palavra em língua hebraica”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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EXEMPLO DE DISPONIBILIDADE
12 de dezembro de 2002, quinta-feira
Hoje, Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira
da América Latina, falaremos sobre Nossa Senhora.
Em Lucas 1, 39 diz:
“Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa,
dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá”.
Caríssimo católico, a primeira mensagem desse trecho
é a disponibilidade da Santíssima Virgem.
Assim que a Virgem Santíssima ficou sabendo que sua
prima estava precisando da sua ajuda, não pensou duas vezes, foi
servir de empregada para Santa Isabel, e não foi somente um dia ou
uma semana, mas durante um bom tempo como diz a Palavra de Deus em Lc 1, 56:
“Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou para
casa”.
Católico, a Santíssima Virgem é um exemplo de
disponibilidade, e é justamente essa virtude que está faltando no
coração das pessoas; o egoísmo tomou conta dos corações, o desejo de
servir alguém por amor a Deus acabou; existe somente o interesse.
Outra virtude é a perseverança nas dificuldades.
Em Lc 1, 39 diz: “…
Maria pôs-se a caminho para a região
montanhosa…” O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
“Não a preocupam as dificuldades da viagem à
região montanhosa!” A Santíssima Virgem possuía um amor muito
grande no coração, e esse amor a ajudava a perseverar no bem. São
Josemaría Escrivá escreve:
“Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te, e não O
deixarás”.
Maria Santíssima possuía o verdadeiro amor a Deus e ao
próximo, e por isso, enfrentava as “montanhas” das dificuldades sem
se queixar.
Prezado católico, é preciso imitar a perseverança de
Nossa Senhora. Quando se decide a trabalhar para Deus e pela
salvação das almas, aparecem dezenas de obstáculos: perseguições,
críticas, tentações, desânimo, respeito humano, etc., são montanhas
de vários tamanhos, mas se o amor for verdadeiro, com certeza você
vencerá todos os obstáculos. Aquele que possui um amor pequeno acaba
se desanimando e ficando deitado no pé da montanha.
A virgem Maria não caminhou lentamente, mas,
apressadamente, como está em Lc 1, 39:
“… dirigindo-se
apressadamente a uma cidade de Judá”.
A atitude da Virgem Maria é a atitude daquela pessoa
que ama. Ela não ficou pensando se valeria a pena ou não servir a
sua prima Isabel, mas foi apressadamente.
O católico que ama Nossa Senhora imita-lhe nessa
atitude, isto é, de fazer sempre o bem e depressa, porque a vida é
breve e o tempo passa.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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132 |
TROCA DE PRESENTES EM DATA ERRADA
13 de dezembro de 2002,
sexta-feira
Lc 3, 4:
“Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas”.
Prezado católico, aproxima-se a Festa do Santo Natal,
é preciso preparar os presentes para o Menino Deus.
Hoje, infelizmente, profana-se o Santo Natal com uma
exagerada troca de presentes entre as pessoas, e o verdadeiro
aniversariante, o Menino Jesus, é deixado de lado.
Natal é nascimento do Menino Deus, por isso, é
preciso limpar o coração com a “vassoura” da confissão. Muitas
pessoas durante esse tempo se preocupam em limpar a casa tirando as
teias de aranha, trocando os móveis, etc., mas se esquecem da
preparação principal que é a limpeza do coração.
O Menino Jesus não nascerá em uma manjedoura como
aconteceu há dois mil anos atrás, agora Ele deseja nascer na
“manjedoura” do seu coração, por isso, é preciso limpá-lo com
cuidado, tirando os espinhos do pecado.
Caríssimo, não profane o Santo Natal transformando-o
em uma festa material; seja sábio e inteligente, busque a confissão
o mais rápido possível; somente assim você terá um Natal cheio de
paz e de alegria.
Prezado católico, como se chama este sacramento?
