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            NÃO FIQUE NA SOLEIRA 
            
              
            
            19 de novembro de 2002, 
            terça-feira 
            
              
            
            Mt 7, 13-14: 
            
            “Entrai pela porta estreita, porque largo é o caminho que conduz à 
            perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a 
            porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o 
            encontram”. 
            
              
            
            Caríssimo, Jesus nos convida a entrarmos pela porta 
            estreita, isto é, a vivermos uma vida de sacrifício, de renúncia, de 
            penitência, etc., porque o caminho do céu é o da cruz, como está em 
            Mt 16, 24: “Se alguém 
            quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. 
            
            Entrar pela porta estreita significa abandonar a vida 
            de oba oba, de vaidades, de moleza, etc., e viver a penitência 
            virtude com amor e convicção, como escreve São João da Cruz: 
            “Se em algum tempo, meu 
            Irmão, alguém, seja ou não prelado, quiser persuadi-lo de doutrina 
            larga e de mais alívio, não acredite, nem a abrace, ainda que lha 
            confirmem com milagres. 
            
            Penitência e mais penitência 
            e desprendimento de todas as coisas, e jamais, se quer chegar a 
            possuir a Cristo, O busque sem cruz…” 
            
            Entrar pela porta estreita é desapegar-se de tudo 
            aquilo que atrapalha o nosso vôo para Deus, que atrapalha o nosso 
            progresso espiritual, como escreve São João da Cruz: 
            
            “Pouco importa ser fino ou 
            grosso o fio que amarra o passarinho, porque, em ambos os casos, 
            está igualmente preso, enquanto não romper. Verdade é ser mais fácil 
            romper o fino, todavia, se não o romper, não poderá o pássaro voar”. 
            
            Católico, um dia Jesus atravessava cidades e 
            povoados, ensinando e encaminhando-se para Jerusalém. Alguém 
            aproximou d’Ele e perguntou: “Senhor, é pequeno o número dos que se 
            salvam?” Ele respondeu: “Esforçai-vos por 
            entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão 
            entrar e não conseguirão” (Lc 13, 24). 
            
            Aquele que gosta de uma vida cômoda, de um 
            cristianismo sem cruz, de uma doutrina fácil, com certeza não 
            entrará na glória eterna se não mudar de vida. Jesus o convida a 
            entrar pela porta estreita: “Entrai pela 
            porta estreita…” (Mt 7, 13). 
            
            Em Mt 11, 12 diz: “O 
            Reino dos Céus sofre violência, e os violentos arrebatam-no”.  Sem 
            luta é impossível entrar no Céu; e sem um esforço perseverante 
            jamais entraremos pela porta estreita. São Josemaría Escrivá diz: 
            “Essa força não se manifesta na violência contra os outros; é 
            fortaleza para combater as nossas debilidades e misérias, valentia 
            para não mascarar as nossas infidelidades, audácia para confessar a 
            fé, mesmo quando o ambiente é contrário”, e Clemente de 
            Alexandria escreve também: 
            
            “O Reino dos Céus não pertence aos que dormem e vivem dando-se todos 
            os gostos, mas aos que lutam contra si mesmos”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO FIQUE NA SOLEIRA 
            
            (continuação I) 
            
              
            
            20 de novembro de 2002, 
            quarta-feira 
            
              
            
            Mt 7, 13: 
            
            “… porque largo é o caminho que conduz à perdição”. 
            
              
            
            Prezado católico, a Palavra de Deus diz que o caminho 
            largo conduz à perdição. 
            
            O caminho largo é aquele que o mundo oferece aos seus 
            seguidores; vida fácil, sem sacrifício e renúncia, apego às coisas 
            perecíveis da terra, esquecimento de Deus e da vida espiritual, 
            uso exagerado das roupas imorais, consumo de bebida alcoólica e do 
            cigarro, sede pelas músicas profanas e satânicas, acompanhamento 
            rigoroso das novelas e o mergulhar no mundo das drogas e do sexo 
            antes do casamento. 
            
            O caminho largo conduz à perdição, porque o seu deus 
            é o demônio, como está em 2 Cor 4, 4: 
            
            “Para os incrédulos, dos quais o deus deste 
            mundo obscureceu a inteligência, a fim de que não vejam brilhar a 
            luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem Deus”. 
            
            O caminho largo é o da mentira; quem percorre esse 
            caminho vive na cegueira espiritual, como está em Sb 5, 6-7: 
            “Sim, extraviamo-nos do 
            caminho da verdade; a luz da justiça não brilhou para nós, para nós 
            não nasceu o sol. Cansamo-nos nas veredas da iniqüidade e perdição, 
            percorremos desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do 
            Senhor!” 
            
            O caminho largo cega as pessoas que o percorre. 
            
            Cega a mãe de família, e a mesma já não consegue mais 
            ver maldade nas conversas imorais da sua filha, nem os divertimentos 
            perigosos que a mesma freqüenta. 
            
            Cega o homem casado que não consegue ver o crime de 
            adultério, e assim, destrói aos poucos o seu casamento. 
            
            Cega o jovem que coleciona revistas pornográficas e 
            que namora escandalosamente,  achando que tudo é normal.  
            
            Prezado católico, para se salvar é preciso sair do 
            caminho largo, porque este conduz ao inferno eterno; é preciso 
            voltar para o Senhor enquanto é tempo. 
            
            De que adianta ganhar o aplauso do mundo e ser 
            condenado ao inferno? De que adianta ser famoso, rico, culto, etc., 
            se não alcançar a salvação eterna?  Em Mt 16, 26 diz: 
            “De fato, que aproveitará ao 
            homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?” 
            
            Prezado católico, o fim do homem não é ganhar os bens 
            temporais deste mundo, que são apenas meios ou instrumentos; o fim 
            último do homem é o próprio Deus, que é possuído como antecipação 
            aqui na terra pela graça, e plenamente e para sempre na glória. 
            Jesus indica o caminho para conseguir esse fim: negar-se a si 
            mesmo, isto é, tudo o que é comodidade, egoísmo, apego aos bens 
            temporais e levar a cruz. Porque nenhum bem terreno, que é caduco, é 
            comparável à salvação eterna da alma. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO FIQUE NA SOLEIRA 
            
            (continuação II) 
            
              
            
            21 de novembro de 2002, 
            quinta-feira 
            
              
            
            Mt 7, 13: 
            
            “E muitos são os que entram por ele”. 
            
              
            
            São milhares de pessoas que entram pelo caminho 
            largo, que se dizem cristãs, mas que infelizmente levam uma vida 
            totalmente contrária ao Evangelho, buscando uma vida fácil e cômoda, 
            longe do sacrifício e da penitência. 
            
            Santo Anselmo viu um dia, um imenso rio que arrastava 
            todas as imundícies da terra, de modo que nenhuma cloaca se achou 
            mais nojenta do que aquela. Sobre as negras e espumosas águas da 
            caudal, transportados em rapina, alvejavam muitos cadáveres de 
            homens, mulheres, rapazes, ricos, pobres, com os ventres túmidos de 
            lodo. Tendo o Santo perguntado o que significava aquilo, assim lhe 
            foi respondido: “O rio é o mundo, e os afogados são os seus 
            amadores”. 
            
            Prezado católico, as pessoas que seguem o caminho 
            largo, vivem de acordo com a carne, e sentem nojo daquilo que é 
            espiritual. 
            
            É muito fácil reconhecer quem percorre o caminho 
            largo. Em Mt 7, 13 diz que não são poucas as pessoas que o 
            percorrem, mas muitas são as que entram por ele; são palavras do 
            próprio Jesus Cristo. 
            
