FORTALEZA NA VIDA DIÁRIA
(Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
(resumo)
O católico de hoje necessita particularmente da virtude da
FORTALEZA, que, além de ser humanamente
atraente, é imprescindível (necessário) em fase da
mentalidade materialista de muitos, do comodismo e do horror
por tudo o que supõe mortificação, renúncia ou
sacrifício... Qualquer ato de virtude
inclui um ato de coragem, de fortaleza; sem ela, não se pode
ser fiel a Deus.
Decidir seguir a Jesus Cristo de perto e progredir sempre
nesse seguimento já requer FORTALEZA, porque a
imitação de Jesus Cristo nunca foi tarefa cômoda; é um ideal
alegre, extremamente alegre, mas sacrificado. E depois
da primeira decisão, vem a de cada momento e a de cada dia.
O católico deve ser FORTE para empreender o
caminho da santidade... para PERSEVERAR sem
amolecer, apesar de todos os obstáculos externos e internos
que possam apresentar-se.
Necessitamos de FORTALEZA para sermos
FIÉIS nas pequenas coisas de CADA DIA,
em última análise. Essa atitude de firmeza manifesta-se no
trabalho, na vida familiar, perante a dor e a doença, diante
dos possíveis desânimos que tirariam a paz se não houvesse
um esforço decidido por superá-los, apoiados sempre na
consideração de que Deus é nosso Pai e permanece junto de
cada um dos seus filhos.
Precisamos da virtude da FORTALEZA para evitar
que nos extraviemos, para deixar de lado as bugigangas da
terra, não permitindo que o coração se apegue a elas.
A virtude da FORTALEZA leva-nos também a ser
pacientes perante os acontecimentos e notícias
desagradáveis e perante os obstáculos que se apresentam
todos os dias. Não é próprio de um católico que vive
na presença de Deus, andar com um aspecto azedo,
mal-humorado ou triste por causa de uma espera que se
prolonga, de uns planos que tem de mudar na última hora, ou
de um pequeno ou grande fracasso.
Não basta viver interiormente a doutrina de Jesus Cristo:
seria falsa uma fé que não tivesse manifestações externas.
Deus necessita de almas fortes e corajosas, que não
pactuem com a mediocridade e penetrem com passos firmes em
todos os ambientes: “Deus ama os corações fortes
e generosos” (Bem-aventurada Elisabete da Trindade).
A honra de Deus está acima das conveniências pessoais.
Não podemos permanecer acomodados quando se quer colocar
Deus entre parêntesis na vida pública, ou
quando pretendem trancá-lo no fundo das consciências.
Não podemos estar calados quando há tantas pessoas ao
nosso lado que nos olham à espera de um testemunho coerente
com a fé que professamos:
“Recuar
diante do inimigo, ou calar-se, quando de toda parte se
ergue tanto alarido contra a verdade, é próprio de homem
covarde ou de quem vacila no fundamento de sua crença.
Qualquer destas coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a
Deus; é incompatível com a salvação tanto dos indivíduos
como da sociedade e só é vantajosa aos inimigos da fé”
(Leão XIII).
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