“Chama-se sacramento da Conversão, pois
realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão, o caminho
de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado”
(Catecismo da Igreja Católica, n.º 1423),
“…chama-se sacramento da Penitência porque
consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de
arrependimento e de satisfação do Cristão pecador”
(idem, n.º 1424),
“…é chamado sacramento da Confissão porque a
declaração, a confissão dos pecados diante do sacerdote é um
elemento essencial desse sacramento. Num sentido profundo esse
sacramento também é uma “confissão”, reconhecimento e
louvor da santidade de Deus e de sua misericórdia para com o homem
pecador” (idem, n.º 1424),
“…também é chamado sacramento do perdão
porque pela absolvição sacramental do sacerdote Deus concede ‘o
perdão e a paz” (idem, n.º 1424),
“…é chamado sacramento da Reconciliação
porque dá ao pecador o amor a Deus que reconcilia: ‘Reconciliai-vos
com Deus’ (2
Cor 5, 20). Quem vive do amor misericordioso
de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: ‘Vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão
(Mt 5, 24)”
(idem, n.º1424).
Prezado católico, limpa o seu coração fazendo uma
sincera confissão; a confissão é o sacramento da paz e da alegria.
Deus Nosso Senhor é Bondade Infinita, e acha a Sua
alegria em habitar entre os homens. Mas, quando o homem prefere os
seus prazeres à lei do Senhor e cai em pecado, Deus não pode
suportá-lo. Foge dele como nós fugimos da serpente: já não o conta
mais entre os seus fiéis, entre os seus amigos, entre seus filhos.
A alma do pecador transforma-se em um deserto, e para
mudá-la em uma terra fértil, é preciso da água cristalina da
confissão. Essa água limpa o nosso coração, transformando-o em uma
belíssima manjedoura para o Menino Deus.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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133 |
REZAR BEM
16 de dezembro de 2002, segunda-feira
Lc 18, 1:
“É preciso rezar sempre e nunca descuidar”.
Prezado católico, está aproximando a Festa do Santo
Natal, e para agradar a Deus, é preciso que você limpe o coração com
uma confissão sincera; mas não basta limpar o coração, é preciso
perfumá-lo com a oração fervorosa e perseverante.
O homem moderno está preocupado somente com o corpo,
faz de tudo para embelezá-lo, para torná-lo o centro de tudo; e se
esquece da vida interior, da vida espiritual.
O Menino Deus quer nascer num coração perfumado pela
oração, é essa a manjedoura desejada por Ele. A Palavra de Deus fala
sobre a necessidade da oração, sobre esse suave perfume que o torna
belo e agradável. Em Lc 18, 1: “É preciso
rezar sempre e nunca descuidar”, e em Mt 26, 41 diz também:
“Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a
carne é fraca”.
A oração é necessária não somente para perfumar o
nosso coração para receber o Menino Deus, mas também é necessária
para a nossa salvação eterna.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Quem reza se salva, quem não reza se
condena”, e Santo Agostinho escreve também:
“Bem sabe viver, o que sabe
rezar bem”.
O católico deve se preocupar com o seu interior, é
loucura essa preocupação exagerada com o material e com o corpo; não
tem sentido passar o Natal com o coração cheio de fumaça e de
poeira.
Hoje, infelizmente, muitas pessoas fogem da oração,
preferem ficar o tempo todo conversando sobre assuntos vazios, e
assim, a sua alma vive em contínua angústia.
Prezado católico, é preciso rezar muito, é preciso
viver unido a Deus, somente assim o Santo Natal terá sentido na sua
vida.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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134 |
CORAÇÕES INDIFERENTES
17 de dezembro de 2002,
terça-feira
Em Jo 1, 11:
“Veio para o que era seu e os seus não o receberam”.