            As mulheres que andam semi-nuas e que usam roupas 
            escandalosas, percorrem esse caminho largo, e são muitas, de 
            trezentas mulheres, encontra-se uma que se veste como autêntica 
            cristã. 
            
            Os jovens que namoram escandalosamente também trilham 
            esse caminho, e são muitos, de quinhentos casais de namorados, 
            encontra-se um que namora como Deus deseja. 
            
            O homem casado que trai a esposa faz parte desse 
            grupo que percorre o caminho largo, e são milhares. 
            
            Prezado católico, o mundo está dividido; existe um 
            grupo pequeno que ainda permanece fiel a Nosso Senhor, que luta 
            fervorosamente para viver o Evangelho e para agradar a Deus; e um 
            exército muito grande que segue o caminho largo, mas isso não é 
            novidade, porque o próprio Cristo disse: “E 
            muitos são os que entram por ele” (Mt 
            7, 13). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO FIQUE NA SOLEIRA 
            
            (continuação III) 
            
              
            
            25 de novembro de 2002, 
            segunda-feira 
            
              
            
            Mt 7, 14: 
            
            “Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida”. 
            
              
            
            Prezado católico, o Pe. Francisco Fernández–Carvajal 
            escreve: “A vida é 
            como um caminho que termina em Deus, um caminho curto. Importa acima 
            de tudo que, ao chegarmos, a porta nos seja aberta e possamos 
            entrar”. 
            
            A Palavra de Deus em Mt 7, 14 diz que a porta 
            estreita e o caminho apertado conduz ao céu; é pura ilusão buscar a 
            salvação fora da cruz, como escreve São João da Cruz: 
            “Penitência e mais penitência e desprendimento de todas as coisas, e 
            jamais, se quer chegar a possuir a Cristo, O busque sem cruz…” 
            
            Católico, Deus não criou o homem para a felicidade 
            passageira, e sim, para a felicidade eterna. 
            
            A quem deseja chegar à plenitude da vida de Deus e em plena sintonia como o Evangelho, que se 
            habitue gradualmente à renúncia: 
            “A qualquer prazer sensível que não seja puramente 
            para a honra e glória de Deus… por amor de Jesus Cristo, que nesta 
            vida não teve e não quis ter outro gozo senão o de fazer a vontade 
            do Pai, a que chamava sua comida e manjar”(São 
            João da Cruz). 
            
            Jesus Cristo não engana ninguém, não mente; Ele fala 
            para todos que o caminho para o céu é apertado e a porta é estreita, 
            isto é,vida de renúncia, de penitência e de desapego total das 
            coisas da terra. 
            
            O caminho que Jesus nos indica é alegre e cheio de 
            paz, mas, ao mesmo tempo, é caminho de cruz e de renúncia, de 
            penitência e de total desapego. A condição que Cristo coloca para 
            segui-lO não é de vida fácil e cômoda, como estão buscando, mas, é 
            vida de sacrifício total, como está em Mt 16, 24: 
            
            “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si 
            mesmo, tome a sua cruz e siga-me". 
            
            Caríssimo, a vida sem sacrifício que o mundo oferece, 
            vida de oba oba, etc., não encherá o seu coração de paz; pelo 
            contrário, o mergulhará no vazio. 
            
            Abra o seu coração para a verdade, não adianta fugir 
            da realidade, Jesus fala abertamente que o único caminho que leva ao 
            céu é o do sacrifício, da renúncia, da penitência, da oração, etc. O 
            caminho do céu é carpetado de pedras e espinhos, mas o prêmio é 
            eterno, por isso escreve São Paulo aos Rm 8, 18: 
            
            “Penso, com efeito, que os sofrimentos do 
            tempo presente não têm proporção com a glória que deverá revelar-se 
            em nós”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            NÃO FIQUE NA SOLEIRA 
            
            (continuação IV) 
            
              
            
            29 de novembro de 2002, 
            sexta-feira 
            
              
            
            Mt 7, 14: 
            
            “E poucos são os que o encontram”. 
            
              
            
            Prezado católico, a Palavra de Deus em Mt 7, 14 diz 
            que a porta estreita e o caminho apertado conduz ao céu, mas são 
            poucos os que o encontram, isto é, são poucos  os que entram pelo 
            caminho do sacrifício e da renúncia. 
            
            O homem busca sempre o mais fácil, aquilo que é mais 
            cômodo e menos exigente; ele está sempre à procura do caminho largo 
            e da porta espaçosa, adorando o próprio corpo, e sente nojo de tudo 
            aquilo que exige renúncia e sacrifício, por isso, em Mt 7, 14 diz:
            “E poucos são os que o 
            encontram”. 
            
            Prezado católico, são poucos aqueles que perseveram 
            nesse caminho, porque não querem uma vida de sacrifício e de 
            desapego, e diante de qualquer obstáculo abandonam tudo para viverem 
            de acordo com as máximas do mundo. 
            
            As pessoas são relaxadas na vida espiritual, preferem viver no pecado do que santamente. 
            
            O beberrão acha melhor beber  até morrer, do 
            que renunciar a bebida alcoólica, que é a urina do demônio. Ele não 
            entra pela porta estreita, justamente porque a porta larga o agrada 
            mais; mesmo sabendo que a conseqüência é amarga e triste. 
            
            As mulheres preferem usar roupas imorais do que 
            cobrirem decentemente o corpo, como ordena a Palavra de Deus e a 
            Santa Igreja Católica; elas mostram que não desejam caminhar pelo 
            caminho apertado.  
            
            O jovem foge de tudo aquilo que é sacrifício, mas 
            está com o coração aberto para o cigarro, drogas, namoro 
            escandaloso, prostituição, etc., o mesmo não aceita a vida de 
            renúncia. 
            
            E agindo como rebeldes, se perdem eternamente. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            TREMER? JAMAIS 
            
              
            
            02 de dezembro de 2002, 
            segunda-feira 
            
              
            
            Em Mt 10, 26 diz: 
            “Não tenhais medo deles…” 
            
              
            
            Prezado católico, Jesus Cristo é o Deus Forte e 
            Vencedor, Ele ordena que os seus amigos sejam fortes e corajosos, 
            que não tenham medo das calúnias e murmurações, porque virá um dia 
            em que chegará ao conhecimento de todos quem é quem; as suas 
            verdadeiras intenções e a disposição exata de sua alma. 
            
            O católico não pode ter medo de mostrar com a sua 
            vida, que é um autêntico seguidor de Jesus Cristo e da sua santa 
            Doutrina; o mesmo deve brilhar com o seu exemplo em todos os 
            lugares, e mostrar que é amigo da Luz Eterna. 
            
            O católico deve caminhar com a cabeça erguida e com o 
            coração cheio de convicção no meio desse mundo voltado para o mal, 
            como está em Fl 2, 14-16: “Fazei tudo sem 
            murmurações nem reclamações, para vos tornardes irreprováveis e 
            puros, filhos de Deus, sem defeito, no meio de uma geração má e 
            pervertida, no seio da qual brilhais como astros no mundo, 
            mensageiros da Palavra de vida”. As trevas do mundo lutam 
            continuamente para sufocar e apagar a luz da verdade, para sepultar 
            as virtudes, para fazer o homem esquecer a existência de Deus, para 
            agir com indiferença em relação à vida eterna e a salvação da alma; 
            mas diante desse vento contrário, o católico deve agir com coragem, 
            isto é, sem medo, e mostrar a todos que Deus existe e que somente 
            Ele é o Senhor do universo e que fora d’Ele tudo é ilusão. 
             
