Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Sétima palestra

 

 

FORTALEZA NA VIDA DIÁRIA

 

(Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

(resumo)

 

O católico de hoje necessita particularmente da virtude da FORTALEZA, que, além de ser humanamente atraente, é imprescindível (necessário) em fase da mentalidade materialista de muitos, do comodismo e do horror por tudo o que supõe mortificação, renúncia ou sacrifício... Qualquer ato de virtude inclui um ato de coragem, de fortaleza; sem ela, não se pode ser fiel a Deus.

Decidir seguir a Jesus Cristo de perto e progredir sempre nesse seguimento já requer FORTALEZA, porque a imitação de Jesus Cristo nunca foi tarefa cômoda; é um ideal alegre, extremamente alegre, mas sacrificado. E depois da primeira decisão, vem a de cada momento e a de cada dia. O católico deve ser FORTE para empreender o caminho da santidade... para PERSEVERAR sem amolecer, apesar de todos os obstáculos externos e internos que possam apresentar-se.

Necessitamos de FORTALEZA para sermos FIÉIS nas pequenas coisas de CADA DIA, em última análise. Essa atitude de firmeza manifesta-se no trabalho, na vida familiar, perante a dor e a doença, diante dos possíveis desânimos que tirariam a paz se não houvesse um esforço decidido por superá-los, apoiados sempre na consideração de que Deus é nosso Pai e permanece junto de cada um dos seus filhos.

Precisamos da virtude da FORTALEZA para evitar que nos extraviemos, para deixar de lado as bugigangas da terra, não permitindo que o coração se apegue a elas.

A virtude da FORTALEZA leva-nos também a ser pacientes perante os acontecimentos e notícias desagradáveis e perante os obstáculos que se apresentam todos os dias. Não é próprio de um católico que vive na presença de Deus, andar com um aspecto azedo, mal-humorado ou triste por causa de uma espera que se prolonga, de uns planos que tem de mudar na última hora, ou de um pequeno ou grande fracasso.

Não basta viver interiormente a doutrina de Jesus Cristo: seria falsa uma fé que não tivesse manifestações externas. Deus necessita de almas fortes e corajosas, que não pactuem com a mediocridade e penetrem com passos firmes em todos os ambientes: “Deus ama os corações fortes e generosos” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade).

A honra de Deus está acima das conveniências pessoais. Não podemos permanecer acomodados quando se quer colocar Deus entre parêntesis na vida pública, ou quando pretendem trancá-lo no fundo das consciências. Não podemos estar calados quando há tantas pessoas ao nosso lado que nos olham à espera de um testemunho coerente com a fé que professamos: “Recuar diante do inimigo, ou calar-se, quando de toda parte se ergue tanto alarido contra a verdade, é próprio de homem covarde ou de quem vacila no fundamento de sua crença. Qualquer destas coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a Deus; é incompatível com a salvação tanto dos indivíduos como da sociedade e só é vantajosa aos inimigos da fé” (Leão XIII).

 

 

 

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