Prezado católico, o mundo antigo suspirava pelo
Redentor. E Ele, o nosso Salvador nasceu de Maria sempre Virgem, em
uma noite sagrada e silenciosa. Como o nosso Salvador foi recebido
pelos homens? Com alegria e satisfação? Sim, por parte de alguns,
mas não de todos. É importante lembrar de que a maior parte
permaneceu indiferente, uma parte até procedeu hostilmente contra o
Filho de Deus, contra Aquele que veio para salvar a humanidade.
Hoje, falaremos sobre os indiferentes.
Prezado católico, indiferentes era a maior parte dos
moradores de Belém. Não se importaram com o nascimento do Menino
Jesus. Com certeza eles ouviram no outro dia algum comentário sobre
o Menino que nascera em um estábulo, sobre as maravilhas que haviam
falado sobre Ele, mas, com o coração indiferente, não deram
importância. Não se abalaram com isso, porque, com certeza foram
esses que negaram hospedagem para o Santo casal, como explica Santo
Afonso Maria de Ligório: “Eis que já entram
em Belém esses dois excelsos
viajantes, José e Maria, que trás no seu seio o Salvador do mundo.
Entram na cidade, dirigem-se para a casa do ministro imperial… Mas
quem os reconhece? Quem lhes vai ao encontro? Quem lhes oferece
agasalho? Eles são pobres, e como pobres são desprezados; são
tratados ainda pior do que os outros pobres, e até repulsos”,
e Santo Afonso continua:
“chegada a Belém, Maria entendeu que se aproximava a
hora de seu parto. Avisou a São José, e este diligenciou a achar
agasalho em uma casa dos habitantes de Belém a fim de não ter de
levar sua esposa à hospedaria, lugar pouco conveniente para uma
delicada moça. Ninguém quis atender-lhe o pedido, e é bem provável
que da parte de alguns fosse tachado de insensato por trazer consigo
a esposa próxima ao parto em tempo noturno”.
Católico, será que a situação hoje mudou? Depois de
2000 anos de cristianismo; será que o coração do homem eliminou esse
desinteresse por Nosso Senhor? Será que o homem abriu o seu coração
para o Menino Deus nascer?
Prezado católico, a indiferença, a frieza e a
ingratidão do homem continua.
Milhões e milhões de católicos acendem as velinhas da
árvore de Natal; montam o presépio, etc., mas sem uma idéia cristã.
Abrem a mão para as compras, gastando até o que não têm, mas
permanecem com o coração fechado para Deus. Como já falei, dão
presentes uns aos outros, mas sem relação alguma com Cristo. Milhões
olham para o Natal como uma Festa profana, de divertimentos e
bebedeiras; e sabemos que não é assim.
O pior de tudo, é que o Menino Jesus, além de ser
deixado de lado, ainda é maltratado com os pecados que são cometidos
nesse dia. Ao invés de receber carinho, só recebe ofensa.
Caríssimo, aqueles que profanam o Santo Natal são
piores que o boi e o burro; estão abaixo destes animais; pois estes
conhecem o seu Senhor pela voz e pelo andar e sabem que ele lhes dá
o necessário alimento, mas os chamados “cristãos” não conhecem mais
o seu Senhor Jesus Cristo; para esses ingratos diz o Senhor do
universo: “Criei filhos e fi-los crescer,
mas eles se rebelaram contra mim. O boi conhece o seu dono, e o
jumento, a manjedoura de seu Senhor, mas Israel é incapaz de
conhecer, o meu povo não pode entender”
(Is 1, 2-3).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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135 |
CORAÇÕES INDIFERENTES
(continuação I)
18 de dezembro de 2002,
quarta-feira
Em Jo 1, 11 diz:
“Veio para o que era seu e os seus não o receberam”.
Refletimos ontem sobre os indiferentes em relação à
vinda do Salvador; hoje, a pregação será sobre os inimigos de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Herodes e seus servos, furiosos, cheios de inveja e
ódio, tramavam contra a vida do Menino Deus. Jesus Menino para
Herodes e seu grupo era indesejável e incômodo, Ele devia
desaparecer.