            
            Jesus Cristo fala com rigor para aqueles que 
            abandonam o caminho da luz por medo ou vergonha, para os que O 
            ofendem para agradar o mundo: “Aquele, 
            porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante 
            de meu Pai que está nos Céus” (Mt 10, 
            33). 
            
            O católico deve imitar em primeiro lugar a coragem de 
            Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele sempre agiu com coragem e fortaleza, 
            jamais agiu com covardia e duplicidade. 
            
            Jesus enfrentou o demônio com coragem e lhe disse: “Vai-te, 
            Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele 
            prestarás culto” (Mt 4, 10). 
            
            E você, qual é a sua atitude diante da serpente 
            enganadora? Você aceita o diálogo com o demônio? 
            
            Jesus Cristo nunca teve medo de pregar a verdade, 
            nunca se intimidou diante das ameaças dos inimigos, mas agiu sempre 
            com coragem e ordenou aos apóstolos que fizessem o mesmo:
            “Tende confiança. Sou eu. Não tenhais medo”
            (Mt 6, 50). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            TREMER? JAMAIS 
            
            (continuação I) 
            
              
            
            03 de dezembro de 2002, 
            terça-feira 
            
              
            
             Mt 10, 26 diz: 
            “Não tenhais medo deles…” 
            
              
            
            Prezado católico, Jesus Cristo é modelo de fortaleza 
            e coragem, Ele nunca sentiu medo de enfrentar os seus perseguidores. 
            
            O católico deve seguir os passos de Nosso Senhor, 
            deve imitar a sua fortaleza diante dos amigos das trevas. 
            
            Jesus Cristo disse em Mt 10, 26:
            “Não tenhais medo deles…”, Ele nos 
            aconselha a não ter medo dos perseguidores; Nosso Senhor foi o 
            primeiro a viver esse conselho. 
            
            O católico não pode assustar-se ou encolher-se diante 
            das dificuldades que Deus permite na sua vida; pelo contrário, deve 
            vê-las como provas sucessivas que com a ajuda divina há de superar 
            para receber o prêmio do céu. São João de Ávila escreve: 
            “Não deixa o Senhor vir estas 
            guerras e tentações aos seus senão para maior bem. Ele assim o quis, 
            que a paciência nos trabalhos e o estar em pé por sua honra nas 
            tentações, fosse o toque com que os seus amigos fossem provados. 
            Porque não é sinal de amigo verdadeiro acompanhar no descanso, ficar 
            parado em relação ao amigo no tempo da tribulação (…). Companheiros 
            nos trabalhos e depois no Reino, deveis esforçar-vos em lutar 
            virilmente nas guerras que contra vós se levantam para afastar-vos 
            de Deus, pois que Ele é vosso auxílio na terra e vosso galardão no 
            céu” (Audi, filia, cap.29). 
            
            Jesus Cristo jamais tremeu diante dos seus 
            perseguidores, mas desmascarou a todos com palavras severas e 
            verdadeiras. 
            
            Para os fariseus que O perseguiam Ele disse: 
            
            “Ai de vós, escribas e 
            fariseus, hipócritas, porque bloqueais o Reino dos Céus diante dos 
            homens! Pois vós mesmos não entrais, nem deixais entrar os que 
            querem fazê-lo!” 
            (Mt 23, 13). 
            
            “Ai de vós, escribas e 
            fariseus, hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um 
            prosélito, mas, quando conseguis conquistá-lo, vós o tornais duas 
            vezes mais digno da geena do que vós!”
            (Mt 23, 15). 
            
            “Ai de vós, condutores cegos, 
            que dizeis: Se alguém jurar pelo santuário, o seu juramento não 
            obriga, mas se jurar pelo ouro do santuário, o seu juramento o 
            obriga, insensatos e cegos!” 
            (Mt 23, 16-17). 
            
            “Ai de vós, escribas e 
            fariseus, hipócritas, que limpais o exterior do copo e do prato, mas 
            por dentro estais cheios de rapina e de intemperança! Fariseu cego, 
            limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique 
            limpo!” (Mt 23, 
            25-26). 
            
            “Ai de vós, escribas e 
            fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por 
            fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos 
            e de toda podridão” 
            (Mt 23, 27). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            TREMER? JAMAIS 
            
            (continuação II) 
            
              
            
            04 de dezembro de 2002, 
            quarta-feira 
            
              
            
            Em Mt 10, 26 diz: 
            “Não tenhais medo deles…” 
            
              
            
            Você que treme e que fica desanimado diante de 
            críticas e calúnias, aproxime de Jesus Cristo para beber do Seu 
            exemplo. A vida de Nosso Senhor é o melhor remédio para fortalecer 
            os fracos e desanimados. 
            
            Em Mt 15, 1-9, Jesus discute com os fariseus sobre as 
            suas tradições: “Nesse 
            tempo, chegaram-se a Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e 
            disseram: ‘Por que os teus discípulos violam a tradição dos antigos? 
            Pois que não lavam as mãos quando comem’. Ele respondeu-lhes: ‘E 
            vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa 
            tradição? Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e Aquele que 
            maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. Vós, porém, dizeis: 
            Aquele que disser ao pai ou à mãe ‘Aquilo que de mim poderias 
            receber foi consagrado a Deus, esse não está obrigado a honrar pai 
            ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa 
            tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, quando 
            disse: Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de 
            mim. Em vão me prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos 
            humanos”. 
            
            Jesus Cristo chamou Herodes de raposa em Lc 13, 
            31-33: “Na mesma hora, aproximaram-se alguns 
            fariseus que lhe disseram: ‘Parte e vai-te daqui, porque Herodes 
            quer te matar’. Ele respondeu: ‘Ide dizer a essa raposa: Eis que eu 
            expulso demônios e 
            realizo curas hoje e amanhã e no terceiro dia terei 
            consumado! Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo prosseguir o 
            meu caminho, pois não convém que um profeta pereça fora de 
            Jerusalém”. 
            
            Em Mt 21, 12-13 mostra Jesus expulsando os vendedores 
            do Templo: “Então 
            Jesus entrou no Templo e expulsou todos os vendedores e compradores 
            que lá estavam. Virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que 
            vendiam pombas. E disse-lhes: ‘Está escrito: Minha casa será chamada 
            casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões!” 
            
            Em Jo 8, 44 Jesus diz para os judeus: 
            “Vós sois do diabo, vosso 
            pai… porque é mentiroso e pai da mentira”. 
            
            Em Jo 18, 4-8 Jesus Cristo enfrentou os seus 
            perseguidores sem medo e com a cabeça erguida: 
            “Sabendo Jesus tudo o que lhe 
            aconteceria, adiantou-se e lhes disse: ‘A quem procurais?’ 
            Responderam: ‘Jesus, o Nazareno’. Disse-lhes: ‘Sou eu’. Judas, que o 
            estava traindo, estava também com eles. Quando Jesus lhe disse ‘Sou 
            eu’, recuaram e caíram por terra. Perguntou-lhes, então, novamente: 
            ‘A quem procurais?’ Disseram: ‘Jesus, o Nazareno’. Jesus respondeu: 
            ‘Eu vos disse que sou eu…” 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            TREMER? JAMAIS 
            
            (continuação III) 
            
              
            
            06 de dezembro de 2002, 
            sexta-feira 
            
              
            
            Em Mt 10, 26 diz: 
            “Não tenhais medo deles…” 
            
              
            
            Reflitamos sobre os santos, os amigos de Jesus 
            Cristo, que enfrentaram sem medo os seus perseguidores. 
            
