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					CUIDADO PARA NÃO 
					RETROCEDER
					(2 Pd 2, 20-22)
					
					  
					
					(Pe. Divino Antônio 
					Lopes FP.)
					
					  
					
					(resumo) 
					  
					
					“Com efeito, se, 
					depois de fugir às imundícies do mundo pelo conhecimento de 
					nosso Senhor Jesus Cristo, de novo são seduzidos e se deixam 
					vencer por elas, o seu último estado se torna pior do que o 
					primeiro. Assim, melhor lhes fora não terem conhecido o 
					caminho da justiça do que, após tê-lo conhecido, 
					desviarem-se do santo mandamento que lhes foi confiado. 
					Cumpriu-se neles a verdade do provérbio: O cão voltou ao 
					seu próprio vômito, e: ‘A porca lavada tornou a 
					revolver-se na lama’”. 
					  
					
					Com dois provérbios populares (v. 22), o 
					autor sagrado ilustra a gravidade da situação em que se 
					encontram aqueles que, depois de ter conhecido a doutrina 
					salvífica de Jesus Cristo, voltam aos seus antigos pecados. 
					O passo pode aplicar-se tanto aos ímpios como aos seduzidos 
					por eles: “O seu último estado 
					tornou-se pior que o primeiro”: O mesmo tinha 
					dito o Senhor de quem, depois de se libertar do Demônio, 
					volta a cair no seu poder, 
					“com o que a situação 
					final daquele homem é pior que a primeira” 
					(Mt 12, 45). 
					
					São Gregório Magno aplica essa passagem 
					àqueles que choram os seus pecados, mas não cessam de os 
					desejar: “O 
					cão quando vomita, sem dúvida arroja fora a comida que 
					oprimia o seu peito;  mas quando torna ao que vomitou, volta 
					a carregar com aquilo que se tinha descarregado. Assim, os 
					que choram os pecados que cometeram, sem dúvida arrojam fora 
					a iniqüidade de que com maldade se tinham saciado, e que 
					oprimia o íntimo da alma; iniqüidade que voltam a tragar 
					quando depois da confissão a repetem. A porca, por seu lado, 
					quando se lava revolvendo-se no lodo, sai mais suja. 
					Igualmente, quem chora o pecado cometido mas, não obstante, 
					não o deixa, faz-se réu de maior culpa; porque menospreza o 
					perdão que chorando pode impetrar, e revolve-se como em água 
					lodosa, porque quando, apesar das suas lágrimas, impede a 
					limpeza da sua vida, diante dos olhos de Deus faz que se 
					manchem as próprias lágrimas” (São 
					Gregório Magno). 
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