Em Mt 2, 7-8 diz: “Então
Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se
com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. E,
enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações
exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que
também eu vá homenageá-lo”. Herodes é mentiroso, ele queria
matar o Menino Deus, as trevas queria sufocar a luz, e o seu ódio o
levou a matar muitas criancinhas com a intenção de atingir também o
Menino Deus, como está em Mt 2, 16:
“Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou
muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território,
todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que
havia se certificado com os magos”.
Prezado católico, a hostilidade e o ódio contra o
Menino Jesus não se extinguiram em nosso tempo. Os livres-pensadores
e marxistas, os comunistas e pagãos receberam a herança de Herodes;
cospem veneno contra a fé católica, desejam de bom grado
exterminá-la inteiramente. E com essa covardia dos católicos, com
essa infidelidade dos batizados na Santa Igreja, o mal vai
crescendo, os Herodes de hoje vão ocupando espaço e triunfando.
Hoje, nesse país que se diz católico, que se diz fiel
a Deus, muitas pessoas trabalham para fazer desaparecer o verdadeiro
sentido do Santo Natal, fazem músicas imorais com a melodia de
“Noite Feliz”, o papai Noel é adorado, enquanto que o Menino Jesus é
deixado de lado. Outros falam do nascimento do Salvador como se
fosse uma “piedosa lenda”.
Prezado católico, hoje existe um ódio selvagem contra
o Menino Jesus. É o velho espírito de Herodes que está dominando os
países cristãos.
E o pior de tudo, é que padres e bispos assistem esse
paganismo de boca fechada, são omissos que não querem afastar os
fregueses.
Aquele católico que não dá bom exemplo, que dá
escândalo dentro da Igreja Católica, e vive no pecado mortal, esse
também é inimigo do Menino Deus e amigo de Herodes.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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136 |
CORAÇÕES INDIFERENTES
(continuação II)
19 de dezembro de 2002,
quinta-feira
Em Jo 1, 11 diz:
“Veio para o que era seu e os seus não o receberam”.
Prezado católico, nesses dois últimos dias, falamos
sobre os indiferentes e inimigos do Menino Jesus; hoje refletiremos
sobre os fiéis ao Menino Deus. Algumas pessoas O receberam com fé e
amor.
A Santíssima Virgem, São José, os pastores e os magos
do oriente, assim como algumas pessoas piedosas de Belém, receberam
o Menino Deus com alegria. Esses ficaram sumamente alegres e felizes
com o nascimento do Menino Jesus, ajoelharam-se cheios de fé e
adoraram o Salvador recém-nascido.
Hoje, graças a Deus, ainda há homens fiéis a Deus!
Ainda existem católicos, para os quais a festa de Natal é um dia de
verdadeira alegria, é um dia do Senhor, festa do nascimento de
Cristo, o Salvador do mundo! Graças a Deus, ainda reúnem milhares de
pessoas em torno do presépio para rezarem o santo terço, para
cantarem louvores ao Menino Deus; pequenos e grandes, crianças,
jovens e velhos, ricos e pobres, brancos e pretos, habitantes de
todas as partes do mundo. Prostram-se piedosos diante do Menino Deus
e cantam com os Anjos o velho cântico de alegria, sempre belo:
“Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa
vontade”. Eles exultam hoje, com a Igreja: Hoje brilhou sobre nós a
Luz, porque nasceu o Senhor e será chamado Admirável, Deus, Príncipe
da paz, Pai do futuro século e o seu reino não terá fim”.
Os fiéis ao Menino Deus acorrem à Santa Missa da
noite, à Santa Missa da manhã, aproximam-se da Eucaristia de olhos
brilhantes e corações ardentes. É Natal, a festa do nascimento do
Senhor!
E você, pertence ao grupo dos indiferentes, inimigos
ou fiéis a Nosso Senhor? Será que o Menino Jesus é um estranho para
você?