            Santo Estêvão, como está 
            nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos, operava prodígios e 
            grandes sinais entre o povo. E alguns da sinagoga, cheios de inveja, 
            puseram-se a discutir com Estêvão. Mas não podiam resistir à 
            sabedoria e ao Espírito com o qual ele falava. Subornaram pessoas 
            para mentirem contra ele, amotinaram o povo para persegui-lo e 
            prendê-lo. 
            
            Diante de tantos ataques e mentiras, o santo não 
            sentiu medo e não se vendeu, mas continuou firme na sua missão; e o 
            melhor de tudo, começou a pregar para os perseguidores. 
            
            A Bíblia diz o seguinte sobre a atitude dos 
            perseguidores: “Ouvindo isto, tremiam de 
            raiva em seus corações e rangiam os dentes contra ele” 
            (At 7, 54). Os perseguidores de 
            Santo Estevão dando grandes gritos, taparam os ouvidos e 
            precipitaram-se à uma sobre ele. E, arrastando-o para fora da 
            cidade, começaram a apedrejá-lo. 
            
            Prezado católico, essa deve ser a nossa atitude 
            diante dos perseguidores; nada de tremer os joelhos, nada de viver 
            encolhido em um canto, nada de desânimo; e sim, cabeça erguida e 
            coração valente, confiança em Deus e trabalho constante. 
            
            O nosso mundo está precisando de almas firmes e 
            valentes, de pessoas corajosas e convictas, de católicos autênticos 
            e fortes; somente assim as trevas desaparecerão. 
            
            São Paulo Apóstolo é um 
            santo extraordinário que trabalhou sem medo, e que enfrentou os 
            perseguidores com a cabeça erguida; o seu trabalho evangelizador foi 
            realizado no meio de muitas perseguições e dificuldades, como está 
            em 1 Ts 2, 2: 
            “Decidimos, contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o 
            evangelho de Deus, no meio de grandes lutas”. 
            
            Esse grande apóstolo enfrentou tudo e todos com a 
            cabeça erguida, jamais se deixou intimidar diante dos ataques e 
            perseguições. 
            
            Em At 16, 19-24 diz: 
            “Vendo seus amos que findara a esperança de seus 
            lucros, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram à ágora, à presença 
            dos magistrados, apresentando-os aos estrategos, disseram: ‘Estes 
            homens estão perturbando nossa cidade. São judeus, e propagam 
            costumes que não nos é lícito acolher nem praticar, porque somos 
            romanos’. Amotinando-se a multidão contra eles, os estrategos, 
            depois de mandarem arrancar-lhes as vestes, ordenaram que fossem 
            batidos com varas. Depois de lhes infligirem muitos golpes, 
            lançaram-nos à prisão, recomendando ao carcereiro que os vigiasse 
            com cuidado. Recebida a ordem, este os lançou à parte mais interna 
            da prisão e prendeu-lhes os pés no cepo”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP.
             
              
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            TREMER? JAMAIS 
            
            (continuação IV) 
            
              
            
            09 de dezembro de 2002, 
            segunda-feira 
            
              
            
            Em Mt 10, 26 diz: 
            “Não tenhais medo deles…” 
            
              
            
            Reflitamos ainda sobre a coragem e a fortaleza de São 
            Paulo Apóstolo.  
            
            Em At 19, 23-31, São Paulo mostra que é forte e 
            convicto na fé: 
            “Por essa ocasião, houve um tumulto bastante grave a respeito do 
            Caminho. Certo Demétrio, que era ourives, era fabricante de nichos 
            de Ártemis, em prata, proporcionando aos artesãos não pouco lucro. 
            Tendo-os reunido, bem como a outros que trabalhavam no mesmo ramo, 
            disse: ‘Amigos, sabeis que é deste ganho que provém o nosso 
            bem-estar. Entretanto, vedes e ouvis que não somente em Éfeso, mas 
            em quase toda a Ásia, este Paulo tem desencaminhado, com suas 
            persuasões, uma multidão considerável: pois diz que não são deuses 
            os que são feitos por mãos humanas. Isto não só traz o perigo de a 
            nossa profissão cair em descrédito, mas também o próprio templo da 
            grande deusa Ártemis perderá todo o seu prestígio, sendo logo 
            despojada de sua majestade aquela que toda a Ásia e o mundo 
            veneram’. Ouvindo isto, ficaram cheios de furor e puseram-se a 
            gritar: ‘Grande é a Ártemis dos efésios!’ A cidade foi tomada de 
            confusão, e todos à uma se precipitaram para o teatro, arrastando 
            consigo os macedônios Gaio e Aristarco, companheiros de viagem de 
            Paulo. Este queria enfrentar o povo, mas os discípulos não lho 
            permitiram. Também alguns dos asiarcas, seus amigos, mandaram 
            rogar-lhe que não se expusesse, indo ao teatro”. 
            
            Em At 21, 27-40 fala sobre a prisão de São Paulo, e 
            mesmo cercado de inimigos não calou a boca: 
            “Os sete dias estavam 
            chegando ao fim, quando os judeus da Ásia, tendo-o percebido no 
            Templo, amotinaram toda a multidão e o agarraram, gritando: ‘Homens 
            de Israel, socorro! Este é o indivíduo que ensina a todos e por toda 
            parte contra o nosso povo, a Lei e este Lugar! Além disso, trouxe 
            gregos para dentro do Templo, assim profanando este santo Lugar’. De 
            fato, haviam visto antes a Trófimo, o efésio, com ele na cidade, e 
            julgavam que Paulo o houvesse introduzido no Templo. 
            
            A cidade toda se agitou e 
            houve aglomeração do povo, apoderavam-se de Paulo e arrastaram-no 
            para fora do Templo, fechando-se imediatamente as portas. Já 
            procuravam matá-lo, quando chegou ao tribuno da coorte a notícia: 
            ‘Toda Jerusalém está amotinada!’ Ele imediatamente destacou soldados 
            e centuriões e arremeteu contra os manifestantes. Estes, à vista do 
            tribuno e dos soldados, cessaram de bater em Paulo. Aproximou-se 
            então o tribuno, deteve-o e mandou que o prendessem com duas 
            correntes; depois perguntou quem era e o que havia feito. Uns 
            gritavam uma coisa, outros outra, na multidão. Não podendo, pois, 
            obter uma informação segura, por causa do tumulto, ordenou que o 
            conduzissem para a fortaleza. Quando chegou aos degraus, Paulo teve 
            de ser carregado pelos soldados, por causa da violência da multidão. 
            Pois a massa do povo o seguia, gritando: ‘À morte com ele!’ 
            
            
            Estando para ser recolhido à 
            fortaleza, disse Paulo ao tribuno: ‘É-me permitido dizer-te uma 
            palavra?’ Replicou o tribuno: ‘Sabes o grego? Não és tu, acaso, o 
            egípcio que, dias atrás, sublevou e arrastou ao deserto quatro mil 
            bandidos?’ Respondeu-lhe Paulo: ‘Eu sou judeu, de Tarso, da Cilícia, 
            cidadão de uma cidade insigne. Agora, porém, peço-te: permite-me 
            falar ao povo’. Dando-lhe ele a permissão, Paulo, de pé sobre os 
            degraus, fez sinal com a mão ao povo. Fazendo-se grande silêncio, 
            dirigiu-lhes a palavra em língua hebraica”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            EXEMPLO DE DISPONIBILIDADE 
            
              
            
            12 de dezembro de 2002, quinta-feira 
            
              
            
            Hoje, Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira 
            da América Latina, falaremos sobre Nossa Senhora. 
            
