Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Terceira palestra

 

 

O GRÃO DE MOSTARDA

 

(Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

(resumo)

 

Em São Marcos 4, 31-32 diz: “O Reino de Deus é semelhante a um grão de mostarda que, quando semeado na terra, é a menor de todas as sementes; mas depois brota e torna-se maior do que todas as hortaliças e deita ramos tão grandes, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”.

Jesus Cristo escolheu um grupo de homens para fundar o seu reinado no mundo. A maioria deles eram humildes pescadores de pouca cultura, cheios de defeitos e sem meios materiais.

À luz de considerações meramente humana, é incompreensível que esses homens tivessem chegado a difundir a doutrina de Cristo por toda a terra em tempo tão curto e tendo que enfrentar tantos obstáculos e contradições.

São João Crisóstomo escreve: “Com a parábola do grão de mostarda, o Senhor moveu-os à fé e fez-lhes ver que a pregação do Evangelho se propagaria apesar de todas as dificuldades”.

Nós também somos esse grão de mostarda em relação à tarefa que Deus nos confia no meio do mundo.

Não devemos esquecer a desproporção entre os meios ao nosso alcance – os nossos poucos talentos – e a vastidão do apostolado que devemos realizar; mas também não podemos esquecer que sempre teremos a ajuda de Deus.

Surgirão dificuldades, e então seremos mais conscientes da nossa insignificância e não teremos outro remédio senão confiar mais em Jesus Cristo e no caráter sobrenatural da obra que nos encomenda.

Os obstáculos do ambiente não nos devem desanimar, ainda que vejamos na nossa sociedade sinais semelhantes aos do tempo de São Paulo Apóstolo: rebeldia, revolta, mundanismo e perseguição. Deus conta conosco para transformar o ambiente em que se desenrola a nossa vida diária. Não deixemos de fazer o que estiver ao nosso alcance, ainda que nos pareça POUCO (emprestar um bom livro para um amigo, visitar uma pessoa doente, rezar o terço nas famílias, fortalecer um desanimado...) tão pouco como uns insignificantes grãos de mostarda -, porque o próprio Jesus fará crescer o nosso empenho; e a oração e os sacrifícios que tenhamos feito darão os seus frutos.

Toda a vida pode e deve ser apostolado discreto e simples, mas audaz e corajoso... santo atrevimento e santa ousadia. E esses pequenos gestos, semeados com naturalidade e perseverança, serão como a pequena semente que a graça de Deus transformará em árvore frondosa, como a faísca que dá lugar a um incêndio divino por toda a face da terra.

Devemos aprender dos primeiros católicos a não ter falsos RESPEITOS HUMANOS, a não temer o QUE PODEM DIZER, mantendo viva a preocupação de dar a conhecer a Jesus Cristo em qualquer situação, com a consciência clara de que trata do tesouro que achamos... da pérola preciosa que encontramos depois de muito procurar.

Muitos que se dizem católicos, mas se mostram pouco valentes à hora de afirmarem com desassombro a sua fé, parecem dar mais valor à opinião dos outros que à de Jesus Cristo, ou deixam-se levar pela comodidade fácil de seguir a corrente, de não se singularizarem... Semelhante atitude revela fraqueza de caráter, falta de convicções profundas e pouco amor a Deus.

 

 

 

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