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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137 |
REJEITADO
20 de dezembro de 2002,
sexta-feira
Lc 2, 12:
“Isto vos servirá de sinal: encontrareis um
recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura”.
Prezado católico, todos os sinais que o Anjo deu aos
pastores para acharem o Salvador já nascido, foram sinais de
humildade, como está em Lc 2, 12: “Isto vos
servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas
deitado numa manjedoura”. Eis o sinal para reconhecer o
Messias nascido, disse o Anjo: achareis uma criança envolta em
pobres paninhos, numa estrebaria e deitada sobre a palha numa
manjedoura de animais. Foi assim, prezado católico, que quis nascer
o Rei do céu, o Filho de Deus, porque vinha destruir o orgulho, que
fora a causa da perdição do homem.
“Os profetas já tinham
predito que o nosso Redentor devia ser saciado de opróbrios e
tratado como o homem mais vil do mundo. Quanto desprezo não teve
Jesus de sofrer da parte dos homens! Foi qualificado de bêbado,
mágico, de blasfemo e de herege. E depois, quantas ignomínias e
humilhações sofreu em sua Sagrada Paixão! Foi abandonado por seus
próprios discípulos, dos quais um o vendeu por trinta dinheiros,
outro negou tê-lo jamais conhecido. Foi levado pelas ruas preso e
amarrado como um malfeitor, e açoitado como um escravo, qualificado
de insensato e de rei de fraude; foi esbofeteado, coberto de
escarros, e finalmente fizeram-no morrer suspenso numa cruz, em meio
a dois ladrões, como se fosse um criminoso”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
São Bernardo de Claraval escreve:
“O mais nobre de todos foi tratado como se fosse o
mais vil de todos”.
Se você realmente deseja ser santo, esforce por
imitar a vida humilde e despojada de Jesus Cristo.
Você que reclama de ser desprezado por todos; que
fica com o coração apertado diante de zombaria, de gozação e de
críticas. Olhe para o Menino Jesus deitado na manjedoura, ou então,
contempla Jesus crucificado, e tudo será resolvido.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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138 |
REJEITADO
(continuação I)
23 de dezembro de 2002,
segunda-feira
Lc 2, 12:
“Isto vos servirá de sinal: encontrareis um
recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura”.
Prezado católico, Jesus Cristo podia salvar-nos sem
padecer, nem morrer; mas não. A fim de nos fazer conhecer até que
ponto nos amava, quis escolher uma vida toda de tribulações. Por
isso, o profeta Isaías o chamou: “Homem das
Dores” (53, 3),
porquanto a vida de Jesus Cristo devia ser uma vida toda cheia de
dores: “A sua Paixão não teve seu princípio
no tempo da sua morte, mas sim no começo da sua vida”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Caríssimo católico: “… vede
que Jesus Cristo, apenas nascido, é posto na manjedoura de uma
estrebaria, onde tudo concorria para o atormentar. É atormentado na
vista, que não descobre na gruta senão paredes grosseiras e negras.
É atormentado no olfato, pelo mau cheiro das imundícias dos animais
que ali se acham. É atormentado no tato, pelas picadas da palha que
lhe servia de cama. Pouco depois de nascido, vê-se obrigado a fugir
para o Egito, onde passou vários anos da infância na pobreza e no
desprezo. Nem diferente foi a vida de Nosso Senhor depois em Nazaré;
e eis que finalmente termina a sua vida em Jerusalém, morrendo sobre
uma cruz, pela veemência dos tormentos”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Prezado, a vida de Nosso Senhor foi um martírio
contínuo, e mesmo um duplo martírio, por ter sempre diante dos olhos
todos os sofrimentos que em seguida deviam atormentá-lo até a morte.