            Em Lucas 1, 39 diz: 
            
            “Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, 
            dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá”. 
            
            Caríssimo católico, a primeira mensagem desse trecho 
            é a disponibilidade da Santíssima Virgem. 
            
            Assim que a Virgem Santíssima ficou sabendo que sua 
            prima estava precisando da sua ajuda, não pensou duas vezes, foi 
            servir de empregada para Santa Isabel, e não foi somente um dia ou 
            uma semana, mas durante um bom tempo como diz a Palavra de Deus em Lc 1, 56: 
            “Maria permaneceu com ela mais ou menos três meses e voltou para 
            casa”. 
            
            Católico, a Santíssima Virgem é um exemplo de 
            disponibilidade, e é justamente essa virtude que está faltando no 
            coração das pessoas; o egoísmo tomou conta dos corações, o desejo de 
            servir alguém por amor a Deus acabou; existe somente o interesse.  
            
            Outra virtude é a perseverança nas dificuldades. 
            Em Lc 1, 39 diz: “…
            Maria pôs-se a caminho para a região 
            montanhosa…” O Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena escreve:
            “Não a preocupam as dificuldades da viagem à 
            região montanhosa!” A Santíssima Virgem possuía um amor muito 
            grande no coração, e esse amor a ajudava a perseverar no bem. São 
            Josemaría Escrivá escreve: 
            “Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te, e não O 
            deixarás”.
            Maria Santíssima possuía o verdadeiro amor a Deus e ao 
            próximo, e por isso, enfrentava as “montanhas” das dificuldades sem 
            se queixar. 
            
            Prezado católico, é preciso imitar a perseverança de 
            Nossa Senhora. Quando se decide a trabalhar para Deus e pela 
            salvação das almas, aparecem dezenas de obstáculos: perseguições, 
            críticas, tentações, desânimo, respeito humano, etc., são montanhas 
            de vários tamanhos, mas se o amor for verdadeiro, com certeza você 
            vencerá todos os obstáculos. Aquele que possui um amor pequeno acaba 
            se desanimando e ficando deitado no pé da montanha. 
            
            A virgem Maria não caminhou lentamente, mas, 
            apressadamente, como está em Lc 1, 39: 
            “… dirigindo-se 
            apressadamente a uma cidade de Judá”. 
            
            A atitude da Virgem Maria é a atitude daquela pessoa 
            que ama. Ela não ficou pensando se valeria a pena ou não servir a 
            sua prima Isabel, mas foi apressadamente. 
            
            O católico que ama Nossa Senhora imita-lhe nessa 
            atitude, isto é, de fazer sempre o bem e depressa, porque a vida é 
            breve e o tempo passa. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            TROCA DE PRESENTES EM DATA ERRADA 
            
              
            
            13 de dezembro de 2002, 
            sexta-feira 
            
              
            
            Lc 3, 4: 
            
            “Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas veredas”. 
            
              
            
            Prezado católico, aproxima-se a Festa do Santo Natal, 
            é preciso preparar os presentes para o Menino Deus. 
            
            Hoje, infelizmente, profana-se o Santo Natal com uma 
            exagerada troca de presentes entre as pessoas, e o verdadeiro 
            aniversariante, o Menino Jesus, é deixado de lado. 
            
            Natal é nascimento do Menino Deus, por isso, é 
            preciso limpar o coração com a “vassoura” da confissão. Muitas 
            pessoas durante esse tempo se preocupam em limpar a casa tirando as 
            teias de aranha, trocando os móveis, etc., mas se esquecem da 
            preparação principal que é a limpeza do coração. 
            
            O Menino Jesus não nascerá em uma manjedoura como 
            aconteceu há dois mil anos atrás, agora Ele deseja nascer na 
            “manjedoura” do seu coração, por isso, é preciso limpá-lo com 
            cuidado, tirando os espinhos do pecado. 
            
            Caríssimo, não profane o Santo Natal transformando-o 
            em uma festa material; seja sábio e inteligente, busque a confissão 
            o mais rápido possível; somente assim você terá um Natal cheio de 
            paz e de alegria. 
            
            Prezado católico, como se chama este sacramento?
            “Chama-se sacramento da Conversão, pois 
            realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão, o caminho 
            de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado”
            (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1423),
            “…chama-se sacramento da Penitência porque 
            consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de 
            arrependimento e de satisfação do Cristão pecador” 
            (idem, n.º 1424),
            “…é chamado sacramento da Confissão porque a 
            declaração, a confissão dos pecados diante do sacerdote é um 
            elemento essencial desse sacramento. Num sentido profundo esse 
            sacramento também é uma “confissão”, reconhecimento e 
            louvor da santidade de Deus e de sua misericórdia para com o homem 
            pecador” (idem, n.º 1424),
            “…também é chamado sacramento do perdão 
            porque pela absolvição sacramental do sacerdote Deus concede ‘o 
            perdão e a paz” (idem, n.º 1424),
            “…é chamado sacramento da Reconciliação 
            porque dá ao pecador o amor a Deus que reconcilia: ‘Reconciliai-vos 
            com Deus’ (2 
            Cor 5, 20). Quem vive do amor misericordioso 
            de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: ‘Vai primeiro 
            reconciliar-te com teu irmão
            (Mt 5, 24)”
             (idem, n.º1424). 
            
            Prezado católico, limpa o seu coração fazendo uma 
            sincera confissão; a confissão é o sacramento da paz e da alegria. 
            
            Deus Nosso Senhor é Bondade Infinita, e acha a Sua 
            alegria em habitar entre os homens. Mas, quando o homem prefere os 
            seus prazeres à lei do Senhor e cai em pecado, Deus não pode 
            suportá-lo. Foge dele como nós fugimos da serpente: já não o conta 
            mais entre os seus fiéis, entre os seus amigos, entre seus filhos. 
            
            A alma do pecador transforma-se em um deserto, e para 
            mudá-la em uma terra fértil, é preciso da água cristalina da 
            confissão. Essa água limpa o nosso coração, transformando-o em uma 
            belíssima manjedoura para o Menino Deus. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            REZAR BEM 
            
              
            
            16 de dezembro de 2002, segunda-feira 
            
              
            
            Lc 18, 1: 
            “É preciso rezar sempre e nunca descuidar”. 
            
              
            
            Prezado católico, está aproximando a Festa do Santo 
            Natal, e para agradar a Deus, é preciso que você limpe o coração com 
            uma confissão sincera; mas não basta limpar o coração, é preciso 
            perfumá-lo com a oração fervorosa e perseverante. 
            
            O homem moderno está preocupado somente com o corpo, 
            faz de tudo para embelezá-lo, para torná-lo o centro de tudo; e se 
            esquece da vida interior, da vida espiritual. 
            
            O Menino Deus quer nascer num coração perfumado pela 
            oração, é essa a manjedoura desejada por Ele. A Palavra de Deus fala 
            sobre a necessidade da oração, sobre esse suave perfume que o torna 
            belo e agradável. Em Lc 18, 1: “É preciso 
            rezar sempre e nunca descuidar”, e em Mt 26, 41 diz também:
            “Vigiai e orai, para 
            que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a 
            carne é fraca”. 
            
            A oração é necessária não somente para perfumar o 
            nosso coração para receber o Menino Deus, mas também é necessária 
            para a nossa salvação eterna. 
            
            Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
            “Quem reza se salva, quem não reza se 
            condena”, e Santo Agostinho escreve também: 
            “Bem sabe viver, o que sabe 
            rezar bem”. 
            