Um dia, a irmã Maria Madalena Orsini, queixou-se a
Jesus crucificado dizendo-Lhe: “Mas, Senhor,
Vós passastes somente três horas pregado na cruz, ao passo que eu já
estou sofrendo vários anos”. Jesus, porém, respondeu-lhe:
“Ó ignorante! Que
estás dizendo? Desde antes de nascer sofri todas as dores da minha
vida e da minha morte”.
Não foram precisamente as dores futuras que
atormentaram Jesus Cristo, visto que de livre vontade aceitava os
padecimentos. O que o afligiu foi a previsão dos nossos pecados e da
nossa ingratidão depois de tão grande amor seu.
Santa Margarida de Cortona não se cansava de chorar
as ofensas feitas a Deus, até que um dia o confessor lhe disse:
“Margarida, basta; não chores mais, porque
Deus já te perdoou”. A Santa, porém, respondeu:
“Como poderei deixar de
chorar, sabendo que os meus pecados tem afligido o meu Jesus durante
a sua vida toda?”
Prezado católico, você possui essa consciência
delicada? Será que você sente essa dor por ter ofendido a Nosso
Senhor?
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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139 |
FONTE DA PAZ
01 de janeiro de 2003, quarta-feira
Sl 73, 28:
“Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem!”
Prezado católico, hoje, muitas pessoas estão buscando
a alegria e a paz no lugar errado. Sabemos que o mundo é um inimigo
terrível da nossa alma, e aquilo que o mesmo oferece, como por
exemplo: prostituição, drogas, bebedeiras, modas imorais, etc., não
satisfazem o coração do homem, porque somente em Deus encontramos a
verdadeira paz, como está em Jo 14, 27:
“Deixo-vos a paz, a minha paz
vos dou; não vo-la dou como o mundo dá”.
É pura ilusão apoiar nas criaturas, elas são fontes
secas e barro; e quanto mais o homem corre atrás do consolo
passageiro, mais fica angustiado, como escreve Santo Afonso Maria de
Ligório: “Tudo o que não se faz para Deus,
transforma-se em sofrimento”, e São João da Cruz também
escreve: “Viva neste
mundo como se só com Deus vivesse a fim de que o seu coração não
seja detido por coisa humana”.
No Sl 73, 28 diz:
“Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem”.
A Palavra de Deus nos ensina que somente em Deus
encontramos segurança e apoio, que Ele é rochedo em quem devemos
apoiar, e que Deus é a segurança da nossa vida, como está no Sl 62,
2-3: “Só em Deus a
minha alma repousa, dele vem a minha salvação; só ele é minha rocha,
minha salvação, minha fortaleza, - jamais vacilarei!”
Prezado católico, feliz daquele que vive unido a
Deus, que caminha na presença do Senhor do Universo, esse é
realmente sábio.
Aquele que vive mergulhado em Deus não tem medo das
perseguições, porque Deus é a sua segurança; não desanima diante das
dificuldades, porque Deus é o seu rochedo; não se entristece diante
das notícias más, porque Deus é Alegria Infinita, como escreve Santa
Teresa dos Andes:
“Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo…
Deus é alegria infinita’.
Caríssimo, hoje o nosso mundo está mergulhado nas
trevas, a violência está aumentado e o paganismo triunfa no coração
de muitas pessoas, e isso, justamente porque o homem está
percorrendo caminhos estranhos, longe de Deus; abandona o caminho da
verdade para viver na mentira, abandona a luz para viver nas trevas,
como está em Sb 5, 6-7:
“Sim, extraviam-nos do caminho da verdade; a luz da
justiça não brilhou para nós, para nós não nasceu o sol. Cansamo-nos
nas veredas da iniqüidade e perdição, percorremos desertos
intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!”