            O católico deve se preocupar com o seu interior, é 
            loucura essa preocupação exagerada com o material e com o corpo; não 
            tem sentido passar o Natal com o coração cheio de fumaça e de 
            poeira. 
            
            Hoje, infelizmente, muitas pessoas fogem da oração, 
            preferem ficar o tempo todo conversando sobre assuntos vazios, e 
            assim, a sua alma vive em contínua angústia. 
            
            Prezado católico, é preciso rezar muito, é preciso 
            viver unido a Deus, somente assim o Santo Natal terá sentido na sua 
            vida. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            CORAÇÕES INDIFERENTES 
              
            
            17 de dezembro de 2002, 
            terça-feira 
            
              
            
            Em Jo 1, 11: 
            “Veio para o que era seu e os seus não o receberam”. 
            
              
            
            Prezado católico, o mundo antigo suspirava pelo 
            Redentor. E Ele, o nosso Salvador nasceu de Maria sempre Virgem, em 
            uma noite sagrada e silenciosa. Como o nosso Salvador foi recebido 
            pelos homens? Com alegria e satisfação? Sim, por parte de alguns, 
            mas não de todos. É importante lembrar de que a maior parte 
            permaneceu indiferente, uma parte até procedeu hostilmente contra o 
            Filho de Deus, contra Aquele que veio para salvar a humanidade. 
            
            Hoje, falaremos sobre os indiferentes. 
            
            Prezado católico, indiferentes era a maior parte dos 
            moradores de Belém. Não se importaram com o nascimento do Menino 
            Jesus. Com certeza eles ouviram no outro dia algum comentário sobre 
            o Menino que nascera em um estábulo, sobre as maravilhas que haviam 
            falado sobre Ele, mas, com o coração indiferente, não deram 
            importância. Não se abalaram com isso, porque, com certeza foram 
            esses que negaram hospedagem para o Santo casal, como explica Santo 
            Afonso Maria de Ligório: “Eis que já entram 
            em Belém esses dois excelsos 
            viajantes, José e Maria, que trás no seu seio o Salvador do mundo. 
            Entram na cidade, dirigem-se para a casa do ministro imperial… Mas 
            quem os reconhece? Quem lhes vai ao encontro? Quem lhes oferece 
            agasalho? Eles são pobres, e como pobres são desprezados; são 
            tratados ainda pior do que os outros pobres, e até repulsos”, 
            e Santo Afonso continua: 
            “chegada a Belém, Maria entendeu que se aproximava a 
            hora de seu parto. Avisou a São José, e este diligenciou a achar 
            agasalho em uma casa dos habitantes de Belém a fim de não ter de 
            levar sua esposa à hospedaria, lugar pouco conveniente para uma 
            delicada moça. Ninguém quis atender-lhe o pedido, e é bem provável 
            que da parte de alguns fosse tachado de insensato por trazer consigo 
            a esposa próxima ao parto em tempo noturno”. 
            
            Católico, será que a situação hoje mudou? Depois de 
            2000 anos de cristianismo; será que o coração do homem eliminou esse 
            desinteresse por Nosso Senhor? Será que o homem abriu o seu coração 
            para o Menino Deus nascer? 
            
            Prezado católico, a indiferença, a frieza e a 
            ingratidão do homem continua. 
            
            Milhões e milhões de católicos acendem as velinhas da 
            árvore de Natal; montam o presépio, etc., mas sem uma idéia cristã. 
            Abrem a mão para as compras, gastando até o que não têm, mas 
            permanecem com o coração fechado para Deus. Como já falei, dão 
            presentes uns aos outros, mas sem relação alguma com Cristo. Milhões 
            olham para o Natal como uma Festa profana, de divertimentos e 
            bebedeiras; e sabemos que não é assim. 
            
            O pior de tudo, é que o Menino Jesus, além de ser 
            deixado de lado, ainda é maltratado com os pecados que são cometidos 
            nesse dia. Ao invés de receber carinho, só recebe ofensa. 
            
            Caríssimo, aqueles que profanam o Santo Natal são 
            piores que o boi e o burro; estão abaixo destes animais; pois estes 
            conhecem o seu Senhor pela voz e pelo andar e sabem que ele lhes dá 
            o necessário alimento, mas os chamados “cristãos” não conhecem mais 
            o seu Senhor Jesus Cristo; para esses ingratos diz o Senhor do 
            universo: “Criei filhos e fi-los crescer, 
            mas eles se rebelaram contra mim. O boi conhece o seu dono, e o 
            jumento, a manjedoura de seu Senhor, mas Israel é incapaz de 
            conhecer, o meu povo não pode entender” 
            (Is 1, 2-3). 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            CORAÇÕES INDIFERENTES 
            
            (continuação I) 
            
              
            
            18 de dezembro de 2002, 
            quarta-feira 
            
              
            
            Em Jo 1, 11 diz: 
            “Veio para o que era seu e os seus não o receberam”. 
            
              
            
            Refletimos ontem sobre os indiferentes em relação à 
            vinda do Salvador; hoje, a pregação será sobre os inimigos de Nosso 
            Senhor Jesus Cristo. 
            
            Herodes e seus servos, furiosos, cheios de inveja e 
            ódio, tramavam contra a vida do Menino Deus. Jesus Menino para 
            Herodes e seu grupo era indesejável e incômodo, Ele devia 
            desaparecer. 
            
            Em Mt 2, 7-8 diz: “Então 
            Herodes mandou chamar secretamente os magos e procurou certificar-se 
            com eles a respeito do tempo em que a estrela tinha aparecido. E, 
            enviando-os a Belém, disse-lhes: ‘Ide e procurai obter informações 
            exatas a respeito do menino e, ao encontrá-lo, avisai-me, para que 
            também eu vá homenageá-lo”. Herodes é mentiroso, ele queria 
            matar o Menino Deus, as trevas queria sufocar a luz, e o seu ódio o 
            levou a matar muitas criancinhas com a intenção de atingir também o 
            Menino Deus, como está em Mt 2, 16: 
            “Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou 
            muito irritado e mandou matar, em Belém e em todo seu território, 
            todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que 
            havia se certificado com os magos”. 
            
            Prezado católico, a hostilidade e o ódio contra o 
            Menino Jesus não se extinguiram em nosso tempo. Os livres-pensadores 
            e marxistas, os comunistas e pagãos receberam a herança de Herodes; 
            cospem veneno contra a fé católica, desejam de bom grado 
            exterminá-la inteiramente. E com essa covardia dos católicos, com 
            essa infidelidade dos batizados na Santa Igreja, o mal vai 
            crescendo, os Herodes de hoje vão ocupando espaço e triunfando. 
            
            Hoje, nesse país que se diz católico, que se diz fiel 
            a Deus, muitas pessoas trabalham para fazer desaparecer o verdadeiro 
            sentido do Santo Natal, fazem músicas imorais com a melodia de 
            “Noite Feliz”, o papai Noel é adorado, enquanto que o Menino Jesus é 
            deixado de lado. Outros falam do nascimento do Salvador como se 
            fosse uma “piedosa lenda”. 
            
            Prezado católico, hoje existe um ódio selvagem contra 
            o Menino Jesus. É o velho espírito de Herodes que está dominando os 
            países cristãos. 
            
            E o pior de tudo, é que padres e bispos assistem esse 
            paganismo de boca fechada, são omissos que não querem afastar os 
            fregueses. 
            