Se você deseja ser feliz, aproxime-se de Deus, Ele é
Alegria Infinita, Ele é o Senhor que te protege, que te consola, que
enche o seu coração de paz e a sua alma de felicidade. Deus é o
Oceano Infinito onde encontrarás a verdadeira riqueza, porque, como
escreve Santo Afonso Maria de Ligório:
“Quem só quer Deus, é rico de
todos os bens”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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140 |
ABRIGO SEGURO
03 de janeiro de 2003, sexta-feira
Mt 11, 28:
“Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso
do vosso fardo e eu vos darei descanso”.
Prezado católico, nesse mundo tão falso e cheio de
traições, tão barulhento e vazio, é preciso parar esporadicamente
para reabastecermos a nossa alma; infelizmente, muitas pessoas
buscam um lugar errado para esse repouso: vão para os botecos,
salões de bailes, boates e outros lugares que não agradam a Deus.
Jesus Cristo, nosso Divino Amigo, fiel e verdadeiro,
nos convida a aproximarmos d’Ele, a mergulharmos no seu Amor, e n’Ele
encontraremos o verdadeiro descanso para as nossas almas, como está
em Mt 11, 28: “Vinde a mim todos os que
estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso”,
e no mesmo Evangelho, 11, 29 diz:
“… e encontrareis descanso para vossas almas”.
Jesus não mente, Ele é o Deus verdadeiro, se nos
convida a aproximarmos d’Ele, e afirma que no Seu Santíssimo Coração
encontraremos repouso, não temos motivo para duvidarmos.
Somente no Coração desse Amigo verdadeiro que morreu
na cruz, Amigo que derramou todo o seu Sangue para nos salvar,
encontraremos o verdadeiro repouso e descanso. Aquele que vive na
amizade de Jesus Cristo, vive mergulhado num oceano de felicidade,
como escreve Tomás de Kempis: “Estar com
Jesus é doce Paraíso”; mas aquele que vive fora da amizade de
Jesus, que anda pelo caminho da perdição ao lado de Satanás, esse
vive na amargura, tristeza e atormentado, como escreve Tomás de
Kempis: “Estar sem
Jesus é terrível inferno”.
Prezado católico, Jesus é o nosso melhor Amigo; Ele é
fiel, doce, misericordioso, etc.
Você que abandonou a amizade de Jesus Cristo para
seguir os homens, se ainda não sofreu decepção, sofrerá em breve;
porque o coração do homem é falso e traidor, como está em Jr 17, 5
diz: “Maldito o homem que se fia no homem…”,
e no mesmo livro, 17, 9 diz: “O coração é
falso como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?”
Você que já foi traído e enganado pelos vizinhos, pelos parentes,
pelo marido, pela esposa, etc., não perca a fé e não desanime;
porque existe um Amigo que morreu na cruz para te salvar e que está
sempre cuidando de você: Jesus Cristo; esse é o Amigo fiel, em quem
você pode confiar.
Cristo Jesus te convida a descansar n’Ele, como está
em Mt 11, 28: “Vinde a mim…” Você não
pode perder essa oportunidade, não pode deixar para depois, é
preciso aproximar d’Ele agora, porque você pode morrer hoje.
Católico, feliz de quem entrou na amizade de Jesus
Cristo. Feliz daquele que acolheu com amor o seu convite e que
correu para os seus braços, como escreve Santa Teresa dos Andes:
“Vá a Jesus como ao
amigo mais íntimo e conte-lhe tudo o que se passa em sua alma.
Ninguém como Ele penetra seu coração. Ninguém como Ele saberá curar
as feridas de sua alma, porque vê com luz e poder infinitos e dá o
remédio”.
Você que está triste, cansado e amargurado; você que
só encontra falsidade nos familiares, corra ao encontro de Nosso
Senhor e mergulhe nesse Oceano de paz. Quem escolheu a Jesus por
amigo, pôs-se à sombra de boa árvore; pois, em Jesus Cristo, terá um
amigo que o protegerá de dia e de noite, e com certeza sairá sempre
vencedor, como escreve Tomás de Kempis:
“Se Jesus estiver contigo,
nenhum inimigo te poderá ofender”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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