            Aquele católico que não dá bom exemplo, que dá 
            escândalo dentro da Igreja Católica, e vive no pecado mortal, esse 
            também é inimigo do Menino Deus e amigo de Herodes. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            CORAÇÕES INDIFERENTES 
            
            (continuação II) 
            
              
            
            19 de dezembro de 2002, 
            quinta-feira 
            
              
            
            Em Jo 1, 11 diz: 
            “Veio para o que era seu e os seus não o receberam”. 
            
              
            
            Prezado católico, nesses dois últimos dias, falamos 
            sobre os indiferentes e inimigos do Menino Jesus; hoje refletiremos 
            sobre os fiéis ao Menino Deus. Algumas pessoas O receberam com fé e 
            amor. 
            
            A Santíssima Virgem, São José, os pastores e os magos 
            do oriente, assim como algumas pessoas piedosas de Belém, receberam 
            o Menino Deus com alegria. Esses ficaram sumamente alegres e felizes 
            com o nascimento do Menino Jesus, ajoelharam-se cheios de fé e 
            adoraram o Salvador recém-nascido. 
            
            Hoje, graças a Deus, ainda há homens fiéis a Deus! 
            Ainda existem católicos, para os quais a festa de Natal é um dia de 
            verdadeira alegria, é um dia do Senhor, festa do nascimento de 
            Cristo, o Salvador do mundo! Graças a Deus, ainda reúnem milhares de 
            pessoas em torno do presépio para rezarem o santo terço, para 
            cantarem louvores ao Menino Deus; pequenos e grandes, crianças, 
            jovens e velhos, ricos e pobres, brancos e pretos, habitantes de 
            todas as partes do mundo. Prostram-se piedosos diante do Menino Deus 
            e cantam com os Anjos o velho cântico de alegria, sempre belo: 
            “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa 
            vontade”. Eles exultam hoje, com a Igreja: Hoje brilhou sobre nós a 
            Luz, porque nasceu o Senhor e será chamado Admirável, Deus, Príncipe 
            da paz, Pai do futuro século e o seu reino não terá fim”. 
            
            Os fiéis ao Menino Deus acorrem à Santa Missa da 
            noite, à Santa Missa da manhã, aproximam-se da Eucaristia de olhos 
            brilhantes e corações ardentes. É Natal, a festa do nascimento do 
            Senhor!  
            
            E você, pertence ao grupo dos indiferentes, inimigos 
            ou fiéis a Nosso Senhor? Será que o Menino Jesus é um estranho para 
            você? 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            REJEITADO 
            
              
            
            20 de dezembro de 2002, 
            sexta-feira 
            
              
            
            Lc 2, 12: 
            “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um 
            recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura”. 
            
              
            
            Prezado católico, todos os sinais que o Anjo deu aos 
            pastores para acharem o Salvador já nascido, foram sinais de 
            humildade, como está em Lc 2, 12: “Isto vos 
            servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas 
            deitado numa manjedoura”. Eis o sinal para reconhecer o 
            Messias nascido, disse o Anjo: achareis uma criança envolta em 
            pobres paninhos, numa estrebaria e deitada sobre a palha numa 
            manjedoura de animais. Foi assim, prezado católico, que quis nascer 
            o Rei do céu, o Filho de Deus, porque vinha destruir o orgulho, que 
            fora a causa da perdição do homem. 
            
            “Os profetas já tinham 
            predito que o nosso Redentor devia ser saciado de opróbrios e 
            tratado como o homem mais vil do mundo. Quanto desprezo não teve 
            Jesus de sofrer da parte dos homens! Foi qualificado de bêbado, 
            mágico, de blasfemo e de herege. E depois, quantas ignomínias e 
            humilhações sofreu em sua Sagrada Paixão! Foi abandonado por seus 
            próprios discípulos, dos quais um o vendeu por trinta dinheiros, 
            outro negou tê-lo jamais conhecido. Foi levado pelas ruas preso e 
            amarrado como um malfeitor, e açoitado como um escravo, qualificado 
            de insensato e de rei de fraude; foi esbofeteado, coberto de 
            escarros, e finalmente fizeram-no morrer suspenso numa cruz, em meio 
            a dois ladrões, como se fosse um criminoso” 
            (Santo Afonso Maria de Ligório). 
            São Bernardo de Claraval escreve: 
            “O mais nobre de todos foi tratado como se fosse o 
            mais vil de todos”. 
            
            Se você realmente deseja ser santo, esforce por 
            imitar a vida humilde e despojada de Jesus Cristo. 
            
            Você que reclama de ser desprezado por todos; que 
            fica com o coração apertado diante de zombaria, de gozação e de 
            críticas. Olhe para o Menino Jesus deitado na manjedoura, ou então, 
            contempla Jesus crucificado, e tudo será resolvido. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            REJEITADO 
            
            (continuação I) 
            
              
            
            23 de dezembro de 2002, 
            segunda-feira 
            
              
            
            Lc 2, 12: 
            “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um 
            recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura”. 
            
              
            
            Prezado católico, Jesus Cristo podia salvar-nos sem 
            padecer, nem morrer; mas não. A fim de nos fazer conhecer até que 
            ponto nos amava, quis escolher uma vida toda de tribulações. Por 
            isso, o profeta Isaías o chamou: “Homem das 
            Dores” (53, 3), 
            porquanto a vida de Jesus Cristo devia ser uma vida toda cheia de 
            dores: “A sua Paixão não teve seu princípio 
            no tempo da sua morte, mas sim no começo da sua vida” 
            (Santo Afonso Maria de Ligório). 
            
            Caríssimo católico: “… vede 
            que Jesus Cristo, apenas nascido, é posto na manjedoura de uma 
            estrebaria, onde tudo concorria para o atormentar. É atormentado na 
            vista, que não descobre na gruta senão paredes grosseiras e negras. 
            É atormentado no olfato, pelo mau cheiro das imundícias dos animais 
            que ali se acham. É atormentado no tato, pelas picadas da palha que 
            lhe servia de cama. Pouco depois de nascido, vê-se obrigado a fugir 
            para o Egito, onde passou vários anos da infância na pobreza e no 
            desprezo. Nem diferente foi a vida de Nosso Senhor depois em Nazaré; 
            e eis que finalmente termina a sua vida em Jerusalém, morrendo sobre 
            uma cruz, pela veemência dos tormentos” 
            (Santo Afonso Maria de Ligório). 
            
            Prezado, a vida de Nosso Senhor foi um martírio 
            contínuo, e mesmo um duplo martírio, por ter sempre diante dos olhos 
            todos os sofrimentos que em seguida deviam atormentá-lo até a morte. 
            
            Um dia, a irmã Maria Madalena Orsini, queixou-se a 
            Jesus crucificado dizendo-Lhe: “Mas, Senhor, 
            Vós passastes somente três horas pregado na cruz, ao passo que eu já 
            estou sofrendo vários anos”. Jesus, porém, respondeu-lhe:
            “Ó ignorante! Que 
            estás dizendo? Desde antes de nascer sofri todas as dores da minha 
            vida e da minha morte”. 
            
            Não foram precisamente as dores futuras que 
            atormentaram Jesus Cristo, visto que de livre vontade aceitava os 
            padecimentos. O que o afligiu foi a previsão dos nossos pecados e da 
            nossa ingratidão depois de tão grande amor seu. 
            
            Santa Margarida de Cortona não se cansava de chorar 
            as ofensas feitas a Deus, até que um dia o confessor lhe disse:
            “Margarida, basta; não chores mais, porque 
            Deus já te perdoou”. A Santa, porém, respondeu: 
            “Como poderei deixar de 
            chorar, sabendo que os meus pecados tem afligido o meu Jesus durante 
            a sua vida toda?” 
            
            Prezado católico, você possui essa consciência 
            delicada? Será que você sente essa dor por ter ofendido a Nosso 
            Senhor? 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            FONTE DA PAZ 
            
              
            
            01 de janeiro de 2003, quarta-feira 
            
              
            
            Sl 73, 28: 
            “Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem!” 
            
              
            
            Prezado católico, hoje, muitas pessoas estão buscando 
            a alegria e a paz no lugar errado. Sabemos que o mundo é um inimigo 
            terrível da nossa alma, e aquilo que o mesmo oferece, como por 
            exemplo: prostituição, drogas, bebedeiras, modas imorais, etc., não 
            satisfazem o coração do homem, porque somente em Deus encontramos a 
            verdadeira paz, como está em Jo 14, 27: 
            “Deixo-vos a paz, a minha paz 
            vos dou; não vo-la dou como o mundo dá”. 
            
            É pura ilusão apoiar nas criaturas, elas são fontes 
            secas e barro; e quanto mais o homem corre atrás do consolo 
            passageiro, mais fica angustiado, como escreve Santo Afonso Maria de 
            Ligório: “Tudo o que não se faz para Deus, 
            transforma-se em sofrimento”, e São João da Cruz também 
            escreve: “Viva neste 
            mundo como se só com Deus vivesse a fim de que o seu coração não 
            seja detido por coisa humana”. 
            
            No Sl 73, 28 diz: 
            “Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem”. 
            
            A Palavra de Deus nos ensina que somente em Deus 
            encontramos segurança e apoio, que Ele é rochedo em quem devemos 
            apoiar, e que Deus é a segurança da nossa vida, como está no Sl 62, 
            2-3: “Só em Deus a 
            minha alma repousa, dele vem a minha salvação; só ele é minha rocha, 
            minha salvação, minha fortaleza, - jamais vacilarei!” 
            
            Prezado católico, feliz daquele que vive unido a 
            Deus, que caminha na presença do Senhor do Universo, esse é 
            realmente sábio. 
            
            Aquele que vive mergulhado em Deus não tem medo das 
            perseguições, porque Deus é a sua segurança; não desanima diante das 
            dificuldades, porque Deus é o seu rochedo; não se entristece diante 
            das notícias más, porque Deus é Alegria Infinita, como escreve Santa 
            Teresa dos Andes: 
            “Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo… 
            Deus é alegria infinita’. 
            
            Caríssimo, hoje o nosso mundo está mergulhado nas 
            trevas, a violência está aumentado e o paganismo triunfa no coração 
            de muitas pessoas, e isso, justamente porque o homem está 
            percorrendo caminhos estranhos, longe de Deus; abandona o caminho da 
            verdade para viver na mentira, abandona a luz para viver nas trevas, 
            como está em Sb 5, 6-7: 
            “Sim, extraviam-nos do caminho da verdade; a luz da 
            justiça não brilhou para nós, para nós não nasceu o sol. Cansamo-nos 
            nas veredas da iniqüidade e perdição, percorremos desertos 
            intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!” 
            
            Se você deseja ser feliz, aproxime-se de Deus, Ele é 
            Alegria Infinita, Ele é o Senhor que te protege, que te consola, que 
            enche o seu coração de paz e a sua alma de felicidade. Deus é o 
            Oceano Infinito onde encontrarás a verdadeira riqueza, porque, como 
            escreve Santo Afonso Maria de Ligório: 
            “Quem só quer Deus, é rico de 
            todos os bens”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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            ABRIGO SEGURO 
            
              
            
            03 de janeiro de 2003, sexta-feira 
            
              
            
            Mt 11, 28: 
            “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso 
            do vosso fardo e eu vos darei descanso”. 
            
              
            
            Prezado católico, nesse mundo tão falso e cheio de 
            traições, tão barulhento e vazio, é preciso parar esporadicamente 
            para reabastecermos a nossa alma; infelizmente, muitas pessoas 
            buscam um lugar errado para esse repouso: vão para os botecos, 
            salões de bailes, boates e outros lugares que não agradam a Deus. 
            
            Jesus Cristo, nosso Divino Amigo, fiel e verdadeiro, 
            nos convida a aproximarmos d’Ele, a mergulharmos no seu Amor, e n’Ele 
            encontraremos o verdadeiro descanso para as nossas almas, como está 
            em Mt 11, 28: “Vinde a mim todos os que 
            estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso”, 
            e no mesmo Evangelho, 11, 29 diz: 
            “… e encontrareis descanso para vossas almas”. 
            
            Jesus não mente, Ele é o Deus verdadeiro, se nos 
            convida a aproximarmos d’Ele, e afirma que no Seu Santíssimo Coração 
            encontraremos repouso, não temos motivo para duvidarmos. 
            
            Somente no Coração desse Amigo verdadeiro que morreu 
            na cruz, Amigo que derramou todo o seu Sangue para nos salvar, 
            encontraremos o verdadeiro repouso e descanso. Aquele que vive na 
            amizade de Jesus Cristo, vive mergulhado num oceano de felicidade, 
            como escreve Tomás de Kempis: “Estar com 
            Jesus é doce Paraíso”; mas aquele que vive fora da amizade de 
            Jesus, que anda pelo caminho da perdição ao lado de Satanás, esse 
            vive na amargura, tristeza e atormentado, como escreve Tomás de 
            Kempis: “Estar sem 
            Jesus é terrível inferno”. 
            
            Prezado católico, Jesus é o nosso melhor Amigo; Ele é 
            fiel, doce, misericordioso, etc. 
            
            Você que abandonou a amizade de Jesus Cristo para 
            seguir os homens, se ainda não sofreu decepção, sofrerá em breve; 
            porque o coração do homem é falso e traidor, como está em Jr 17, 5 
            diz: “Maldito o homem que se fia no homem…”, 
            e no mesmo livro, 17, 9 diz: “O coração é 
            falso como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo?” 
            Você que já foi traído e enganado pelos vizinhos, pelos parentes, 
            pelo marido, pela esposa, etc., não perca a fé e não desanime; 
            porque existe um Amigo que morreu na cruz para te salvar e que está 
            sempre cuidando de você: Jesus Cristo; esse é o Amigo fiel, em quem 
            você pode confiar. 
            
            Cristo Jesus te convida a descansar n’Ele, como está 
            em Mt 11, 28: “Vinde a mim…” Você não 
            pode perder essa oportunidade, não pode deixar para depois, é 
            preciso aproximar d’Ele agora, porque você pode morrer hoje. 
            
            Católico, feliz de quem entrou na amizade de Jesus 
            Cristo. Feliz daquele que acolheu com amor o seu convite e que 
            correu para os seus braços, como escreve Santa Teresa dos Andes:
            “Vá a Jesus como ao 
            amigo mais íntimo e conte-lhe tudo o que se passa em sua alma. 
            Ninguém como Ele penetra seu coração. Ninguém como Ele saberá curar 
            as feridas de sua alma, porque vê com luz e poder infinitos e dá o 
            remédio”. 
            
            Você que está triste, cansado e amargurado; você que 
            só encontra falsidade nos familiares, corra ao encontro de Nosso 
            Senhor e mergulhe nesse Oceano de paz. Quem escolheu a Jesus por 
            amigo, pôs-se à sombra de boa árvore; pois, em Jesus Cristo, terá um 
            amigo que o protegerá de dia e de noite, e com certeza sairá sempre 
            vencedor, como escreve Tomás de Kempis: 
            “Se Jesus estiver contigo, 
            nenhum inimigo te poderá ofender”. 
            
              
            
            Pe. Divino Antônio Lopes FP. 
              
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